quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Pesquisa descobre ligação entre alimentos ultraprocessados e câncer

Alimentos ultraprocessados não são exatamente conhecidos por seus benefícios para a saúde, mas agora um novo estudo apresenta um dado alarmante sobre este tipo de comida: pesquisadores descobriram que as pessoas que comem mais alimentos ultraprocessados correm maior risco de câncer.

A maioria dos alimentos é processada até certo ponto, mas os alimentos ultraprocessados contêm muito mais calorias, sódio e açúcar. Pesquisas já mostraram que as pessoas que comem alimentos ultraprocessados ​​tendem a ser mais obesas ou ter excesso de peso, além de ser mais propensos a ter problemas de coração e circulação ou diabetes. Comer muita carne processada, como salsichas, também já foi associado a um risco aumentado de câncer colorretal.

Na nova pesquisa, especialistas analisaram registros dietéticos de 24 horas de quase 105 mil adultos na França. Os indivíduos registraram o que comeram em uma lista de 3.300 itens alimentares categorizados pela forma como eles são processados, usando um sistema chamado NOVA.

Os cientistas descobriram que um aumento de 10% na proporção de alimentos ultraprocessados ​​na dieta está associado a um aumento significativo de mais de 10% nos riscos de câncer em geral.

É bom salientar que o estudo estava procurando apenas uma correlação, não uma causalidade. Os pesquisadores não descobriram que certos alimentos causam câncer, necessariamente.

“Gorduras e molhos, produtos açucarados e bebidas ultra-processados foram associados com um risco aumentado de câncer em geral”, diz o estudo. As pessoas que costumam comer mais alimentos ultraprocessados ​​também tendiam a fumar mais e se exercitar menos, mas os autores controlaram essas questões e ainda assim encontraram o elevado risco de câncer.


“A força dos resultados foi bastante surpreendente. Eles estavam fortemente associados, e fizemos muitas análises sensíveis e ajustamos as descobertas para muitos co-fatores, e ainda assim, os resultados aqui foram bastante preocupantes”, diz a co-autora Mathilde Touvier em uma matéria da rede americana CNN.

Cautela
Alguns especialistas afirmam que os resultados precisam ser levados em conta, mas também ser aprofundados para serem usados na prática.

“O que as pessoas comem é uma expressão de seu estilo de vida em geral e pode não estar causalmente ligado ao risco de câncer”, diz na matéria Tom Sanders, diretor científico da British Nutrition Foundation e professor emérito no King’s College de Londres. Sanders, que não estava envolvido no estudo, adverte que a abordagem de categorizar os padrões alimentares que dependem de alimentos processados ​​industrialmente em relação ao risco de doença é nova, mas provavelmente precisa de refinamento antes que possa ser traduzida em conselhos práticos de dieta”.

Marji McCullough, diretor estratégico de epidemiologia nutricional da American Cancer Society, sugere cautela sobre a interpretação do que é responsável pelo risco de câncer associado a alimentos ultraprocessados. “Este estudo não significa que as pessoas devem pensar ‘se eu comer este biscoito, eu vou ter câncer’. A mensagem primordial deste estudo foi na verdade observar um padrão de dieta geral, em vez de um ingrediente específico, e ele suporta muito do que já sabemos”.

Por exemplo, ela disse que as pessoas que comem alimentos mais altamente processados ​​provavelmente estão comendo menos alimentos saudáveis, que podem ajudar a prevenir o câncer. Nutricionistas recomendam uma dieta rica em grãos integrais, frutas e legumes inteiros em vez de alimentos com pouco valor nutricional.

Touvier também observou que é um estudo observacional, o que significa que os cientistas não sabem o que exatamente está causando o aumento do risco de câncer, mas seu grupo no Sorbonne Paris Cité Epidemiology and Statistics Research Center planeja observar melhor essa conexão. “O desafio agora é separar os diferentes alimentos e entender esse relacionamento para ver o que especificamente tem esse efeito”.

Estudos em animais mostraram que alguns aditivos colocados nestes alimentos são os candidatos mais fortes por serem cancerígenos, diz Touvier, “mas precisaria ser visto se eles também são cancerígenos na população humana”, completa. Touvier adverte que as pessoas não sejam “muito alarmistas” sobre essa pesquisa. Uma dieta equilibrada e diversificada deve ser considerada uma das prioridades de saúde pública mais importantes, recomendam os autores. “Coma comida real e tente limitar itens ultra processados”, diz Touvier. “Pelo menos até que saibamos mais”. [CNN]


terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

6 mitos sobre emagrecimento que estão espalhados por aí

Quem decide perder peso comumente se depara com boatos apelativos. Mas a maioria não procede – e pode até engordar

Na tentativa de emagrecer, uma porção de gente muda certos hábitos por conta própria. Acontece que nem tudo que se ouve por aí faz sentido – às vezes, até te levam a ganhar peso. Elencamos ditos populares que merecem um olhar mais atento. Confira:

1- É preciso comer de três em três horas
Os argumentos favoráveis ao fracionamento da alimentação são fortes. Primeiro, a digestão naturalmente queima calorias. Logo, não deixar a barriga vazia ajudaria a manter esse processo a todo vapor. Além disso, não chegaríamos famintos às refeições principais, o que resultaria em pratos mais modestos.
Mas, na vida real, nem sempre a história segue assim. Em 2015, cientistas americanos conduziram uma revisão de 15 estudos que analisavam justamente o impacto de comer de forma fracionada no emagrecimento. E apenas um trabalho encontrou relação entre uma coisa e outra.
O fato é que o gasto calórico gerado com a digestão é pequeno. Mais: realizar vários lanches intermediários pode fazer com que as pessoas se alimentem mesmo sem fome. No fim das contas, tem quem coma mais do que antes da dieta.
Sem contar que alguns indivíduos acham muito trabalhoso carregar snacks pra lá e pra cá. Daí, acabam largando mão do plano alimentar no meio do processo.
Não é que comer de três em três horas é um absurdo. Só não deixe isso virar uma camisa de força engordativa e considere como os lanchinhos impactariam sua rotina. O essencial mesmo é entender o sinal da fome.

2- Para emagrecer, tem que cortar o carboidrato
Calma lá! Ninguém precisa abolir esse nutriente para conseguir perder peso. Na verdade, ele tem importância nesse caminho rumo ao emagrecimento.
Afinal, um subproduto proveniente de sua digestão é fundamental para a quebra de gorduras. Ou seja, se não tiver carboidrato na jogada, o corpo acaba recorrendo a substratos energéticos formados a partir da degradação da massa muscular. Resultado: o ponteiro da balança até cai, mas você está enxugando músculo e não a barriga.
E, aqui, cabe um anexo. Perder massa magra é especialmente desvantajoso para quem deseja emagrecer porque ela promove a queima de calorias, mesmo durante o descanso. Com uma musculatura fraca, esse processo desacelera.

3- É sempre melhor investir em alimentos diet e light
Pra começo de conversa, vale lembrar que, nos alimentos diet, um nutriente – geralmente o açúcar – é retirado totalmente da fórmula. Já o light tem uma diminuição de 25% de um de seus componentes.
Parece ótimo. Mas, na prática, muitos desses itens acabam carregando em outras substâncias, como gorduras.
Um chocolate diet, por exemplo, pode até não conter açúcar na receita, porém continua sendo gorduroso. Muitas vezes ele é mais calórico que o convencional.
Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina já chegou a indicar que boa parte de produtos diet e light abusam do sódio, mineral cujo excesso faz a pressão subir. Para não trocar seis por meia dúzia, olhe o rótulo e compare os alimentos.

4- Arroz com feijão engorda
Você já sabe que não precisa eliminar o carboidrato. Mas será que colocar arroz e feijão no prato todo dia já não beira o exagero? Pode acreditar que não.
Ainda que algumas pessoas preguem que é uma mistura pesada, ela está atrelada a diversos benefícios. Dentro de uma rotina alimentar variada e balanceada, pode aparecer no prato do almoço e também do jantar.
Em termos de ingestão proteica, o arroz e o feijão se completam. Veja: os aminoácidos fornecidos por um alimento se combinam com os do outro e, então, formam uma proteína completa.
Além disso, o feijão fornece um monte de fibras. Por causa dessa característica, o carboidrato do arroz não faz a glicose disparar na circulação. Com isso, a sensação de barriga cheia dura mais tempo.
Se ainda está com o pé atrás, saiba que uma pesquisa realizada na Universidade Estadual do Rio de Janeiro mostra que quem incluiu a combinação mais famosa da nossa culinária na rotina conseguiu perder peso pra valer.

5- Corte frutas: elas carregam muito açúcar
Sim, a frutose – o açúcar da fruta – é a mesma molécula que adoça diversos produtos industrializados e constantemente é associada a um maior risco de obesidade. Mas isso não justifica tirar as frutas do dia a dia.
Para atingir a quantidade de açúcar usado em um refrigerante, por exemplo, seria necessário se entupir de banana, manga, maçã e companhia. Como se não bastasse concentrar menos frutose, as frutas esbanjam fibras.
De novo: estamos falando de substâncias que não deixam a glicose disparar no sangue. Se der para comer casca e bagaço, partes reconhecidamente ricas em fibras, melhor ainda. Com elas na parada, os potenciais efeitos negativos da frutose são silenciados.
Esses vegetais têm muitos outros pontos fortes, já que são redutos de vitaminas e minerais. Para completar, apresentam substâncias com poder antioxidante, que ajudam a evitar inflamações decorrentes do excesso de açúcar e gordura corporal.

6- Para dar certo, a dieta tem que ser restritiva
Não vamos mentir: cardápios radicais nos fazem perder peso mesmo. E rápido. Mas estudos indicam que os quilos a menos são basicamente água e massa muscular. Ou seja, a gordura continua intocada.
Para piorar, depois de um tempo a balança fica estagnada. O peso não desce mais. Isso acontece porque o corpo possui mecanismos para se virar em um contexto de pouca comida – isso está em nossos genes, desde os tempos das cavernas.
Ao entrar no modo de economia, o organismo poupa tudo o que consegue para retornar ao peso original. Some essa dificuldade toda a chatice de um menu enxuto demais. Não há como continuar dedicado a um plano alimentar assim.
E nem há motivo para isso. Por mais estranho que pareça, aqueles momentos de indulgência – representados pelo chocolatinho depois do almoço ou a cerveja no final de semana – podem dar um gás no emagrecimento.
Ora, permitir-se a esses momentos de prazer facilita a adesão a um estilo de vida equilibrado. Sim, porque para garantir o peso desejado, é preciso pensar em questões que vão além da comida, como exercício, sono, estresse…


Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/6-mitos-sobre-emagrecimento/ - Por Thaís Manarini -  Foto: Olga Kovalenko/Shutterstock     

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

10 maneiras de ser mais atraentes (cientificamente comprovadas)

A ciência também analisa os aspectos que nos tornam mais atraentes ... ou menos.

A ciência propôs desvendar os mistérios da vida diária, como o que torna as pessoas mais atraentes do que outras .

Além de  pesquisar sobre as proporções do rosto ou a influência do status social em uma maior probabilidade de encontrar um parceiro, ultimamente tem havido muitos estudos que questionam questões específicas que nos ajudam a oferecer nossa melhor versão .

Como ser mais atraente ou atraente?
Com estas 10 dicas cientificamente comprovadas , e se você é um homem ou uma mulher, você pode ser mais atraente do que você já pensou. De qualquer forma, a arte da sedução nunca deve ser algo que gere ansiedade! Basta ler, curtir, e se você ver que algumas das dicas podem ser úteis, aplique-a.

1. Cabeça erecta e queixo inclinado
Uma série de investigações analisaram esta questão. Parece que tanto as mulheres como os homens são considerados mais bonitos e atraentes quando suas cabeças estão ligeiramente inclinadas para o lado , para cima e com o queixo apontando para cima.
Na verdade, um estudo completo publicado em 2011 na revista científica Evolutionary Psychology e que foi realizado na Universidade de Newcastle, esse ângulo em que a cabeça está inclinada é um fator importante na avaliação do grau de atratividade das mulheres, e é um conhecimento que o mundo da fotografia e da moda tem sabido explorar.

2. A importância dos dentes brancos e saudáveis
Apenas seja um pouco observador para perceber que ter uma dentadura agradável é um fator chave para ser mais atraente . Existem vários estudos sobre isso, por exemplo, a Universidade de Leeds , que tentou ver se realmente as pessoas com dentes brancos e bem proporcionadas eram percebidas por outros como mais sexualmente atraentes.
As conclusões apontaram que o conjunto de dentes brancos, bem colocados e uniformemente espaçados são mais atraentes em homens e mulheres.

3. Homens: você não sorrirá tanto
Várias investigações realizadas na Universidade de Columbia, no Canadá, indicaram que os rostos com expressões preocupadas e melancólicas são muito mais atraentes para as mulheres do que expressões de sorriso e extraversão permanentes.
Fundamentalmente, o estudo tentou encontrar razões psicológicas pelas quais as mulheres tendem a ser mais atraídas por "bandidos".
Nesse sentido, não há muito tempo publicamos em Psychology and Mind um extenso artigo sobre o motivo do apelo dos "hard guys" . Se você quiser dar uma olhada, aqui está o link:

4. Mulheres: sim, sorria mais
Na direção oposta, uma investigação desenvolvida pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos concluiu que os homens se sentem mais atraídos pelas mulheres que irradiam felicidade .
Neste estudo, descobriu-se que as meninas que sorriem muitas vezes provocam uma maior predisposição de homens para serem atraídos por eles.

5. Homens com barbas: mais atraentes ou menos?
Ponto controverso, já que nem mesmo a ciência concorda em decidir se usar uma barba torna os homens mais atraentes ou menos .
Um estudo realizado em Oxford sugeriu que as mulheres tendem a encontrar rostos raspados masculinos mais belos, em comparação com os mesmos rostos que exibiam barbas. Aparentemente, pesquisadores britânicos observaram que homens que parecem com muito cabelo facial têm uma imagem mais agressiva e são percebidos como tendo um status social mais elevado .
No entanto, outras fontes chegam a dizer o contrário em termos da atratividade de homens com barba. Um estudo realizado na South New Wales University of Australia observou que "algumas barbas" são mais atraentes para as mulheres. Parece que os estilos de barba que são fora do comum são impressionantes para a maioria das mulheres .
De fato, em um artigo recente na Psicologia e Mente fizemos eco dos resultados de diversas investigações que reforçam a ideia de que a barba está entrando em nossa sociedade para ficar, uma vez que mais e mais mulheres que são atraídos para rostos peludo. Aqui deixamos o link:
Assim, parece que os homens têm duas opções: quer barbear completamente, ou inventar algo curioso e chamativo cabelo facial .

6. Lábios vermelhos
Existe uma regra geral que diz que a cor vermelha tem uma força especial quando se trata de jogar a nosso favor se quisermos atrair outra pessoa. Então, aprofundaremos esse aspecto.
Alguma vez você já se perguntou por que as mulheres colocaram batom em seus lábios? Bem, simplesmente porque a maioria dos homens vê-los mais atraentes assim.
Por exemplo, uma investigação da Universidade de Manchester informou que, durante uma conversa entre um homem e uma mulher, o homem concentra sua atenção em seus lábios por uma média de 1 segundo. No entanto, se os lábios da mulher são pintados com batom vermelho, esse tempo de atenção aumenta para quase sete segundos em muitos dos casos estudados.

7. Cicatrizes: são sexy?
Na Universidade de Liverpool, realizou-se  um extenso estudo que acabou revelando algo surpreendente: os homens com os rostos marcados por uma cicatriz claramente visível são mais atraentes para muitas mulheres .
No entanto, isso tem um truque: a cicatriz é uma característica que é vista positivamente apenas pelas mulheres que procuram relacionamentos esporádicos.

8. A importância de ser um homem calmo
Não é difícil adivinhar que as mulheres percebem como homens mais atraentes que mostram uma atitude calma e livre de estresse ou nervosismo. Calma e relaxamento é um valor positivo em ser atraente , e isso é confirmado por um estudo publicado na revista Proceedings of the Royal Society .
Este mesmo estudo aponta que as mulheres tendem a preferir homens silenciosos em uma questão adaptativa: eles são mais capazes de gerenciar situações estressantes sem transmitir nervosismo e negatividade para crianças .

9. O vermelho é seu aliado, seja você mulher ou homem
Se você pretende aumentar sua atratividade de forma rápida e fácil, preste atenção a este conselho: vestir- se com roupas vermelhas . Isso é especialmente eficaz se você é um homem, então, se você tiver uma data com uma mulher que o deixa louco, é uma boa escolha escolher uma camisa dessa cor vívida.
A explicação para esse fenômeno não é simples: nosso cérebro faz associações curiosas entre certas cores, emoções e valores. Quando falamos sobre a cor vermelha, muitas vezes nos lembramos idéias como paixão, amor, poder e sexualidade, entre outras coisas . Inconscientemente, isso pode jogar a seu favor.

10. O segredo de falar com alguém na orelha direita
Uma série de investigações sobre o tema da atração e sua relação com o nosso cérebro, podemos dizer, de forma muito sintética, que o hemisfério esquerdo do cérebro tem maior envolvimento no tratamento de informações verbais e sensações positivas, enquanto o hemisfério direito processa estímulos não-verbais e emoções negativas.
O coração do assunto está ali: o hemisfério esquerdo do cérebro trabalha com a informação que é percebida a partir da orelha direita e vice-versa. Sabendo disso, os cientistas sugerem que c galinha motivado a partir da orelha direita, o seu cérebro começa a se conectar com as emoções positivas, otimismo e, finalmente, sensações mais prazerosas . Então, parece que é uma boa idéia que, quando você vai sussurrar algumas palavras de amor na orelha dessa pessoa especial, certifique-se de que é a orelha direita.


domingo, 18 de fevereiro de 2018

13 alimentos que atuam como um Viagra natural

Viagra é, sem dúvida, um dos medicamentos mais utilizados para disfunção erétil e problemas de ereção masculina. O ingrediente ativo no Viagra é Sildenafil, que atua na via do óxido nítrico (NO) e faz com que este neurotransmissor seja liberado na corrente sanguínea.

Isso causa o relaxamento dos músculos, a dilatação dos corpos cavernosos e os vasos sanguíneos da área genital masculina, e esse relaxamento permite que o sangue entre nas artérias e, consequentemente, na ereção. Viagra é um medicamento que atua como vasodilatador.

Alimentos que funcionam como o Viagra

No entanto, existem outros compostos que estimulam a produção de óxido nítrico, por exemplo, os aminoácidos L-arginina ou L-citrulina, que fazem parte de todos os suplementos de óxido nítrico que estão no mercado.

O óxido nítrico também é usado em circuitos de fitness, pois melhora o congestionamento e o crescimento muscular e, também, o desempenho.

Mas … existem alimentos naturais que agem como Viagra? O que eles são e quais características eles têm? Você pode encontrar a resposta a essas perguntas na lista a seguir.

1. Alho
Conforme afirmado por uma investigação do Albany College of Pharmacy (Estados Unidos), um grupo de indivíduos que consumiram alho melhorou a pressão arterial e a produção de óxido nítrico.
Este alimento é um ativador potente de NOS (óxido nítrico sintase), que diminui a pressão arterial sistólica e diastólica quando há hipertensão.
Os níveis de óxido nítrico praticamente duplicaram em indivíduos que comeram alho, e o mesmo estudo descobriu que a combinação de alho e vitamina C triplicou os níveis de NO.

2. Melancia
A melancia é uma fruta deliciosa que também aumenta os níveis de óxido nítrico e aumenta os níveis de libido . Isto é o que eles descobriram um grupo de pesquisadores da Universidade do Texas, que explicam que isso é devido a citrulina.
Este aminoácido relaxa os vasos sanguíneos e torna-se arginina, o que ajuda a produzir mais óxido nítrico.

3. Romã
A romã é uma fruta pouco consumida, mas isso proporciona grandes benefícios para a saúde , além de aumentar a quantidade de óxido nítrico no corpo.
Estudos mostram que ele causa a redução da placa arterial em até 30% e aumenta o nível de testosterona em mais de 20%. Beber um copo de suco de romã por dia pode ser ideal para melhorar a saúde sexual, pois, de acordo com pesquisas da Universidade da Califórnia, publicado no Journal of Sexual Medicine, aumenta a qualidade da ereção em até 32%, uma vez que Contém muito ácido ellagico.

4. Jalapeños
Comida picante não é o prato favorito de muitas pessoas, no entanto, esses tipos de alimentos oferecem alguns benefícios para a saúde . Os jalapeños aceleram o metabolismo e, portanto, ajudam a perder peso.
Além disso, eles contêm capsaicina, um composto que, de acordo com várias pesquisas, aumenta os níveis de óxido nítrico.

5. Nozes
As nozes são um alimento rico em gorduras saudáveis ​​e rico em vitamina E , o que aumenta os níveis de níveis de testosterona. Também contém os aminoácidos L-arginina e L-citrulina que aumentam os níveis de óxido nítrico e, portanto, pressão arterial.

6. Pistache
Outra fruta seca que tem um excelente sabor são os pistache. Esses alimentos são ricos em arginina e, como nozes, aumentam os níveis de óxido nítrico e trazem muitos benefícios para o corpo e a saúde.

Os antioxidantes nas nozes também protegem o óxido nítrico que é criado pelo consumo desses alimentos.

7. Beterraba
Não se esqueça de adicionar beterraba às suas saladas porque, além de um delicioso sabor, é muito nutritivo . Esta raiz vegetal contém uma grande quantidade de nitratos, por isso funciona como um precursor de óxido nítrico para o corpo.
É também um alimento que ajuda a prevenir o câncer e melhora o sistema imunológico.

8. Couve Curly
Alguns vegetais de folhas verdes, como espinafre e couve, contêm coenzima Q10 e um alto nível de nitratos que aumentam a testosterona , regulam a pressão arterial e têm um efeito positivo na produção de óxido nítrico.

9.Cranberry
Cranberries é um alimento muito eficaz para melhorar a saúde cardiovascular de uma pessoa , porque ajuda a reduzir a pressão nas artérias e a evitar a hipertensão.
Um estudo realizado pelo Dr. Maher e seus colegas parece indicar que essa deliciosa fruta estimula a produção de óxido nítrico, o que explica seus efeitos benéficos sobre a inflamação arterial. Isso tem a ver com os antioxidantes que contém.

10. Cebola
A cebola é um alimento muito nutritivo, que tem benefícios para a saúde sexual . É um ótimo alimento para manter a pele saudável, mas também aumenta a testosterona e contém queratina, o que aumenta a produção de óxido nítrico pelo corpo.

11. Fígado
O consumo de fígado fornece proteína e ferro em grandes quantidades, mas também promove a produção de óxido nítrico , graças ao qual é uma ótima fonte de coenzima Q10.

12. Chocolate preto
O chocolate escuro é a versão mais saudável do chocolate que podemos consumir , porque o cacau aumenta o óxido nítrico e está cheio de antioxidantes que reduzem a pressão arterial.

13. Citrus
Laranjas, limões e toranjas contêm grandes quantidades de vitamina C que, como já mencionado, protegem as moléculas de óxido nítrico de radicais livres.
Além disso, esta vitamina aumenta os níveis de óxido nítrico sintase, a enzima que converte a L-arginina em óxido nítrico .


sábado, 17 de fevereiro de 2018

Enxaqueca pode estar por atrás de AVC e infarto, diz estudo

O risco de desenvolver certos problemas cardiovasculares parece ser maior entre quem sofre com esse tipo de dor de cabeça

Quem tem enxaqueca sabe: a dor de cabeça não só nos afasta da luz e do barulho, mas também de rotinas e obrigações. Como se isso não bastasse, cientistas dinamarqueses e americanos acabaram de descobrir que a condição está relacionada um risco maior de desenvolver males cardiovasculares – entre eles, AVC e infarto.

Os pesquisadores, vindos das universidades Aarhus, na Dinamarca, e Stanford, nos Estados Unidos, analisaram os dados de um levantamento feito entre 1995 e 2013 sobre a saúde dos habitantes do país escandinavo.

Informações sobre mais de 50 mil pessoas que sofrem de enxaqueca foram equiparadas às de 510 mil livres desse tipo de cefaleia. Para a comparação, foram considerados pontos como a idade e o sexo, além de índice de massa corporal (IMC) e a presença de hábitos como o tabagismo.

Dessa forma, os cientistas chegaram às seguintes associações:

A cada mil pessoas com enxaqueca, 25 sofreram um ataque cardíaco – em comparação a 17 entre mil que não sofriam de cefaleia

A cada mil pessoas com enxaqueca, 45 sofreram um acidente vascular cerebral isquêmico – em comparação a 25 entre os mil que não sofriam de cefaleia

A cada mil pessoas com enxaqueca, 47 apresentaram fibrilação atrial (uma arritmia cardíaca que favorece o AVC) – em comparação a 34 entre os mil que não sofriam de cefaleia

Além disso, parece que as mulheres e os indivíduos especialmente sensíveis à luminosidade diante de uma crise enxaquecosa possuem probabilidade ainda maior de desenvolver as complicações listadas acima. Por outro lado, os dados indicaram que males como insuficiência cardíaca não estão relacionados à incidência da cefaleia em questão.

Os estudiosos só reforçam aquela ponderação de sempre para os estudos de observação: não dá para comprovar uma relação de causa e efeito entre a enxaqueca e as encrencas cardiovasculares. No entanto, eles ressaltam a importância de reconhecer esse tipo de cefaleia como um possível fator de risco para o peito e o cérebro.

Pelo sim pelo não, melhor se precaver, não é mesmo?


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Arritmia cardíaca: 6 fatos que você precisa saber sobre fibrilação atrial

O diagnóstico e tratamento são necessários para evitar complicações como o AVC isquêmico

"Dos muitos tipos de arritmia cardíaca, podemos chamar a atenção para a fibrilação atrial, que tem sérios riscos para o paciente: a falta de um tratamento adequado pode levar a um AVC". Com esta afirmação, o cardiologista José Rocha Faria Neto, professor titular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), deixa bastante claro porque a doença merece uma atenção especial entre os problemas que o coração pode enfrentar.

Por ser uma arritmia cardíaca, a característica mais básica da fibrilação atrial é o descompasso dos batimentos cardíacos quando comparados ao padrão normal. Mas isto é só o começo. Tem muito mais sobre a doença que é importante conhecer.

Saiba, a seguir, seis fatos sobre a fibrilação atrial que você precisa saber:

1 - A fibrilação atrial "pula" uma etapa dos batimentos cardíacos
Para que o coração funcione de maneira normal, existe tanto uma interação entre suas partes elétrica e mecânica quanto um caminho natural a ser seguido: o estímulo para os batimentos começa no nó sinusal, passa para os átrios e, em seguida, para os ventrículos. Em quem tem fibrilação atrial, a primeira parte desse processo não acontece.
"Em vez de nascer no nó sinusal, o estímulo para os batimentos cardíacos dos pacientes com esta doença começa em pontos diversos no próprio átrio", conta o especialista. "O coração pode acelerar muito, os batimentos ficam descompassados e os átrios não conseguem contrair direito, fazendo com que o sangue circule mais lentamente neles e o bombeamento de sangue para a irrigação dos órgãos seja menos efetivo".

2 - O maior risco da fibrilação atrial é levar a um AVC isquêmico
Toda arritmia deve ser investigada e tratada, mas a fibrilação atrial requer uma atenção especial devido ao risco de levar a um AVC isquêmico, popularmente conhecido como derrame. "Um em cada cinco AVCs isquêmicos é causado por fibrilação atrial", revela o médico.
O cardiologista explica como isso acontece: "Como o sangue circula mais lentamente nos átrios, a possibilidade de formação de coágulos no coração é maior. Um coágulo pode se soltar e entupir uma artéria em algum lugar do organismo, como o cérebro. Este cenário é o mais preocupante, pois o risco de um AVC isquêmico é muito grande".

3 - Pessoas idosas correm maior risco de ter fibrilação atrial, mas não só elas
Entre os públicos mais propensos a sofrer de fibrilação atrial, Faria destaca a população da terceira idade. "O envelhecimento aumenta o risco. Quanto mais idosa a pessoa, maior o risco", afirma.
Mas existem outros casos de vulnerabilidade à doença, segundo o cardiologista: pessoas hipertensas, indivíduos que já sofreram um infarto, quem tenha hipertireoidismo e aqueles que consomem bebidas alcoólicas exageradamente. "Todos são quadros associados à fibrilação atrial", diz.

4 - Os sintomas da fibrilação atrial estão relacionados ao coração e ao mal-estar
O principal sintoma da fibrilação atrial é o aceleramento seguido do descompasso dos batimentos cardíacos. "De uma hora para outra, o coração dispara e dá para perceber que ele está fora de compasso", afirma o especialista. Além desse, outros sintomas da doença são: falta de ar, forte tontura, fraqueza, fadiga e dor no peito. Se eles forem notados em conjunto e insistentemente, deve-se passar por uma consulta com um cardiologista.
Há alguns casos em que o paciente não tem nenhum sintoma e a fibrilação atrial é descoberta por exames solicitados no check-up de rotina.

5 - Medicamento anticoagulante pode impedir AVC isquêmico
Quando a fibrilação atrial é diagnosticada, duas medidas podem ser tomadas pelo cardiologista que acompanha o paciente. A primeira é o tratamento para controle do ritmo cardíaco. A segunda é a avaliação do risco da formação de coágulos. "Isso se faz por meio de uma tabela, que permite o cálculo do risco de AVC a partir da avaliação de fatores clínicos predisponentes à formação de coágulo", esclarece o médico.
"Se for determinado um alto risco de formação de trombos, receita-se o uso de medicamentos anticoagulantes", explica o cardiologista. Esses medicamentos, como por exemplo, a Dabigatrana, têm a importante função de impedir a formação de coágulos. No caso de pacientes com fibrilação atrial, como explicado, o risco de coágulos no coração precisa ser contido, pois eles podem se deslocar e causar um AVC isquêmico.

6 - Efeito do medicamento anticoagulante em situações de emergência
Ao mesmo tempo em que o medicamento anticoagulante é muito bem-vindo no dia a dia de quem tem fibrilação atrial, pois afasta o risco de um AVC isquêmico, ele pode se tornar uma preocupação em situações de emergência, como a necessidade imediata de uma cirurgia (de apendicite, por exemplo) ou a perda significativa de sangue em um acidente. Em casos extremos como estes, restaurar a coagulação normal é importante.
Por isso, a chegada de um agente reversor ao mercado brasileiro é um grande alívio tanto para pacientes quanto para a classe médica. Trata-se do Idarucizumabe, agente reversor específico para o anticoagulante Dabigatrana. "Com uma injeção do agente reversor em ambiente hospitalar, em poucos minutos o efeito anticoagulante do medicamente de rotina é interrompido e qualquer procedimento pode ser realizado sem essa preocupação adicional", afirma o especialista.
O cardiologista explica que sem o agente reversor o efeito do anticoagulante pode levar várias horas para passar - tempo de que nem sempre é possível dispor para iniciar uma cirurgia.
"Quando o medicamento usado não tem agente reversor e não dá para esperar, parte-se para o procedimento de emergência mesmo assim. Apenas há a consciência de que haverá uma perda de sangue mais significativa que deverá ser contornada posteriormente", finaliza.


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

As perigosas interações do álcool com vários tipos de remédio

Não é mito – e o alerta não vai só para quem está tomando antibiótico! A bebida pode causar estragos quando consumida junto a alguns medicamentos

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, o consumo de álcool per capita no Brasil excede a média internacional – tendo chegado a quase 9 litros em 2016, em comparação aos 6,4 do resto do planeta. E quatro dias específicos do calendário brasileiro dão um empurrãozinho para a nossa elevada média etílica: o carnaval.

Durante o feriado, milhares de foliões pelo país estarão bebendo. E, enquanto muitos dos abstêmios podem encontrar no uso de antibióticos a justificativa para recusar uma cerveja gelada, pouco se fala sobre a interação das bebidas alcoólicas com outros tipos de remédio.

Nesse sentido, os dias de folia merecem atenção especial. Justamente por isso, o Conselho Regional de Farmácia de São Paulo preparou uma material com as principais interações entre medicamentos e a bebida, que SAÚDE adaptou para você:

Álcool + dipirona
O efeito do álcool pode ser potencializado.

Álcool + paracetamol
Maior risco de hepatite medicamentosa.

Álcool + ácido acetilsalicílico
Maior risco de sangramentos no estômago, já que o ácido acetilsalicílico irrita a mucosa estomacal.

Álcool + antibióticos
É possível que leve a vômitos, palpitação, cefaleia, hipotensão, dificuldade respiratória e até morte. Esse tipo de reação seria mais comum com as substâncias metronidazol; trimetoprim-sulfametoxazol, tinidazole e griseofulvin.

Já outros antibióticos – como cetoconazol, nitrofurantoína, eritromicina, rifampicina e isoniazida – tampouco devem ser tomados com cerveja e afins pelo risco de inibição do efeito e potencialização de toxicidade hepática.

Álcool + anti-inflamatórios
Maior risco de úlcera gástrica e sangramentos.

Álcool + antidepressivos
Aumento nas reações adversas e no efeito sedativo, além da diminuição na eficácia do medicamento.

Álcool + calmantes (ansiolíticos)
Aumento no efeito sedativo. Há ainda uma maior probabilidade de coma e insuficiência respiratória. Um exemplo disso é a substância benzodiazepina.

Álcool + inibidores de apetite
Tontura, vertigem, fraqueza, síncope, confusão mental e outros sintomas ligados aos sistema nervoso central se tornam mais comuns.

Álcool + anticonvulsivantes
Maiores efeitos colaterais e risco de intoxicação. Também há uma diminuição na eficácia contra as crises de epilepsia.


quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

4 fatores que comprovadamente disparam crises de dor de cabeça

Pesquisa acusa os fatores que dificultam o controle das crises de cefaleia crônica, aquela que vive atrapalhando o dia a dia do cidadão

O poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto (1920-1999), autor de Morte e Vida Severina, sofria tanto com a enxaqueca que chegou a dedicar um poema à aspirina, um dos analgésicos mais populares do planeta. Segundo o escritor, que também padecia de depressão, a medicação era uma musa inspiradora para suas obras.

O que o poeta provavelmente não sabia é que, se você pena com uma cefaleia crônica, não adianta apelar só para os fármacos. Muitas vezes, pelo contrário, o abuso de remédios vira parte do problema. Da mesma forma, o estado de humor – mais pra baixo, como no caso de Melo Neto – alimenta o suplício. Esses são alguns dos achados de uma extensa revisão de 27 estudos publicada no periódico científico Neurology. Ela elenca pelo menos quatro fatores que comprovadamente servem de combustível à dor de cabeça.

Além da depressão (ladeada pela ansiedade) e do uso inadequado de medicamentos, falta de sono e estresse figuram entre os principais estímulos. Eles não só pioram a frequência e a intensidade das crises como sinalizam maior risco de a condição consumir a qualidade de vida. Os pesquisadores ponderam, porém, que, embora tais fatores liderem o ranking, outras situações são suspeitas de jogar lenha na fogueira da cefaleia.

A boa notícia: enfrentar as atribulações mapeadas – você vai conhecê-las com detalhes – ajuda a passar mais tempo longe dos ataques dolorosos. “Após o diagnóstico correto do tipo de cefaleia e de seus gatilhos, precisamos criar alternativas e mudar o estilo de vida a fim de eliminá-los”, resume o neurologista Mauro Eduardo Jurno, presidente da Sociedade Brasileira de Cefaleia.

Os médicos listam ao redor de 150 variedades de dor de cabeça. As mais comuns são a enxaqueca e a tensional. Elas são tidas como crônicas quando se manifestam 15 ou mais dias do mês por pelo menos três meses.

“A tensional tende a ser mais branda e se caracteriza por uma pressão na cabeça, enquanto a enxaqueca é mais forte, latejante e pode vir acompanhada de náuseas e formigamento no corpo”, diferencia o neurologista Manuel Jacobsen Teixeira, da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. O tratamento vai depender do tipo e das particularidades de cada indivíduo, sendo que analgésicos auxiliam a silenciar as crises, e outras medicações de uso contínuo podem ser recrutadas para prevenir o sofrimento.

O que o novo estudo colabora, independentemente do caso, é a visão de que, tão importante quanto remediar a dor, é impedir que ela apareça. E, para isso, a solução nem sempre é tão fácil e portátil: devemos rever a rotina e cuidar da saúde física e mental.

1) Ansiedade e depressão
A nova revisão é categórica: quem não está com o estado mental em equilíbrio – e há muita gente nessa situação! – terá mais dificuldade para controlar a dor de cabeça. “Existem alguns mecanismos no cérebro que suprimem a dor e são afetados tanto na depressão quanto na ansiedade. Desse modo, estímulos que antes não eram dolorosos passam a ser”, esclarece o psiquiatra Fernando Fernandes, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
De acordo com a investigação, pessoas ansiosas e deprimidas passam mais dias do mês com crises de enxaqueca, usam mais analgésicos e têm menor resposta a eles… Superar essas condições se torna, portanto, requisito básico para driblar a dor crônica. Nesse sentido, os especialistas recomendam a psicoterapia e, caso o médico julgue necessário, o uso de fármacos para balancear a bioquímica cerebral. Tudo isso aliado a um estilo de vida saudável.

2) Abuso de remédios
“O uso inadequado de analgésicos aumenta em 19 vezes o risco de uma dor episódica se tornar crônica”, alerta Teixeira. É que esse hábito – tomar algo mais de duas vezes na semana sem orientação, por exemplo – gera um efeito rebote.
“O abuso dos remédios chega a alterar o bom funcionamento do cérebro”, explica o especialista. A questão é que, segundo levantamento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), 80% das pessoas com dor de cabeça tomam remédio por conta própria. “É um absurdo termos esse nível de consumo sem o diagnóstico correto e, muitas vezes, sem necessidade”, avalia Jurno.
Não é que você não possa recorrer a um comprimido no meio de um sufoco. Mas, especialmente se a dor for recorrente, a consulta com um profissional capacitado vai discriminar o tipo de cefaleia e nortear a adoção de medicações para cortar ou mesmo prevenir as crises – e com o mínimo de efeitos colaterais.

3) Estresse diário
Praticamente tudo que está ligado ao comportamento e às emoções influencia o aparecimento da dor de cabeça quando há propensão a ela. E, nesse ponto, a tensão se sobressai.
Segundo a revisão, dois dias seguidos de muito estresse já lançam gasolina no fogaréu. “Nessas situações de alteração do humor, há um impacto na liberação de substâncias que o cérebro usa para minimizar a dor”, aponta Teixeira.
Para piorar, não é raro que se crie um círculo vicioso. “As crises frequentes têm um papel importante no comprometimento da qualidade de vida das pessoas com cefaleia. O indivíduo passa a ter receio da crise que está por vir e isso gera um estresse que retroalimenta o problema”, observa Jurno.
Não há segredo para resolver o dilema. É preciso investir numa rotina mais tranquila. Como? Reservando espaços na agenda para o lazer e atividades que lhe transmitam paz – vale meditar, pedalar, ir ao cinema…

4) Problema para dormir
Bastam duas noites maldormidas para catapultar o risco de um episódio de dor de cabeça. Eis outro aviso do megaestudo, que destaca que não apenas a privação de sono entra na história como também condições que atrapalham o poder reparador do repouso noturno. É o caso da apneia, marcada por roncos e interrupções temporárias na respiração – ela é até duas vezes mais presente entre quem sofre de cefaleia.
Troca a noite pelo dia? Cuidado. Quanto menos horas na cama, mais intensa a tortura. Com base em suas descobertas, os cientistas acreditam que descansar ao redor de oito horas por noite, assim como tratar apneia e insônia, afasta as manifestações dolorosas.
“Dormir bem, fazer atividade física regular e evitar jejum são orientações de adaptação na rotina tão importantes quanto o uso dos medicamentos”, afirma o neurologista Marcelo Ciciarelli, diretor da ABN.

Elementos suspeitos
De acordo com a revisão, os fatores abaixo podem levar a pioras, mas ainda faltam provas contra eles

Excesso de peso: a obesidade e o ganho de peso rápido seriam capazes de patrocinar as crises, por aumentar a inflamação no corpo.
Envelhecimento: a idade em si não teria impacto, mas idosos tendem a sofrer mais quando a dor aparece e se cronifica lá na frente.
Trabalho: empregos e profissões muito estressantes podem cooperar com o transtorno. A falta de trabalho também.
Baixa expectativa quanto ao tratamento: quando não se acredita que ele vá prover melhoras, o risco de o mal persistir tende a se elevar.

Os principais tratamentos contra a dor de cabeça crônica
Remédios: há duas vertentes. Os analgésicos para debelar as crises e outras classes de uso diário para preveni-las – aqui entram desde antidepressivos até fármacos contra convulsões.
Botox: as aplicações de toxina botulínica não servem só para rejuvenescer a pele. Em pontos certos do crânio, atuam na musculatura e no bloqueio dos sinais por trás da dor.
Psicoterapia: a terapia ajuda a lidar melhor com ansiedade, angústia e depressão, condições que estimulam as crises. Meditação e técnicas de relaxamento também são bem-vindas.
Acupuntura: existem evidências de que as agulhadas dão suporte ao tratamento por atuar no sistema nervoso e instigar a liberação dos nossos analgésicos naturais.
Estimulação eletromagnética: embora ainda sejam testadas em estudos, há indícios de que as ondas direcionadas por uma máquina ao cérebro modulam áreas e substâncias envolvidas com a dor.


Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/fatores-que-causam-dor-de-cabeca/ - Por Karolina Bergamo - Ilustração: Ana Cossermelli/SAÚDE é Vital

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Quaresma 2018: As propostas do Papa

Jornada de oração e jejum soma-se a mensagem para todos os católicos

O Papa escreveu uma mensagem aos católicos de todo o mundo, com indicações para a Quaresma que se inicia esta quarta-feira, na qual propõe práticas ligadas à oração, jejum e esmola, com atenção aos mais necessitados.

“A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos a descobrir que o outro é nosso irmão: aquilo que possuo, nunca é só meu. Como gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo de vida para todos”, escreve Francisco.

A Quaresma, que começa com a celebração de Cinzas, é um período marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.

O Papa parte destas práticas tradicionalmente associadas ao tempo quaresmal para apelar à solidariedade, recordando que muitos organismos recolhem, nesta ocasião, donativos “em favor das Igrejas e populações em dificuldade”.

A mensagem apresenta o jejum como “ocasião de crescimento”, colocando-se no lugar de quem não tem “sequer o mínimo necessário”, afetado pela fome.

A Quarta-feira de Cinzas é, juntamente com a Sexta-feira Santa, um dos únicos dias de jejum e abstinência obrigatórios para os católicos.

Francisco deixa votos de que estes apelos ultrapassassem as fronteiras da Igreja Católica, dirigindo-se a todos os que se preocupam com a “iniquidade no mundo” e o “gelo que paralisa os corações”, com a perda do sentido da humanidade comum.

“Uni-vos a nós para invocar juntos a Deus, jejuar juntos e, juntamente connosco, dar o que puderdes para ajudar os irmãos”, apela.

O mesmo apelo inter-religioso estende-se à jornada mundial de oração e jejum pela paz, convocada para 23 de fevereiro, evocando em particular as vítimas dos conflitos na R. D. Congo e Sudão do Sul.

“Perante o trágico arrastamento de situações de conflito em diversas partes do mundo, convido todos os fiéis para uma jornada especial de oração e jejum pela paz, a 23 de fevereiro, sexta-feira da primeira semana da Quaresma”, anunciou o Papa.

Francisco alerta, na sua mensagem para a Quaresma 2018, para os “falsos profetas” do dinheiro e do lucro, que considera responsáveis pela violência e o descarte dos mais fracos.

“O que apaga o amor é, antes de mais nada, a ganância do dinheiro, raiz de todos os males; depois dela, vem a recusa de Deus”, adverte.

No que diz respeito à oração e ao recolhimento na preparação para a Páscoa, o Papa dá ele próprio o exemplo, dedicando seis dias aos exercícios espirituais de Quaresma, fora do Vaticano, este ano com orientação do padre e poeta português Tolentino Mendonça, de 18 a 23 de fevereiro.

“O elogio da sede” é o tema do retiro do Papa Francisco e da Cúria Romana, na Casa do Divino Mestre, dos religiosos paulistas, em Ariccia, arredores de Roma.


Tomar energético faz mal ao coração, segundo estudo

A maioria dos jovens que recorre à bebida acaba experimentando algum sintoma desagradável; principal queixa tem a ver com o coração

Em estudo, maior parte de consumidores de energéticos teve experiências ruins com a bebida, como batimento cardíaco acelerado

Tem quem tome energético para fazer o dia render mais. E há aqueles que usam a bebida para animar a balada – não raro ela é misturada ao álcool. Seja qual for a circunstância, o fato é que esse tipo de produto não goza de popularidade entre os profissionais de saúde. E a ciência sempre dá mais um motivo para essa antipatia crescer.

O mais recente vem da Universidade de Waterloo, no Canadá. Dos 2 055 jovens entrevistados pelos pesquisadores, 55,4% relataram ter experimentado alguma reação adversa após consumir um energético.

Entre os que manifestaram sintomas desagradáveis, 24,7% reportaram batimentos cardíacos acelerados e descompensados  – quadro conhecido como arritmia. E, principalmente em pessoas com histórico de doença cardíaca, essa mudança no ritmo pode ser bastante prejudicial.

Já 24,1% disseram ter dificuldade para dormir, enquanto 18,3% sofreram com dor de cabeça. Em comunicado ao site da universidade, David Hammond, um dos autores da pesquisa, afirma que a quantidade de efeitos adversos observados sugere uma necessidade de restringir o consumo desse produto entre crianças e adolescentes.

Vale lembrar que, em 2016, cientistas da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, viram que apenas uma latinha de energético já foi capaz de alterar a pressão arterial de 25 jovens saudáveis, elevando, assim, seu risco cardíaco.

O “xis” da questão

Muitos dos prejuízos associados aos energéticos têm a ver com sua alta quantidade de cafeína, uma substância estimulante. Só que existe limite para seu consumo – e a ingestão de uma latinha já pode ultrapassá-lo.

Não custa lembrar também que, muitas vezes, o produto é misturado a bebidas alcoólicas. A combinação contribui ainda mais para problemas cardíacos, especialmente entre indivíduos suscetíveis. E como nem todo mundo sabe se é ou não mais propenso a piripaques no coração, o perigo é grande. Melhor não arriscar.


Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/tomar-energetico-faz-mal-ao-coracao-segundo-estudo/ - Por Thaís Manarini - Foto: Dercílio/SAÚDE é Vital