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terça-feira, 14 de maio de 2019

9 problemas de saúde que se manifestam pelos olhos


De infecções a tumores, muitas são as doenças que se manifestam pelos olhos. Conheça algumas e saiba o que fazer para proteger sua visão e o resto do corpo

Olhos vermelhos, visão embaçada, desconforto visual… nem sempre essas chateações estão relacionadas a problemas nos olhos. As janelas da alma também ajudam a identificar sinais de que há algo de errado no organismo. E, se nada for feito a tempo, a visão corre sério risco de perder a nitidez — ou até apagar de vez.

Veja, abaixo, nove problemas de saúde que podem revelar sua presença no corpo através dos olhos:

1. Diabetes
Os globos oculares sofrem quando a taxa de açúcar no sangue permanece elevada — um traço típico dessa condição, em especial quando descontrolada. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, seus portadores chegam a ter uma probabilidade 25 vezes maior de perder a capacidade de enxergar.
Aqui, um grande vilão é a retinopatia diabética, que acomete acima de 75% das pessoas que convivem com a glicemia elevada há mais de 20 anos. Caracterizada por danos nos vasos sanguíneos que irrigam a retina, ela começa com pontinhos pretos na visão e pode terminar em cegueira. O diabetes também aumenta em 60% o risco de catarata, que embaça a visão.
Para evitar esses estragos, o indivíduo deve controlar a glicose e se consultar com profissionais regularmente.

2. Toxoplasmose
Estamos falando da invasão do parasita Toxoplasma gondii, encontrado, por exemplo, nas fezes de gatos ou em alimentos mal higienizados. Em adultos, ele pode deflagrar febre, cansaço, coriza, caroços no pescoço… e, depois de um tempo, sintomas nos olhos. São eles: dor, vermelhidão, aparecimento de pontos flutuantes no campo visual e aversão à claridade.
Essas consequências surgem em decorrência de uma inflamação na retina que, em situações avançadas, provoca uma cicatriz capaz de cegar. Daí por que é fundamental procurar o médico ao primeiro sinal suspeito. Nos quadros iniciais, a solução em geral não é complexa e envolve só antibióticos.

3. Doenças reumatológicas
Embora muito associadas a incômodos e deformidades nas juntas, elas não raro afetam os olhos. Isso porque encrencas como a artrite reumatoide são autoimunes. Nesse contexto, as células de defesa atacam estruturas do corpo — e os protagonistas da reportagem não são exceção.
“Quando o primeiro sintoma não é dor articular, é uma alteração na visão”, destaca o reumatologista Marcelo Pinheiro, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Desconfie de vermelhidão, coceira, sensibilidade à luz e secura.
Cuidando do problema de base sem demora, os sintomas tendem a sumir.

4. Câncer
Há tumores que surgem nos olhos, como o retinoblastoma. Mais presente na infância, ele atinge cerca de 400 crianças por ano no Brasil e acarreta um reflexo branco na pupila que é observado ao irradiar uma luz artificial no globo ocular. O diagnóstico precoce catapulta as chances de cura e preservação da visão — o teste do olhinho auxilia nesse sentido. Mas o elo entre oftalmologia e oncologia não para por aí.
O câncer de hipófise, ao crescer, espreme o nervo óptico, responsável por levar as informações visuais para o cérebro. E há ainda casos em que um tumor aparece em um local (nas mamas, no pulmão, na pele…) e, então, espalha-se para os olhos.
O tratamento depende de cada situação. Cirurgia e químio são algumas das estratégias.

5. Doenças sexualmente transmissíveis
Poderíamos citar várias, mas ficaremos em duas: aids e sífilis. Na primeira, a queda de imunidade faz com que inimigos oportunistas, como citomegalovírus e herpes, danifiquem até os olhos. Dor, dificuldade pra enxergar e vermelhidão merecem investigação.
No mais, o déficit imune abre as portas para o sarcoma de Kaposi, um câncer que às vezes se instala no órgão da visão. Ainda bem que, com tratamento adequado, tais consequências são raras hoje em dia. “A evolução dos antirretrovirais possibilitou um melhor controle do HIV”, comemora Celso Granato, infectologista do Fleury Medicina e Saúde.
A bactéria da sífilis, por sua vez, é capaz de cair na circulação e desembarcar nos olhos. E um estudo da Universidade de São Paulo sugere um aumento nos episódios de cegueira no Brasil causado pela infecção. Para prevenir, use camisinha.

6. Dengue, zika e chikungunya
Cada uma delas possui suas complicações, porém todas se manifestam de alguma forma no olho, segundo Granato. Tanto dengue quanto chikungunya costumam originar dores atrás do globo ocular como um dos sinais iniciais. Já na infecção por zika, cerca de 50% dos infectados têm conjuntivite.
O diagnóstico é firmado por meio de uma avaliação do médico, com apoio de exames laboratoriais. Conforme esses vírus, transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti, são debelados pelo corpo, os sintomas que descrevemos tendem a desaparecer.

7. Tuberculose
Em um primeiro estágio, suas manifestações estão mais atreladas aos pulmões (tosse, falta de ar…). Só que, com o tempo, o bacilo de Koch, bactéria por trás da tuberculose, consegue fixar moradia no globo ocular. Normalmente, o paciente se queixa de fotofobia, lacrimejamento, desconforto e baixa percepção visual.
Como se safar de todos esses estorvos? Com detecção precoce e adesão aos medicamentos prescritos pelo especialista, que deverão ser tomados por um tempo considerável para livrar o organismo da doença. Aqui, a negligência pode terminar em cegueira.

8. Males neurológicos
O nervo óptico, localizado no fundo da retina, é uma extensão do cérebro. Ou seja, quando a massa cinzenta sofre com alguma coisa, é possível que o olho acuse. Prova disso é o embaçamento súbito da visão após um AVC.
O neurologista Denis Bichuetti, da Unifesp, ressalta que certas anomalias na retina chegam a antever um derrame meses antes. Mas, para pegá-las a tempo de intervir, só indo ao médico mesmo.
Ainda no mundo da neurologia, cabe lembrar da esclerose múltipla, distúrbio autoimune que é uma importante causa de alterações na vista antes dos 40 anos. A sensação de visão turva ou dupla vai e vem de acordo com as crises e o tratamento.

9. Problemas no fígado
Está na boca do povo: se o olho fica amarelado, o fígado anda de mal a pior. Por quê? Danos nesse órgão levam a um acúmulo de bilirrubina, que passa a trafegar pelos vasos sanguíneos até desembocar no globo ocular. E essa substância tem cor… isso mesmo, amarela.
As hepatites virais e a alcoólica, por exemplo, podem ser flagradas por causa dessa mudança na tonalidade — mas a verdade é que, quando pintam o olho, elas provavelmente já deterioraram bastante o fígado.
A boa notícia é que a mudança na tonalidade não significa que a visão vai anuviar dali um tempo. Controlando os estragos hepáticos, o branco volta a imperar.

O checkup dos olhos
Ficou claro que ir ao oftalmo é uma ótima tática para preservar a saúde como um todo, certo? Pois bem: há uma indicação genérica de marcar uma consulta com ele todo ano, porém isso varia demais. Pessoas com certas condições necessitam de vistorias mais frequentes, enquanto outras podem espaçá-las.

Para definir a periodicidade, fale com o doutor. E, ao suspeitar de qualquer sinal, não demore a buscar apoio. “É vital descobrir quais doenças causam os sintomas”, afirma Rony Preti, oftalmologista da Universidade de São Paulo e do Preti Eye Institute.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/9-problemas-de-saude-que-se-manifestam-pelos-olhos/ - Por Camila Brunelli - Ilustração: William Santiago/SAÚDE é Vital

sábado, 26 de janeiro de 2019

O que põe o coração das mulheres brasileiras em risco


Nova pesquisa revela quais os percalços no dia a dia que mais patrocinam fatores de risco por trás de problemas cardiovasculares entre o sexo feminino

Excesso de trabalho, conflitos familiares, ansiedade, violência e mobilidade urbana estão deixando as brasileiras à beira de um ataque… Cardíaco. O alerta vem de um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), que submeteu 692 voluntárias a um questionário a fim de encontrar uma explicação para o alto índice de panes no peito da ala feminina.

O primeiro dado que chama a atenção é o fato de 55% das entrevistadas trabalharem mais de oito horas por dia. Não à toa, quase 70% acusam o serviço como o grande motivo pelo estresse, uma baita ameaça ao peito. Essas preocupações com o emprego, aliás, lideram o ranking de instigadores da tensão.

Em segundo lugar para a causa do estresse vem a ansiedade, lembrada por mais de 50% da ala feminina. Família (39%), violência (36%) e o trânsito (29%) surgem na sequência.

Só não pense que o nervosismo do dia a dia é o único vilão do coração da mulher: aproximadamente 70% das entrevistadas têm histórico de hipertensão e doenças cardíacas na família, 42% consomem bebidas alcoólicas e 45% dormem menos de seis horas por noite – o ideal seria de sete a nove.


“Para mudar esse cenário, estamos trabalhando na Campanha Mulher Coração, cujo objetivo é promover a importância de adotar um estilo de vida saudável e passar por um checkup regularmente”, informa Antonio Carlos Lopes, presidente da SBCM, em São Paulo.

Por ano, cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem em decorrência de algum problema cardiovascular. Dessas, quase metade pertence ao sexo feminino — número tão expressivo quanto o estrago causado pelos tumores de mama e útero juntos. Só no Brasil, as cardiopatias chegam a ser responsáveis por três a cada dez mortes em mulheres com mais de 40 anos. É o maior índice registrado na América Latina.

O lado B(om) da pesquisa
85% das entrevistadas não são fumantes
77% investem em atividades de lazer para relaxar
71% das participantes que passaram dos 45 anos já foram a um clínico geral ou cardiologista para fazer os exames necessários
61% praticam exercício físico pelo menos uma ou duas vezes por semana


sábado, 19 de janeiro de 2019

10 grandes ameaças à saúde em 2019, segundo a OMS


A Organização Mundial da Saúde divulgou uma lista de problemas que podem causar muitas vítimas neste ano – de gripe à dengue

O ano de 2019 marca a divulgação do novo plano estratégico da Organização Mundial da Saúde (OMS) para ampliar o acesso a saúde de qualidade ao redor do mundo. E, como parte do projeto, a instituição listou grandes problemas que precisam ser contra-atacados desde já para evitarmos mortes desnecessárias e quedas drásticas no bem-estar da população.

Vamos a eles?

1) Poluição do ar e mudança climática
Segundo a OMS, nove a cada pessoas no mundo respiram ar poluído todo dia. O resultado: 7 milhões de mortes por doenças relacionadas à poluição no mundo. E 90% desses óbitos vêm de países de baixa ou média renda.

2) Doenças crônicas não contagiosas
Diabetes, hipertensão, câncer, DPOC… A incidência dessa e de outras enfermidades crônicas é altíssima. Essas encrencas, juntas, são responsáveis por 70% de todas as mortes no mundo. São 41 milhões de vítimas.
Sedentarismo, alimentação inadequado, tabagismo – e até a poluição – têm a ver com essa epidemia de doenças crônicas. Para destacarmos uma, SAÚDE recentemente destacou as causas e o tratamento da pressão alta.

3) Pandemia global de gripe
“O mundo vai enfrentar outra pandemia do vírus influenza. Só não sabemos quando ou quão severa ela será”, diz o comunicado da OMS. Todo ano, a entidade avalia os casos existentes e, a partir daí, recomenda adaptações anuais na vacina contra a gripe.
Nesse sentido, nós abordamos a criação de um imunizante contra esse vírus especificamente para idosos. Confira suas vantagens aqui.

4) Locais em crise ou com fragilidade social
A Organização Mundial de Saúde afirma que 1,6 bilhão de indivíduos moram em locais com pouquíssima infraestrutura. E isso é um drama do ponto de vista humanitário.
Enquanto outras regiões dispõem de hospitais de última geração, que atendem casos complexos, nesses lugares abalados por crises, as grandes causas de mortes costumam ser diarreia, infecções preveníveis – além da violência, é claro.

5) Resistência bacteriana
O uso excessivo de antibióticos, tanto em seres humanos como em animais de corte (gado, porco, frango…) cria, no longo prazo, superbactérias que não respondem aos tratamentos convencionais. Só em 2017, 600 mil casos de tuberculose eram resistentes ao principal remédio usado contra essa infecção. E esse é só um exemplo.
Uma colunista do site da SAÚDE explicou esse tema mais fundo. Clique aqui para ler – e faça sua parte!

6) Ebola e outros agentes infecciosos letais
Estamos falando de vírus, bactérias e outros patógenos de alta periculosidade. A bem da verdade, eles costumam ficar restritos a um ou outro país – como os surtos de ebola, que afligiram especialmente o Congo.
No entanto, uma falha nos mecanismos de saúde pública poderia causar uma epidemia com potencial destruidor na sociedade. O desenvolvimento de nações mais pobres e o fortalecimento da infraestrutura de controle dessas infecções ajudaria bastante nesse sentido.

7) Atendimento primário de saúde deficiente
Esse é o primeiro contato da pessoa com o setor de saúde. Com um atendimento eficaz, é possível afastar uma série de doenças e, de quebra, identificar tantas outras que podem estar escondidas – de novo, podemos citar diabetes, câncer e pressão alta.
Entretanto, a OMS declara que muitos países dão pouca atenção para essas consultas mais preventivas. Uma pena.

8) Medo de vacina
Está aí uma das histórias mais bizarras da saúde moderna. Embora salve de 2 a 3 milhões de vidas por ano, a vacinação virou alvo de alguns grupos que alegam, sem qualquer base científica, malefícios dessa estratégia. Uma colunista do site da SAÚDE fez um artigo interessantíssimo sobre o assunto, batizado de Por que o movimento antivacina não tem um pingo de sentido.
Além disso, os imunizantes são vítimas do próprio sucesso. Como as doenças contra as quais eles foram criados somem do mapa com um bom programa de vacinação, as pessoas hoje em dia minimizam a gravidades dessas encrencas e pensam que as injeções não trarão benefícios. Ledo engano – e o aumento nose casos de sarampo e febre amarela no Brasil deixam isso bem claro.

9) Dengue
Essa é uma velha conhecida nossa. A OMS pretende, até 2020, diminuir 50% das mortes por causa dessa infecção.
Mas o fato é: sem um trabalho comunitário árduo e sem a participação de cada um de nós, essa doença vai continuar provocando estragos em larga escala. Quer saber como se proteger de verdade desse problema? Clique aqui.

10) HIV
Um clássico engano, com repercussões trágicas, é imaginar que a aids está sob controle. Não está, como ficou claro neste artigo que Richard Parker, diretor-presidente da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids, escreveu para a SAÚDE.
Hoje em dia, mais ou menos 37 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV. É necessário encarar esse problema de frente, sem preconceito, para de fato controlarmos a epidemia. Caso tenha interesse, produzimos um material com tudo o que você precisa saber sobre a aids.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/10-grandes-ameacas-a-saude-em-2019-segundo-a-oms/ - Por Da Redação - Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital

domingo, 7 de outubro de 2018

Por que alguns casais não conseguem engravidar?


Há diversos fatores, que envolvem tanto a mulher quanto o homem

FATORES FEMININOS – 60%

10% – ESTERILIDADE SEM CAUSA APARENTE
A mulher ovula normalmente, não há obstrução nas trompas, os espermatozoides estão saudáveis e, ainda assim, não consegue engravidar
POR QUE ACONTECE Os médicos não sabem explicar o motivo

15% – FATORES OVARIANOS
Problemas hormonais que impedem a ovulação, ou seja, o ovário não produz óvulo nenhum
POR QUE ACONTECE Ovários policísticos (formação de cistos na ovulação)

35% – FATORES PERITONEAIS
Alteração na anatomia nas trompas de Falópio que impede o espermatozoide de chegar ao óvulo
POR QUE ACONTECE DSTs, como clamídia e gonorreia, podem causar infecções e alterar a anatomia do órgão. Endometriose (leia mais abaixo) também é um fator

PROBLEMAS DA MULHER
Podem ser falhas hormonais ou alterações anatômicas, como a endometriose, doença em que as células do útero que seriam eliminadas na menstruação se acoplam na bexiga, intestino ou nas trompas

De 10 a 15% das mulheres têm ovário policístico
20% das mulheres têm endometriose
PROBLEMAS DO HOMEM
Alterações na quantidade e na qualidade dos espermatozoides (o normal são 20 milhões por mililitro de sêmen). Em geral, o problema acontece com homens obesos, fumantes ou que usam anabolizantes

PROBLEMAS NOS DOIS
Pode ser alguma infertilidade genética, como alterações no epidídimo (duto de coleta e armazenamento de espermatozoides), no caso do homem, ou a presença de miomas benignos, por exemplo, no útero, no caso da mulher

A produção de hormônios cai com o tempo. Quanto mais tarde o casal esperar ter filhos, maior a dificuldade de ocorrer uma fecundação

Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-que-alguns-casais-nao-conseguem-engravidar/ - Por Carol Castro - Rômolo D'Hipólito/Mundo Estranho

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Adolescentes que fumam e bebem já podem ter problemas nas artérias


Não é preciso enfiar o pé na jaca ao longo da vida inteira para ter problemas graves. Estudo revela que álcool e tabagismo podem afetar o sistema cardiovascular já a partir dos 13 anos de idade

Não há dose segura de álcool – nem idade em que a bebida não seja prejudicial. E o mesmo vale para o cigarro. Essa é a conclusão de uma pesquisa da Universidade College London, na Inglaterra, publicada no periódico European Heart Journal.

Ao analisar 1.266 adolescentes, os cientistas perceberam que as artérias de jovens que têm o hábito de fumar e beber já apresentam sinais de enrijecimento, algo que só costuma acontecer a partir dos 40 anos. A longo prazo, artérias mais duras – condição conhecida como aterosclerose – prejudicam a circulação sanguínea e aumentam o risco de infarto e derrame, por exemplo.

O trabalho foi feito com meninos e meninas de 13, 15 e 17 anos de idade, que passaram por exames para avaliar como estava o funcionamento de suas artérias e também responderam a questionários sobre quantos cigarros já haviam fumado na vida e a frequência com que consumiam álcool.

Os participantes foram divididos em grupos, de acordo com o modo como usavam as duas drogas. Em relação ao fumo, aqueles que haviam tragado até 20 cigarros ao longo da vida ficaram na turma de baixa intensidade; quem já tinha consumido entre 20 e 99 cigarros foi classificado como moderado; e os que já haviam ultrapassado a marca de 100 cigarros foram considerados usuários de alta intensidade. Esses últimos apresentaram um risco 3,7% maior de enrijecimento das artérias em relação à turma que fumou pouco.

Quanto ao álcool, os voluntários foram agrupados de acordo com a quantidade de bebida que ingeriam nos dias em que saíam com os amigos. Entornar mais de 10 drinques foi considerado um consumo intenso; entre três e nove, moderado; e menos de dois, baixo. A galera que pegava mais pesado na bebida tinha uma probabilidade 4,7% maior de desenvolver o problema cardiovascular. Mais: entre aqueles que abusavam do álcool e do cigarro, esse risco subia para 10,8%.

A boa notícia é que o quadro pode ser reversível. “Vimos que, se os adolescentes param de fumar e beber, suas artérias tendem a voltar ao normal”, relata John Deanfield, líder da investigação, em nota divulgada à imprensa.

Os autores alertam ainda que a idade em que os jovens começam a consumir cigarro e álcool não importa – os efeitos são os mesmos aos 13 ou aos 17 anos. Para Marietta Charakida, que também conduziu a pesquisa, os governantes têm um papel fundamental em cuidar da saúde dessas pessoas. “Precisamos implementar estratégias educacionais eficientes, já na infância, para desestimular os adolescentes a fumar e beber”, opina.

No Brasil
Por aqui, 1,8 milhão de adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos assumem que já fumaram pelo menos um cigarro, o que representa 18,5% das pessoas dessa faixa etária. O dado, divulgado no início de 2018, é do Erica – Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes, conduzido pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e outras instituições estrangeiras. Apesar de esse número ser alto, ele mostra que o hábito está caindo entre os jovens – em 2009, 24% assumiam já terem tragado ao menos uma vez, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao álcool, a tendência é inversa: 1,5 milhão de adolescentes de 13 ou 14 anos confessam já ter experimentado alguma bebida, de acordo a pesquisa do IBGE. Esse montante representa 55% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental – índice 5% maior do que a mesma pesquisa havia apontado em 2012.


quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Não existe nível seguro para consumo de álcool


O álcool contribui para 2,8 milhões de mortes por ano em todo o mundo, e não há nível seguro de consumo de álcool, mostra estudo publicado na revista The Lancet.

A nova análise de centenas de estudos realizados entre 1990 e 2016 constatou que uma em cada três pessoas no mundo (2,4 bilhões de pessoas) ingere bebida alcoólica e que 6,8% dos homens e 2,2% das mulheres morrem de problemas de saúde relacionados ao álcool a cada ano.

A Dinamarca liderou a lista para a maioria daqueles que bebem (97% dos homens e 95% das mulheres), enquanto a Romênia (homens) e a Ucrânia (mulheres) tem aqueles que bebem de forma mais pesada.

Em todo o mundo, o uso de álcool foi o sétimo fator de risco de morte precoce e incapacidade em 2016. Foi a principal causa de morte prematura e incapacidade entre os 15 e os 49 anos de idade, representando uma em cada 10 mortes. Nesta faixa etária, as principais causas de mortes relacionadas ao álcool foram tuberculose (1,4%), lesões na estrada (1,2%) e automutilação (1,1%), mostraram os resultados.

Entre as pessoas de 50 anos ou mais, o câncer foi uma das principais causas de morte relacionada ao álcool, sendo responsável por 27% das mortes em mulheres e quase 19% das mortes em homens.

Qualquer proteção que o álcool possa proporcionar contra doenças cardíacas é superada pelos problemas de saúde que causa, particularmente o câncer, de acordo com os autores do estudo.

Os pesquisadores calcularam que as pessoas que tomam uma bebida padrão (10 gramas de álcool puro) por dia têm um risco 0,5% maior de um dos 23 problemas de saúde relacionados ao álcool do que os abstêmios.

O risco era 7% maior em pessoas que tomavam dois drinques por dia e 37% mais entre as pessoas que tomavam cinco drinques por dia, de acordo com o relatório.

O novo estudo oferece forte apoio a uma diretriz do Reino Unido que indica que não existe 'nível seguro de consumo de álcool.

Fonte: The Lancet. News release.


terça-feira, 21 de agosto de 2018

O formato do seu umbigo pode revelar algo sobre a sua saúde


O umbigo nada mais é do que uma cicatriz do nosso corpo decorrente da cicatrização do corte do cordão umbilical – aquele cordão que liga a mãe ao bebê durante a gestação.

Ele não possui qualquer função em nosso corpo, porém segundo o site Healthy Tips World, ele pode nos avisar sobre alguns problemas que podemos ter com relação a nossa saúde.

Isso pode parecer estranho, mas analisando a aparência do seu umbigo, você pode saber se você sofre de alguma doença. Vamos descobrir quais são as formas mais comuns de umbigo, e quais doenças estas formas podem esconder.

1- Umbigo abaulado, como um botão
O umbigo um pouco abaulado pode ser normal, mas se você notar que ele está demasiadamente abaulado do que já é normalmente, e recentemente você levantou algo pesado, isso pode significar um risco de hérnia.

2- Uma pequena protuberância
Se seu umbigo tiver pequena protuberância indica que você provavelmente está propenso a gripe.

3- Umbigo fundo
Umbigo fundo pode significar que você normalmente tem problema com o seu peso e tem propensão a problemas digestivos e constipação.

4- Umbigo com formato de amêndoa
Isso significa que você deve ter cuidado com enxaquecas e dores musculares, mas você também está propenso a ter ossos fracos.

5- Umbigo em forma de “U”
Essa forma de umbigo indica que você pode ser propenso a ter doenças renais e de pele. Mas seu filho terá menor probabilidade de nascer com deformidades genéticas.

Se isso é uma verdade ou não, vamos prestar mais atenção ao nosso umbigo!

* Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.


sábado, 14 de julho de 2018

Obesidade não causa risco maior de morte, diz estudo


Nós costumamos acreditar que a obesidade está ligada a problemas de saúde, mas parece que isso não é exatamente verdade. Segundo um novo estudo, ser obeso não significa necessariamente que você é doente. Pesquisadores da Faculdade de Saúde da Universidade de York, nos EUA, descobriram que pacientes obesos, mas sem nenhum outro fator de risco metabólico, como pressão alta ou altos níveis de colesterol, não têm um aumento na taxa de mortalidade.

O estudo, liderado por Jennifer Kuk, professora da Escola de Cinesiologia e Ciências da Saúde da Universidade de York, mostrou que, ao contrário de condições como hipertensão ou diabetes, que sozinhas estão relacionadas com um alto risco de mortalidade, esse não é o caso da obesidade, quando considerada isoladamente.

O estudo acompanhou mais de 54 mil homens e mulheres que participaram de outros cinco estudos. Eles foram colocados em três categorias: aqueles que tinham apenas obesidade, aqueles com algum fator metabólico isolado, seja glicose, pressão arterial ou lipídios elevados, e aqueles obesos e com outro fator metabólico agindo em conjunto. Os pesquisadores observaram quantas pessoas dentro de cada grupo morreram, em comparação com aqueles dentro da população de peso normal e sem fatores de risco metabólicos.

Os pesquisadores descobriram que 1 em cada 20 indivíduos obesos não apresentava outras anormalidades metabólicas.

“Estamos mostrando que os indivíduos com obesidade metabolicamente saudável não possuem uma taxa de mortalidade elevada. Descobrimos que uma pessoa com peso normal e sem outros fatores de risco metabólicos tem a mesma probabilidade de morrer do que a pessoa com obesidade e sem outros fatores de risco”, garante Kuk na matéria publicada no site da universidade. “Isso significa que centenas de milhares de pessoas apenas na América do Norte (em outros lugares do mundo não é diferente) com obesidade metabolicamente saudável estão sendo orientadas a perder peso quando é questionável quanto benefício elas realmente receberão (com isso)”, alerta.

Segundo Kuk, os resultados deste estudo podem afetar a forma como pensamos sobre a obesidade e a saúde. “Isso contrasta com a maior parte da literatura”, define Jennifer Kuk. Segundo ela, a maioria dos estudos definiu a obesidade “saudável” como tendo um fator de risco metabólico – o que é um problema, já que condições como açúcar elevado no sangue e colesterol ruim aumentam o risco de mortalidade de qualquer pessoa, magra ou gorda. “É provável que a maioria dos estudos tenha relatado que a obesidade “saudável” ainda está relacionada com maior risco de mortalidade”, diz ela. [Universidade de York, Science Daily, NY Post]


sexta-feira, 13 de julho de 2018

Suplementos multivitamínicos não evitam infarto e AVC


Ao menos para a população geral, ficar tomando pílulas de vitaminas e minerais não evita problemas cardiovasculares, segundo estudo gigantesco

“Tem sido bastante difícil convencer as pessoas, incluindo pesquisadores de nutrição, a aceitar que suplementos multivitamínicos e de minerais não previnem doenças cardiovasculares, como AVC e infarto”, sentencia o cardiologista Joonseok Kim, da Universidade do Alabama em Birmingham, nos Estados Unidos. “Esperamos que nosso estudo reduza o entusiasmo sobre esses produtos”, completa o cientista, em comunicado.

Mas, afinal, que experimento é esse? Trata-se, na verdade, de uma revisão de 18 estudos, que somam mais de 12 milhões de voluntários. Enquanto uma parte dessa gente consumia os multivitamínicos com frequência, a outra dispensava as pílulas – em média, eles foram acompanhados por 12 anos.

Resultado: não houve qualquer diferença significativa na mortalidade por doenças cardiovasculares entre as duas turmas. A ingestão desse tipo de suplemento também não evitou infartos ou derrames.

“Embora os multivitamínicos, quando tomados em moderação, dificilmente causem danos, suplicamos para que as pessoas protejam o próprio coração entendendo seus riscos individuais e conversando com um profissional sobre medidas comprovadamente eficazes. Elas incluem alimentação saudável, exercício físico, cessação do tabagismo […] e, se necessário, tratamento”, defende Kim. Além disso, os multivitamínicos não costumam ser baratos.

O que esse levantamento conclui, em resumo, é que a população em geral deveria parar de recorrer a supostas pílulas mágicas (e isso não inclui apenas suplementos) ao invés de apostar em táticas já consagradas. Só que aqui cabe uma ponderação.

A revisão foi feita com a população em geral. Ou seja, é possível que indivíduos com carência comprovada de algum nutriente se beneficiem de um aporte extra dele – e isso não seria identificado em trabalho científico desse tipo. No entanto, os especialistas sempre defendem que abastecer o corpo de substâncias benéficas por meio da alimentação. E nunca comprar suplementos por conta própria.

Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/suplementos-multivitaminicos-nao-evitam-infarto-e-avc/ - Por Da Redação - Ilustração: Pedro Hamdan/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Frio aumenta o risco de problemas cardíacos


Quando as temperaturas despencam, a probabilidade de internação por insuficiência cardíaca e infarto sobe 30%

Entre junho e agosto, meses marcados por temperaturas mais frias, as internações nos hospitais públicos da cidade de São Paulo por insuficiência cardíaca e infarto chegam a ser 30% maiores do que no verão. É o que mostra estudo inédito realizado por médicos da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.

A pesquisa, liderada pelo cardiologista Eduardo Pesaro considerou todas as internações por insuficiência cardíaca (76 474 casos) e infarto agudo do miocárdio (54 561 casos) registradas em 61 hospitais públicos da capital paulista entre janeiro de 2008 e abril de 2015.

Os dados fazem parte do Cadastro Nacional de Saúde, do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram consideradas também as temperaturas mínima, máxima e média em cada período ao longo desses sete anos, registradas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). “Provavelmente isso se dá por fenômenos múltiplos, como o frio e a qualidade de ar como principais aspectos de risco. As pessoas que estão em maior risco e que já são doentes, com pressão alta, diabetes, devem ter uma atenção especial nesse período e maior controle como tomar corretamente o remédio e medir a pressão”, aconselhou o cardiologista.

A pesquisa mostrou ainda que o número médio de internações por insuficiência cardíaca no inverno foi maior em pacientes com mais de 40 anos. Já as hospitalizações por infarto foram registradas em maior número em pacientes com idade superior a 50 anos. De acordo com o cardiologista, as causas do aumento do risco cardiovascular no inverno não estão diretamente ligadas à queda do ponteiro do termômetro, mas às condições ambientais e socioeconômicas de São Paulo.

“Inverno não significa só frio, mesmo porque em São Paulo ele é ameno, com temperatura média de 18 graus e variação de apenas 5 graus. Ele também significa poluição aumentada, crescimento de epidemias provocadas pelo vírus da gripe, o Influenza, além do tempo seco”, diz Pesaro.

Poluição
Com uma população de quase 12 milhões de habitantes e uma frota de 8,64 milhões de veículos (incluindo caminhões e ônibus), São Paulo fica mais poluída no inverno. A baixa umidade, chuva reduzida e as frequentes inversões térmicas (quando o ar frio é bloqueado por uma camada de ar quente e fica preso perto da superfície) são condições que impedem a dispersão de poluentes como monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e material particulável inalável.

 “Temperatura baixa, pouca umidade e alta poluição contribuem para uma maior incidência de doenças respiratórias e gripe, com o consequente aumento do risco cardiovascular”, explica Pesaro.

Uma das hipóteses levantada no estudo é de que o aumento da probabilidade de infarto e de insuficiência cardíaca no inverno está relacionado às condições socioeconômicas da população. De acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na região metropolitana de São Paulo, 596 479 casas são consideradas subnormais, como assentamentos irregulares, favelas, invasões, palafitas, comunidades com deficiência na oferta de serviços públicos básicos, como rede de esgoto e tratamento de água, coleta de lixo e energia elétrica. A capital paulista concentra dois terços desse total ou 397 652 lares.

“Em São Paulo, uma população mais desamparada, com casas improvisadas ou sem aquecimento, mais exposta à poluição e ao frio pode apresentar mais risco de ter doenças cardíacas no inverno que uma pessoa que mora em um país de clima temperado, mas está mais protegida por ter calefação na residência e roupas melhores”, diz Pesaro.

Para se proteger, ele recomenda que as pessoas que têm condições, aqueçam bem a casa. “Um aquecedor portátil ajuda em semanas mais extremas de frio. Outra coisa é tratar do vazamento de ar frio por janelas, portas e telhado. E também se agasalhar melhor, pois tudo isso contribui com a proteção, a ideia é não expor ao frio as pessoas que têm maior risco, como idosos e doentes cardiovasculares”.

Ele ainda ressalta a importância da vacinação. “As epidemias virais e as gripes aumentam o risco cardíaco. Vacinar-se especialmente nas vésperas do outono e inverno é importante também”.

O que acontece com o coração
O frio faz os vasos sanguíneos se contraírem e eleva a liberação de adrenalina, o que culmina na subida da pressão arterial. Além disso, o aumento da poluição contribui para doenças respiratórias que sobrecarregam o coração. Já o Influenza (vírus da gripe) é capaz de causar inchaço ou inflamação das coronárias, com a possibilidade de liberar as placas de colesterol nela depositadas. As placas, por sua vez, podem causar bloqueios e interromper o fluxo sanguíneo.

Para Pesaro, o governo precisa investir em políticas públicas que melhorem a qualidade de vida da população. “As pessoas e os governos têm que cuidar melhor daqueles indivíduos em maior risco durante o inverno. Quem tem risco deve regularizar o controle das suas próprias doenças, como por exemplo, pressão alta, que sabemos que aumenta no inverno, lembrar de tomar os remédios, fazer a medida da pressão com periodicidade e tentar não passar frio mesmo dentro de casa”, aconselha.

Esse texto foi publicado originalmente no site da Agência Brasil.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/frio-aumenta-o-risco-de-problemas-cardiacos/ - Por Ludmilla Souza - Ilustração: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital

sábado, 24 de março de 2018

6 sinais externos de que você pode ter problemas no coração

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo todo.

Infelizmente, o primeiro sinal que muitas pessoas têm de que seu coração não está em boas condições é quando sofrem um ataque cardíaco. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, 300 mil pessoas sofrem infartos todos os anos. Em 30% dos casos, o ataque cardíaco é fatal.

Embora seja impossível detectar sozinho todos os alertas que indicam que você tem um problema no coração, existem alguns sinais visíveis e externos que podem prever um futuro evento cardíaco.

Tenha em mente de que os sintomas da lista abaixo também podem ter causas benignas. Se você estiver preocupado com sua saúde ou em dúvida, deve procurar um médico para obter uma opinião especializada.

1. Sinais de Frank
Um desses indicadores externos é o aparecimento de pregas diagonais nos lóbulos das orelhas, conhecidas como “sinais de Frank”, em homenagem a Sanders Frank, o médico americano que as descreveu pela primeira vez.
Mais de 40 estudos científicos demonstraram que há uma associação entre essas pregas na orelha e o risco aumentado de aterosclerose, uma doença em que placas se acumulam dentro das artérias.


 Não está claro qual é a causa da associação, mas pode ser que as duas condições tenham uma origem embriológica compartilhada.
Mais recentemente, algumas pesquisas notaram que estas pregas também podem ter ligação com doença cerebrovascular, uma condição que afeta os vasos sanguíneos no cérebro.

2. Xantomas
Outro indicador externo de problemas cardíacos são os xantomas, saliências gordurosas e amareladas que podem aparecer nos cotovelos, joelhos, nádegas ou pálpebras. São espécies de “tumores benignos”, ou seja, inofensivos, mas podem ser um sinal de problemas maiores.
Os xantomas são mais comumente vistos em pessoas com uma doença genética chamada hipercolesterolemia familiar. Indivíduos com essa condição têm níveis excepcionalmente altos de LDL (lipoproteína de baixa densidade), o chamado “colesterol ruim”. Os níveis deste colesterol são tão altos que se depositam na pele. Infelizmente, esses depósitos de gordura também podem se acumular nas artérias que suprem o coração.
O mecanismo que causa esses depósitos de gordura nos tecidos ocupa um lugar icônico na medicina, pois levou ao desenvolvimento de um dos grupos de drogas que reduzem o colesterol: as estatinas.

3. Hipocratismo digital
Um fenômeno conhecido como hipocratismo ou baqueteamento digital também pode ser um sinal de que nem tudo está bem com o seu coração.
 Nele, as unhas mudam de forma, tornando-se mais grossas e largas, devido à produção de mais tecido. A mudança geralmente é indolor e acontece nas duas mãos. Isso pode ocorrer porque o sangue oxigenado não atinge os dedos adequadamente, de forma que células produzem um “fator” que promove o crescimento para tentar corrigir o problema.
Esse sintoma médico foi descrito pela primeira vez por Hipócrates, no século V aC. É por isso que é às vezes chamado de “dedos hipocráticos”.

4. Arcos senis
Depósitos de gordura nos olhos, chamados de “arcos senis”, também podem podem indicar problemas cardíacos.
Esses arcos começam na parte superior e inferior da íris, até progredir para formar um anel completo. Não interferem na visão.
Cerca de 45% das pessoas com mais de 40 anos têm esse halo de gordura ao redor da íris, aumentando para cerca de 70% nas pessoas com mais de 60 anos.
A presença desse anel gorduroso tem sido associada a alguns dos fatores de risco para doença coronariana.

5. Dentes e gengivas podres
O estado da sua saúde bucal também pode ser um bom indicador do estado da sua saúde cardiovascular.
A boca é cheia de bactérias, boas e ruins. As bactérias “ruins” podem entrar na corrente sanguínea pela boca e causar inflamação nos vasos sanguíneos, o que por sua vez pode levar a doenças cardiovasculares.
Estudos mostraram que perda dentária e gengivas inflamadas (periodontite) são marcadores de doença cardíaca.

6. Lábios azuis
Outro indicador de saúde é a cor dos seus lábios.
Os lábios geralmente são vermelhos, mas podem assumir uma coloração azulada (cianose) em pessoas com problemas cardíacos, quando o sistema cardiovascular falha em liberar sangue oxigenado para os tecidos.
Naturalmente, as pessoas também podem ficar com os lábios azuis quando estão com muito frio ou em altitude elevada. Nesses casos, a “boca roxa” provavelmente é devida a uma falta temporária de oxigênio, e deve retornar ao normal rapidamente. [ScienceAlert, Brasil]


terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Saiba como solucionar os problemas de beleza mais comuns do verão

Suor na franja, bolinhas vermelhas belo corpo, lábios descamados... Se só de pensar nessas situações já te dá desespero, saiba que é possível combater todos estes e outros problemas comuns do verão

Não é apenas sob o sol que precisamos tomar cuidado nessa estação. O corre-corre com esse calorão, que não dá trégua, também coloca em xeque o visual, a maquiagem e a saúde da pele. Para evitar riscos desnecessários, selecionamos problemas comuns do cotidiano para você driblar com facilidade seguindo as dicas de profissionais a seguir:

Suor na franja

Poucas coisas são tão desastrosas quanto isso, porque, como o rosto fica em evidência, é um problema que incomoda demais. Cabelo colado na testa, cacho que enrola além do normal e acaba ficando mais curto, liso que fica ondulado e sem forma definida, enfim. Marcelo Brito, cabeleireiro do Spa do Cabelo do Studio Tez, de São Paulo (SP), conta que quando transpiramos os cabelos dessa região tendem a absorver a umidade como uma esponja, causando o estrago, e diz que a única saída é prender os fios. “E tirar proveito de grampos e presilhas ou fazer coques altos e rabos de cavalo, e ainda usar um suave topete com gel de efeito seco. Essa é uma boa dica até mesmo para quem não se incomoda com a franja, pois o suor resseca os fios. Pra quem prefere usar os cabelos soltos, um xampu a seco em spray também ajuda, inclusive pode ser aplicado apenas na região da franja”, ensina.

Descamação nos lábios

Engana-se quem pensa que o problema é típico do inverno. Que nada. Ambientes secos (por causa do ar-condicionado),  poluição e exposição excessiva ao sol podem levar ao ressecamento dos lábios.  Ficar puxando as peles soltas piora ainda mais. Apolonia Sales, dermatologista do Rio de Janeiro (RJ), explica que a cútis dessa região é diferente da do resto do corpo, sendo mais sensível às agressões do meio ambiente. “Para prevenir, deve-se beber bastante água, evitar ambientes muito secos, não passar saliva, usar protetor solar labial ao se expor ao sol e tratar com hidratantes labiais diariamente”, frisa a médica, que recomenda uma leve esfoliação com uma toalha úmida para retirar a pele em excesso, quando começa a soltar.

Bolinhas vermelhas

Esses sinais, muito comuns no calor, são chamados de brotoejas e podem aparecer tanto pelo excesso de transpiração quanto pelo uso excessivo de protetor solar, que, com o tempo, obstrui os poros. “No início, formam-se bolinhas cristalinas que não coçam nem incomodam. Mas se a transpiração e outros fatores que obstruem a pele continuam, elas inflamam e ficam avermelhadas, e, aí sim, podem causar coceira”, descreve Samanta Nunes. O uso de roupas leves, higiene adequada (com sabonetes específicos para o tipo de pele e esfoliantes leves para manter a pele limpa e livre de resíduos) e filtros solares menos oleosos (em loção ou gel) ajudam muito na prevenção do problema. “Se mesmo assim aparecer, é bom usar algo para desobstruir e desinflamar a derme, como água termal ou talco em creme. Normalmente, elas desaparecem espontaneamente. Se persistirem, é indicado procurar um dermatologista”, recomenda a dermatologista.

Inchaço nas pernas

A temperatura elevada causa a dilatação dos vasos sanguíneos, e com isso pode ocorrer o inchaço, sendo ainda pior para quem já tem essa tendência por outros fatores, como genética, por exemplo. Algumas medidas ajudam a aliviar essa pressão, como movimentar-se e evitar ficar sentada ou em pé por muito tempo, colocar as pernas em uma posição mais elevada que o corpo por alguns minutos e fazer drenagens linfáticas regulares.  Há casos em que pode ser indicado o uso de meias elásticas – difícil vai ser suportar o calor.


segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Você exagera nas festas de final de ano? Veja dicas para evitar problemas

Além da ressaca, o uso de álcool em excesso pode ocasionar amnésia alcoólica

Final de ano chegando e com ele as confraternizações em família, festa da empresa, happy hour com amigos, etc...Um personagem comum em todos esses eventos e que não costuma faltar é a bebida alcoólica, não é mesmo? Até porque o consumo de álcool pode ser feito em celebrações e em datas festivas, faz parte da nossa cultura. Só que neste período do ano é mais aceito socialmente e às vezes é feito de forma mais frequente e com maior intensidade.

Em pequenas quantidades (uma ou duas doses), o álcool promove uma desinibição e relaxamento, mas com o aumento desta quantidade a pessoa passa a apresentar diminuição da resposta aos estímulos. Por isso, é necessário alertarmos sobre o consumo que ultrapassa o limite da moderação, que seria até duas doses* por dia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Quando homens ingerem cinco ou mais doses, ou mulheres quatro ou mais doses, num período de duas horas, isso significa um padrão de consumo perigoso, chamado de Beber Pesado Episódico (BPE), que pode acarretar problemas e riscos.

Faça suas contas. Quanto você anda consumindo de álcool? Está dentro deste padrão de BPE? Se sua resposta for sim, sinal vermelho. Exagerar, além de acabar com sua festa, pode trazer a famosa ressaca.

Sintomas como dor de cabeça, náusea, boca seca e tontura podem surgir entre 6 e 8 horas após o consumo e indicam o resultado da intoxicação aguda por álcool. Além da ressaca, o uso de álcool em excesso pode ocasionar amnésia alcoólica, que é a incapacidade de se lembrar de fragmentos ou eventos ocorridos enquanto se está bebendo.

Uma dica importante é não beber de estômago vazio. Com o estômago cheio, a absorção do álcool ocorre mais lentamente. Os alimentos, especialmente os ricos em carboidratos, retardam a absorção. Além disso, se decidir consumir bebidas alcoólicas, intercale com água ou outras bebidas não alcoólicas.

Outro alerta relevante é que em algumas situações o "beber socialmente" não vale. É o caso do consumo de álcool por crianças e adolescentes, gestantes e da perigosa mistura beber e dirigir.

Comemore bastante as conquistas de mais um ano, mas não exagere no álcool. Para celebrar e viver toda a experiência das datas comemorativas não é preciso beber até cair; pelo contrário, poderá aproveitar mais as festas se não exagerar na bebida.

Aproveito para deixar meus votos de boas festas e que 2018 seja um ano de hábitos saudáveis e de muita comemoração na sua vida!

* Uma dose padrão de álcool equivale a 330 ml de cerveja/chopp, ou 100 ml de vinho ou 30 ml de destilado.