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sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Beber chá para viver mais — e melhor


Consumir a bebida pelo menos três vezes por semana aumenta o tempo de vida e ainda protege o coração e o cérebro, indica um estudo

Um novo estudo publicado no periódico científico da Sociedade Europeia de Cardiologia mostrou que quem bebe chá no mínimo três vezes durante a semana ganha anos extras de vida e um coração mais saudável.

Para chegar a essa conclusão, cientistas da Academia Chinesa de Ciências Médicas acompanharam 100 902 pessoas sem histórico de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e câncer. Os participantes foram classificados em dois grupos: o de consumidores habituais de chás (três ou mais vezes na semana) e não habituais (menos de três vezes na semana) ou não consumidores.

Após cerca de sete anos, os pesquisadores constataram que os fãs da bebida viviam mais. Entre quem tinha 50 anos, por exemplo, a expectativa de vida aumentava 1,26 ano em comparação às pessoas sem o hábito de degustar chás.

Além disso, a presença da bebida na rotina derrubava em 20% o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. E a possibilidade de morrer também foi menor, tanto por causa de infarto ou AVC (22%) como por qualquer enfermidade (15%).

Os especialistas ainda checaram as repercussões em longo prazo. Para isso, eles esperaram oito anos e, então, analisaram um subconjunto de 14 081 voluntários. Nessa fase, os participantes foram acompanhados por mais cinco anos.

Aqueles que mantiveram o costume de tomar chá tinham 39% menos risco de sofrer doenças cardiovasculares e 56% menor probabilidade de ir a óbito por esse motivo. A possibilidade de falecer por problemas de saúde em geral baixou 29%.

De acordo com o epidemiologista Dongfeng Gu, que participou da pesquisa, os prováveis responsáveis por essa ação protetora são os polifenóis. Eles são componentes bioativos de ação antioxidante, ou seja, têm o poder de blindar nossas células.

O especialista contou que estudos anteriores já haviam indicado que os polifenóis não ficam armazenados no corpo por muito tempo. “Assim, a ingestão frequente por um período prolongado pode ser necessária para alcançar o efeito protetor”, completou Gu, em comunicado à imprensa.

O tipo de chá faz diferença?
Na análise, o chá verde foi associado a uma possibilidade 25% menor de piripaques do coração e morte. Por outro lado, quem dava preferência ao chá preto não apresentou vantagens significativas.

Isso seria explicado pelo fato de que essa variedade passa por uma fermentação mais intensa, o que levaria os polifenóis a perderem parte de sua propriedade antioxidante. Também se especula que o costume de oferecer chá preto misturado ao leite pode neutralizar o seu efeito favorável nas funções vasculares.

No entanto, Gu lembra que o chá verde é bastante popular na região da Ásia estudada: 49% o bebiam frequentemente, enquanto apenas 8% preferiam a versão escura.

“A pequena proporção de consumidores de chá preto torna mais difícil observar associações robustas, mas nossos resultados sugerem um desfecho diferente entre os dois tipos”, aponta o epidemiologista.

Menor eficácia em mulheres
O trabalho mostrou que o líquido teve um impacto positivo nos homens, mas modesto na população feminina. Porém, isso não significa que a bebida é mais potente no sexo masculino.

A epidemiologista Xinyan Wang, líder da investigação, lembra que as mulheres mais velhas são naturalmente mais suscetíveis a problemas cardiovasculares e, no grupo avaliado, engoliam menos xícaras.

“Essas diferenças aumentaram a chance de encontrar resultados estatisticamente significativos entre os homens”, ensina a profissional.

Os autores concluem que são necessárias mais pesquisas para bater o martelo sobre os achados antes de indicar mudanças oficiais na alimentação. Mas ninguém precisar esperar para colocar na rotina uma bebida bacana como essa, certo?

Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/beber-cha-para-viver-mais-e-melhor/ - Por Maria Tereza Santos - Foto: Alex Silva/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Alimentos altamente processados ​​ligados ao ganho de peso


No primeiro estudo desse tipo, cientistas mostraram que comer alimentos ultraprocessados ​​leva ao ganho de peso em voluntários humanos em apenas duas semanas.

Há uma abundância de estudos em camundongos ligando alimentos processados ​​a problemas como obesidade e inflamação intestinal.

Mas os ratos não são pessoas, como os críticos de tais estudos são rápidos em apontar.

Em humanos, pesquisadores relataram associações entre alimentos processados ​​e resultados de saúde, como um aumento do risco de desenvolver obesidade, câncer, condições autoimunes e até a morte.

Os alimentos ultraprocessados incluem refrigerantes, salgadinhos embalados, nuggets de carne, refeições congeladas e alimentos ricos em aditivos e pobres em ingredientes não processados.

“Estudos anteriores encontraram correlações entre o consumo de alimentos ultraprocessados ​​e a obesidade “, Kevin D. Hall, do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais em Bethesda, MD, que faz parte do National Institutes of Health (NIH)

Hall e seus colegas agora apresentam os resultados de um ensaio clínico controlado, comparando os efeitos de alimentos não processados ​​versus ultraprocessados ​​em humanos no Journal Cell Metabolism.

‘Surpreendido pelos resultados’
A equipe de pesquisa recrutou 10 voluntários do sexo masculino e 10 do sexo feminino que permaneceram no NIH Clinical Center por 28 dias.

Metade dos participantes comeu alimentos ultraprocessados ​​nas primeiras 2 semanas, enquanto os outros receberam alimentos não processados. Após o período de 2 semanas, os grupos mudaram, permitindo que cada participante comesse os alimentos ultraprocessados ​​e os alimentos não processados ​​por duas semanas.

Na dieta altamente processada, as pessoas ingeriram mais calorias e ganharam uma média de 2 quilos. Na dieta não processada, eles ingeriram menos calorias e perderam cerca de 2 quilos.

Os resultados suportam os benefícios dos alimentos não processados. Mas os pesquisadores observam que os alimentos processados ​​podem ser difíceis de evitar.

“Apenas dizer às pessoas para comerem mais saudáveis ​​pode não ser eficaz para algumas pessoas sem melhorar o acesso a alimentos saudáveis”, diz o especialista em obesidade do NIH, Dr. Kevin Hall

Velocidade pode ser o problema
Há várias razões que Hall e seus colegas acham que podem ter levado os voluntários do grupo de estudos ultraprocessados ​​a ganhar peso.

Embora os participantes do estudo tenham avaliado o prazer e a familiaridade das dietas como iguais, eles comeram significativamente mais rápido no grupo ultraprocessado.

Na verdade, eles consumiram 17 calorias a mais, ou 7,4 gramas de comida por minuto, do que seus equivalentes no grupo de alimentos não processados.

“Pode haver algo sobre as propriedades texturais ou sensoriais dos alimentos que os fizeram comer mais rapidamente”, comenta Hall. “Se você está comendo muito rapidamente, talvez você não esteja dando ao seu trato gastrointestinal tempo suficiente para sinalizar ao seu cérebro que você está satisfeito. Quando isso acontece, você pode facilmente comer demais.”

Apesar de uma estreita correspondência na composição de macronutrientes das duas dietas, a dieta não processada continha um pouco mais de proteína. “Pode ser que as pessoas comessem mais porque estavam tentando atingir certos alvos de proteína”, comenta Hall.

No entanto, a equipe descobriu que o grupo de alimentos ultraprocessados ​​na verdade consumia mais carboidratos e gorduras do que o grupo de alimentos não processados, mas não as proteínas.

Finalmente, as refeições no grupo ultraprocessado tiveram uma densidade de energia mais alta do que no grupo não processado, o que Hall propõe “provavelmente contribuiu para o consumo excessivo de energia observado”.

Os alimentos ultraprocessados ​​são um problema social?
Os autores identificam várias limitações em seu estudo, que incluem que “o ambiente de internação da enfermaria metabólica dificulta a generalização de nossos resultados para condições de vida livre”.

Eles também reconhecem que não levaram em consideração como o custo, a conveniência e a habilidade influenciam os consumidores a escolher produtos ultraprocessados ​​sobre alimentos não processados.

“Os alimentos ultraprocessados ​​contribuem para mais da metade das calorias consumidas no mundo, e são opções baratas e convenientes”, comentou Hall à MNT .

“Portanto, acho que pode ser difícil reduzir substancialmente o consumo de alimentos ultraprocessados”, continuou ele, “especialmente para pessoas de níveis socioeconômicos mais baixos que podem não ter tempo, habilidades, equipamentos ou recursos para comprar e armazenar com segurança, sem processar os ingredientes alimentares e, em seguida, planejar e preparar com segurança refeições saborosas e não processadas “.

No artigo, Hall conclui: “No entanto, as políticas que desencorajam o consumo de alimentos ultraprocessados ​​devem ser sensíveis ao tempo, habilidade, despesa e esforço necessários para preparar refeições de alimentos minimamente processados ​​- recursos que muitas vezes são escassos para aqueles que não são membros das classes socioeconômicas superiores “.

Ele não é o primeiro a sugerir uma conexão entre a socioeconomia e as escolhas alimentares.

Um estudo recente e de grande escala na revista Nature sugere que, em países de alta renda, como os EUA, as populações rurais estão ganhando peso mais rapidamente do que suas contrapartes na cidade.

Os autores desse estudo comentam que isso pode, em parte, se dever a “desvantagens econômicas e sociais, incluindo menor escolaridade e renda, menor disponibilidade e maior preço da saúde [alimentos] e alimentos frescos”.


quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Como a alimentação pode ajudar no aumento de massa muscular


Há alimentos e suplementos capazes de turbinar os efeitos da musculação – mas também tem pegadinhas no meio do caminho

O exercício de força, popularmente conhecido como musculação, é um dos principais tipos para promover ganho de massa muscular. E uma alimentação adequada pode potencializar seus efeitos. Entretanto, é importante ressaltar que o exercício deve ser muito bem executado para que a dieta de fato repercuta no aumento do volume dos músculos.

O principal nutriente que ajudará nesse processo é a proteína. Atualmente, indica-se o consumo de 1,2 a 2,2 gramas de proteína por quilo de peso corporal por dia. Uma pessoa que iniciou a musculação há pouco tempo pode ingerir uma quantidade próxima ao valor mínimo dessa recomendação. Já indivíduos que treinam há alguns meses devem ingerir entre 1,6 e 2,2 gramas por quilo de peso ao dia.

Para atingir a meta, boas fontes proteicas devem ser ingeridas ao longo do dia, como leites, carnes, ovos, soja, entre outros. Aliás, é totalmente possível alcançar a quantidade ideal por meio da dieta. Os suplementos proteicos podem ser utilizados apenas para complementar a proteína que estiver faltando na alimentação.

Mas, antes de usar um suplemento, é essencial realizar uma consulta com um nutricionista, pois esse profissional é capacitado para contabilizar a quantidade do nutriente já ingerida com a dieta. Só assim dá para saber se faz sentido recorrer a um suplemento – e qual a dose exata necessária.

Tem que comer proteína logo após o exercício?
É comum vermos algumas pessoas levando a sua proteína em pó nas academias para tomar após o exercício (desesperadamente). Mas será que isso é realmente fundamental?

Recentemente, nosso grupo de pesquisa publicou um estudo no qual avaliamos o efeito da ingestão proteica imediatamente depois do exercício no ganho de massa magra em mulheres na pós-menopausa. Uma parte delas consumiu 30 gramas do nutriente logo após o exercício, enquanto a outra parcela realizou o consumo aproximadamente três horas depois o término do treino.

Observamos, então, que o momento da ingestão de proteína não teve impacto no ganho de massa magra promovido pela musculação. Outros estudos mostraram o mesmo resultado em outras populações, como indivíduos jovens. Portanto, é possível ir embora da academia, tomar um banho e almoçar ou jantar tranquilamente – com uma fonte de proteína no prato.

Suplemento proteico: em qual apostar?
Os estudos têm demonstrado que, se o consumo diário de proteínas está adequado, a fonte do nutriente não parece influenciar no ganho de massa muscular. Por exemplo: quando se comparou a ingestão de whey (a proteína do soro do leite) com a da soja após o exercício, notou-se que o ganho de massa muscular tende a ser o mesmo.

Portanto, o suplemento deve ser escolhido pelo custo/benefício: isso inclui uma relação entre preço, quantidade de proteína no produto e preferência pelo sabor. Reforço: é crucial que essa escolha seja realizada junto a um nutricionista.

Produtos sem respaldo científico
É comum o consumo de outros tipos de suplementos (não só os de proteína) por praticantes de musculação. Entretanto, a ciência tem revelado que a maioria não favorece o ganho de massa muscular.

Um dos itens mais consumidos é o BCAA (sigla em inglês de “aminoácidos de cadeia ramificada”), que contém leucina, isoleucina e valina. Estudos (de qualidade) não apresentaram, até então, efeito dos BCAAs no ganho de massa muscular.

Outra opção muito popular entre praticantes de musculação é a glutamina, frequentemente recomendada pelos vendedores das lojas de suplementos. No momento da venda, alega-se que ela é capaz de promover melhor recuperação muscular e benefícios para a imunidade. Entretanto, os estudos bem conduzidos não associam a substância à hipertrofia muscular, à recuperação dos músculos nem à melhora do sistema imune em praticantes de musculação.

Portanto, não rasgue seu dinheiro com BCAA e glutamina. A verdade é que diversos outros suplementos poderiam ser citados devido à ausência de efeitos, mas esse tópico ficaria extremamente extenso. Mais um motivo, portanto, para consultar um nutricionista antes de comprar esses produtos.

Preocupe-se em consumir quantidades adequadas de proteína ao longo do dia. Isso, sim, ajudará de verdade no ganho de massa muscular.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/alimente-se-com-ciencia/como-a-alimentacao-pode-ajudar-no-aumento-de-massa-muscular/ - Por Erick P. de Oliveira, nutricionista - Foto: Eduardo Svezia/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Registro do desmatamento da Amazônia brasileira atinge recorde


O desmatamento da Amazônia brasileira alcançou o nível mais alto já visto desde o início do atual método de monitoramento no mês passado, gerando preocupações de que o presidente Jair Bolsonaro esteja dando passe livre para extração ilegal de madeira, agricultura e mineração.

A maior floresta tropical do mundo perdeu 739 km² durante os 31 dias de maio, o equivalente a dois campos de futebol a cada minuto, de acordo com dados da agência de monitoramento por satélite do próprio governo.

A tabela abaixo compara os dados dos últimos quatro anos:

Aumento preocupante
Embora um único mês seja pouco para confirmar tendências de longo prazo, maio é considerado um guia importante porque marca o início da estação seca, que é quando a maior parte das queimadas e outras formas de desmatamento são realizadas.
A menos que o governo envie um sinal claro de que não tolerará uma nova aceleração, os ambientalistas temem que os próximos meses vejam um aumento que tornaria 2019 um dos piores anos de desmatamento na memória recente.
“O governo não pode negar esses números de sua própria agência. A questão agora é o que eles farão a respeito”, disse Carlos Souza, do grupo de monitoramento independente Imazon. “Até o final de julho teremos uma ideia clara do impacto dos recentes movimentos feitos para desmantelar as políticas ambientais”.
 “O aumento do desmatamento é deprimente, mas não é surpreendente: você tem um governo no Brasil que está desmantelando quase todas as políticas ambientais implementadas desde 1992 e que está perseguindo agentes ambientais federais, fortalecendo os criminosos ambientais”, argumentou Carlos Rittl do Observatório do Clima, uma ONG formada por uma coalizão de grupos ambientalistas. “No entanto, devemos esperar e ver como [o governo] vai se comportar em junho”.

Nada surpreendente
Desde que Bolsonaro assumiu a presidência em janeiro, seu governo tem enfraquecido o Ministério do Meio Ambiente, afrouxado os controles sobre a exploração econômica da Amazônia, interrompido a demarcação de terras indígenas e incentivado os interesses da mineração e da agricultura na região.
Além disso, Bolsonaro chamou a principal agência de monitoramento do governo, o Ibama, de “indústria de multas” e emitiu o menor número de penalidades nos últimos 11 anos. As operações de inspeção caíram 70% em relação ao ano passado.
Seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que já foi condenado por fraude ambiental e nunca havia visitado a região amazônica antes de assumir o cargo, não nomeou chefes regionais e demitiu inspetores veteranos. No início desta semana, a Folha de S. Paulo informou que ele quer privatizar o monitoramento por satélite da floresta.
Salles também tem irritado os principais países doadores do Fundo Amazônia, Noruega e Alemanha, ao propor que a voz da sociedade civil seja enfraquecida ao decidir como o recurso, de US$ 1,3 bilhão, será gasto.

Lobby agrícola
No congresso, o lobby agrícola está pressionando por mais relaxamentos no regulamento ambiental, incluindo a liberação de áreas protegidas.
O filho mais velho de Bolsonaro, Flávio, que é senador, recentemente propôs uma reforma do código florestal que eliminaria a obrigação dos agricultores na Amazônia de manter 50 a 80% da cobertura florestal de suas propriedades. Esta medida abriria uma área maior do que o Irã para as indústrias extrativas.
Uma onda crescente de reclamações de propriedade em terras especulativas está sendo registrada dentro das reservas, o que está colocando mais pressão sobre as fronteiras.

Ressalvas
Outros fatores podem ter contribuído para o aumento do desmatamento. Os primeiros meses deste ano foram nublados e chuvosos, o que dificultou o monitoramento por satélite, então algumas áreas podem ter sido perdidas por varreduras anteriores.
O mau tempo também pode ter levado os madeireiros e fazendeiros a adiar o desmatamento até maio. A economia, que muitas vezes é uma propulsora do desmatamento durante os períodos de alta nos preços da carne bovina e da soja, também está em crise, embora Bolsonaro tenha indicado que o agronegócio pode levar o Brasil em direção ao crescimento positivo.
A esse respeito, ele está ecoando e ampliando a mensagem de seus predecessores, Dilma Rousseff e Michel Temer. Ambos presidiram períodos de desmatamento acelerado à medida que se tornaram dependentes do lobby rural e das exportações de commodities para a China e para a Europa.
Outro fator é a expansão de projetos de infraestrutura, incluindo estradas e usinas hidrelétricas. O estado brasileiro que sofreu o maior desmatamento no mês passado foi o Pará, que abriga a rodovia BR163 que cruza a Amazônia e a barragem de Belo Monte. [TheGuardian]


quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

5 condições de saúde que influenciam no aumento ou na perda de peso


Saiba mais sobre essas doenças que causam mudanças corporais sem razões aparentes

Algumas condições de saúde são silenciosas e, por isso, mais difíceis de serem diagnosticadas. Porém, um sintoma em comum pode ser um alerta na hora de identificá-las: a perda ou o ganho de peso sem razão aparente. Abaixo, veja cinco doenças que causam essa alteração e as opções de tratamento para elas. E lembre-se: sempre consulte um médico para fazer o diagnóstico e receitar os melhores cuidados para você.

Hipotireoidismo
A tireoide é uma das principais glândulas secretoras de hormônios do organismo. Ela produz o T3 e o T4, que influenciam em diversas funções do corpo. Porém, quando há algum problema que impede a produção da quantidade necessária dessas substâncias, ocorre o chamado hipotireoidismo. Essa condição causa a diminuição da atividade corporal, podendo influenciar no raciocínio, frequência cardíaca, trabalho intestinal e na lentidão do metabolismo no geral. “Com a velocidade reduzida do metabolismo, o organismo acaba gastando menos energia, o que favorece o aumento de peso”, explica o endocrinologista Antônio Carlos do Nascimento.

O hipotireoidismo pode ocorrer por uma agressão autoimune à glândula da tireoide, que acontece quando o sistema imunológico entende que algo está errado naquela área e passa a atacá-la. Além disso, pode ser uma condição congênita, quadro que deve ser identificado pelo exame do pezinho aplicado em recém-nascidos. O tratamento para essa doença é feito com a reposição hormonal, que deve começar assim que o problema for diagnosticado.

Hipertireoidismo
Se o hipotireoidismo é causado pela presença reduzida dos hormônios da tireoide, o hipertireoidismo ocorre justamente pela condição contrária, que é a secreção em excesso dessas substâncias. Esse problema leva ao aumento das funções metabólicas do organismo, que gera a aceleração do ritmo cardíaco, tremor nas extremidades, insônia, olhos esbugalhados e elevação geral das atividades corporais. Devido a essa aceleração exagerada do corpo, o hipertireoidismo pode ser responsável por um emagrecimento excessivo.


“Uma das causas mais comuns desta condição é uma doença autoimune que pode se manifestar ao longo da vida. Nesse caso, o sistema imunológico passa a produzir um anticorpo que é exatamente igual ao hormônio estimulador da tireoide, o que faz com que a glândula passe a trabalhar de maneira desenfreada”, diz Antônio Carlos. O tratamento para o hipertireoidismo inclui o uso de medicamentos que interferem na produção da tireoide, fazendo com que ela diminua a secreção dos hormônios.

Síndrome do ovário policístico
Essa condição é um distúrbio hormonal que gera várias alterações no organismo das mulheres, inclusive o aumento do ovário e o aparecimento de pequenos cistos. Ainda não há confirmação exata sobre as causas dessa síndrome, porém ela está constantemente associada a fatores de risco como a resistência à insulina, que ocorre quando as células não absorvem da maneira correta essa substância.

“Quem possui a síndrome do ovário policístico pode apresentar uma elevação do hormônio masculino no corpo, o que causa o aparecimento de pelos, acne e irregularidade na menstruação. Além disso, o acúmulo de peso, principalmente na região abdominal, também é uma das características da doença. Para o tratamento, uma das opções é utilizar medicamentos que controlam os sintomas, como anticoncepcional hormonal e remédios que auxiliam na ação da insulina”, indica o ginecologista Alfonso Massaguer. 

Diabetes
O diabetes ocorre quando há uma deficiência na produção de insulina. Existem duas versões da doença, o tipo 1, que também é conhecida como diabetes juvenil e apresenta uma falta total de insulina no organismo, e o tipo 2, que ocorre quando há uma disfunção na produção insulínica e a quantidade secretada não é suficiente. Uma das causas mais comuns do segundo tipo é a obesidade, que faz com que a insulina produzida não seja capaz de abaixar o índice glicêmico. Já o tipo 1 pode ocorrer devido ao desenvolvimento de uma doença autoimune que destrói as células produtoras da substância no pâncreas.

“O tratamento da diabetes tipo 1 ocorre pela aplicação da insulina. Essa versão da doença faz com que o paciente perca bastante peso, pois sem a insulina necessária para absorver a glicose, o corpo passa a quebrar a gordura e músculos para gerar energia. Outros sintomas que também são comuns a ela são urinar em excesso e ter muita sede. Quando pensamos no tipo 2, o tratamento acontece, a princípio, por medicamentos orais que estimulam a produção do pâncreas e pelo emagrecimento. Alguns dos sintomas dessa versão são o aumento de peso, mesmo para pessoas que já são obesas, e a elevação do índice glicêmico rapidamente”, diz Antônio Carlos.

Doença celíaca
Essa condição ocorre quando há uma intolerância permanente ao glúten causada por uma doença autoimune. “Quando o paciente celíaco consome a substância, acontece uma lesão na mucosa do intestino delgado, órgão responsável pela absorção dos alimentos. Esse machucado, que é chamado de ‘atrofia vilositária’, leva à má captação dos nutrientes e, consequentemente, a perda de peso”, explica a médica assessora em gastroenterologia Márcia Wehba Cavichio, do Fleury Medicina e Saúde, de São Paulo.

A principal maneira de controlar a doença é evitar o consumo de glúten, o composto proteico presente em pães e massas no geral. O indicado é sempre prestar atenção aos rótulos para ter certeza de que os alimentos não possuem essa substância, pois as lesões da mucosa podem ocorrer mesmo quando não há sintomas aparentes. “Como toda dieta restritiva, o paciente necessita do acompanhamento de um nutricionista para entender quais são as alternativas para suprir as comidas que deverão ser eliminadas da dieta”, completa Márcia.


quarta-feira, 18 de maio de 2016

Dieta para ganhar peso: evite calorias vazias e invista em gorduras boas

Fazer musculação e incluir cereais na alimentação ajudam no aumento de peso saudável

Enquanto algumas pessoas têm dificuldade para emagrecer outras encontram problemas na hora de engordar. As causas para essa dificuldade podem ser tanto físicas quanto psicológicas.

Algumas medidas podem ajudar no ganho de peso. Conversamos com especialistas e listamos as principais razões para não ganhar peso e o que pode ser feito a fim de engordar de maneira saudável.  

Por que continuo emagrecendo? - Motivos físicos
Há diversos motivos físicos que explicam por que algumas pessoas são muito magras e tem dificuldade em engordar. "Um deles é a genética, quando o paciente conta com a queima calórica muito intensa", destaca o nutrólogo Roberto Navarro.

Doenças também podem ser a causa dessa dificuldade de ganhar peso, é o caso do hipertireoidismo, problema no qual a glândula da tireoide produz hormônio em excesso. "Em situações assim, o indivíduo come mais e mesmo assim emagrece", constata Navarro. Diversos tipos de câncer podem levar a esta dificuldade, especialmente aqueles que atingem o tubo digestivo.

A falta de oferta calórica, ou seja, comer pouco, leva ao emagrecimento. O excesso de atividades físicas é outro fator que pode fazer com que a pessoa tenha dificuldade em engordar, já que ela gasta mais do que come. 

Fumar cigarros e consumir algumas drogas, especialmente as que deixam a pessoa mais alerta, como a cocaína, também pode dificultar o ganho de peso.
 
Por que continuo emagrecendo - Motivos psicológicos
Algumas doenças psiquiátricas podem ser a causa da dificuldade para engordar. "Porém, as questões psiquiátricas só podem ser pensadas depois de excluídas as questões físicas", alerta o psiquiatra e nutrólogo Hewdy Lobo da Vida Mental Serviços Médicos.

Alguns quadros de adoecimento mental mais graves estão associados a dificuldade ou a recusa em comer. "É o caso clássico da anorexia nervosa em que os portadores recusam a alimentação apesar de sentirem fome, porque de forma doentia percebem o próprio corpo exageradamente aumentado", diz Lobo.

Outra condição que pode levar a dificuldade em engordar é a depressão. "Um dos sintomas é a redução do apetite parcial ou quase completa a ponto de não se comerem por terem perdido a vontade da alimentação da mesma maneira que perderam interesse pela vida, relacionamento, etc", conta Lobo.

A esquizofrenia também pode causar problemas no ganho de peso, pois o indivíduo pode ter um tipo de delírio em que tem certeza que os alimentos ou a água estão contaminados e dessa forma se recusa a comer, é o chamado delírio de envenenamento.

O Transtorno Obsessivo Compulsivo pode ser um obstáculo para engordar, pois o paciente gasta um tempo exagerado apenas para organizar o alimento de uma maneira que entenda estar adequada.
 
Qual a alimentação ideal para engordar?
Estar magro não é um passe livre para comer o que bem entender. "A pessoa pode ganhar peso, mas se desnutrir", alerta Navarro. Afinal, as pessoas magras também podem ter problemas de saúde. "Não adianta consumir mais alimentos indiscriminadamente: as pessoas magras também podem ter altos níveis de colesterol. Tenha uma dieta que forneça nutrientes apropriados para promover o ganho de peso saudável", orienta a nutricionista Karina Gallerani. 

Assim, evite os alimentos ricos em açúcar refinado, carboidratos simples, que em excesso podem favorecer a resistência à insulina que por sua vez pode se tornar diabetes tipo 2. As gorduras trans, presente em alguns alimentos industrializados e frituras, e a gordura saturada, encontrada principalmente em alimentos de origem animal como a carne vermelha, também devem ser evitadas, pois favorecem o aumento do colesterol, entre outras complicações.

Alguns alimentos termogênicos também podem ter o consumo restringido, como a cafeína, presente no café e no chá verde, a pimenta e o chá de hibisco. Estes alimentos aceleram o gasto calórico e favorecem o emagrecimento. 
 
O que comer
Invista em alimentos calóricos, mas nutritivos. É o caso do azeite extravirgem que é rico em gorduras boas, as monoinsaturadas, e assim ajuda a regular o colesterol, protege o coração e o cérebro, previne o diabetes, entre outros benefícios.

Invista em oleaginosas, como as castanhas e nozes, e em peixes, pois eles são fontes de boas gorduras. O abacate também é bom por ser rico em gorduras monoinsaturadas e bem calórico.

Procure adicionar granola, entre outros cereais, farinhas enriquecidas e até o açúcar mascavo em alguns alimentos. "Outra dica é incluir gema de ovo cozida amassada no feijão, purê, sopa, entre outros", orienta Navarro.

Opte pelas carnes magras. "O consumo de proteínas, carnes magras e leguminosas também é importante, porém é preciso certificar-se que não está havendo uma ingestão excessiva que possa sobrecarregar os rins e o fígado", diz Gallerani. Mastigar bem os alimentos contribui para que o organismo absorva melhor os nutrientes.  

Equilibre o consumo de carboidratos simples, como o pão branco, arroz comum, entre outros, e complexos, como arroz e pão integrais. "Isto porque as fibras presentes nos integrais proporcionam saciedade", explica a nutricionista Cátia Medeiros. Porém, elas também melhoram o trânsito intestinal, entre outros benefícios e não devem ser excluídas do cardápio.
 
O quanto comer
Assim como para emagrecer é preciso diminuir o consumo de calorias, para engordar é preciso aumentar a ingestão calórica. É importante buscar a ajuda de um médico nutrólogo ou de uma nutricionista a fim de saber o quanto a mais de calorias deve ser consumido para o ganho de peso saudável. "Isto vai depender do peso atual, altura e nível de atividade física. Calculamos o quanto a pessoa precisa comer para manter o peso e a partir disso estimamos o quanto precisa ingerir a mais para engordar ou a menos, caso queira emagrecer", explica Navarro.

Lembre-se de evitar as calorias vazias, como os refrigerantes, fast-foods, alimentos industrializados e doces que são pobres em vitaminas e sais minerais.

Apenas as quantidades mudam, as proporções de cada macronutriente continuam as mesmas. Portanto, continua sendo orientado ter a refeição composta por: 50 a 55% de carboidratos, 15 a 20% de proteínas e 25 a 30% de gorduras, sendo 7% gorduras saturadas, 10% gorduras poli-insaturadas e 13% monoinsaturadas. 
 
Suplementos
É preciso tomar cuidado ao ingerir os suplementos como os shakes hipercalóricos. Eles só podem ser ingeridos após a orientação de uma nutricionista. A melhor maneira de ganhar peso é por meio de mudanças na alimentação, porém em certas situações os suplementos podem ser recomendados. ?Para evitar que algumas pessoas que precisam ingerir muitas calorias desenvolvam o hábito de comer grandes volumes de comida, o suplemento pode ser uma opção, pois oferecerá maior densidade energética, mas menos volume?, explica Medeiros.  

Dicas para abrir o apetite
Uma boa estratégia para abrir o apetite é começar pelos alimentos líquidos: vitaminas batidas com leite ou sucos podem ser combinados com diferentes frutas e acrescidos de iogurte. Lembre-se de comer a cada duas ou três horas. A apresentação das refeições é muito importante para abrir o apetite: pratos atraentes, saborosos e variados aguçam o paladar. Utilize temperos e ervas para melhorar o sabor e aroma dos alimentos. Um medicamento também pode ser receitado pelo médico para aumentar o apetite.  

Exercícios certos para ganhar peso
Os exercícios são grandes aliados de quem quer ganhar peso. A musculação com a orientação de um educador físico é a melhor opção, pois irá proporcionar o ganho de massa muscular.

Evite atividades aeróbicas, como a caminhada, corrida, dança, entre outros, por um longo período de tempo."Toda a atividade de longa duração, mesmo que seja leve, faz com que o corpo utilize a reserva de gordura", diz Navarro.

As atividades físicas corretas ainda podem ajudar de outra maneira. "Elas contribuem porque abrem o apetite de quem não tem fome", constata Gallerani.
 
É preciso ganhar músculos ou gorduras?
O mais recomendado é que a pessoa ganhe peso por meio de massa muscular. Porém, em alguns casos pode ser necessário acumular também mais gordura. "Existe um risco de ter menos de 10% de gordura no corpo, pois ela cumpre funções fisiológicas, estoca vitaminas lipossolúveis, como as A e K, e produz hormônios", afirma Navarro.

Por outro lado, algumas pessoas podem ser magras e mesmo assim apresentaram altas taxas de gordura. "Há pessoas muito magras que têm alto percentual de tecido gorduroso, em função do sedentarismo, hábitos alimentares incorretos e longos intervalos de tempo sem se alimentar", explica Gallerani.

Saiba que as mulheres têm mais tendência a engordar por conterem maior quantidade de gordura entre as fibras musculares que os homens. Por outro lado, os homens tem mais tendência a ganhar massa muscular. "Eles contam com concentrações hormonais superiores às das mulheres e isso faz com que o ganho muscular seja proporcional a esta concentração", conta Gallerani.
 
Como manter o peso
Após alcançar o peso ideal é preciso tomar cuidado para não perdê-lo ou engordar demais. Por isso, com a ajuda do nutrólogo ou nutricionista é preciso fazer outro cálculo de quantas calorias devem ser ingeridas.

Mantenha a disciplina com os novos hábitos da dieta. "Nunca pule horários das refeições e siga as porções conforme o plano alimentar", orienta Gallerani.

Pode ser uma boa estratégia adotar o seguinte planejamento: faça supermercado toda a semana, com uma lista para evitar a compra de alimentos desnecessários. Crie um cardápio para os próximos sete dias e faça compras pensando nele. Mantenha um horário fixo para fazer exercício e um diário dos padrões de alimentação e atividade física. Escreva não somente o que come, mas onde, quando e o que sentiu no momento. Assim dá para analisar o que gerou a fome e o que satisfez o seu apetite. Isso vai ajudar a pessoa a perceber se está passando muito tempo sem comer, se não está sentindo fome ou se alguma situação fez ela perder a vontade de comer.


quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Tudo sobre o combate à flacidez

Não tem muito jeito, a idade traz a perda de massa magra. Mas exercícios, dieta adequada, cremes e hábitos saudáveis ajudam a desacelerar o processo

Uma das leis mais cruéis é a da gravidade. É ela que garante que, depois de certa idade, a pele do rosto e do corpo seja puxada para baixo. Mas vamos combinar que a culpa não é só da lei natural. Se a pele estivesse firme, como a de um bebê, não iria sucumbir à ação da gravidade. Só que, depois dos 30 anos, ela começa a perder elasticidade e, por volta dos 50 anos, esse processo se acelera ainda mais, principalmente devido à menor produção dos hormônios que garantem a reposição celular. “Como se reduz a produção de colágeno, há um afinamento da pele e, consequentemente, um aumento da flacidez”, detalha a dermatologista Juliana Jordão, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Rosto e corpo na mira
Para desacelerar o processo – que atinge tanto o rosto quanto o corpo – uma boa dieta é fundamental. Tem de ser rica em proteínas e em vitaminas que fazem parte do processo de produção do colágeno, proteína que dá sustentação à pele. Beber bastante água é fundamental. Afinal, um dos principais papéis dos cremes é reter a água na pele, mas eles só podem agir se houver umidade suficiente. Outra função dos cremes antiflacidez é estimular a produção de colágeno. “Para as mulheres que apresentam uma flacidez mais acentuada ou que querem um resultado mais rápido, indico sessões de radiofrequência ou ultrassom microfocado”, fala o dermatologista Alberto Pinto Cordeiro, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.


É hora da cirurgia?
Em algumas situações, quando a flacidez é acentuada, o profissional que pode resolver a situação é o cirurgião plástico. “Como trata-se de uma cirurgia estética, a demanda parte do paciente. É ele quem fala o que está incomodando e deve ser mudado”, diz o cirurgião Marcelo Moreira, do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. “E nem sempre o que ele pede é o melhor. Às vezes recebo pacientes que vêm procurar uma cirurgia plástica, mas indico procedimentos menos invasivos”, garante o médico. Antes de encarar uma cirurgia, há muito a ser feito, como exercícios capazes de enrijeceros músculos, alimentos construtores de células, cremes e massagens. 

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/tudo-sobre-o-combate-a-flacidez/5534/ - Texto Ivonete Lucirio / Foto: Shutterstock - por Marília Alencar 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

3 razões para existirem tantos casos de câncer

“Por que eu?” é certamente um questionamento comum para pessoas diagnosticadas com câncer. Além desse sentimento individual, há uma ideia geral de que cada vez mais pessoas são abatidas com a doença, o que não parece fazer sentido considerando os avanços na prevenção e no tratamento da condição.

A boa notícia é que hoje nós temos de fato mais chance de sobreviver a um diagnóstico de câncer do que em qualquer outro momento da história. No entanto, os casos da doença parecem aumentar devido principalmente a esses três fatores, conforme explica o Dr. Bhavesh Balar, hematologista e oncologista do CentraState Medical Center em Freehold, Nova Jersey (EUA).

1. Pessoas mais velhas têm mais câncer, e estamos ficando mais velhos
Como as doenças cardíacas, o câncer afeta principalmente a população mais velha. Cerca de 77% de todos os cânceres são diagnosticados em pessoas com mais de 55 anos de idade, um segmento da população que deve dobrar até 2060, só nos EUA. No Brasil, segundo dados do IBGE de 2010, pouco mais de 15% da população têm mais que 55 anos.
A probabilidade é que a expectativa de vida continue crescendo, e mais idosos significa mais casos de câncer. Hoje, as pessoas vivem décadas mais do que apenas um século atrás, quando não costumavam passar dos 50, por isso é normal que os casos de câncer tenham aumentado.

2. A obesidade abre a porta para vários tipos de câncer
Um segundo fator-chave para o aumento das taxas de câncer é a epidemia de obesidade e a contínua falta de uma dieta adequada, exercício e controle de peso. Dados de agosto de 2010 da Pesquisa de Orçamentos Familiares mostram que o Brasil está ficando mais gordinho. O excesso de peso em homens adultos saltou de 18,5% para 50,1% nos últimos anos, enquanto em mulheres saltou de 28,7% para 48%.
Em 2014, a Sociedade Americana de Oncologia Clínica divulgou um relatório alertando que a obesidade deve ultrapassar o tabaco como o fator de risco número 1 para o câncer. A condição está associada a uma maior probabilidade dos seguintes tipos de câncer: de mama (após a menopausa), do cólon e do reto, do esôfago, do endométrio, do pâncreas, do rim, da tiroide e da vesícula biliar.

3. Certos tipos de câncer estão em ascensão
Como já falamos, fatores como a obesidade causam um aumento de cânceres como os gastrointestinais, que afetam o sistema digestivo – estômago, vesícula biliar, fígado, pâncreas e intestino (intestino delgado, intestino grosso ou cólon, e reto). Além disso, cerca de metade dos cânceres de fígado nos Estados Unidos ocorrem em pessoas com hepatite C crônica, e o aumento da incidência da doença é consistente com o envelhecimento da população com hepatite C. Cânceres nessa região do corpo podem ser particularmente difíceis de diagnosticar, já que os sintomas imitam outras doenças menos graves, como síndrome do intestino irritável ou refluxo ácido, o que permite que o câncer se espalhe sem ser tratado.
Outra coisa que tem aumentado o número de pessoas com câncer é o vírus HPV. Sexualmente transmissível, ele tem 40 mutações diferentes e milhões de pessoas infectadas não têm sintomas externos, de forma que continuam passando o vírus adiante. Geralmente, ele não causa muitos problemas, mas quando o organismo não consegue combatê-lo, o HPV pode causar alterações celulares com o potencial de transformarem-se em câncer. Os tipos mais comuns associados com o HPV são o de cabeça e pescoço, incluindo a base da língua e as amígdalas. Os mais graves são câncer do colo do útero, vagina, vulva, ânus e pênis.
Por fim, a incidência de câncer de pele – que já é o mais comum entre todos – tem aumentado, apesar de ser uma doença bastante evitável. A falta de proteção solar e comportamentos intencionais de bronzeamento são alguns dos fatores que aumentam as taxas de câncer de pele, mas a consciência disso não parece ser suficiente para as pessoas se protegerem. Os dois tipos mais comuns de câncer de pele são nas células basais e nas células escamosas, geralmente na cabeça, face, pescoço, mãos e braços. O melanoma representa menos de 2% dos casos de câncer de pele, mas é o tipo que resulta em mais mortes. [LiveScienceInfoEscolaGovBR]

Fonte: http://hypescience.com/as-tres-razoes-pelas-quais-tantas-pessoas-desenvolvem-cancer/  - Autor: Natasha Romanzoti

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

25 dicas para viver mais

Hábitos simples como passar fio dental podem aumentar a expectativa de vida. Conheça outras coisas que podem fazê-lo viver mais e melhor

1. Coma uma banana

Sim, a fruta pode ajudar a reduzir a pressão e os riscos de doenças cardíacas. A banana é rica em potássio, mineral que ajuda a contrabalançar os efeitos negativos do excesso de sal na dieta. A maioria do potássio encontrado no corpo está presente dentro das células, enquanto o sódio (que compõe o tempero) fica fora das células. Essa diferença de concentração é chamada de potencial de membrana. Isso significa que um mineral é capaz de alterar os níveis do outro. Como a maioria das pessoas come sal em excesso, aumentar a ingestão de alimentos ricos em potássio fará com que as células liberem sódio, que será eliminado pela urina. A dose recomendada de potássio é de 3,5 g. Se a ideia é baixar a pressão, você precisa de 4,7 g, algo em torno de uma banana.

2. Acelere o passo
A velocidade que você consegue imprimir na corrida quando tem 40 anos ou mais é um excelente indicativo das chances de você ter doenças cardíacas 30 anos mais tarde. “O exercício que você faz aos 40 é altamente relevante para os riscos de você sofrer do coração quando chegar aos 80”, diz Jarett Berry, cardiologista da Southwestern Medical School (EUA). Segundo ele, a cadência com que uma pessoa corre uma milha (1,6 km) é uma ótima e fácil medida de índice de condicionamento físico. Se mal e mal você consegue percorrer essa distância em 10 min, se for homem, ou 12 min, se mulher, seu risco de ter doenças cardíacas é 30% maior do que o do restante da população. Para os homens, 8 min ou menos indica um alto condicionamento. Para as mulheres, fazer uma milha em 9 min é excelente. “A principal conclusão disso tudo é que os riscos de você ter alguma doença do coração aumenta significativamente a cada minuto a mais que você leva para completar uma milha.” Se você ainda não corre, não é para sair desembestado pela rua. Comece caminhando num ritmo mais vigoroso. Quando estiver fácil,alterne um trote leve e curto com caminhada e, aos poucos, aumente o tempo do trote, até que consiga apenas trotar.

3. Mantenha as frutas fora da geladeira 
Sim, estocá-las à temperatura ambiente, e não na geladeira, turbina a quantidade de substâncias contidas nelas e que fazem bem à saúde. Estudo do Departamento de Agricultura dos EUA mostrou que, fora do refrigerador, o melão chega a ter de 11% a 40% mais carotenoides, poderosos antioxidantes. Já frutas vermelhas, caso do tomate e da melancia, contêm o dobro de betacaroteno, que o corpo metaboliza em vitamina B, se comparado à fruta gelada.

4. Não se esqueça do fio dental 
Você certamente está cansado de ouvir que deve usar fio dental diariamente. O que talvez não saiba é que preservar esse hábito pode estender a expectativa de vida. Além de o fio evitar doenças da gengiva, previne de males cardíacos, o que pode somar mais alguns anos à sua vida. O fio dental evita que as gengivas fiquem inflamadas, ou seja, que você se exponha a uma infecção bacteriana crônica na boca, que pode danificar as artérias. Quando as bactérias se instalam nos vasos sanguíneos, contribuem para a formação de placas e a resposta do corpo leva ao estreitamento das artérias. Mais finas, o coração tem mais trabalho para bombear sangue, o que pode levar a doenças do coração. Embora ainda haja algum debate em torno disso, estima-se que não ter o hábito de passar fio dental possa tirar até 6,4 anos de vida. Se você tem dificuldade para se lembrar de usá-lo, deixe-o ao lado da pasta de dente.

5. Vá de chá
Mais um item para a lista de boas coisas que a bebida pode proporcionar: beber bastante chá (algo como 14 xícaras por semana) aumenta em 28% as chances de sobrevivência pós-ataque cardíaco, segundo estudo publicado na revista Journal of the American Heart Association. Chá contém flavonoides, antioxidantes que têm, entre seus efeitos, ser anticoagulante, o que significa menos chances de um coágulo sanguíneo entupir um vaso sanguíneo, além de relaxar os vasos.

6. Transe duas vezes por semana (no mínimo) 
Está mais do que provado que sexo faz bem à alma, mas saiba que transar também deixa a sua saúde em dia. Uma vida sexual saudável, quer dizer, transar ao menos duas vezes por semana, faz o corpo produzir mais imunoglobulina A, anticorpo que ajuda o organismo a lutar contra infecções. Outro estudo revelou que homens que tinham orgasmos ao menos duas vezes por semana apresentavam 50% menos risco de morte prematura. Além de ele estimular a circulação, também reduz o estresse, é um antidepressivo natural, faz o corpo liberar DHEA, tijolo construtor da testosterona, que, entre outras coisas, ajuda a reparar os tecidos e reduz, nos homens, as chances de um tumor na próstata. Especialistas chegam a estimar que sexo pelo menos três vezes por semana aumenta em dois anos a expectativa de vida e, todo dia, pode somar até oito anos a sua vida.

7. Vá para a cama mais cedo
Pesquisadores da Universidade Harvard (EUA) descobriram que uma hora a mais de sono foi capaz de restabelecer os níveis normais de pressão em pessoas que mostravam sinais precoces de aumento de pressão. E o melhor: em apenas seis semanas. Com a pressão arterial mais baixa, caem os riscos de ataque cardíaco e de derrame.

8. Invista nas tacadas 
Segundo Anders Ahlbom, do Instituto Karolinska (Suécia), que fez um estudo envolvendo 600 mil suecos, uma partida de golfe significa ficar ao ar livre por horas e caminhar em um ritmo que já se provou benéfico à saúde (entre 6 km/h e 7 km/h).

9. Livre-se dos pneuzinhos 
Não é tanto o peso, mas a quantidade de gordura acumulada na barriga que joga contra a sua saúde. Tanto é assim que o Índice de Massa Corporal, o IMC, é um dos melhores indicadores de doenças cardíacas, pois ele aponta para a gordura visceral, que se empilha ao redor dos órgãos. Para uma checagem rápida, deite-se de costas no chão. Se sua barriga achatar, a gordura é principalmente subcutânea. Agora, se você tem uma pança de (não) dar inveja, é indicativo de que você acumula gordura visceral, que pode encurtar a sua vida.

10. Não abuse do álcool 
Tente ficar em uma taça de vinho tinto apenas. Estudos mostraram que uma dose da bebida fornece flavonoides e resveratrol, substâncias capazes de reduzir o risco de doenças cardíacas e certos tipos de câncer. Três doses de vinho, por outro lado, podem aumentar as probabilidades de tumores na boca, garganta, esôfago e outros.

11. Exercite-se 
Não é preciso passar horas e horas na academia. Basta incluir meia hora de atividade física moderada por dia ou 150 min semanais para a sua expectativa de vida aumentar consideravelmente. “Essa é uma mensagem fácil de as pessoas entenderem. Se elas se exercitarem, tornarem-se ativas, poderão viver 2,5 anos a mais”, garante Ian Janssen, da Universidade Queen´s (Canadá). Você não deve deixar de incluir no seu dia a dia outras atividades, chamadas de não convencionais, como simplesmente ficar de pé em vez de só estar com o bumbum colado à cadeira, fazer pequenas pausas no trabalho e caminhar um pouquinho. Mais importante do que apenas se exercitar, é manter o corpo em movimento.

12. Prudência nunca é demais 
Já ouviu aquela frase: prudência não faz mal a ninguém? Pois é bom dar mais atenção a ela. Estudo que acompanhou 1 500 pessoas dos seus 20 anos até elas morrerem constatou que as que eram mais prudentes viveram mais. Ser mais ajuizado ajuda a evitar riscos e aumenta as chances de a pessoa entrar em um relacionamento estável, fator que turbina a saúde, a felicidade e, claro, a longevidade.

13. Veja o lado bom da vida 
Pessimistas, mostrou uma pesquisa da Clínica Mayo (EUA), vivem cerca de 12 anos menos do que otimistas. Quem sempre espera pelo pior tem mais chances de ser infectado por um vírus e ter gripe, além de não se preocupar, por exemplo, em fazer autoexames que podem detectar precocemente um câncer de mama e de pele.

14. Aposte no vermelho 
Frutas e legumes vermelhos estão entre as melhores opções de consumo. A beterraba, por exemplo, contém nitratos, que ajudam a relaxar os vasos sanguíneos. Já o pimentão fornece mais vitamina C que uma laranja, enquanto o tomate está repleto de licopeno, poderoso antioxidante que ajuda a proteger contra o câncer e doenças do coração. A uva, por outro lado, é rica em reveratrol, que tem propriedades anti-inflamatórias, além de ajudar a baixar os níveis de colesterol.

15. Reduza o sal 
Você curte misto-quente? Sim? Pois saiba que ele, sozinho, contém 806 mg de sódio, quase a metade das 2 000 mg diárias recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. O mineral é o principal componente do sal de cozinha, tempero que tem estado além da conta na mesa do brasileiro. Pior do que isso: o sódio é item essencial de uma infinidade de alimentos industrializados, de molhos a uma inocente sopinha de pacote, pois ele ajuda na conservação e no controle de micróbios. O consumo exagerado de sal faz o corpo reter mais líquidos, podendo fazer a pressão subir e causar hipertensão, que leva ao infarto e ao AVC.

16. Tenha um animal de estimação
Ter um amigão em casa pode significar alguns anos de vida a mais. Desde os anos 1980, vários estudos já mostraram que não apenas as taxas de sobrevivência de pacientes que haviam tido um infarto eram 28% maiores entre aqueles com um animal de estimação, mas também que a interação com um bichinho reduz os níveis do cortisol, o hormônio do estresse, além de os donos sentirem-se mais compelidos a se exercitar, ou seja, serem mais saudáveis e terem mais qualidade de vida do que os que não são muito ligados em animais.

17. Leia uma revista de ponta cabeça
Claro, é uma brincadeira. O importante é que você saia da sua zona de conforto todos os dias. Um exemplo: tentar escrever com a mão não dominante ou discutir com alguém sobre um ponto de vista contrário ao seu. Com isso, o seu cérebro é colocado em um nível leve de estresse, o que danifica as células. Segundo o especialista americano em envelhecimento Marios Kyriazis, ao tentar reparar o “problema”, o corpo acaba por reparar também os danos causados pelo envelhecimento.

18. Ria
Uma boa gargalhada é quase como fazer uma sessão mais curta de treino. Entre 100 e 200 risadas são quase equivalentes a 10 min de trote, além de baixar os níveis dos hormônios do estresse, fortalecer o sistema de defesa do corpo e aumentar o fluxo sanguíneo em 20%. Que tal começar agora?

19. Deixe o protetor solar de lado
Na hora certa, claro. A capacidade de o corpo sintetizar vitamina D a partir da luz solar cai com a idade, e a redução dos níveis desse nutriente pode afetar ossos e a imunidade. Depois dos 60 anos, fique pelo menos 20 minutinhos exposto ao sol, sem protetor solar, mas nos horários seguros, quer dizer, antes das 10h ou depois das 16h.

20. Musculação, já!
Investir num treino com cargas, como é a musculação, é uma excelente opção antienvelhecimento. Estudo com mulheres na pós-menopausa que faziam musculação duas vezes por semana por 30 min mostrou que, depois de um ano, elas haviam recuperado a densidade óssea, em vez de perdê-la, e também a musculatura, como visto em pessoas 15 anos mais novas.

21. Procure um trabalho desafiador 
Esqueça essa história de que trabalho bom é trabalho tranquilo e sem estresse. Estudo que acompanhou 1 500 pessoas por um período de 80 anos constatou que trabalho duro e desafiador é um forte indicador de vida longa.

22. Lavante-se da cadeira 
Estudos são taxatórios: ficar sentado diminui a expectativa de vida. Não importa se você malha. São os longos períodos de inatividade que cobram do corpo a sua parte. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (EUA), depois dos 25 anos de idade, cada hora que se passa na frente da TV, sentadão no sofá, pode ceifar 22 min da sua expectativa de vida. Com a musculatura sem ser usada apropriadamente e açúcar e gordura sem serem processados adequadamente, crescem as chances de doenças e de morte precoce.

23. Coma chocolate 
Estudo holandês revelou que homens que comeram 4 g de chocolate por dia, algo que certamente não vai atrapalhar nenhuma dieta, tiveram metade das chances de morrer de doenças cardíacas do que aqueles que não ingeriram a delícia. Então, não precisa ficar com peso na consciência.

24. Tome café! 
Um cafezinho puro de manhã pode fazer mais por você do que deixá-lo ligado, apontou estudo da Universidade Harvard (EUA) feito com mais de 400 000 pessoas. Pesquisadores descobriram haver uma forte associação entre o consumo da bebida e menores riscos de se morrer de diabetes, doenças do coração e respiratórias. Beber duas ou mais xícaras por dia reduziu em 10% as mortes por qualquer causa em homens e 15% em mulheres.

25. Faça agachamentos 
O agachamento, acredite, é um dos exercícios de fortalecimento muscular mais eficientes que há. É importantíssimo investir no fortalecimento da pernas, pois, com o envelhecimento, a tendência é que não se consiga, por exemplo, levantar da cadeira. Exercício funcional, o agachamento garante que você ainda será suficientemente ágil para fazer isso sozinho.