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quarta-feira, 19 de junho de 2019

Conheça os sintomas do ataque cardíaco, ou infarto


Ficar alerta aos diversos sintomas do infarto é importante porque o ataque cardíaco é uma condição sistêmica, indo muito além do coração.

O que é infarto?

O infarto do miocárdio, ou ataque cardíaco, ocorre quando um coágulo interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa, provocando a morte das células de uma região do músculo do coração.

A principal causa do infarto é a aterosclerose, uma condição na qual placas de gordura se acumulam no interior das artérias coronárias, chegando a obstruí-las. Na maioria dos casos o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando à formação do coágulo e à interrupção do fluxo sanguíneo.

O infarto pode ocorrer em diversas partes do coração, dependendo de qual artéria foi obstruída, e há vários tipos de ataque cardíaco.

Há uma propensão ao aumento dos casos de infarto quando a temperatura muda muito, assim como há mais infarto nos dias mais frios, principalmente no inverno. Além disso, o infarto e o AVC ocorrem mais de manhã.

Qualquer que seja a ocasião, contudo, um ataque cardíaco é uma emergência que exige cuidados médicos o mais rápido possível. Assim, identificar os sintomas pode ser decisivo para salvar a vida de uma pessoa infartada.

Sintomas de um ataque cardíaco

O principal sintoma de um ataque cardíaco é dor ou desconforto na região peitoral, podendo se irradiar para as costas, rosto, braço esquerdo e, mais raramente, para o braço direito. Embora menos frequente, a dor também pode ser no abdome, semelhante à dor de uma gastrite.

O desconforto costuma ser intenso e prolongado, acompanhado de uma sensação de peso ou aperto sobre o tórax.

Esses sinais costumam ser acompanhados de suor frio, palidez, falta de ar e sensação de desmaio.

Entre os idosos, o principal sintoma pode ser a falta de ar. Nestes, como também entre os diabéticos, o infarto pode ocorrer sem sinais específicos. Por isso, deve-se estar atento a qualquer mal-estar súbito apresentado por esses pacientes.

Risco e prevenção

Os principais fatores que aumentam o risco de infarto são o tabagismo, colesterol alto, hipertensão, obesidade, estresse, depressão e diabetes - os diabéticos têm duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto do que a população que não tem essa condição.

Para se prevenir contra um ataque cardíaco, a prática regular de exercícios físicos e uma alimentação balanceada são essenciais.

A cessação do tabagismo, a prevenção de doenças como a aterosclerose, diabetes e obesidade são igualmente fundamentais para evitar o entupimento das artérias e o consequente aumento de risco do infarto.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=conheca-sintomas-ataque-cardiaco-ou-infarto&id=13488&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Medical University of Vienna

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Em alerta: saiba o que é e os perigos do comfort food


O ato de comer, quando associado a emoções negativas, pode gerar problemas para o organismo como um todo. Entenda de que forma esse fenômeno ocorre e se previna!

O ato de comer é prazeroso. É comprovado cientificamente que, ao consumir um alimento que gostamos, liberamos substâncias químicas positivas em nosso organismo. Entretanto, essa relação com o prato também pode se tornar perigosa. Afinal, o fenômeno da comfort food (comida de conforto, em inglês) tem se tornado cada vez mais popular.

Isto quer dizer que, ao buscar determinados alimentos, o indivíduo pode agir conforme a emoção, não se atentando para os valores nutricionais. Assim, devido a esse “poder” dos nutrientes de oferecer conforto, alegria e prazer, os consumidores acabam recorrendo às substâncias quando algo não vai bem – caso estejam estressadas, desmotivadas ou deprimidas, por exemplo. “É nesse ponto que a relação com a comida afetiva pode deixar de ser saudável”, explica a psicóloga Aline Melo.

Quando o comfort food pode ser prejudicial
Pão com hambúrguer e batata fritas em embalagens. Nutrientes são ricos em gorduras e fazem parte da categoria comfort food

Além dessa associação entre alimentação e emoção ser um fenômeno perigoso, a busca frequente pela sensação do comfort food pode levar a uma compulsão alimentar. Isso ocorre quando a pessoa ingere altas quantidades de comida em um pequeno intervalo de tempo. “Quanto mais o ‘comer emocional’ estiver presente na alimentação, maiores as chances de isso afetar negativamente saúde física e mental da pessoa”, aponta Aline.

Outra condição, muitas vezes, associada ao termo é o consumo de comidas gordurosas, como uma pizza ou lasanha. Afinal, é comum relacionar as comfort foods à fast foods, responsáveis por uma satisfação rápida e imediata. “Muitas pessoas justificam o fast food como um ‘presente’ em meio a um dia desgastante, e essa atitude, quando se torna frequente, pode ser prejudicial, uma vez que lanches rápidos são mais calóricos e possuem baixo valor nutricional”, reforça a nutricionista Ana Paula Gonçalves.

Categorias do comfort food
Uma mulher se alimenta de batatas fritas. Ela as segura, aparentemente sentada. Ao fundo, um piso de madeira com alguns feixes de sol iluminando o chão. O nutriente é um comfort food

Existem diversos motivos para o indivíduo passar a consumir alimentos por meio de elementos emocionais. Entendam quais são eles.

Nostalgia
Sabe aquela comida que só a mãe, o pai ou os avós são capazes de fazer? O sentimento é responsável pela atitude por remeter a um período vivenciado no passado.

Indulgência
Quando a pessoa busca por um alimento específico, geralmente rico em gorduras, como uma forma de recompensar uma situação negativa, por exemplo, problemas no trabalho, uma briga no casamento, etc.

Conveniência
Sabe aqueles alimentos que, em momentos necessidades, tornam-se verdadeiras salvações? Em geral, por serem nutrientes de origem industrial, as substâncias que podem ser consumidas de forma prática e acessível são danosas. “A intenção aqui é obter a satisfação e o prazer de forma rápida e simples, o que pode ser bastante prejudicial para a saúde em médio e longo prazo”, comenta a nutricionista do Grupo São Cristóvão Saúde Ana Paula Gonçalves.

Conforto físico
Alimentos que geram sensações boas devido à ação química comprovada no cérebro. Podem ser alimentos ricos em açúcar e gordura, entre outros.

Fonte: https://sportlife.com.br/perigos-do-comfort-food/ - Matheus Rodrigo - Foto por Pixabay

terça-feira, 26 de setembro de 2017

5 odores corporais que podem indicar problemas de saúde

O assunto pode ser um pouco constrangedor, mas um cheiro desagradável pode servir de alerta de que algo não vai bem na sua saúde

Por mais que você goste de estar sempre cheirosinha, é normal exalar alguns odores não muito agradáveis depois de um treino pesado ou depois de comer um prato cheio de alho.

Normalmente, esses odores desagradáveis desaparecem depois de tomar banho ou escovar os dentes. O problema é quando eles persistem mesmo quando você já tomou todas as medidas necessárias.

Os odores corporais são um tabu na nossa sociedade por estarem associados a hábitos de higiene precários. Porém, essa nem sempre é a causa desses cheiros estranhos.

Quando os odores do nosso corpo apresentam alguma alteração, eles podem ser sinal de que alguma coisa não vai bem.

Conheça agora cinco odores corporais que não devem ser ignorados, pois eles podem ser sinal de algumas doenças:

1. Hálito frutado pode ser sinal de diabetes
Se você reparar ou se alguém te avisar que você está com um odor meio frutado no seu hálito, isso pode ser um sinal de diabetes. Esse sintoma surge em função da cetoacidose diabética, uma complicação dessa doença.
A cetoacidose diabética acontece quando o organismo tem uma queda de insulina ou um pico de açúcar no sangue. Como o corpo não consegue obter energia da forma apropriada, ele começa a quebrar os ácidos graxos como compensação.
Um dos produtos resultantes dessa quebra é a acetona (a mesma dos produtos removedores de esmalte), que pode deixar um odor frutado no hálito do paciente.
A cetoacidose diabética pode causar vômitos e vontade de urinar frequentes, levando à perda de fluidos e até mesmo à morte. Por isso, ao notar esse odor em seu hálito, associado a outros sintomas de diabetes, como fadiga, visão embaçada e perda de peso sem motivo, sempre procure um médico.

2. Chulé pode indicar pé de atleta
O mau odor nos pés é muito constrangedor, pois costuma ser associado à falta de higiene. Isso, porém, não é totalmente verdade: a causa para esse cheiro ruim pode ser o pé de atleta, também conhecido como frieira.
O pé de atleta é uma infecção causada por fungos – uma micose – que pode ser facilmente transmitida para outras partes do corpo ou para outras pessoas por meio do toque ou do compartilhamento de calçados, toalhas e roupas de cama. Justamente por isso, é sempre mais seguro utilizar chinelos ao tomar banho ou se trocar em locais como academias.
Portanto, se você observar que, além do chulé, seus pés apresentam pele seca ao redor dos dedos, vermelhidão e bolhas, é recomendável procurar um dermatologista para diagnosticar e tratar a infecção.

3. Fezes muito malcheirosas podem ser sinal de intolerância à lactose
Ok, não existem fezes perfumadas, mas, se elas estiverem com um odor mais desagradável que o normal, isso pode indicar uma intolerância à lactose.
Outros sintomas desse problema que costumam aparecer concomitantemente são inchaço abdominal, gases malcheirosos e diminuição na consistência das fezes.
A intolerância à lactose acontece quando o intestino delgado não consegue produzir a quantidade suficiente da enzima lactase, sendo, portanto, incapaz de digerir a lactose. Dessa forma, a lactose não passa para a corrente sanguínea, mas sim para o cólon, onde é fermentada pelas bactérias intestinais.
O resultado desse processo é justamente o odor mais desagradável nas fezes e os demais sintomas da intolerância à lactose.

4. Urina com odor muito forte pode significar infecção do trato urinário
As infecções do trato urinário podem levar à produção de urina com um odor pungente, quase lembrando alguma substância química. Isso acontece quando bactérias como a Escherichia coli entram na uretra e se multiplicam na bexiga, causando uma infecção.
As infecções urinárias são mais comuns nas mulheres do que nos homens porque nossa uretra é mais curta, facilitando a entrada das bactérias. Assim, se você notar um odor diferente na sua urina, não deixe de procurar um médico.

5. Mau hálito pode ser sinal de apneia do sono
Você tem bons hábitos de higiene bucal e sempre escova os dentes antes de dormir, mas mesmo assim seu hálito matinal é muito desagradável? Isso pode ser um sinal de apneia do sono, um distúrbio que faz com que as pessoas parem de respirar esporadicamente enquanto dormem.
A apneia do sono pode levar a roncos excessivos, fazendo com que você respire pela boca durante a noite. Isso acaba causando um ressecamento da mucosa bucal, o que favorece a multiplicação das bactérias e a produção de um gás sulforoso, que tem odor de ovos podres.
Se o mau hálito matinal estiver acompanhado por sonolência diurna e roncos excessivos, vale a pena consultar um médico. Além de apresentar esses sintomas desagradáveis, a apneia do sono tem sido relacionada a doenças cardíacas, hipertensão e diabetes, reforçando a necessidade de tratamento.


domingo, 17 de setembro de 2017

5 dicas para sua garrafa d’água não ficar cheia de bactérias

Sabe o recipiente que muita gente leva por aí para matar a sede? Se alguns cuidados não forem tomados, ele pode virar um prato cheio para os micróbios

O alerta soou com uma investigação do instituto americano Treadmillreviews.net, especializado em dados sobre esteiras ergométricas, que analisou a presença de bactérias em garrafas usadas por 12 praticantes de atividade física durante uma semana sem passar por lavagem.

O resultado foi assustador: em alguns casos foram encontrados mais germes do que em vasilhas para alimentar cachorros! A primeira colocada no ranking da contaminação foi a garrafinha conhecida como slide top, aquela em que a tampa precisa ser deslizada para que o usuário tenha acesso ao líquido. Logo depois ficaram as do tipo squeeze (que esguicham a água direto na boca), seguidas pelos modelos com tampa de atarraxar.

Na avaliação, os recipientes que têm um canudo embutido interno foram os que apresentaram o menor número de bactérias. Segundo os autores do inquérito, isso acontece porque as gotas ficam acumuladas na base do canudo, em vez de se concentrarem na superfície exposta, local mais atraente para os micróbios se instalarem.

As constatações do pequeno experimento não são motivo para jogar o recipiente no lixo. “A maior parte desses micro-organismos vem da nossa boca e normalmente não provoca doenças”, esclarece o clínico e infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo. Os achados reforçam, porém, a importância de higienizar (ou trocar) o acessório pensando em alguns contextos.

“Embora a presença desses agentes não ofereça riscos por si só, fatores como feridas na boca ou imunidade debilitada facilitam sua chegada à corrente sanguínea, o que pode desencadear mal-estar, diarreia…”, observa a infectologista Raquel Muarrek, do Hospital São Luiz Morumbi, na capital paulista.

Lavar o acessório com água e detergente com regularidade é suficiente para barrar ameaças do tipo. “Muita gente negligencia esse hábito pelo fato de a garrafa ser de uso particular”, conta o biomédico Roberto Figueiredo, conhecido como Dr. Bactéria. Não caia nessa e respeite alguns cuidados (veja os conselhos logo abaixo). Assim sua garrafinha não há de virar um ninho de germes.

1. Melhor escolha
Prefira as que têm canudo interno e formato mais fácil de ser higienizado. Optar pelo inox é uma boa, pois ele dificulta a instalação das bactérias.

2. Se for de plástico
Fuja de embalagens com símbolo de reciclagem com números 3 ou 7. Eles indicam presença de bisfenol A. Evite usar a mesma garrafa de água mineral todo dia.

3. Quando trocar
Apesar de não haver prazo certo para isso, é prudente substituir a garrafa se houver ranhuras e desbotamento da cor, sinais de que já está velha demais.

4. Higienização
Lave toda vez que ela for usada, dando atenção aos locais de difícil acesso, como a rosca da tampa e as bordas do canudo. Uma escova de mamadeira ajuda.

5. Transporte
Proteja o biquinho, evite quedas ou batidas e não deixe a garrafa por muito tempo em locais abafados, como o carro, algo que favorece os micróbios.


quinta-feira, 26 de maio de 2016

5 sinais de que você pode estar sofrendo um derrame

Nunca é demais dizer que prevenir é melhor do que remediar. Conhecer cinco sinais de alerta súbitos e graves de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral, pode ajudar a salvar vidas e reduzir o número de pessoas que vivem com deficiência, de acordo com um especialista no assunto.

 “‘Súbito’ e ‘grave’ são palavras-chave, mas em caso de dúvida, não arrisque”, diz o Dr. Doojin Kim, neurologista do UCLA Medical Center, em Santa Monica, nos EUA.

A Associação Americana de Derrame orienta qualquer um que observe os seguintes sinais súbitos e graves de acidente vascular cerebral a chamarem uma ambulância:

5 – Dormência ou fraqueza súbita na face, braços ou pernas (especialmente em um lado do corpo);
4 – Confusão súbita ou dificuldade para falar ou entender a fala;
3 – Problemas de visão repentinos em um ou ambos os olhos;
2 – Súbita dificuldade para caminhar ou tontura, perda de equilíbrio ou problemas com a coordenação;
1 – Forte dor de cabeça sem causa conhecida.

O AVC é a principal causa de morte e de incapacidade no Brasil. “Pessoas que têm um acidente vascular cerebral precisam de atenção médica imediata para melhorar a eficácia do tratamento e reduzir o risco de morte ou efeitos colaterais a longo prazo”, explica Kim.

“Se alguém tem um acidente vascular cerebral isquêmico – o tipo em que uma artéria do cérebro é bloqueada ou tem seu fluxo sanguíneo restrito – os efeitos muitas vezes podem ser revertidos ou drasticamente reduzidos se o tratamento for iniciado dentro de três horas”, alerta o especialista. “Mas se a pessoa ou quem estiver ao redor não tiver certeza ou esperar para ver se os sintomas vão embora, a janela de oportunidade para um tratamento eficaz pode se fechar”.

No entanto, os sinais de alerta ou sintomas de um derrame podem passar despercebidos. Parte do problema é que muitas pessoas pensam que coisas como esta acontecem só com “outras pessoas”, diz Kim.

“Derrames estão ocorrendo cada vez mais frequentemente em pessoas mais jovens”, aponta ele. “Ainda é mais comum em pessoas mais velhas, mas só porque alguém está na meia-idade ou é mais jovem ainda não significa que não pode ter um acidente vascular cerebral”.

AVCs são mais comuns entre mulheres do que homens. Os negros também estão em maior risco do que os brancos, assim como pessoas com histórico familiar de AVC, diz Kim. Estes fatores de risco não podem ser alterados, mas existem maneiras com as quais as pessoas podem reduzir o risco de acidente vascular cerebral, aconselha o médico, incluindo:

Exercitar-se regularmente;
Manter um peso normal;
Seguir uma dieta saudável;
Manter os níveis de colesterol saudáveis;
Manter a pressão arterial sob controle;
Além disso, não fumar.

“Embora a maioria das pessoas já tenha ouvido falar desta lista de fatores de risco antes, nunca é demais fornecer um lembrete, porque muitas vezes nós pensamos, ‘Isso não pode acontecer comigo’. Na verdade, pode”, alerta Kim. [WebMD]


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

8 sinais na sua boca e o que eles dizem sobre sua saúde

Alguns problemas que parecem comuns em nossa saúde bucal podem ser sinais de alerta para outras doenças
  
Feridinhas nos lábios, aftas ou até mesmo a língua branca são alguns dos sinais que a boca dá de que algo não vai bem. E embora estes sintomas às vezes estejam relacionados à má higiene, eles também podem significar problemas de saúde.

A dentista especialista em implantodontia, ortodontia e odontologia estética, Dra. Maria Luiza dos Santos, ajuda a identificar e esclarecer o que significam os diferentes sinais que surgem na saúde bucal. No entanto, ela alerta que quem vai saber diferenciar o que quer dizer cada sinal é um profissional. “O dentista vai descartar as coisas relacionadas à boca e o que restar vai mandar para o médico analisar”.

Gengiva sangrando
Na maioria dos casos, não se trata de nada muito grave. Pode ser apenas um machucado provocado pela escova de dentes ou por um alimento duro. Mas há a possibilidade de que esse seja um sinal de diabetes, uma vez que a doença traz problemas de coagulação e, assim, é comum haver sangramentos. Próteses dentárias mal adaptadas ou até mesmo lesões cancerígenas também podem estar por trás disso.

Feridas nos lábios
As famosas feridinhas nos lábios podem ser, muitas vezes, sinal de que o sistema imunológico está deficiente, de acordo com a especialista. Dra. Maria Luiza explica que geralmente esses sinais podem indicar herpes, que é desencadeado quando a imunidade está baixa, se a pessoa tomou muito sol, se há a falta de Vitamina C, se dorme mal, está estressado ou comendo mal. “A gente tem que conversar com o paciente para saber como apareceu. O herpes forma bolhinhas, fica avermelhado, arde e incomoda”, explica.

Dentes desgastados e doloridos
A dentista explica que é comum alguns pacientes descarregarem o estresse emocional nos dentes e para isso existe um tratamento associado, com o dentista e o acompanhamento de um psicólogo, porque o problema é de fundo emocional.
E em muitas vezes o problema pode pode ser neurológico. A especialista relata que uma de suas pacientes tinha uma dor no dente, mas após os exames descobriu que ele estava saudável. “Encaminhei para o neurologista e foi detectada depressão do sistema nervoso central. A paciente foi medicada e a dor passou. A boca dá um sinal de que você tem um outro tipo de problema”. 

Boca seca
A dentista explica que a boca seca significa que existe algum problema na glândula salivar. É preciso levar o problema ao profissional para analisar se algum tipo de tratamento que o paciente está sendo submetido pode ser o causador da boca seca.
“Remédios para emagrecer causam ressecamento da mucosa. São mais de 400 medicamentos que podem causar a hiposalivação. Exemplos disso são os alérgicos, calmantes, antidepressivos e diuréticos. Além disso, o estresse também pode agravar essa secura”.

Língua branca
A dentista ressalta que quando a higienização bucal não é feita da forma correta vai existir a saburra, composta de bactérias, células da mucosa e restos de alimentos. No entanto, o estresse pode aumentar a produção de mucina, responsável pela viscosidade e aderência da saliva.
“O estresse pode aumentar a saburra e isso deixa a língua branca. De qualquer forma, se a língua for escovada, isso tende a melhorar”. A profissional ainda indica que a língua branca pode significar uma deficiência de ferro ou de biotina.

Mau hálito
Quem tem problemas como apneia do sono e doença de goma (periodontite), que deixa as gengivas inflamadas e sangrando, o mau hálito pode aparecer constantemente. “Toda vez que a quantidade de saliva diminui aumentam as bactérias. Porém, em 99% dos casos se a língua for bem escovada, a pessoa não vai ter mau hálito, porque assim diminuem as bactérias”, explica Dra. Maria Luiza.

Aftas
As aftas geralmente estão ligadas aos alimentos ácidos, que podem desequilibrar o pH da boca. Mas alguns fatores como a diabetes, o estresse emocional, a deficiência de ferro, vitamina B12 e ácido fólico podem ser os responsáveis pelo problema. Além disso, no período menstrual as aftas também podem aparecer, devido às mudanças hormonais.
“Às vezes se a pessoa tem alergia a alimentos ácidos a afta pode surgir. Os bebês têm mais mais aftas porque são mais sensíveis e não têm tanta destreza quanto os adultos. As próteses mal adaptadas também podem causar o problema, além da boca seca em si, e o cigarro”, pontua.

Língua muito avermelhada
A dentista afirma que se a língua estiver mais avermelhada e inchada pode significar falta das Vitaminas E, B2, B3, B12 e do ácido fólico. A língua avermelhada ou amarelo-esbranquiçada, com aspecto pastoso, também pode ser sinal de candidíase. “Esses sinais são mais comuns em recém-nascidos, em quem tem próteses removíveis ou problemas imunológicos”, exemplifica.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Bebidas energéticas representam risco à saúde pública, diz OMS

Reforçadores

"O aumento no consumo de bebidas energéticas pode representar perigo para a saúde pública, especialmente para os jovens."

Este alerta foi emitido por uma equipe de cientistas do escritório regional europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Com base em uma revisão da literatura científica, sugerimos que as preocupações na comunidade científica e entre o público sobre os potenciais efeitos adversos para a saúde do aumento do consumo de bebidas energéticas são largamente válidas," escreveram João Breda e seus colegas na revista Frontiers in Public Health.

As bebidas energéticas são bebidas não alcoólicas que contêm cafeína, vitaminas e outros ingredientes - por exemplo, taurina, ginseng e guaraná. Elas são normalmente comercializadas como reforçadores de energia e para aumentar o desempenho físico e mental.

Riscos das bebidas energéticas

Vários estudos científicos têm sido feitos em todo o mundo para avaliar as consequências do consumo dessas bebidas, e o que a equipe da OMS fez foi revisar todos esses estudos em busca de avaliações sobre os riscos à saúde, as consequências de sua ingestão e as políticas relacionadas com o consumo das bebidas energéticas.

Os estudos mostraram que parte dos riscos das bebidas energéticas deve-se aos seus altos níveis de cafeína - as bebidas energéticas podem ser bebidas rapidamente, ao contrário do café quente, e como resultado, elas são mais propensas a causar intoxicação por cafeína, afirmam os pesquisadores.

Os estudos analisados sugerem que a intoxicação por cafeína pode ter como consequência palpitações cardíacas, hipertensão, náuseas e vômitos, convulsões, psicose, e, em casos raros, a morte. Nos EUA, Suécia e Austrália, vários casos foram relatados onde as pessoas morreram de insuficiência cardíaca ou foram hospitalizadas com crises devido ao consumo excessivo de bebidas energéticas.

Mais de 70% dos adultos jovens (com idade entre 18 a 29 anos) que consomem bebidas energéticas misturam-nas com álcool, de acordo com a revisão. Numerosos estudos têm demonstrado que esta prática é mais arriscada do que beber apenas álcool, possivelmente porque essas bebidas tornam mais difícil para as pessoas perceberem quando estão ficando bêbadas.

De acordo com o Sistema Nacional de Dados sobre Envenenamento dos Estados Unidos, entre 2010 e 2011, 4.854 consultas aos centros de informação sobre envenenamento foram feitas sobre bebidas energéticas. Quase 40% envolviam a mistura de álcool com bebidas energéticas. Um estudo semelhante na Austrália demonstrou um crescimento no número de consultas sobre bebidas energéticas.

"Como as vendas de bebidas energéticas raramente são regulamentadas por idade, ao contrário do álcool e do tabaco, e há um potencial efeito negativo comprovado em crianças, há potencial para um problema de saúde pública no futuro," concluem os autores.

Recomendações para regulamentação das bebidas energéticas

O grupo de especialistas fez as seguintes sugestões para minimizar o potencial de danos à saúde gerados pelas bebidas energéticas:

Estabelecer um limite máximo para a quantidade de cafeína permitida em uma única porção de qualquer bebida, em conformidade com as evidências científicas disponíveis;
impor restrições de rotulagem e venda de bebidas energéticas para crianças e adolescentes;
estabelecer padrões obrigatórios para a comercialização responsável para os jovens pela indústria de bebidas energéticas;
treinar os profissionais de saúde para que eles estejam cientes dos riscos e sintomas do consumo de bebidas energéticas;
pacientes com histórico de problemas de dieta e abuso de substâncias, tanto isoladas quanto combinadas com álcool, devem ser rastreados para o consumo pesado de bebidas energéticas;
educar o público sobre os riscos de misturar álcool com bebidas energéticas;
realizar mais pesquisas sobre os potenciais efeitos adversos das bebidas energéticas, particularmente sobre os jovens.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Problemas de pele? 5 sinais para você ficar alerta

O maior órgão do corpo, a pele, também costuma ser relacionado como uma vitrine da qualidade da saúde e do bem-estar geral de uma pessoa, uma vez que pode apresentar pistas sobre como vão os outros órgãos. De acordo com os dermatologistas, as alterações na pele, que são as mais variadas possíveis, às vezes podem ser os primeiros sinais de problemas mais sérios em outras partes do corpo.
Tanto que para Doris Day, dermatologista em um hospital de Nova York, nos Estados Unidos, os dermatologistas são como “detetives médicos” que estão sempre a procura de pistas do que está de fato acontecendo com um paciente.
Essencialmente, o que ela quis dizer é que problemas de pele geralmente não são simplesmente problemas de pele. Eles têm uma causa mais profunda e podem ser apenas um dos sintomas de casos médicos mais sérios.

Quando você detectar alguns desses sinais, talvez seja a hora de procurar um médico.

1. Erupções cutâneas e manchas na pele
Uma feridinha na pele pode ser uma problema maior que simplesmente estético. Em geral, uma erupção que não responde ao tratamento e é acompanhada de outros sintomas – como febre, dor nas articulações e dores musculares – pode ser um sinal de um problema interno ou infecção. Uma erupção também pode ocorrer devido a uma alergia ou sinalizar uma reação a um medicamento, de acordo com a Academia Americana de Dermatologia (AAD).
Uma erupção na parte de trás do pescoço ou em torno dos braços, normalmente com uma cor ligeiramente mais escura do que o tom de pele normal da pessoa, é um sinal de que o paciente pode ter aumentado o risco de desenvolver diabetes do tipo 2, segundo a Dr. Day.
Menos comum, mas ainda preocupante, é a erupção aveludada – chamado acantose nigricans -, que pode ser um sinal de alerta de câncer em um órgão interno, como o estômago ou fígado, de acordo com a Mayo Clinic. Uma erupção roxa nas pernas que não responde à medicação também pode ser um sinal de infecção da hepatite C, alerta a Dr. Day.

2. Bronzeamento da pele e outras descolorações
Em pessoas com diabetes, um bronzeamento de pele pode ser um sinal de um problema com o metabolismo do ferro, de acordo com a dermatologista Doris Day. A coloração amarelada da pele, por outro lado, pode ser sinal de insuficiência hepática, e pode ocorrer junto com o amarelamento do branco dos olhos, conclui a médica.
Um escurecimento da pele – principalmente visível em cicatrizes e dobras da pele, bem como sobre as articulações, como cotovelos e joelhos – poderia ser um sinal de doença hormonal, como a doença de Addison, que afeta as glândulas supra-renais.

3. Novos crescimentos de pele
As pessoas que veem novos crescimentos de pele devem sempre prezar por um acompanhamento médico, uma vez que verrugas e coisas parecidas podem ser um sinal de câncer de pele, ou de alguma outra doença interna ou síndrome genética, de acordo com o AAD.
Por exemplo, formações amarelas nos braços, pernas ou nas costas poderiam ser uma consequência de altos níveis de triglicerídeos, sinalizando diabetes não controlada, dizem os especialistas.
O padrão de distribuição de espinhas também pode fornecer pistas sobre um problema de saúde subjacente. De acordo com a Dr. Day, nas mulheres, por exemplo, a acne que aparece principalmente ao longo da face inferior ou linha da mandíbula pode ser um sinal da síndrome do ovário policístico. Essa condição muitas vezes faz com que apareçam outros sintomas também, como alterações de peso, queda de cabelo e aumento do crescimento de pelos no rosto, conclui a médica.

4. Alterações nas unhas
Também de acordo com a dermatologista Doris Day, alterações na cor ou forma das unhas muitas vezes podem ser um sinal de problemas de deficiência de nutrientes ou no funcionamento dos órgãos. Por exemplo, alterações das unhas que se parecem com micose, na verdade, podem ser um resultado de psoríase nas unhas, mesmo que a condição afete tipicamente a pele. Pessoas que também têm dor nas articulações podem ter uma forma de artrite chamada artrite psoriática, alerta Day.
Além disso, problemas de fígado e problemas renais às vezes podem causar alterações na cor das unhas.

5. Mudanças na elasticidade da pele e ressecamento
Problemas de pressão arterial alta e rins, por vezes, acabam provocando um engrossamento da pela na perna, segundo a Dr. Day. Além disso, a pele muito seca, com coceira, pode ser um sinal de problemas hormonais, como uma disfunção da tiroide, completa ela.
Ainda de acordo com a Dr. Day, se você tiver mais de 30 ou 40 anos, não teve eczema quando criança e, de repente, sua pele ficou seca e com aspecto de quem está com eczema, isso poderia ser sinal de um problema hormonal como hipotiroidismo.
Pessoas com uma doença auto-imune chamada esclerose sistêmica podem sentir um inchaço e também endurecimento da pele. Em casos mais graves, isso pode resultar no endurecimento de órgãos internos, tais como os pulmões ou até o coração.
Por outro lado, a pele muito flácida e sedosa costuma ser um sintoma de uma doença rara do tecido conjuntivo, chamada cutis laxa, que por sua vez pode ser um sinal de cânceres no sangue, tais como o linfoma ou mieloma múltiplo, e pode progredir para afetar órgãos internos.
De qualquer forma, se você está com esse ou qualquer outro problema de pele, o melhor a fazer é procurar um especialista para avaliar seu caso. [LiveScience]

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Conheça dez sinais de alerta para a baixa imunidade

Descubra os sintomas mais comuns que indicam um sistema de defesa deficiente

Unhas fracas, queda de cabelo, cansaço, problemas de pele... Se você apresenta um ou mais desses problemas, deve imaginar que está com a imunidade baixa, certo? Na verdade, não é tão simples assim. Sinais como esses podem ser muito vagos, já que podem significar uma infinidade de complicações, doenças e até fatores genéticos, que pouco têm a ver com uma imunodeficiência.

A médica imunologista Elisabete Blanc, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ, conta que a baixa imunidade pode ser de causa primária, ou seja, quando a pessoa já nasce predisposta pela genética. "Por outro lado, pessoas que são saudáveis, em um dado momento da vida, podem se expor a situações que levem à dificuldade do organismo em manter um equilíbrio imunológico", completa.

Exemplos dessas situações vão desde maus hábitos a tipos específicos de tratamentos: uso de medicamentos que suprimem a imunidade, exposição à radiação, quimioterapia, má alimentação, uso de drogas, consumo de álcool, excesso de exercício físico, estresse prolongado, doenças que levam a uma grande perda de proteínas - substâncias que são "a matéria prima dosanticorpos", como explica Elisabete -, doenças crônicas, deficiências de vitaminas, falta de repouso adequado, entre muitos outros fatores.

De olho nas doenças mais persistentes
Como saber, então, se você realmente está com o sistema de defesa comprometido? De acordo com o clínico geral Fernando Manna, do Laboratorio NASA, não existe um exame único capaz de detectar se a pessoa está com a imunidade prejudicada. "O ideal é procurar um médico ao perceber sintomas recorrentes ou persistentes. O exame clínico realizado pelo médico assistente, aliado à queixa e evolução de sintomas, são orientadores na solicitação de exames", completa.

É mais fácil, portanto, perceber que o sistema imunológico está pedindo ajuda quando há repetições de várias complicações no organismo, que demoram a ir embora. "A diminuição da resistência orgânica cria condições para o desenvolvimento frequente de doenças", conta Fernando. Se a pessoa apresentar um mesmo problema - ou mais de um - diversas vezes, deve procurar um profissional.

A lista dos sinais alarmantes
Ainda assim, não é tão simples a detecção, uma vez que repetir demais uma complicação não é certeza de uma queda na imunidade. Um indivíduo pode ter as unhas fracas durante meses, por exemplo, mas isso pode ser apenas consequência de má higiene ou falta de alguns nutrientes na alimentação.

Por isso, vale ficar mais atento aos sintomas decorrentes de doenças que são mais comuns quando as defesas do organismo estão frágeis. Confira exemplos dados pelo clínico geral Fernando Manna e a imunologista Elisabete Blanc:

Boca: herpes, amigdalite e estomatite

Pele: infecções recorrentes, abscessos, doenças gerais causadas por fungos, vírus e bactérias

Ouvido: otites

Região genital: herpes

Sistema respiratório: gripes e resfriados

A percepção da imunodeficiência fica ainda mais clara com a lista da Fundação Jeffery Modell e a Cruz Vermelha Americana, elaborada para guiar médicos e profissionais no diagnóstico de pacientes. Elisabete explica que, ao apresentar um ou mais desses itens abaixo, a pessoa já deve ser investigada. 

Duas ou mais pneumonias no último ano
Os sintomas da infecção no pulmão costumam ser: febre muito alta, calafrios, tosse com expectoração, falta de ar, dor no peito, vômitos, prostração, perda de apetite e dores no corpo. 

Oito ou mais otites no último ano
A inflamação é provocada pelo acúmulo de líquido no ouvido. Há vários tipos de otite, que podem apresentar os seguintes sintomas: dor intensa, diminuição da audição, secreção, coceira, febre, falta de apetite, entre outros. 

Estomatites de repetição ou monilíase por mais de dois meses
A estomatite pode ser percebida por lesões na boca e gengivas. Já a Monilíase é uma infecção causada por fungos e apresenta pontos brancos e escamosos em qualquer área da região bucal: língua, bochechas, gengivas ou lábios. 

Abscessos de repetição ou ectima
O acúmulo de pus na pele em determinada área do corpo é conhecido como abscesso, também chamado de furúnculo. A ectima é uma infecção bacteriana que acontece, geralmente, por falta de higiene, com lesões que costumam acontecer com maior frequência nas pernas e nos pés.  

Um episódio de infecção sistêmica grave: meningite, artrose ou septicemia
Essas infecções comprometem o organismo como um todo e podem ser perigosas. A meningite é uma inflamação das meninges, membranas do encéfalo e da medula espinhal e pode ser causada por vírus ou bactérias. A artrose, por sua vez, é caracterizada por problemas que alteram as juntas dos joelhos, quadris, mãos e coluna vertebral, prejudicando o movimento. Já a septicemia é uma infecção generalizada que se espalha por todo o organismo, por causa de bactérias que infectam o sangue.

Infecções intestinais de repetição ou diarreia crônica
O mau funcionamento do intestino pode ser causado por vários fatores, como alimentação ruim e problemas emocionais. No entanto, frequentes diarreias e problemas intestinais, relacionados a infecções, são mais preocupantes e podem ser indícios de imunodeficiência. 

Asma grave, doença do colágeno ou doença autoimune
Tanto a doença do colágeno quanto a doença autoimune, como explica Elisabete, representam um grupo de doenças que faz o organismo produzir anticorpos contra ele mesmo, o que provoca uma queda na imunidade. 

Efeito adverso ao BCG e/ou infecção por micobactéria
Esse caso diz respeito, principalmente, a crianças que têm reação da vacina BCG, contra tuberculose. "A pele pode não cicatrizar após a vacina ou a criança pode sofrer com própria bactéria que dá a tuberculose", conta Elisabete.  

Quadro clínico associado à imunodeficiência
De acordo com Elisabete, nesse tópico entram as mais variadas doenças e síndromes que podem ter relação com o sistema imunológico. "O médico poderá suspeitar de acordo com o histórico da pessoa e da predisposição genética", completa a imunologista. 

História familiar de imunodeficiência
Pessoas que possuem casos na família de baixa imunidade também devem ficar mais atentas às respostas do organismo para doenças e, de preferência, fazer uma avaliação médica. 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Sete dores que não devem ser menosprezadas

Elas avisam: algo está errado. Mas preferimos pensar que vão passar depressa a procurar um médico. É aí que muitas vezes damos de cara com o perigo. Saiba como escapar de um engano

Levante a mão quem nunca se automedicou por causa de uma dor. É corriqueiro achar que ela é um mal passageiro, entupir-se de analgésico e esperar até ela se tornar insuportável para ir ao médico. Estudos indicam que 64% dos brasileiros tentam se livrar da sensação dolorosa sem procurar ajuda. Foi assim com a auxiliar de dentista Antônia Sueli Ferreira, 45 anos, de São Paulo. "Tomei muito remédio durante três meses por causa de cólicas fortíssimas e do que parecia ser uma lombalgia. Só depois fui ao médico. E então descobri que tinha um câncer colorretal.
Tive de ser submetida às pressas a uma cirurgia. Por sorte, estou bem", conta. Segundo o cirurgião Heinz Konrad, do Centro para Tratamento da Dor Crônica, em São Paulo, "a dor é um mecanismo de proteção que avisa quando algo nocivo está acontecendo". A origem do malestar? Eis a questão — e, para ela, precisamos ter sempre uma resposta. "Na dúvida, toda dor precisa ser checada, ainda mais aquela que você nunca sentiu igual", aconselha o cardiologista Paulo Bezerra, do Hospital Santa Cruz, em Curitiba. Aqui, selecionamos sete dores que você nunca deve ignorar.

Dor de cabeça
Dos 10 aos 50 anos, ela geralmente é causada por alterações na visão ou nos hormônios — esta, mais comum entre as mulheres. E esses são justamente os casos em que a automedicação aumenta o tormento. "Isso porque, quando mal usado, o analgésico transforma uma dorzinha esporádica em diária", avisa o neurocirurgião José Oswaldo de Oliveira Júnior, chefe da Central da Dor do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. Acima dos 50 anos, as dores de cabeça merecem ainda mais atenção: é que podem estar relacionadas à hipertensão.

Dor de garganta
Costuma ser causada pela amigdalite de origem bacteriana ou viral. "Se não for tratada, a amigdalite bacteriana pode exigir até cirurgia", alerta o otorrinolaringologista Marcelo Alfredo, doHospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André, na Grande São Paulo. A do tipo viral baixa a imunidade e, em 10% dos casos, vira bacteriana. Portanto, pare de banalizar essa dor. Se ela parece nunca ir embora, abra os olhos: certos tumores no pescoço também incomodam e podem ser confundidos, pelos leigos, como simples infecções.

Dor no peito
"Quando o coração padece, a dor é capaz de se espalhar na direção do estômago, do maxilar inferior, das costas e dos braços", descreve o cardiologista Paulo Bezerra. Em geral, isso acontece quando o músculo cardíaco recebe menos sangue devido a um entupimento das artérias. "A sensação no peito é como a de um dedo apertado por um elástico. E piora com o estresse e o esforço físico", explica Bezerra. Não dá para marcar bobeira em casos assim: o rápido diagnóstico pode salvar a vida.

Dor nas pernas
Muita gente não hesita em culpar as varizes — às vezes injustamente. "A causa pode ser outra", avisa a fisiatra Lin Tchia Yeng, do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Uma artrose, por exemplo, provoca fortes dores nos pés e nos joelhos. Se não for tratada, piora até um ponto quase sem retorno. "Em outros indivíduos a dor vem das pisadas", explica Lin. "É quando há um erro na posição dos pés ou se usam calçados inadequados." Sem contar doenças como hipotireoidismo e diabete, que afetam a circulação nos membros. "Há medicamentos específicos para resolver a dor nesses casos", diz a reumatologista Solange Mandeli da Cunha, do Centro de Funcionalidade da Dor, em São Paulo.

Dor abdominal
Uma dica: o importante é saber onde começa. Uma inflamação da vesícula biliar começa no lado direito da barriga, mas tende a se irradiar para as costas e os ombros. Contar esse trajeto ao médico faz diferença. "Se a pessoa não for socorrida, podem surgir perfurações nessa bolsa que guarda a bile fabricada no fígado", diz o cirurgião Heinz Konrad. Nas mulheres, cólicas constantes — insuportáveis no período menstrual — levantam a suspeita de uma endometriose, quando o revestimento interno do útero cresce e invade outros órgãos. "Uma em cada dez mulheres que vivem sentindo dor no abdômen tem essa doença", calcula a anestesiologista Fabíola Peixoto Minson, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Dor nas costas
A má postura e o esforço físico podem machucar a coluna lombar. "É uma dor diária, causada pelo desgaste físico e pelo sedentarismo", diz o geriatra Alexandre Leopold Busse, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Conviver com o tormento? Essa é a pior saída. A dor nas costas, além de minar a qualidade de vida, pode escamotear o câncer no pâncreas também. "No caso desse tumor, surge uma dor lenta e progressiva", ensina a fisiatra Lin Tchia Yeng. Por precaução, aprenda que a dor nas costas que não some em dois dias sempre é motivo de visitar o médico.

Dor no corpo
Se ele vive moído, atenção às suas emoções. A depressão, por exemplo, não raro desencadeia um mal-estar que vai da cabeça aos pés. "O que dá as caras no físico é o resultado da dor psicológica", diz Alaide Degani de Cantone, coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Psicologia e Saúde, em São Paulo. "Quem tem dores constantes aparentemente sem causa e que vive triste, pessimista, sem ver prazer nas coisas nem conseguir se concentrar direito pode apostar em problemas de ordem emocional", opina o psiquiatra Miguel Roberto Jorge, da Universidade Federal de São Paulo. E, claro, essas dores que no fundo são da alma também precisam de alívio.

Ajude o médico a descobrir a verdadeira causa de seus “ais”. Leve as seguintes informações para a consulta:

Quando
Puxe pela memória o dia, semana ou mês em que sua dor deu as caras e identifique a frequência com que ela aparece — se é diária, quantas vezes por dia se manifesta e quanto tempo costuma durar.

Onde
Aponte os lugares do corpo em que a dor ocorre. Se for difícil especificar um ponto, mostre a região afetada. Explique também se ela começa em um lugar e, dali, se irradia para outros.

Como
Descreva a sensação — queima? Dá pontadas ou agulhadas? Formigamento? No lugar onde dói, você sente um aperto ou pressão? Acredite: para os ouvidos dos especialistas, esse tipo de informação vale ouro.

Avaliação
Dê uma nota de 1 a 10 à sua dor, comparando-a a outras que você já sentiu. Avalie o grau e não deixe de contar ao especialista se teve febre, perda de apetite ou falta de sono depois que a dor apareceu.

Soluções
O que fez para diminuir a dor? Relate se uma bolsa de água quente ajudou. E preste atenção no seu corpo para dizer o que parece piorar a sensação dolorosa — comida gordurosa, esforço físico... o quê?

Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0310/medicina/conteudo_451714.shtml - por Débora Didonê | design Thiago Lyra

quarta-feira, 20 de junho de 2012

FIFA alerta para o abuso de analgésicos entre jogadores de futebol


Segundo o Dr. Jiri Dvorak, chefe médico da FIFA, o abuso de analgésicos pode colocar as carreiras e a saúde dos jogadores de futebol em perigo, em longo prazo.

Um estudo pedido pela equipe médica da FIFA, que requisitou uma lista de medicamentos que os jogadores tomavam antes de cada jogo na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, publicado no periódico British Journal of Sports Medicine, revelou que os níveis de uso de analgésicos estão maiores do que nunca: 39% dos jogadores tomaram medicação para dor antes de cada jogo na Copa.

As diferenças variavam bastante entre os times. E advinha que países tomavam mais analgésicos? Os da América do Sul e do Norte, que tiveram o maior relato de uso de medicamentos por partida e por jogador. “Acho que podemos usar a palavra abuso aqui”, disse Dr. Dvorak.

Como esses remédios são facilmente acessíveis, cada vez atletas estão lançando mão desse “recurso”. Segundo Dvorak, a situação é alarmante. O abuso de medicamentos é visto até nas competições sub-17, por cerca de 16 a 19% dos jogadores.

O curioso é que um estudo recente da Universidade de Heidelberg (Alemanha) concluiu que os atletas, de ambos os sexos, têm maior tolerância à dor do que não atletas. Não é que eles são mais resistentes que o resto da população, mas sua percepção da dor é diferente – eles a aguentam mais.

Será que esse resultado é honesto, ou tem a ver com o tanto de analgésicos que eles andam tomando? O que está por trás disso?
Segundo o médico da FIFA, os jogadores mais jovens estão imitando os mais velhos e tomando muitos medicamentos para dor, às vezes antes mesmo de senti-la. Isso corresponde à pressão sofrida pelos atletas – em alguns casos pelos médicos dos clubes também – para jogar e estar sempre bem, na sua melhor forma.

Ou seja, o médico que deixa algum jogador fora de alguma partida pode se tornar o vilão. E com certeza muitos jogadores nem sequer procuram os médicos em face de algumas dores, se esforçando ao máximo para permanecer em campo com medo de perder sua vaga para outro atleta – o analgésico então entra em ação.

Futebol é garra e negócios. Se você quer ganhar, se quer continuar sendo valorizado, precisa jogar o máximo de partidas possível, na sua melhor forma. Se o time precisa de você, não dá para ignorar isso. Caso conhecido, por exemplo, é do jogador Júlio César, que no Campeonato Brasileiro do ano passado, pelo Corinthians, sofreu uma grave fratura exposta no dedo mínimo da mão esquerda e continuou defendendo o gol, porque seu time já havia feito as três substituições permitidas por jogo.

As consequências

Jogadores que tomam analgésicos antes mesmo de sentir dor correm grandes perigos. Como eles provavelmente não vão perceber o sinal do corpo que diz que já estão esgotados ou no seu limite, podem acabar se machucando mais gravemente ainda – ou seja, o contrário do desejado ocorre.

Especialistas afirmam que os analgésicos podem ser particularmente perigosos no esporte profissional. Em exercícios de alta intensidade, como o futebol, os rins de um jogador são continuamente “cobrados”, o que os torna mais vulneráveis a danos causados por medicamentos fortes.

Também, os efeitos dos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) – grupo de remédios que controla a inflamação, reduz a dor e combate a febre – não estão apenas confinados a danos no rins e fígado.

Segundo o especialista na utilização destas drogas por atletas Stuart Warden, da Universidade de Indiana (EUA), existem preocupações sobre o impacto dos AINES ao coração (relacionado a outros fatores de risco). “Há um risco elevado de efeitos colaterais cardiovasculares em quase todos os AINEs, que aumenta com a duração do uso. É melhor limitar sua ingestão para indicação médica no tratamento de dor e inflamação agudas”, diz.[BBC, LiveScience]

Fonte: http://hypescience.com/fifa-alerta-para-o-abuso-de-analgesicos-entre-jogadores-de-futebol/ - por Natasha Romanzoti em