Mostrando postagens com marcador Memória. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Memória. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Sono é insubstituível para a recuperação do cérebro


O sono é onipresente no mundo animal e é vital para o funcionamento saudável.

 

Você deve saber bem disso, mas os cientistas têm atestado a importância do sono em experimentos, por exemplo, com um pouco de sono após uma atividade física melhorando o desempenho em várias tarefas, em comparação com períodos iguais de descanso acordado.

 

No entanto, não está claro até agora se isso é devido a um refinamento ativo das conexões neurais ou meramente devido à ausência de novas entradas sensoriais durante o sono.

 

Agora, pesquisadores finalmente conseguiram indícios que comprovam que dormir é mais do que simplesmente um descanso para o cérebro.

 

Em outras palavras, não adianta descansar, você precisa dormir para se recuperar.

 

"O sono é insubstituível para a recuperação do cérebro. Ele não pode ser substituído por períodos de descanso para melhorar o desempenho. O estado do cérebro durante o sono é único," ressalta o professor Christoph Nissen, da Universidade de Freiburg (Alemanha), que fez o estudo com seus colegas da Universidade de Berna (Suíça).

 

Sono limpa o cérebro eliminando toxinas

Sono versus descanso

 

Em estudos anteriores, Nissen e sua equipe forneceram indícios que dão suporte à ideia de que o sono tem uma função dupla para o cérebro: Conexões não utilizadas são enfraquecidas e conexões relevantes são fortalecidas.

 

Neste estudo publicado agora, os pesquisadores realizaram um experimento de aprendizagem visual com 66 participantes.

 

Primeiro, todos os participantes foram treinados para distinguir certos padrões; depois, um grupo ficava acordado assistindo vídeos ou jogando tênis de mesa; o segundo grupo dormiu por uma hora, enquanto um terceiro grupo permaneceu acordado, mas em uma sala escura, sem estímulos externos e sob condições de laboratório para garantir que ninguém ia dormir, só descansar sem nenhum estímulo.

 

O grupo que dormiu não apenas apresentou um desempenho significativamente melhor do que o grupo que estava acordado e ativo, como também teve um desempenho significativamente melhor do que o grupo que estava acordado, mas privado de qualquer estímulo externo.

 

A melhora no desempenho foi associada à atividade típica do sono profundo do cérebro, que tem uma função importante para a conectividade das células nervosas.

 

"Isso mostra que é o próprio sono que faz a diferença," disse o professor Dieter Riemann, coautor do trabalho.

 

De quantas horas de sono precisamos?

 

Checagem com artigo científico:

Artigo: Sleep is more than rest for plasticity in the human cortex

Autores: Christoph Nissen, Hannah Piosczyk, Johannes Holz, Jonathan G Maier, Lukas Frase, Annette Sterr, Dieter Riemann, Bernd Feige

Publicação: Sleep

DOI: 10.1093/sleep/zsaa216

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=sono-insubstituivel-recuperacao-cerebro&id=14515 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay

sábado, 16 de janeiro de 2021

Distúrbios do sono podem afetar a memória e a concentração


Problemas como apneia do sono e insônia podem estar relacionados à perdas cognitivas

 

Distúrbios como insônia e apneia do sono são extremamente comuns na população geral, porém, o que muitas pessoas não sabem é a influência que estes problemas têm em nossa cognição.

 

O sono é uma etapa crítica para o cérebro acumular e guardar informações assimiladas durante a vigília. Assim, transtornos do sono levam à queixas cognitivas.

 

Cognição é um conjunto de funções mentais superiores como atenção, memória, percepção visuoespacial, linguagem, capacidade de resolver problemas, planejamento e estratégia, entre outras. A cognição permite ao ser humano interagir socialmente e assimilar habilidades de diversas naturezas ao longo da vida, colocando-as em prática.

 

O sono é dividido em ciclos que se alternam: não-REM (sono de ondas lentas) e REM. Na fase REM ocorre a assimilação/aprendizado/memorização do que foi aprendido durante o dia, ou seja, esta é uma etapa fundamental para que se tenha uma boa memória.

 

A insônia é o distúrbio do sono mais comum. Normalmente os indivíduos com este problema têm dificuldade para iniciar ou manter o sono. Como todo problema relacionado ao sono, parte das consequências são observadas durante o dia. Assim, quando verificamos que um indivíduo com insônia não tem a quantidade necessária de sono REM (sono de ondas rápidas) podem ocorrer queixas cognitivas como "memória ruim" ou "desatenção". Irritabilidade e fadiga também são comuns.

 

Já na apneia obstrutiva do sono, o ambiente crônico de hipóxia (diminuição das taxas de oxigênio) que ocorre durante a noite, leva o indivíduo a apresentar inúmeros microdespertares, o que impede uma arquitetura normal do sono. As consequências são sonolência excessiva durante o dia e, de novo, queixas cognitivas como falta de concentração e memória.

 

Não bastasse os problemas do sono levarem a queixas cognitivas, pacientes com doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, também podem apresentar transtornos do sono. Isto leva a um ciclo vicioso onde o problema do sono prejudica a cognição em um indivíduo que já tem disfunção cognitiva.

 

Em resumo, o sono é uma etapa crítica para o cérebro acumular e guardar informações assimiladas durante a vigília. Assim, transtornos do sono levam à queixas cognitivas e a busca por estes problemas, especialmente em pacientes mais jovens com "memória" ou "atenção" ruins, sintomas que precisam ser investigados.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/18844-disturbios-do-sono-podem-afetar-a-memoria-e-a-concentracao - Escrito por Andre Felicio

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Quer melhorar sua memória? Então preste mais atenção


O que se sabia anteriormente é que suas pupilas indicam se você está prestando atenção.

 

Por que eu esqueço?

 

Neurocientistas descobriram como prever se um indivíduo vai se lembrar ou esquecer de uma coisa com base em sua atividade neural e no tamanho da sua pupila.

 

"À medida que navegamos em nossas vidas, passamos por períodos em que ficamos frustrados porque não somos capazes de trazer o conhecimento à mente, expressando o que sabemos," contextualiza o professor Anthony Wagner, da Universidade de Stanford (EUA). "Felizmente, a ciência agora tem ferramentas que nos permitem explicar por que um indivíduo, de momento a momento, pode deixar de se lembrar de algo armazenado em sua memória."

 

Além de investigar por que as pessoas às vezes se lembram e outras vezes se esquecem das coisas, a equipe também queria entender por que alguns de nós parecem ter melhor memória do que outros, e como fazer muitas coisas ao mesmo tempo pode influenciar esse lembrar e esquecer.

 

Os resultados podem ter implicações importantes para as condições médicas envolvendo a memória, como a doença de Alzheimer, e podem levar a aplicações para melhorar a atenção das pessoas na vida diária.

 

Relação entre pupilas e cérebro

 

Para monitorar lapsos de atenção em relação à memória, 80 voluntários com idades entre 18 e 26 anos tiveram suas pupilas medidas e sua atividade cerebral monitorada por meio de um eletroencefalograma (EEG) - especificamente, as ondas cerebrais conhecidas como potência alfa posterior - durante a execução de tarefas como relembrar ou identificar mudanças em itens previamente estudados.

 

"Aumentos na potência alfa na parte de trás do crânio têm sido relacionados a lapsos de atenção, divagações da mente, distração e assim por diante," explica o pesquisador Kevin Madore. "Também sabemos que constrições no diâmetro da pupila - em particular, antes de você fazer diferentes tarefas - estão relacionadas a falhas de desempenho, como tempos de reação mais lentos e mais divagações mentais."

 

Os pesquisadores também estudaram as diferenças na capacidade das pessoas de manter a atenção, examinando o quão bem os voluntários conseguiam identificar uma mudança gradual em uma imagem enquanto se deparavam com vários tipos de distração (TV, celular, computador etc).

 

Atenção sustentada e multitarefa

 

Ao compararam o desempenho da memória entre os indivíduos nas diversas situações, a equipe descobriu que aqueles com menor capacidade de atenção sustentada e de multitarefa tiveram desempenho pior em tarefas de memória.

 

Em outras palavras, a capacidade da memória parece estar diretamente relacionada ao que ocorre no momento do registro do evento a ser lembrado, e não em "defeitos" posteriores no sistema de relembrança.

 

Wagner e Madore enfatizam que seu trabalho demonstra uma correlação, mas não causalidade.

 

"Não podemos dizer que multitarefas de mídia mais pesadas causam dificuldades com atenção sustentada e falhas de memória," disse Madore, "embora estejamos aprendendo cada vez mais sobre as direções das interações."

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Memory failure predicted by attention lapsing and media multitasking

Autores: Kevin P. Madore, Anna M. Khazenzon, Cameron W. Backes, Jiefeng Jiang, Melina R. Uncapher, Anthony M. Norcia, Anthony D. Wagner

Publicação: Nature

Vol.: 587, pages 87-91

DOI: 10.1038/s41586-020-2870-z

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=quer-melhorar-sua-memoria-entao-preste-mais-atencao&id=14427&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: JaymzArt/Pixabay

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Atividades físicas e memória caminham lado a lado


Quer saber quais exercícios fazer para manter sua mente em forma? São muitos, inclusive exercitar-se com realidade virtual.

 

Física cerebral

 

Se o esporte é bom para o corpo, ele também parece ser bom para o cérebro.

 

Ao avaliar o desempenho da memória após uma sessão de atividade esportiva, neurocientistas da Universidade de Genebra (Suíça) demonstraram que uma sessão de exercício físico intensivo - 15 minutos em uma bicicleta ergométrica - melhora a memória, incluindo a aquisição de novas habilidades motoras.

 

Mas como isso funciona?

Por meio da ação dos endocanabinoides, moléculas conhecidas por aumentar a plasticidade sináptica.

Segundo a equipe, essa descoberta destaca as virtudes do esporte para a saúde e para a educação: Programas e estratégias escolares que visam reduzir os efeitos da neurodegeneração na memória podem de fato se beneficiar disso.

 

Esporte e memória

Muitas vezes, logo após um exercício esportivo - especialmente de resistência, como corrida ou ciclismo - a pessoa sente um bem-estar físico e psicológico. Essa sensação se deve aos endocanabinoides, pequenas moléculas produzidas pelo corpo durante o esforço físico.

"Eles circulam no sangue e cruzam facilmente a barreira hematoencefálica [a barreira que protege o cérebro]. Eles então se ligam a receptores celulares especializados e desencadeiam essa sensação de euforia. Além disso, essas mesmas moléculas se ligam a receptores no hipocampo, a principal estrutura cerebral para o processamento da memória," explicou a professora Kinga Igloi.

"Mas qual é a ligação entre esporte e memória? Isso é o que queríamos entender," prosseguiu.

 

Papel dos endocanabinoides

Além de submeter os voluntários a testes de memória, a equipe procurou por mudanças na ativação das estruturas cerebrais usando exames ressonância magnética funcional e realizou exames de sangue para medir os níveis de endocanabinoides.

As diferentes análises apontam todas na mesma direção: Quanto mais rápidos os indivíduos são, mais eles ativam o hipocampo (a área de memória do cérebro) e o núcleo caudado (uma estrutura cerebral envolvida nos processos motores).

Além disso, seus níveis de endocanabinoides seguem a mesma curva: quanto mais alto seu nível após um esforço físico intenso, mais o cérebro é ativado e melhor é o desempenho do cérebro.

"Essas moléculas estão envolvidas na plasticidade sináptica, ou seja, na forma como os neurônios se conectam entre si e, portanto, podem atuar na potencialização de longo prazo, o mecanismo de consolidação da memória," disse a pesquisadora Blanca Bosch.

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=atividades-fisicas-memoria-caminham-lado-lado&id=14361 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay

domingo, 14 de junho de 2020

Memória: 7 fatos curiosos que você provavelmente não sabia


Ficamos melhores em memorizar informações conforme envelhecemos

Tem percebido sua memória pior do que o usual durante essa quarentena? Pessoas boas em lembrar de coisas e momentos provavelmente herdaram essa capacidade de seu pai, mãe ou um parente próximo – afinal, ela é genética. Mas é possível que esse sistema falhe em momento de estresse, como o que estamos passando atualmente. Veja outras curiosidades sobre a memória que a ciência descobriu.

1. Falha de memória é possível, sim, aos 20 anos
“Oi, lembra de mim?” Mesmo que você responda rapidamente à pessoa à sua frente, não imagina que uma pergunta extremamente simples como essa possa ser capaz de acionar um mecanismo tão complexo na sua cabeça. “Até encontrar a informação correta, o cérebro libera neurotransmissores que provocam reações químicas [as sinapses] entre os neurônios”, explica o neurologista Fábio Shiba, de São Paulo. Esse processo acontece em frações de segundo e sempre que você precisar dos dados armazenados na sua memória. Mas, dependendo do estilo de vida (se você tem comportamentos agressores como consumo exagerado de álcool, sedentarismo e tabagismo, por exemplo), ele pode se tornar menos ágil até mesmo em quem está na faixa dos 20 anos, de acordo com um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

2. A capacidade de memorizar informações melhora com a idade
A gente tem a ideia de que a memória piora com a idade. Mas a ciência provou o contrário: a capacidade do ser humano de acessar seu “arquivo” de conhecimentos e habilidades chega ao auge entre os 60 e os 70 anos. Os jovens são mais rápidos para encontrar os dados armazenados, porém o excesso de estímulos faz com que eles se percam no meio do caminho. Um estudo da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, com voluntários entre 30 e 95 anos, revelou que a partir dos 40 anos, o hipocampo das mulheres (área que armazena as informações recentes) cresce por causa do hormônio feminino estrogênio.

3. Estresss e traumas causam bloqueios de memória
Numa situação de perigo, o cérebro é orientado pelo nosso instinto de sobrevivência a usar toda a sua capacidade cognitiva. Resultado: o armazenamento das informações fica prejudicado. É por isso que, depois de passarem por um trauma, algumas pessoas não conseguem lembrar o que aconteceu.
O famoso “deu branco” – quando o nome daquela música ou ator que você sabe de cor foge à mente – também tem lógica. A memória funciona como uma biblioteca, e, quanto mais dados são acumulados, mais difícil para o cérebro encontrar a resposta certa no tempo ideal. Respire fundo e tente relaxar. As informações desejadas logo serão localizadas. Faça o mesmo numa prova ou reunião de trabalho para baixar os níveis de cortisol – o hormônio do estresse joga contra a memória.
Pior: pesquisadores da Universidade de Pittsburg, nos Estados Unidos, observaram uma redução no tamanho do hipotálamo de mulheres que, ao longo de 20 anos, viveram muitas situações de tensão. A boa notícia é que praticar atividades como ioga, meditação e tai chi chuan ou, ainda, descobrir um hobby que acalma consegue reverter esse quadro de atrofia mental.

4. A memória não é fixa como uma fotografia
Pesquisadores da Universidade Baylor, nos Estados Unidos, associam as lembranças arquivadas na mente a um filme contínuo que vai sendo editado ao longo da vida e, por isso, nem sempre ele é fiel ao original.

5. Déjà vu é real
Sabe aquela impressão de já ter vivenciado uma situação do presente? Ela costuma surgir quando uma imagem ou cheiro despertam uma memória adormecida.

6. Ter memória de elefante é genético
Quem se lembra de datas históricas, nomes de políticos e detalhes de viagens sem o mínimo esforço é um sortudo. “Essa habilidade tem a ver com a genética”, explica o neurologista André Lima, do Rio de Janeiro. Mas qualquer pessoa sadia pode acessar com facilidade as informações armazenadas na mente, desde que a exercite sempre, por toda a vida. Reservar diariamente um tempinho para relaxar é essencial para quem quer ter um raciocínio rápido e arrasar nas palavras cruzadas.

7. Praticar atividade física garante um bom funcionamento do cérebro
Quem se exercita com frequência antes dos 40 anos preserva o volume cerebral intacto décadas depois: movimentar o corpo faz com que o coração bombeie mais sangue e oxigene melhor a cabeça. Andar já ajuda. Praticar 40 minutos por dia, três vezes por semana, aumenta o hipocampo em 2%, no período de um ano, segundo estudo do Instituto Nacional de Envelhecimento.

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/saude/fatos-curiosos-sobre-a-memoria-que-voce-nao-sabia/ - Por Manuela Biz - Huyen Nguyen, Unsplash/Reprodução

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Os sete alimentos que turbinam o cérebro


Pesquisadora elenca alguns dos ingredientes mais estudados para reduzir o risco de Alzheimer, depressão e outros problemas nervosos

Felizmente, os cientistas têm obtido cada vez mais evidências de que o estilo de vida exerce um papel importantíssimo na melhora das funções cerebrais e na prevenção das doenças neurodegenerativas, caso do Alzheimer. A alimentação é um capítulo à parte nessa linha de defesa.

Uma dieta equilibrada é extremamente bem-vinda ao cérebro, mas, para facilitar nossa missão de fazer boas escolhas no mercado e à mesa, listamos aqui sete alimentos que, integrados a uma rotina saudável, nutrem os neurônios e ajudam a preservar a memória e outras capacidades cognitivas.

1) Frutas vermelhas
Esses frutinhos deliciosos são ricos em compostos de ação antioxidante e anti-inflamatória e, assim, protegem nosso cérebro contra danos do envelhecimento. Para tanto, devem ser consumidos regularmente. Fazem parte do time morango, amora, uva, framboesa, mirtilo…
As provas de seus benefícios foram esmiuçadas em uma revisão de estudos feita por pesquisadores americanos que engloba tanto experimentos em ratinhos como trabalhos com seres humanos.
Em roedores idosos, observou-se, por exemplo, que o consumo prolongado de frutas vermelhas reduz o estresse oxidativo e a inflamação no cérebro, o que defende os neurônios diante das placas beta-amiloide — que se acumulam no cérebro de quem tem Alzheimer, destruindo as conexões entre as células e elas próprias. Na experiência, as cobaias que ingeriram frutas vermelhas também se saíram melhor em testes de memória espacial e de reconhecimento de novos objetos.
Em dois estudos com gente como a gente, homens e mulheres mais velhos, que já apresentavam problemas iniciais de memória, receberam doses diárias de suco de uva tinto ou suco de mirtilo ao longo de 12 semanas. Resultado: ganhos nos testes de memória verbal e espacial, na comparação com quem ingeriu bebidas sem os frutos de verdade.
O ideal é fazer as frutas vermelhas marcarem ponto na alimentação toda semana. Se estiverem caras ou fora da estação, vale apostar nas versões congeladas, que também oferecem esses efeitos positivos.

2) Amendoim
Se você não for alérgico a esse alimento, dá para consumi-lo com frequência (só evitando, claro, porções exageradas). Ele é rico em gorduras boas, vitaminas e minerais caros ao cérebro. Além disso, sua casquinha contém resveratrol, a mesma substância protetora encontrada no vinho e no suco de uva. A vantagem do amendoim é que ele representa uma alternativa mais acessível.
Um trabalho de revisão recente aponta que o resveratrol é particularmente benquisto pelo cérebro. Ele está associado à proteção contra Alzheimer, Parkinson e até tumores cerebrais.
Lembre-se apenas de priorizar sempre a versão mais natural, sem sal e aditivos. É essa que traz o combo mais proveitoso à cabeça.

3) Folhas escuras
Couve e outras verduras de folhas escuras devem fazer parte da rotina alimentar. Isso porque nos ajudam a manter adequados os níveis de vitamina K. Pesquisas sugerem que essa vitamina também tem afinidade especial pela defesa do cérebro. Uma revisão de literatura científica publicada no periódico Frontiers in Neurology elenca pelo menos seis estudos diferentes que chegaram à mesma confusão: um elo entre a deficiência do nutriente e a redução da capacidade cognitiva em pessoas acima dos 65 anos.
Um trabalho conduzido no Canadá demonstrou que idosos com bons níveis de vitamina K no sangue apresentavam melhor performance em testes de memória verbal. Portanto, a memória agradece se você incluir no prato couve, espinafre, almeirão e companhia.
Mas é preciso conversar com o médico antes se você tiver algum problema de coagulação e tomar certos medicamentos que atuam nesse processo. Como a vitamina K afeta a coagulação sanguínea, alguns ajustes no consumo deverão ser feitos e orientados caso a caso.

4) Açafrão (ou cúrcuma)
Um dos componentes dessa especiaria é a curcumina, um polifenol com comprovados efeitos antioxidante e anti-inflamatório. Com menos radicais livres e inflamação na área, o cérebro fica menos sujeito a processos degenerativos mais comuns com a idade.
Um estudo divulgado na revista científica Nutritional Neuroscience indica que o consumo frequente de polifenóis pode inclusive induzir o desenvolvimento de novos neurônios, além de ajudar a combater a depressão. O efeito se estende até ao estresse crônico e suas repercussões cerebrais. Em experimento com ratos, o uso da curcumina reverteu problemas associados ao estresse nos neurônios.
Em humanos, também já foi demonstrado que o consumo regular de curry, tempero indiano que contém cúrcuma, está relacionado a uma melhor atividade cognitiva.
Nesse momento, novos estudos clínicos são realizados para nos dar um entendimento mais amplo da atuação dessa especiaria no cérebro e de como devemos utilizá-la para potencializar seus benefícios. Só cabe uma conversa com o médico antes de adotar a cúrcuma de vez na rotina. Isso porque ela pode interagir com alguns medicamentos.
Embora já existam suplementos à base desse ingrediente, o mais recomendado por ora é investir no tempero mesmo. Compre uma marca confiável e adicione a suas receitas.

5) Iogurte e kefir
Falamos agora dos alimentos fermentados, aqueles que ofertam bactérias bem-vindas ao nosso organismo. Crescem as evidências de que não só resguardam o intestino, mas também surtem resultados positivos no cérebro.
Pesquisadores europeus descobriram, por exemplo, que o consumo regular de bebidas fermentadas melhora a qualidade do sono e do humor em adultos saudáveis, o que, direta ou indiretamente, repercute na memória e em outras habilidades cognitivas.
Outro estudo, esse publicado no Journal of Functional Foods, constatou que a ingestão de uma bebida fermentada aperfeiçoou a performance cognitiva de idosos saudáveis, comparados com aqueles que não consumiram o produto.
Devido às cada vez mais exploradas conexões entre saúde intestinal e cerebral, podemos dizer que vale a pena incluir iogurte, kefir e/ou leites fermentados na rotina.

6) Nozes
Sabemos que o grupo das oleaginosas (ou nuts) zela pelo bem-estar do cérebro, mas, em meio a esse time, as nozes merecem destaque. São ricas em ômega-3, uma gordura especialmente proveitosa para os neurônios, e substâncias de ação antioxidante e anti-inflamatória.
Segundo uma revisão publicada no The Journal of Nutrition, o consumo de nozes favorece a formação de novos neurônios e ainda contribui para a comunicação entre os já existentes. Além disso, otimiza a eliminação de toxinas que podem perambular pelo cérebro. A ingestão diária de uma porção parece turbinar particularmente a memória verbal.
Além disso, a inclusão das nozes dentro de um cardápio de estilo mediterrâneo (isto é, com frutas, verduras, legumes, azeite, peixes, vinho etc) está associada a uma redução em 46% no risco de sofrer um AVC. Não é tarefa de outro mundo investir em um punhado no dia a dia, né?

7) Peixes
Não é de hoje que se reconhece que o consumo de pescados é uma maravilha para o cérebro. Além da proteção contra doenças neurodegenerativas, surgem cada vez mais provas de que peixes ricos em ômega-3 ajudam a prevenir e reduzir significativamente sintomas de depressão — de modo mais rápido do que se imaginava.
Um estudo divulgado no periódico Psychiatry Research demonstrou que a suplementação com ômega-3 por 21 dias já foi suficiente para abrandar ou reverter alguns casos de depressão. Surpreendentemente, 67% dos pacientes que tomaram ômega-3 na pesquisa não apresentavam mais sinais de depressão no final do experimento.
Vale ressaltar que não se propõe substituir remédios prescritos pelo ômega-3, ok? Existem situações que não podem ser controladas com suplementos ou mesmo alimentos. Assim, tudo deve ser conversado com o psiquiatra, que receitará as condutas de acordo com a situação.
O que nos interessa aqui é que nem sempre se precisa recorrer às cápsulas para ampliar a cota de ômega-3 no organismo e beneficiar o cérebro. O consumo de qualquer peixe pelo menos uma vez por semana é o suficiente para ampliar o volume de massa cinzenta, segundo estudiosos americanos e europeus. E, se o peixe for rico em ômega-3, seu consumo pode resultar em ganhos na memória que usamos para o trabalho, por exemplo.
Entre os peixes campeões em ômega-3, podemos citar o salmão, a sardinha, o atum…

Recado final
Os alimentos que elencamos ajudam a compor qualquer dieta saudável. Mas eles não funcionam como remédio. Por isso, e especialmente se você já tem algum problema neurológico ou psiquiátrico, sempre alinhe as recomendações com as orientações do seu médico. E nunca pare o tratamento prescrito.


quarta-feira, 15 de maio de 2019

Alimentos que podem turbinar sua memória: inclua esses itens no cardápio!


Os esquecimentos têm se tornado cada vez mais comuns na sua rotina? Conheça alguns alimentos que contribuem para a saúde cerebral

Já dizia o velho ditado: “quando a cabeça não pensa, o corpo padece”. E, em tempos de rotina multitarefa, esquecer-se de coisas importantes se tornou mais comum e recorrente do que gostaríamos. Por isso, alguns nutrientes-chave podem fazer a diferença na sua memória por contribuir para o funcionamento cerebral. Confira quais são os alimentos para a memória!

Alimentos para a memória: inclua no seu cardápio!

1 - Salmão ou atum: incrementar a sua alimentação com esses dois peixes pode lhe fazer muito bem. O ômega-3, presente em boa quantidade nessa dupla, ajuda a reduzir o tempo que você leva para memorizar informações.

2. Beterraba: em um estudo recente, pessoas com mais 70 anos de idade tomaram suco de beterraba e fizeram exame de ressonância magnética. Os pesquisadores descobriram que a bebida melhorou o fluxo sanguíneo para o cérebro. O segredo: nitratos, compostos presentes na raiz e que melhoram a circulação sanguínea.

3. Alimentos verdes: brócolis, espinafre, agrião, escarola... Todos são fontes de vitamina K e ácido fólico, essenciais para a saúde do cérebro. A vitamina K melhora a memória associada a fatos, enquanto o ácido fólico trabalha em conjunto com a vitamina B12 para otimizar a função cognitiva de pessoas mais velhas.


segunda-feira, 4 de março de 2019

Sonhos ajudam a manter a memória em dia


Lembrar dos sonhos é um dos indicadores de boa noite de sono

Muitos fatores que envolvem os sonhos ainda são um mistério para a medicina. A presença do inconsciente, a importância dos sonhos e a necessidade humana em tê-los, mesmo no século 21, ainda são partes obscuras e objetos de estudo. Contudo, em um fator os médicos concordam: os indivíduos que lembram dos sonhos conseguem manter uma memória saudável e têm uma capacidade maior para fixar na mente eventos e informações imprescindíveis.

Para a medicina, é certo que todas as pessoas sonham, tirando raros casos de lesões cerebrais em regiões do encéfalo onde os sonhos são processados. A diferença, portanto, é que algumas pessoas conseguem se lembrar com maior facilidade deles, ativando e melhorando sua memória.

Sigmund Freud, conhecido como o pai da psicanálise, dizia que os sonhos eram manifestações disfarçadas de desejos inconscientes. Essa teoria não é negada nem aceita pela medicina, já que não houve uma comprovação experimental dos achados e das pesquisas de Freud.

Entretanto, a ativação da memória por meio dos sonhos é certeira, como explica o otorrinolaringologista e diretor da Associação Brasileira do Sono, Michel Cahali.

"Quando uma pessoa sonha, o cérebro dela está no processo de consolidação da memória. Isso é algo muito legal para a memória. A grande maioria das pessoas sonha todas as noites justamente para criar no cérebro dicas sobre os acontecimentos", afirma.

Além disso, o fato de um indivíduo se lembrar do seu sonho é positivo, pois demonstra que o sono dele está profundo.

Os sonhos geralmente ocorrem em fase de sono consolidado e, portanto, quem se recorda deles sabe certamente que está atingindo um patamar de repouso que permite ao corpo se regenerar para o dia seguinte.

Embora consolide o processo de construção da memória, o conteúdo dos sonhos ainda não possui significado algum para a medicina. Segundo alguns estudiosos, a questão do inconsciente não pode ser ligada a fatores do corpo humano, pois não há 100% de acerto na hora de ligar um acontecimento relevante a um sonho.


quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Os 10 alimentos que melhoram a memória


Alguns alimentos ajudam a turbinar o raciocínio, ganhar foco e preservar as lembranças. Saiba quais são eles e monte a dieta que alimenta sua memória

Se uma alimentação saudável faz bem para o corpo, que dirá para o cérebro. Estudos comprovam que alguns ingredientes têm mesmo uma afinidade especial com a massa cinzenta. Conheça agora os principais alimentos que turbinam a memória e renove o cardápio para melhorar suas habilidades cognitivas:

1. Espinafre, brócolis e companhia
Guarde esta: as hortaliças de coloração verde-escura concentram um mix de substâncias parceiras do sistema nervoso, daí porque não podem faltar no cardápio ao longo de toda a vida. É só escolher sua preferida e caprichar na receita.
Mas vale ter em mente que o espinafre merece destaque. Ele fornece bastante luteína, que faz parte de uma família de pigmentos conhecida como carotenoides. Esse componente contribui (e muito!) para a saúde cerebral.
Em estudo com 60 pessoas, realizado na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, os maiores consumidores de luteína exibiam memória e raciocínio mais afiados. Os cientistas apostam suas fichas na alta capacidade antioxidante do composto. Combater o excesso de radicais livres é uma estratégia primordial para a cabeça, já que o estresse oxidativo abre as portas para danos aos neurônios e às perdas cognitivas.
E as benesses dos verdinhos não param por aí. Além do afamado espinafre, a couve, a rúcula e os brócolis oferecem ácido fólico, vitamina que resguarda a massa cinzenta e ajuda a reduzir o risco de demências. Ela também aparece em vários estudos por atuar em prol do DNA das células cerebrais.
A nutricionista Evie Mandelbaum, especialista em gerontologia de São Paulo, afirma que nunca é tarde para incluir esses ingredientes na rotina. “Mas quem tem uma história de alimentação saudável e exercícios físicos já conta com uma poupança para um envelhecimento bem-sucedido”, enfatiza.
Os vegetais ficam ótimos em sucos, saladas, refogados e cozidos no vapor. Mas não deixe tempo demais no fogo. O calor excessivo pode reduzir o teor de compostos bacanas.

2. Abacate
“Abacateiro serás meu parceiro solitário nesse itinerário da leveza pelo ar.” Seja nos versos de Gilberto Gil, seja nas receitas doces ou salgadas, o fato é que o abacate deveria fazer parte do dia a dia. Apesar das calorias, a polpa cremosa é um concentrado de substâncias que, entre inúmeras funções, blindam a massa cinzenta.
“O fruto é rico em vitaminas B6, B12, C e E, além de selênio, luteína, colina e outros compostos fundamentais para os neurônios”, elenca o nutrólogo e cientista de alimentos Edson Credidio, que pesquisou o fruto na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista.
A deliciosa consistência denuncia seu alto teor de gordura, que, diga-se, é das boas. Trata-se da monoinsaturada, que protege as artérias, garantindo ótimo fluxo sanguíneo inclusive para o cérebro. Um estudo americano aponta uma ligação desse tipo gorduroso com a melhor funcionalidade de uma área na cuca que tem papel crucial na concentração e no aprendizado.
A conclusão é que o nutriente aperfeiçoa as conexões entre os neurônios presentes na chamada rede de atenção dorsal do cérebro. Só não rola exagerar.

Onde você também encontra gorduras boas
Azeite de oliva
Amêndoa
Amendoim
Castanha-do-pará
Gergelim
Óleo de canola

3. Suco de uva
Encha seu copo com suco de uva roxa integral e faça um brinde: vida longa aos polifenóis! São esses os compostos responsáveis pela fama da bebida. Em Porto Alegre, um experimento realizado com 35 idosas comprovou que o consumo diário de 400 mililitros melhora a função cognitiva.
“Os polifenóis penetram a barreira hematoencefálica, que protege o cérebro, e inibem danos ligados ao excesso de radicais livres”, conta a biomédica Caroline Dani, do Centro Universitário Metodista IPA e uma das autoras da pesquisa.
Não bastasse, eles promovem um aumento nos níveis de BDNF, proteína que estimula novas conexões entre as redes de neurônios, bem como a renovação dessas células.

Apesar de a fruta em si conter as aclamadas substâncias, a bebida concentra maior quantidade, pois nela há polpa, casca e semente. E não se esqueça: tem que ser suco 100% integral, combinado?

4. Azeite de oliva
Memorize este nome: oleocantal. A nutricionista Vanderli Marchiori, presidente da Associação Paulista de Fitoterapia, relata que já há evidências de que a substância reduz o risco de Alzheimer.
Mas nem só de oleocantal se faz o azeite de oliva. Ele concentra gordura monoinsaturada e uma porção de antioxidantes. Não à toa ter recebido a alcunha de defensor da memória.
Quem corrobora essa tese é uma equipe da Universidade Temple, nos Estados Unidos, que demonstrou, em animais, que o legítimo óleo de azeitona impede a proliferação das placas beta-amiloides. Essas estruturas estão associadas à destruição dos neurônios e à interrupção da comunicação entre eles (as sinapses), desencadeando a doença que provoca o esquecimento. Vanderli sugere ao menos uma colher de sopa diária do tipo extravirgem.

5. Chá
“Recordo (creio) suas mãos delicadas de trançador. Recordo próximo dessas mãos um mate…” O trecho vem do conto Funes, o Memorioso, e – vai saber? – revela um dos segredos do personagem criado pelo argentino Jorge Luis Borges (1899-1986). Funes tinha uma memória sobrenatural, lembrava-se de tudo, nos mínimos detalhes… Seria por causa do chá? Ficções à parte, não é de hoje que ele está entre os ingredientes com ação neuroprotetora – especialmente o tipo verde.
A bebida, de sabor levemente adstringente, é feita com a erva Camellia sinensis, espécie asiática que guarda a epigalocatequina galato, ou EGCG. “É um potente antioxidante. E o chá-verde contém ainda cafeína e L-teanina, entre outros compostos”, destaca a biogerontóloga Ivana Cruz, professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Há comprovação de que essa rica mistura ajuda a barrar agressões ao hipocampo, uma das principais regiões cerebrais associadas à memorização e ao aprendizado. Um trabalho japonês, da Universidade de Shizuoka, indicou que o consumo cotidiano de chá-verde foi eficaz no combate ao declínio cognitivo em idosos.
Outras pesquisas sugerem que as substâncias da erva ajudam a evitar a deposição das placas ligadas ao Alzheimer e até colaboram com a formação de novos neurônios. Os benefícios, aliás, viriam até por vias indiretas. “Uma revisão de estudos mostra impacto na ansiedade, o que também melhora a cognição”, conta a professora Ivana.

Qual chá é melhor?
Camomila, hortelã e erva-cidreira são infusões que favorecem a digestão e o sono, mas não têm relação com a memória.

E, ainda que os chás branco, vermelho, mate e outros à base de Camellia sinensis ofertem as substâncias do verde, todos estão longe de exibir a mesma quantidade da badalada bebida.

6. Peixe
Anote e cole na porta da geladeira: salmão, atum, sardinha, arenque e cavalinha devem aparecer pelo menos duas vezes por semana no cardápio. Essa é a sugestão da nutricionista Lara Natacci, da clínica Dietnet, na capital paulista.
Se antigamente se falava dos pescados como fontes exímias de fósforo, um nutriente caro ao cérebro, hoje o que se enaltecem são os teores de ômega-3. Essa gordura do time das poli-insaturadas é reverenciada por diversos motivos. E um deles tem a ver com a cuca. “O ômega-3 atua na conexão entre os neurônios, facilitando a plasticidade sináptica”, afirma Lara.
Em resumo: a conversa entre essas células flui tranquilamente. A gordura auxilia ainda na produção de neurotransmissores e tem ação anti-inflamatória, deixando o caminho livre para células do cérebro se regenerarem.
Inclusive não faltam pesquisas que colocam os ácidos graxos poli-insaturados como soldados de primeira linha na luta contra o próprio Alzheimer.

Qual a melhor maneira de preparar o peixe
A dica é aproveitar a pele, onde há altas doses de ômega-3. Já o modo de preparo vai do gosto do freguês. Mas não é para comer fritura toda hora ou grelhar até passar do ponto. Isso forma aminas heterocíclicas, moléculas perigosas para as células nervosas.

7. Nozes, castanhas e afins
Elas esbanjam selênio. “E há uma forte relação entre a deficiência desse nutriente e o surgimento de problemas cognitivos durante o envelhecimento”, diz Hércules Rezende, nutricionista e neurocientista da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Vitamina E e gorduras boas completam a receita neuroprotetora das oleaginosas. Estudos revelam que o consumo desses alimentos interfere nas ondas cerebrais envolvidas com a retenção de informações e o aprendizado.

E que tal apostar nas brasileiríssimas castanha-do-pará, de caju e da menos conhecida baru? Claro: nozes, amêndoas e pistaches são outras ótimas opções para não cair na mesmice. Lara Natacci indica meia xícara ou um punhado por dia.

8. Chocolate amargo
Bombons e tabletes são sinônimo de felicidade, e a ciência já mostra que o bem-estar emocional é um guardião do cérebro. Mas é preciso esclarecer que os atributos do chocolate são, na verdade, originários de sua principal matéria-prima, o cacau. É a composição do fruto que está por trás de efeitos antioxidantes e promotores da boa circulação sanguínea.
“Substâncias como teobromina, cafeína, teofilina e alcaloides purínicos podem atuar como estimulantes no sistema nervoso”, conta Hércules Rezende. E uma revisão italiana recente, publicada no periódico Frontiers in Nutrition, comprova tal habilidade.
A pesquisa cita efeitos positivos sobre a memória de trabalho, cognição, atenção e, de quebra, na redução do risco de problemas cardíacos. “A quantidade adequada de chocolate não está bem estabelecida, mas alguns estudos falam em 30 ou 40 gramas do tipo amargo por dia”, relata a nutróloga Andreia Pereira, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A médica faz questão de frisar que abusos culminam no aumento do peso.

Invista no cacau
Como os benefícios do chocolate vêm dos flavonoides do cacau, quanto maior a concentração do fruto na barra, melhor. O tipo meio amargo apresenta até 60%, já os amargos de verdade devem ter a partir de 70%.

“Uma dica é comer o de 70% e um pedacinho do ao leite para que o sabor mais doce predomine”, orienta Vanderli.

9. Ovo
Você deve se recordar que ele figura entre os alimentos mais injustiçados de todos os tempos – sua culpa era carregar muito colesterol. Agora, assistimos ao seu livramento, já que estudos o safaram da pecha de vilão das doenças cardiovasculares.
Que sorte (também!) para a nossa cabeça. Excelente fonte de proteínas, com destaque para a albumina, o alimento possui preciosidades como a luteína, aquele pigmento que pertence ao grupo dos carotenoides.

E, conforme contamos lá em cima, sobram evidências de seu papel contra o declínio cognitivo. A gema do ovo também está repleta de colina, uma das vitaminas do complexo B – cada vez mais famosa por auxiliar na consolidação da memória. “Trata-se de um nutriente essencial para a formação do neurotransmissor acetilcolina, importante regulador do aprendizado no córtex cerebral”, explica o professor Hércules.
Em testes com animais, já se viu que a deficiência de colina pode afetar o funcionamento interno de células no cérebro. E esse desarranjo repercute negativamente na cognição.
Para quem está com exames em ordem e não tem nenhuma restrição médica, dá para colocar a gema no cardápio diariamente. Desde o café da manhã, na omelete, passando pelo almoço ou jantar e nos lanches, o ovo entra em uma porção de receitas.
E fique tranquilo: os teores de colina se mantêm mesmo quando o alimento passa pelo fogo. Portanto, abuse da criatividade na cozinha.

Conheça outras fontes de colina
Fígado bovino
Gérmen de trigo
Grãos de soja
Carne de porco
Abacate

10. Café
Apesar de a bebida carregar dezenas de compostos, caso dos fenólicos (que, veja, turbinam a bioquímica cerebral), a cafeína ainda é a estrela. Pesquisas revelam um elo entre a substância e a diminuição dos níveis das famigeradas placas beta-amiloides. “Isso explicaria seu efeito protetor contra as demências”, diz Ivana Cruz.
Mas o exagero nos goles não é bacana. Cafezinhos além da conta estão por trás de insônia, taquicardia e nervosismo, especialmente para os mais sensíveis. O ideal é saborear, no máximo, cinco xícaras ao dia.
A professora da UFSM ressalta que os alimentos devem surgir à mesa, sim, devido a suas propriedades benéficas, mas também pelo prazer que propiciam. Aliás, a festejada cafeína dá as caras em outras opções.
“Aqui no Sul, os gaúchos tomam o chimarrão para despertar. Já no Amazonas, as bebidas com o pó de guaraná são bem populares”, nota. Sem sacrifícios, a cabeça responde ainda melhor.

Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/os-10-alimentos-que-melhoram-a-memoria/ - Por Regina Célia Pereira - Foto: Dulla/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Alimentos que melhoram a memória


Certos nutrientes estimulam a capacidade cerebral, melhorando o raciocínio e memória

Senhas, números, endereços, datas, nomes... A quantidade de informações que precisamos guardar em nossa memória são muitas. A rotina corrida, estresse, cansaço e o avanço da idade contribuem para a redução da capacidade cognitiva. Além disso, a alimentação também possui grande influencia sobre a memória.

Algumas mudanças no cardápio podem aumentar os níveis de concentração, reduzindo o envelhecimento cerebral e, consequentemente, melhorando a memória.

O ômega 3 é um dos principais nutrientes amigos do cérebro. Encontrado em grande quantidade nos peixes como sardinha, salmão e em algumas sementes como a linhaça e chia, o ômega 3 favorece a comunicação entre as células cerebrais (neurônios), facilitando a memorização. O licopeno, encontrado em grandes quantidades no tomate, é um antioxidante que reduz o esquecimento e estimula a memória.

A Fisetina, encontrada em frutas como o morango e kiwi, no tomate e na cebola, é um flavonoide que induz a diferenciação das células nervosas, o que favorece as funções cognitivas. Outro nutriente importante para a memória é a colina, um aminoácido importante para as funções cerebrais, que está presente na gema do ovo e na soja.

As vitaminas do complexo B também são essenciais para melhorar a atividade cerebral. Essas vitaminas estimulam a comunicação entre os neurônios e no seu desenvolvimento. Alimentos como carne vermelha, aves, ovos, feijão, lentilha, nozes e castanhas, são excelentes opções para incluir no cardápio.

A cafeína é conhecida por sua ação estimulante. A substância é capaz de combater a fadiga mental e ativar o sistema de alerta. A cafeína pode ser encontrada no café e no chocolate amargo, mas seu consumo é recomendado com moderação, pois o uso excessivo de cafeína pode ser prejudicial a saúde.

Esses alimentos devem fazer parte de uma alimentação equilibrada, composta por todos os grupos alimentares. Além disso, uma rotina de exercícios físicos também beneficia a saúde cerebral. Caso os lapsos de memória sejam frequentes e estejam atrapalhando suas atividades diárias, procure um médico especialista que irá indicar o tratamento adequado.