terça-feira, 9 de outubro de 2018

Pesquisadores descobriram como adiar o envelhecimento


Pesquisas da Universidade de Minnesota publicadas no começo de 2018 na revista Nature Medicine mostraram que é possível reduzir células danificadas, eliminar células que estão envelhecendo e estender a vida de ratos de laboratório. Agora a mesma equipe usou um tratamento com Fisetina para conseguir resultados também positivos.

Conforme os seres vivos envelhecem, seus corpos acumulam células danificadas. Quando as células atingem um certo nível de deterioração, elas começam um processo de envelhecimento nelas mesmas chamado de senescência. Elas liberam fatores inflamatórios que informam ao sistema imunológico que está na hora de livrar-se daquelas células. Mas quando as pessoas começam a envelhecer, esta células não são retiradas de forma eficiente e começam a se acumular, o que causa um nível baixo de inflamação que libera enzimas, que por sua vez podem degradar o tecido.

Vida mais longa
O pesquisador principal Paul Robbins e sua equipe usaram uma substância natural encontrada em frutas e verduras, chamada Fisetina, para reduzir a quantidade dessas células danificadas no corpo. Eles a identificaram ao tratar ratos de meia-idade com este componente. O resultado foi que os animais tiveram uma melhora na saúde e tiveram uma vida mais longa. O artigo que apresenta a pesquisa foi publicada na revista EBioMedicine.

“Esses resultados sugerem que podemos estender o período de saúde, até mesmo no período mais próximo do fim da vida”, diz Robbins. “Mas ainda há muitas questões para ser discutidas, incluindo a dosagem correta”.

Tecnologia pioneira
Mas por que eles não fizeram isso antes? Sempre existiram limitações importantes sobre como determinar em quais tecidos um determinado medicamento está atuando. Até agora, os pesquisadores não tinham uma forma de identificar se um tratamento estava atacando as células em particular que estão envelhecendo.

Com a ajuda de Edgar Arriaga, professor do departamento de química da universidade, os pesquisadores usaram citometria de massa, ou CyTOF, uma tecnologia aplicada pela primeira vez na pesquisa de envelhecimento. O CyTOF só foi utilizado nesta universidade até agora.

“Além de mostrar que o medicamento funciona, esta é a primeira demonstração que mostra os efeitos da droga em um conjunto de células danificadas em um tecido específico”, explica o pesquisador.

A Fisetina é encontrada em vegetais como morango, maçã, caqui, cebolas e pepinos. [Science Daily]


segunda-feira, 8 de outubro de 2018

5 formas que seus genes estão dificultando a sua vida sem você saber


Todo mundo só é o que é por conta dos seus genes. Desde as características físicas à propensão a ter várias doenças são determinadas por eles. Mas e algumas características que todo mundo tem certeza que são controláveis ou que não têm nada a ver com os genes? Veja 5 delas que não estão sob o seu controle:

5. Dirigir bem
O Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF na sigla em inglês) é secretado pela área do cérebro responsável pela tarefa que você está realizando neste momento. Pode ser a fala, a leitura, o movimento de alguns músculos. Mas cerca de 30% dos norte-americanos têm uma variável genética que limita a secreção do BDNF.
Pesquisadores resolveram testar a habilidade de direção dessas pessoas. O estudo de 2009 foi publicado na revista Cerebral Cortex, e teve como o pesquisador principal Steven Cramer.
“Essas pessoas cometem mais erros no dia a dia e esquecem mais o que eles aprenderam depois de um tempo”, explica Cramer.
O estudo envolveu 29 participantes, que precisaram dar 15 voltas em um circuito com curvas difíceis. Entre eles, 22 não tinham a variável genética, e 7 tinham. O teste foi repetido quatro dias depois. As pessoas com a variável tiveram piores resultados nas duas vezes.
“Fico curioso sobre a genética das pessoas que se envolvem em acidentes de carro. Queria saber se a taxa de acidentes é maior para motoristas com a variável”, disse ele.

4. Dificuldade em dormir cedo
Algumas pessoas gostam de dormir com as galinhas e acordar cedo, enquanto outras só conseguem dormir de madrugada e acordam perto da hora do almoço. Esta preferência pode ser resultado dos genes.
Muitas pessoas que sofrem ao dormir muito tarde e acordar cedo têm uma mutação em seu gene CRY1, que afeta o ritmo circadiano. É este ritmo que regula os padrões de sono, e as pessoas com esta mutação têm dificuldade em dormir e acabam ficando acordados até duas horas mais tarde do que as pessoas sem a mutação.
Esta mutação está associada com a síndrome do atraso das fases do sono, que acomete 10% da população. Quem tem esta síndrome também costuma sofrer com ansiedade, depressão, doenças vasculares e diabetes. A boa notícia é que é possível melhorar o sono com algumas estratégias como não receber estímulo de luzes artificiais no final do dia.

3. Odiar coentro
Algumas pessoas odeiam coentro, e dizem que ele tem gosto de sabonete. Outras dizem que ele é refrescante e saboroso. Afinal de contas, por que as pessoas parecem amá-lo ou odiá-lo?
Alguns estudos relacionaram o gosto por coentro com genes relacionados à detecção de odores e do sabor amargo. Uma pequena variação do DNA no gene da recepção olfativa está ligado a pessoas que acham que o coentro tem gosto de sabão.
Lembre-se que esta é uma correlação grosseira, e não uma explicação para 100% dos casos. É possível que muita gente não goste do sabor do tempero simplesmente porque tem uma memória negativa associada ao coentro ou por outro motivo subjetivo.

2. Ouvido absoluto
Pessoas com ouvido absoluto são aquelas que conseguem identificar as notas musicais fora de contexto. Se você tocar ou cantar qualquer nota musical sem o acompanhamento do resto da música, elas conseguem dizer se aquilo é um dó, um mi ou um sol.
Até recentemente sabia-se que poucas pessoas têm este dom, mas ninguém sabia o motivo. Um levantamento dos anos 1990 mostrou que apenas 10% dos músicos da prestigiosa escola Juilliard (EUA) têm ouvido absoluto.
Vários pesquisadores têm sugerido que existe aqui um componente genético importante.
Uma pesquisa de 2012 da Universidade da Califórnia mostrou que os genes são parte importante do ouvido absoluto, muito mais que o treinamento musical desde a infância. Um estudo que envolveu 27 adultos que tiveram aulas de música desde a primeira infância testou esta habilidade, e apenas 7 tinham ouvido absoluto.

1. Chamariz de pernilongos
Você já notou que os pernilongos parecem perseguir ou evitar pessoas específicas? Se eles parecem sempre estar atrás de você, é possível que você faça parte dos 20% das pessoas do mundo que são especialmente apetitosas para eles.
Claro que há muitos fatores que atraem ou afastam esses incômodos insetos, como cor da roupa, dieta e até tipo sanguíneo. Mas o fator mais importante parece ser o odor liberado pela pele.
Em um estudo que envolvia gêmeos dispostos a serem picados em nome da ciência, cada irmão expôs as mãos aos pernilongos. A conclusão foi que os gêmeos idênticos receberam números semelhantes de picadas. Os gêmeos fraternos, porém, receberam número diferente de picadas.


domingo, 7 de outubro de 2018

Por que alguns casais não conseguem engravidar?


Há diversos fatores, que envolvem tanto a mulher quanto o homem

FATORES FEMININOS – 60%

10% – ESTERILIDADE SEM CAUSA APARENTE
A mulher ovula normalmente, não há obstrução nas trompas, os espermatozoides estão saudáveis e, ainda assim, não consegue engravidar
POR QUE ACONTECE Os médicos não sabem explicar o motivo

15% – FATORES OVARIANOS
Problemas hormonais que impedem a ovulação, ou seja, o ovário não produz óvulo nenhum
POR QUE ACONTECE Ovários policísticos (formação de cistos na ovulação)

35% – FATORES PERITONEAIS
Alteração na anatomia nas trompas de Falópio que impede o espermatozoide de chegar ao óvulo
POR QUE ACONTECE DSTs, como clamídia e gonorreia, podem causar infecções e alterar a anatomia do órgão. Endometriose (leia mais abaixo) também é um fator

PROBLEMAS DA MULHER
Podem ser falhas hormonais ou alterações anatômicas, como a endometriose, doença em que as células do útero que seriam eliminadas na menstruação se acoplam na bexiga, intestino ou nas trompas

De 10 a 15% das mulheres têm ovário policístico
20% das mulheres têm endometriose
PROBLEMAS DO HOMEM
Alterações na quantidade e na qualidade dos espermatozoides (o normal são 20 milhões por mililitro de sêmen). Em geral, o problema acontece com homens obesos, fumantes ou que usam anabolizantes

PROBLEMAS NOS DOIS
Pode ser alguma infertilidade genética, como alterações no epidídimo (duto de coleta e armazenamento de espermatozoides), no caso do homem, ou a presença de miomas benignos, por exemplo, no útero, no caso da mulher

A produção de hormônios cai com o tempo. Quanto mais tarde o casal esperar ter filhos, maior a dificuldade de ocorrer uma fecundação

Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-que-alguns-casais-nao-conseguem-engravidar/ - Por Carol Castro - Rômolo D'Hipólito/Mundo Estranho

sábado, 6 de outubro de 2018

Perigo dos anabolizantes: saiba os malefícios que eles oferecem à saúde


A busca pelo corpo perfeito é extremamente definido e sem gordura e custa caro à saúde. O consumo prolongado dessas substâncias pode causar desde o surgimento de acne até a morte...

Pode prestar atenção: o padrão de beleza do corpo feminino sempre está mudando. Até pouco tempo atrás, a moda era ser grande e musculosa. Atualmente, a silhueta “secou” um pouco, mas muita gente ainda busca o corpo perfeito recorrendo ao uso de anabolizantes.

“Isso porque o organismo feminino tem 40 vezes menos concentração do hormônio testosterona — responsável pelo ganho de massa muscular — do que o masculino. Na prática, isso significa que por mais que ela treine, há um limite para o desenvolvimento e o aumento dos músculos. A partir daí, apenas com o uso de anabolizantes a sua musculatura ficará volumosa”, explica Paulo Zogaib, especialista em fisiologia do exercício da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Por que elas usam?

O estímulo é quase sempre estético. “A promessa de resultados rápidos vem incentivando o consumo cada vez maior de anabolizantes entre as mulheres. Elas desejam ter um corpo perfeito e acabam correndo sérios riscos em nome da vaidade”, comenta Mauro Guiselini, professor de educação física e diretor do Centro de Treinamento Multifuncional, de São Paulo (SP). Mas o desejo de curvas extremamente definidas, desenhadas com o auxílio de doses e mais doses de esteroides e hormônios masculinos, pode ser tão nocivo quanto o da magreza exagerada difundida nas passarelas fashion ou até mesmo a obesidade mórbida que fica escondida em casa. “Por trás dos aparentes benefícios, como um corpo forte e músculos desenvolvidos, essas substâncias escondem riscos que podem detonar o organismo e até matar”, alerta Marcio Scomparin, personal trainer, de São Paulo (SP).

Entenda a química

Os anabolizantes (esteroides androgênicos anabólicos) são hormônios sintéticos que imitam a testosterona. Apesar de ser conhecido como um hormônio masculino, ela também é encontrada nas mulheres, em quantidade bem menor. Nos homens, esse hormônio é produzido nos testículos, e, nas mulheres, nos ovários. E em ambos os sexos a testosterona é fabricada, também, nas glândulas suprarrenais, mas em dose baixa.

A testosterona natural tem dois efeitos distintos no organismo. No andrógeno, ela influencia nas características masculinas, como mudança de voz, desenvolvimento do órgão sexual, crescimento de bigode e barba, além de pelos nas axilas e áreas genitais, e aumento da agressividade. Já o anabólico age no controle de gordura e no aumento de massa muscular e força.

Bomba-relógio

Se para conquistar coxas grossas e torneadas, barriga dividida em “gomos” e braços musculosos for preciso recorrer ao uso de anabolizante,  é bom ficar esperta. Com esse “pacote” de transformações físicas você vai conseguir outras mudanças nada agradáveis. “A mulher que recorre aos anabolizantes fica com a pele cheia de espinhas, queixo pontudo, cabelo ralo e olhos mais saltados”, comenta Sandra Hugenneyer, dermatologista, de São Paulo (SP). “E os danos estéticos não são os únicos nem os mais graves”, alerta Nabil Gorayebe, cardiologista especialista em Medicina do Esporte, de São Paulo (SP). “Ele é um adubo de coisas ruins. Se a mulher tem alguma célula cancerígena, esses hormônios vão fazer que o câncer se espalhe de forma muito acentuada no organismo”, afirma o especialista. Os esteroides também dão força para as principais causas de morte da população feminina. “Eles causam a hipertensão arterial e transformam o coração em um dispositivo prestes a explodir”, alerta Nabil Gorayebe.

Fonte: https://corpoacorpo.com.br/blogs/mulher-de-corpo/perigo-dos-anabolizantes-saiba-os-malefacios-que-eles-oferecem-a-saade/12534 - Texto Fernanda Cury | Edição Karine César | Fotos Getty Images | Adaptação Web Ana Paula Ferreira

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Adolescentes que fumam e bebem já podem ter problemas nas artérias


Não é preciso enfiar o pé na jaca ao longo da vida inteira para ter problemas graves. Estudo revela que álcool e tabagismo podem afetar o sistema cardiovascular já a partir dos 13 anos de idade

Não há dose segura de álcool – nem idade em que a bebida não seja prejudicial. E o mesmo vale para o cigarro. Essa é a conclusão de uma pesquisa da Universidade College London, na Inglaterra, publicada no periódico European Heart Journal.

Ao analisar 1.266 adolescentes, os cientistas perceberam que as artérias de jovens que têm o hábito de fumar e beber já apresentam sinais de enrijecimento, algo que só costuma acontecer a partir dos 40 anos. A longo prazo, artérias mais duras – condição conhecida como aterosclerose – prejudicam a circulação sanguínea e aumentam o risco de infarto e derrame, por exemplo.

O trabalho foi feito com meninos e meninas de 13, 15 e 17 anos de idade, que passaram por exames para avaliar como estava o funcionamento de suas artérias e também responderam a questionários sobre quantos cigarros já haviam fumado na vida e a frequência com que consumiam álcool.

Os participantes foram divididos em grupos, de acordo com o modo como usavam as duas drogas. Em relação ao fumo, aqueles que haviam tragado até 20 cigarros ao longo da vida ficaram na turma de baixa intensidade; quem já tinha consumido entre 20 e 99 cigarros foi classificado como moderado; e os que já haviam ultrapassado a marca de 100 cigarros foram considerados usuários de alta intensidade. Esses últimos apresentaram um risco 3,7% maior de enrijecimento das artérias em relação à turma que fumou pouco.

Quanto ao álcool, os voluntários foram agrupados de acordo com a quantidade de bebida que ingeriam nos dias em que saíam com os amigos. Entornar mais de 10 drinques foi considerado um consumo intenso; entre três e nove, moderado; e menos de dois, baixo. A galera que pegava mais pesado na bebida tinha uma probabilidade 4,7% maior de desenvolver o problema cardiovascular. Mais: entre aqueles que abusavam do álcool e do cigarro, esse risco subia para 10,8%.

A boa notícia é que o quadro pode ser reversível. “Vimos que, se os adolescentes param de fumar e beber, suas artérias tendem a voltar ao normal”, relata John Deanfield, líder da investigação, em nota divulgada à imprensa.

Os autores alertam ainda que a idade em que os jovens começam a consumir cigarro e álcool não importa – os efeitos são os mesmos aos 13 ou aos 17 anos. Para Marietta Charakida, que também conduziu a pesquisa, os governantes têm um papel fundamental em cuidar da saúde dessas pessoas. “Precisamos implementar estratégias educacionais eficientes, já na infância, para desestimular os adolescentes a fumar e beber”, opina.

No Brasil
Por aqui, 1,8 milhão de adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos assumem que já fumaram pelo menos um cigarro, o que representa 18,5% das pessoas dessa faixa etária. O dado, divulgado no início de 2018, é do Erica – Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes, conduzido pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e outras instituições estrangeiras. Apesar de esse número ser alto, ele mostra que o hábito está caindo entre os jovens – em 2009, 24% assumiam já terem tragado ao menos uma vez, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao álcool, a tendência é inversa: 1,5 milhão de adolescentes de 13 ou 14 anos confessam já ter experimentado alguma bebida, de acordo a pesquisa do IBGE. Esse montante representa 55% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental – índice 5% maior do que a mesma pesquisa havia apontado em 2012.


quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Descubra a hora certa para procurar o cardiologista


Check-up cardiológico pode ser feito até mesmo antes do nascimento

Você sabia que fazer um check-up cardiológico é importante em qualquer fase da vida? Nos dias de hoje, em função da qualidade e do ritmo que temos, do estresse e problemas do dia a dia, a prevenção deve ser iniciada mais cedo.

Claro que alguns fatores influenciam na idade de início e na periodicidade com que essas consultas devem acontecer, mas fazer uma avaliação com um cardiologista pode ajudar na prevenção de potenciais problemas e até no diagnóstico precoce de algumas doenças. E quando digo precoce, me refiro a diagnósticos feitos até mesmo antes do nascimento!

Com os recursos atuais, é possível realizar, ainda durante a gestação, a avaliação cardiológica não apenas da mãe, mas também da criança. O ecofetal pode diagnosticar cardiopatias muito graves e em algumas situações é possível tratar o bebê ainda no útero ou nos primeiros dias de vida, realizando procedimentos sob o coração para corrigir ou melhorar o prognóstico da doença. E veja, isso pode acontecer com qualquer um, mesmo sem histórico familiar. A recomendação é que a gestante faça esse exame com cerca de 20 semanas, quando o feto já está mais formado.

Ainda sobre as mulheres, no caso de uma gravidez planejada, para aquelas que nunca passaram por uma avaliação cardiológica na vida, eu recomendo que, até mesmo antes de engravidar, procurem um cardiologista. Vale a pena realizar a avaliação, ter uma conversa com um profissional e fazer exames básicos, como um ecocardiograma. Em um simples exame clínico, por exemplo, é possível detectar algum problema, principalmente de válvula ou sopro no coração.

Agora, quando falamos da população de maneira geral, realizando uma rápida pesquisa na internet, você vai ler por aí que a recomendação é iniciar essas avaliações do coração muito tardiamente, já ultrapassando a quarta ou quinta década de vida.

Vejamos um exemplo: uma mulher de 35 anos, com histórico de doença coronária na família, tabagista, que tem hipertensão e diabetes. Em um caso assim, você não pode esperar que ela chegue aos 45, 50 anos ou entre na menopausa para iniciar o processo e acompanhamento.

Por isso, é preciso avaliar caso a caso. Sem dúvida nenhuma, o histórico familiar conta muito e os próprios hábitos e antecedentes de cada pessoa, tanto homem como mulher, influenciam.

Minha orientação para as mulheres que não apresentam fatores de risco, sintomas e histórico familiar, é iniciar esse acompanhamento cardiológico entre 35 e 40 anos. Para os homens, a partir dos 35 anos.

A periodicidade indicada para as consultas também varia. Para aqueles que já têm algum diagnóstico de cardiopatia, a recomendação é uma visita ao médico especialista a cada seis meses - ou até menos, dependendo do indicado pelo profissional que faz o acompanhamento do caso.

Outro grupo que precisa desse acompanhamento semestral é dos hipertensos e pessoas que têm o colesterol elevado. No caso de hipertensos, por exemplo, muitos descuidam da pressão ao longo do tempo. Isso pode trazer um desgaste das artérias do corpo, principalmente as coronárias, que acabam levando ao aparecimento da doença obstrutiva das artérias. Ainda no caso de pessoas que têm resistência a tomar medicamentos, muitas vezes é preciso reduzir esses intervalos para períodos menores, de quatro em quatro meses.

Já quem apresenta algum fator de risco, mas não tem nenhum sintoma e está dentro da faixa de idade que mencionei anteriormente, pode realizar essa avaliação anualmente. Por último, uma pessoa mais jovem (com menos de 30 anos) que tenha o hábito de fazer check-ups, com colesterol normal, sem hipertensão, que pratica atividades físicas e não tem nenhum fator de risco, é possível fazer esse acompanhamento cardiológico a cada dois anos.

No entanto, reforço que em qualquer época da vida, ao sentir alguma limitação do ponto de vista físico, um cansaço fora do normal, falta de ar, uma palpitação (o coração bate de forma muito acelerada ou irregular), é essencial procurar um cardiologista. Isso poderá ser decorrente de uma situação de deficiência do coração que precisa ser diagnosticada e tratada. E isso não é válido apenas para adultos, mas também para uma criança ou adolescente, por exemplo, que faz atividade física na escola e percebe alguma limitação recorrente.

Por isso, faça seu acompanhamento periódico e, ao menor sinal, procure um cardiologista! Muitas doenças podem ser diagnosticadas e tratadas no início, sem sequelas ou complicações mais graves.


quarta-feira, 3 de outubro de 2018

12 erros mais comuns que você comete durante o banho


Os mandamentos (errados) do chuveiro acompanham você há tempos, mas nunca é tarde para regular a temperatura, maneirar na esfoliação e usar produtos certos

Tomar banho faz parte da rotina. Mas será se sabemos tomar banho da forma correta?

A maioria da população – tanto homens quanto mulheres – comete algumas gafes quando dentro do chuveiro.

Como nunca é tarde para aprender com os erros, confira novas lições para botar em prática, do xampu ao tapetinho.

1. Regras de ouro
Primeiro, vamos a uma rápida passadas em alguns mantras da chuveirada.
Fragrâncias exageradas e outros aditivos podem ser prejudiciais à pele se usados em abundância.
Além disso, não ignore outras partes do corpo: costas, umbigo, atrás das orelhas e partes íntimas (pois é, tem quem esqueça delas).
Outro erro comum é manter a mesma gilete por meses e meses. Ela pode reter bactérias, ainda que só você a use.
Lembre-se, também, de não tomar banhos superiores a 10 minutos. Excessos podem prejudicar a pele.
Não saia por aí comprando qualquer embalagem de xampu que contenha “cuidado total plus 100%”. Cada tipo de cabelo tem seu produto ideal.

 2. Sem exageros
“Menos é mais” dentro do box também, viu?
Vá com parcimônia no sabão em barra e na lavagem do corpo, pois a superexposição aos produtos pode tirar os óleos naturais da pele.
Os especialistas acreditam que uma quantidade “do tamanho de uma moeda de dez centavos” é suficiente para produzir espuma suficiente para limpar o corpo todo.
A quantidade para o cabelo também segue a regra.
Encha menos do que a palma da mão com o líquido ou creme e isso já garante sua juba bem tratada.

3. Cuidado com o dia a dia
Lavar as madeixas e o couro cabeludo é, sem dúvida, a sensação mais terapêutica que se pode experimentar no banho.
Mesmo assim, não é algo que deve ser feito diariamente.
O xampu é feito para retirar óleos e higienizar, mas se for usado em excesso pode ressecar os folículos capilares, resultando em quebra dos fios e até caspa.
Lave o cabelo não mais do que três vezes por semana e permita o crescimento natural.

4. Esfoliação ao extremo
Muitos de nós cometemos o erro de judiar da pele com a esponja todos os dias.
Mas aí vai um segredo: fazer isso além da conta pode justamente abrir os poros e deixá-lo muito exposto a bactérias.
Se quiser manter cuidado de segunda a segunda, faça movimentos suaves para tirar as células mortas.

5. Banho de água fria
Não é preciso manter um cooler, desses de final de churrasco, para enfiar a cara ao final do banho.
Mas tente lembrar de lavar o rosto com água gelada depois de desligar o registro.
A baixa temperatura vai fechar os poros e previnir que impurezas entrem na pele recém-limpa.

 6. Aproveitar a espuma do banho para se barbear
Isso é pura preguiça.
Usar o que sobrou de espuma e água quente para aparar os pelos do rosto é um erro comum, principalmente por ser algo prático.
Isso porque os produtos usados no corpo e na cabeça são feitos para tirar sujeita e óleo, diferentemente dos cosméticos para barba.
Dê uma passada em uma barbearia e compre produtos ideais, como espuma de barbear, esfoliante próprio para barba e um leave-in para arrematar.

7. Metendo os pés pelas mãos. Ou não.
Eles aguentam você dia após dia. E, mesmo assim, você se esquece deles.
Tanto pelo odor quanto pelo acúmulo de bactérias, seus pés não podem ficar de lado na hora da água quente no corpo.
Capriche na limpeza entre os dedos, ensaboe (peito e planta) e, mais importante: perca alguns minutos para secar direitinho.
Caso contrário, você sofrerá ou de chulé ou de frieira.

8. Não deixa o condicionador de lado
Uma vez por semana? Uma vez por mês? Todos os dias?
Não há uma resposta correta.
Mesmo assim, o tabu ao redor do condicionador faz muitos homens abrirem mão do produto e isso sim não é uma boa estratégia.

9. Aquela “lavadinha” sem vergonha
Não confunda “banho” com “ducha”.
Se o tempo for curto, melhor assumir que hoje não é dia de lavar o cabelo, para não esperar mais dois ou três dias até realmente lavá-lo.
Uma boa lavada consiste em esfregar os fios, fazer espuma e enxaguar bem – não jogar água e tirar, como se faz na pressa.

10. Deixar o secar sozinho
Passar a toalha de forma meia boca não é nada inteligente.
Além de causar umidade onde nem se imagina, a secagem feita pelo ar não é nada higiênica.
A melhor saída é caprichar com uma toalha de pano suave, para não irritar as regiões esfregadas.

11. Mão pesada nos acessórios
Esponja de banho. Luvas esfoliantes. Escova para as costas.
São vários os adereços, que podem virar armas para a pele se usados demasiadamente ou de forma errada.
Largá-los no chão do chuveiro reúne várias bactérias – que podem ir direto para os buraquinhos da pele.
Se for usar, não abuse. Se for usar todo dia, seja carinhoso com você mesmo.

12. Banhos escaldantes
Sim, o frio não ajuda.
Mas submeter as costas a uma água muito quente pode ser ruim para a pele.
Por causa da alta temperatura, há maior circulação de sangue, o que pode levar a inflamações e, posteriormente, ressecamento.
O número de células mortas também pode aumentar pelo estresse que a pele sofre, que perde, consequentemente, a hidratação.
Caso isso não suma, o ideal é consultar um dermatologista.


Eleitor, cidadão consciente?


Em ano eleitoral é comum existir rodas de amigos discutindo sobre política; quem trabalhou ou não pelo povo nos últimos quatro anos; quem é honesto ou não na administração pública; quem ofereceu cidadania ao povo ou quem beneficiou apenas aos amigos e apadrinhados; quem tem propostas de desenvolvimento ou não para o bem-estar de toda a população; quem é o melhor ou pior candidato para legislar ou governar o estado e o país.

     Numa dessas rodas, cinco pessoas falavam em quais candidatos votariam na eleição de 7 de outubro e todos tinham opiniões diferentes, do porque e como iriam votar.

     Um deles dizia que não gostava de ouvir, falar e participar de acontecimentos políticos e iria anular o voto ou votar em branco, porque todos os políticos são iguais, nenhum presta; outro, afirmava que iria votar em um político que lhe tinha prestado um favor; o terceiro opinava a favor de um político que lhe prometeu dar um emprego se for eleito; o quarto, afirmava com um tom de voz irônico, que só votaria no candidato que pagasse pelo seu voto com dinheiro ou em troca de algo que necessitasse; a quinta pessoa deixou bem claro que o candidato para ganhar seu voto teria que ter propostas de desenvolvimento social, educacional e econômico para o seu município, estado e país.

     Depois de escutar aquelas pessoas, pensei e refletir sobre suas opiniões e cheguei a algumas conclusões sobre aqueles eleitores: o que não gosta de política e quer votar nulo, só favorece ao político profissional, que está há muito tempo na política e quase nada faz de concreto para melhorar a vida do povo; o que vota, por favor, talvez não entenda que ele como cidadão tem direito a saúde, educação, segurança e moradia; o que vota por qualquer tipo de promessa, favorece ao político que só lembra do eleitor na época das eleições, de quatro em quatro anos e depois de eleito, esquece o que prometeu; o pior dos eleitores é aquele que vende seu voto e sua dignidade humana ao político corrupto e sem escrúpulo, que explora a miséria dos mais pobres e a ignorância de algumas pessoas para chegar ou manter-se no poder a qualquer custo; o eleitor que vota com responsabilidade, vai poder olhar nos olhos do político e exigir dele os compromissos firmados antes das eleições para melhorar a vida de todos os cidadãos.

      Destes eleitores, qual se pode dizer que é um cidadão consciente? E você, em qual perfil de eleitor se enquadra?

     Exerça a sua cidadania, participe do processo eleitoral, não venda e nem troque seu voto por favores ou promessas, a consciência não se vende; não se deixe enganar, dê seu voto com responsabilidade, porque dele dependerá o seu futuro, da sua família e de todos os cidadãos brasileiros.

Por Professor José Costa

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Queime até 680 calorias em 30 min com este circuito funcional


São 8 exercícios que unem o que há de mais eficiente para colocar você em forma: movimentos funcionais, alta intensidade e treino em forma de circuito

Nos treinos feitos no Instituto Cau Saad, em cerca de uma hora, você vai passar por estações de um minuto de movimentos funcionais com equipamentos comuns (fitball, elásticos e TRX) e outros que poucas academias têm – como a corda infinita e pogobol. “A ideia é fazer a aula no limite do corpo”, fala Cau. “Porém, mais importante do que completar o máximo de repetições, é executá-las com precisão. Assim, você ativa os músculos certos e trabalha coordenação, equilíbrio, resistência, força e outras capacidades.”

Cau montou um treino de meia hora para você fazer sozinha, com objetos fáceis de conseguir caso não tenha acessórios de ginástica. A ideia é realizar um minuto de cada movimento em intensidade máxima. Se achar chato marcar o tempo, veja quantas repetições consegue fazer de cada exercício em um minuto na primeira volta e, na segunda, conte por movimentos. Passe de uma estação à outra sem pausa ou pule um minuto de corda entre elas, se quiser turbinar a aula. Faça um intervalo de um minuto ao fim da primeira volta e repita.

1. Abdominal
Sentada sobre a bolha de instabilidade (ou no chão, se não tiver o acessório), pernas flexionadas, tronco inclinado para trás, mãos atrás da cabeça. Flexione o tronco à frente, fazendo um abdominal tradicional.

2. Agachamento com miniband e desenvolvimento
a. Em pé, pernas paralelas, com o miniband nas canelas, cotovelos flexionados e mãos segurando a barra (ou um cabo de vassoura) atrás dos ombros.

b. Dê um passo para a direita, esticando o elástico o máximo que conseguir, ao mesmo tempo que faz um agachamento até os joelhos ficarem a 90 graus e estenda os braços, levando a barra acima da cabeça. Repita para a esquerda e vá alternando os lados.

3. Afundo com bíceps
Em pé, uma perna à frente da outra, segurando a barra na frente do corpo com a palma das mãos para a frente. Flexione os joelhos até quase encostá-los no chão ao mesmo tempo que puxa a barra em direção aos ombros e volte. Troque a perna da frente na metade do tempo da série (para fazer 30 segundos com cada lado).

a. Deitada com os quadris na bola, mãos no chão na mesma linha dos ombros e pernas estendidas e calcanhares unidos.

4. Glúteos na bola

a. Deitada com os quadris na bola, mãos no chão na mesma linha dos ombros e pernas estendidas e calcanhares unidos.

b. Eleve as pernas até ultrapassarem a linha dos quadris e volte.



5. Adução e abdução no slide
a. Em posição de prancha (mãos no chão, braços na linha dos ombros, pernas estendidas e unidas e ponta dos pés no slide), usando sapatilhas próprias (se não tiver o acessório, pode ficar de meias em um piso liso, tipo taco ou porcelanato).

b. Abra e feche as pernas deslizando a ponta dos pés, mantendo o abdômen contraído e o corpo, alinhado dos ombros aos tornozelos.

6. Salto com obstáculo
Posicione dois obstáculos à sua frente (pilhas de livros ou revistas ou almofadas) e salta por cima deles, flexionando os joelhos. Vire e salte de volta.

7. Flexão de braço com salto
a. Em posição de flexão de braço, mãos no chão, joelhos apoiados e pés cruzados (outra opção é realizar com as pernas estendidas e a ponta dos pés no chão). Faça uma flexão, descendo o peito até quase encostar no solo.

b. Volte, fique em pé e dê um salto com os braços estendidos acima da cabeça. Desça de volta à posição de flexão e repita. O movimento deve ser contínuo, ou seja, não pare em nenhuma fase.

8. Balancinha
a. Deitada, quadris e joelhos flexionados, braços estendidos ao lado. Dê um impulso com o corpo para trás, arredondando as costas e tentando encostar a ponta dos pés atrás da cabeça.

b. Volte e fique em pé, com o corpo ereto e os braços estendidos para o alto. Desça de volta à posição inicial e repita. O movimento deve ser contínuo, ou seja, não pare em nenhuma fase.


segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Maioria das brasileiras só descobre o câncer de mama no autoexame


Levantamento realizado no Rio de Janeiro mostra que mulheres flagram a doença apenas quando sentem caroços ou outras alterações nos seios. Por quê?

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgou uma pesquisa com 405 pacientes cariocas com tumores nas mamas. Os dados apontam que 66,2% detectaram o problema sozinhas, ao perceber que algo não estava bem no peito. Os principais sintomas relatados foram presença de caroços (89,6% das vezes), seguido por dores (20,9%), alterações na pele (7,1%), saída de secreção no mamilo (5,6%), mudanças no formato da mama (3,7%) e outras alterações no mamilo (2,6%).

A mamografia e outros métodos de imagem só revelaram a enfermidade em 30,1% das mulheres, enquanto 3,7% receberam o diagnóstico na consulta com o médico. Se por um lado isso reforça a importância de ficar atento aos sinais que o corpo dá, por outro denuncia a falta de estrutura básica para atender a população no sistema público de saúde — mesmo que seja para realizar testes de checkup importantes para encontrar doenças em seus estágios iniciais. Veja: o autoexame geralmente só é capaz de notar nódulos e malformações que já ultrapassaram 1 centímetro de extensão, o que complica o tratamento e reduz as chances de sucesso.

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) divulgou uma nota com uma análise dos achados desse estudo — segundo ela, a alta taxa de diagnósticos feitos pelo toque nos seios decorre do baixo acesso às mamografias. “Em seus estudos, a Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia, em conjunto com a SBM, mostra que menos de 25% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram a mamografia pelo Sistema Único de Saúde em 2015”, afirma o informativo. “O Estado não pode repassar à brasileira o ônus de sua inoperância na realização de mamografias”. A entidade reforça ainda que passar pelo exame é um direito constitucional de todas aquelas que passaram dos 40 anos.


Atualmente, existe uma grande polêmica sobre a idade ideal para começar a se submeter a mamografia, o método mais indicado para diagnosticar a doença em sua fase inicial. Enquanto o Inca e a Organização Mundial da Saúde estabelecem que mulheres entre 50 e 69 anos precisam passar pelo checkup a cada dois anos, a SBM, a Sociedade Brasileira de Radiologia e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia acreditam que o teste deva ser iniciado antes, a partir dos 40 anos — e uma vez a cada 12 meses. As recomendações mudam se há histórico de câncer de mama na família: aí é importante passar pelo laboratório mais cedo. Diante da controvérsia, consulte seu médico para saber quando pedir a avaliação.

Confira abaixo a nota completa da Sociedade Brasileira de Mastologia

A Sociedade Brasileira de Mastologia reitera que a mamografia no Brasil é um direito de toda mulher acima dos 40 anos de idade. Deve ser lembrado que a mamografia não funciona isoladamente e, eventualmente, pode falhar. Ainda assim, é o único método que demonstrou reduzir a mortalidade por câncer de mama.

Os casos que acontecem no Brasil, nos quais a mulher descobre o seu próprio nódulo, se deve ao baixo índice de acessibilidade à mamografia pelo SUS. O Estado não pode repassar à mulher brasileira o ônus de sua inoperância na realização de mamografias. O baixo número desses exames realizado no Rio de Janeiro pelo SUS em 2015 (15,3%), em mulheres de 50 a 69 anos, demonstra que elas não estão tendo seu direito garantido, apesar da lei. É isso que reflete a pesquisa anunciada pelo INCA, ou seja, por não fazerem mamografia, as mulheres detectam o câncer pelo autoexame.

Em seus estudos, a Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Mastologia, mostra que menos de 25% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2015.
Os estudos também confirmam as pesquisas divulgadas no Canadá e no Reino Unido, que revelam que a mamografia realizada entre 40 e 49 anos pode reduzir a mortalidade, considerando que, se feita anualmente, pode oferecer maior chance de cura e maior sobrevida para as mulheres que tiveram o infortúnio de desenvolver câncer de mama.

Hoje, ¼ das 58 mil mulheres que desenvolverão o câncer de mama no Brasil neste ano estarão entre 40 e 49 anos. Considerando que é um direito constitucional da mulher brasileira fazer a mamografia, a SBM recomenda que o exame mamográfico seja feito anualmente a partir dos 40 anos. E mais. Recomenda que a mulher possa e deva se autoexaminar, uma vez que conhecer o próprio corpo faz parte da obrigação de cada indivíduo. Esses fatos mostram que é fundamental o estado prover mamografia para todas as mulheres acima de 40 anos e que pontes possam ser construídas evitando que o peso recaia sobre os ombros da mulher brasileira.