quinta-feira, 12 de março de 2020

OMS decreta pandemia do novo coronavírus. Saiba o que isso significa

O aumento no número de casos de coronavírus e a disseminação global resultaram na decisão da OMS. Como a definição de pandemia muda o controle da doença?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que vivemos uma pandemia do novo coronavírus, chamado de Sars-Cov-2. “Nas últimas duas semanas, o número de casos de Covid-19 [doença provocada pelo vírus] fora da China aumentou 13 vezes e a quantidade de países afetados triplicou. Temos mais de 118 mil infecções em 114 nações, sendo que 4 291 pessoas morreram”, justificou Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

A definição de pandemia não depende de um número específico de casos. Considera-se que uma doença infecciosa atingiu esse patamar quando afeta um grande número de pessoas espalhadas pelo mundo. A OMS evita usar o termo com frequência para não causar pânico ou uma sensação de que nada pode ser feito para controlar a enfermidade.

Mas como esse anúncio interfere no manejo do novo coronavírus? Na verdade, ele serve apenas como um alerta para que todos os países, sem exceção, adotem ações para conter a disseminação do problema e para cuidar dos pacientes adequadamente. Não se trata, portanto, de um novo pacote de diretrizes — as recomendações da entidade seguem as mesmas.

“Estamos chamando todos os países para ativar e intensificar mecanismos emergenciais de resposta, buscar casos suspeitos, isolar, testar e tratar todo episódio de Covid-19, além de traçar as pessoas que tiveram contato com ele”, afirmou Ghebreyesus. “Preparem-se, detectem, protejam, tratem, reduzam o ciclo de transmissão, inovem e aprendam”, resumiu.

Segundo a OMS, há uma preocupação com os níveis de disseminação e com a inatividade de certos países. No Brasil, o Ministério da Saúde vem anunciando diferentes medidas para intensificar a vigilância, o diagnóstico e o tratamento do novo coronavírus. Postos de saúde poderão ficar abertos por mais tempo, exames que detectam a presença do Sars-Cov-2 estão sendo ampliados para mais indivíduos, a campanha de vacinação contra gripe foi antecipada e por aí vai.

O fechamento de escolas, a suspensão de competições esportivas profissionais e outras medidas mais radicais não foram descartadas para o futuro, porém, não estão em vigência no momento. Até porque vivemos uma situação muito diferente dos países mais afetados. No Brasil, foram confirmados 34 casos no dia 10 de março, sem mortes. Na Itália, eram 9 172, com 463 mortes. Na China, tivemos 80 924 episódios, com 3 140 óbitos.

“Ainda podemos afetar o curso dessa pandemia. Se não tentarmos controlá-lo, o coronavírus vai sobrecarregar os sistemas de saúde. Mas adotando medidas de contenção, no mínimo daremos tempo para os sistemas manterem o controle da situação”, concluiu Michael Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências da OMS.

Do ponto de vista de cada um de nós, o anúncio de uma pandemia do novo coronavírus reforça a necessidade de adotarmos medidas preventivas. Lave as mãos com frequência, evite contato com pessoas doentes e fique em casa se tiver sintomas respiratórios leves. Caso você se enquadre como um caso suspeito, informe seu médico e as autoridades. No mais, mantenha-se informado, siga as recomendações das autoridades e não deixe o pânico tomar conta. Nessas situações, somos mais propensos a tomar medidas erradas e disseminar notícias falsas.


quarta-feira, 11 de março de 2020

Cabeçadas no futebol podem ser perigosas para menores de 12 anos?


A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recomendará o fim dos cabeceios nas escolinhas e categorias de base por um suposto risco de problemas sérios

Recentemente, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou que pretende proibir cabeçadas em treinos e partidas disputadas entre menores de 12 anos. A iniciativa segue países como Estados Unidos e Inglaterra, que baniram esse tipo de movimento nos campeonatos infanto-juvenis.

A preocupação da entidade é com o risco de danos neurológicos quando o cérebro está em plena formação. Nos últimos anos, alguns cientistas e autoridades apontaram que o cabeceio constante e repetitivo poderia provocar lesões praticamente imperceptíveis nos neurônios dos pequenos.

Em 2018, um trabalho apresentado no Congresso do American College of Sports Medicine avaliou na prática esse impacto. Pesquisadores porto-riquenhos analisaram 30 jogadores com idade média entre 9 e 11 anos de idade (15 meninas e 15 meninos). Todos usaram um acelerômetro preso em uma faixa na cabeça durante três partidas. O dispositivo consegue captar o movimento do contato da testa com a bola. Os participantes foram instruídos a jogar normalmente.

Com base nisso, os pesquisadores notaram que, em uma cabeçada, o cérebro era submetido a forças de aceleração entre 16 e 60G. Para ter ideia, no adulto, um impacto de 60G é suficiente para causar uma concussão (lesão que altera a função mental de maneira temporária ou permanente).

Os voluntários-mirins também passaram por testes de capacidade cognitiva antes e depois dos jogos. Entre as meninas que cabecearam pelo menos uma vez, houve um abalo em curto prazo na memória sequencial, responsável por reconhecimento de palavras e capacidade de leitura. Nos garotos, o problema foi na velocidade de processamento auditivo e em habilidades relativas à linguagem.

Para os especialistas, isso sugere que a turma sofreu subconcussões. Isto é, lesões que não aparecem nos exames de imagem, mas que eventualmente trazem prejuízos, ainda mais se repetidas por anos e anos.

As descobertas ainda são inconclusivas
No futebol profissional adulto, as lesões de cabeça já são mais compreendidas e se tornaram fonte de preocupação dos clubes, que monitoram constantemente os atletas para detectar qualquer dano à massa cinzenta.

Por outro lado, a suspeita de que, nos mais jovens, as cabeçadas na bola trariam repercussões permanentes não está consolidada. Apesar de experimentos como o que citamos anteriormente, a ciência ainda não bateu o martelo principalmente sobre possíveis efeitos de longo prazo.

Uma revisão de literatura, publicada em 2016 no The Physician and Sportsmedicine Journal, chafurdou mais de 300 estudos e concluiu que não há evidências de que jogar futebol na adolescência cause danos cerebrais para o resto da vida. O artigo, assinado por um expert da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, revela ainda que as evidências sobre a relação com concussões nos pré-adolescentes e adolescentes são escassas e limitadas.

Nas entrevistas que concederam sobre o tema, dirigentes da CBF destacaram que a medida será preventiva. E que o futebol até o início da adolescência deve ser praticado de maneira lúdica — não de maneira profissional. Até porque mexer o corpo nos primeiros anos de vida faz muito bem à saúde.

Fonte: https://saude.abril.com.br/familia/cabecadas-no-futebol-podem-ser-perigosas-para-menores-de-12-anos/ - Por Chloé Pinheiro - Ilustração: Rômolo/SAÚDE é Vital

terça-feira, 10 de março de 2020

Ciclismo: benefícios, modalidades e como andar de bicicleta


As diversas formas de andar de bicicleta podem trazer mais qualidade de vida; veja como

O ciclismo é uma atividade cíclica, isto é, de repetição de um movimento, usada como meio de locomoção através de uma bicicleta e que pode ser praticada de diversos jeitos, de forma competitiva ou recreativa. Também pode ser realizada em academias de forma individual ou em aulas em grupo através do ciclismo indoor (spinning).

De acordo com Pedro Haudenschild, ciclista profissional por muitos anos e gerente comercial da KSW bikes, o "ciclismo é um esporte fantástico, já que é o único onde o atleta é tanto o piloto quanto o motor".

"Quem começa a andar de bicicleta trabalha várias áreas do corpo, como as coxas, glúteos e pernas, além da musculatura abdominal e da região lombar", explica o ortopedista Antonio Alexandre Faria. Isso porque, para fazer o movimento completo para pedalar, é necessário flexionar os quadris, onde os músculos abdominais são importantes auxiliares.

Confira os benefícios que o ciclismo proporciona para quem pratica essa modalidade de exercício com equipamento.

Benefícios de andar de bicicleta

Acelera o metabolismo: O ciclismo é um exercício aeróbico, sendo assim auxilia bastante na perda de calorias, acelerando assim o metabolismo
Evita lesões: Para quem tem problemas com articulações, a bicicleta é um excelente exercício, porque evita lesões, uma vez que quem recebe o impacto é a bicicleta
Fortalece a musculatura dos membros inferiores
Melhora as funções cardiovasculares
Serve de meio de transporte
Diminui o estresse: como atividade física, o ciclismo também pode ajudar o corpo a liberar endorfinas, hormônios que promovem o bem estar e ajudam a aliviar os sintomas do estresse
Melhora da circulação sanguínea dos membros inferiores
Ajuda no emagrecimento
Promove o bem estar: por conta da produção do hormônio endorfina, o ciclismo também promove a sensação de bem estar, melhorando o humor.
Reduz do colesterol ruim
Modalidades do ciclismo

Mountain bike
Esse tipo de ciclismo é praticado geralmente em terrenos irregulares, exigindo grande habilidade. Nessa prática, a bicicleta é mais robusta para aguentar a subida e descidas de montanhas, buracos e para fazer manobras. No Brasil, ela é muito utilizada, não só para os esportes radicais, mas também como meio de transporte nas cidades.

BMX
A sua característica é uma bicicleta com roda menor, com a qual o ciclista consegue fazer manobras e competir em voltas em uma pista com poucos metros de distância.

Triatlo
O triatlo é uma modalidade esportiva que consiste em três atividades distintas: a natação, o ciclismo e a corrida, seguindo essa ordem. Por ser uma modalidade composta, requer grande preparação física de quem pratica, já que é importante manter-se apto em todos os três esportes.

Equipamentos para ciclismo
Luvas
Óculos de proteção
Capacete
Retrovisores
Uniforme propício (camisa e shorts ou calças de ciclista), de preferência de cor clara, para que seja visível e evite acidentes.

Como andar de bicicleta
1º) Para andar de bicicleta é necessário manter o ideal, que é começar a praticar em terrenos planos e pouco movimentados, com os pneus da bicicleta um pouco murchos, explica o educador físico Mateus Kienan.
2º) Depois, ele também indica tirar os pedais para o iniciante aprender a andar ainda em cima da bicicleta como se estivesse caminhando mesmo, por um período de 10 a 15 minutos.
3º) Após o segundo passo, deve-se passar mais 10 minutos tentando permanecer estável em cima da bicicleta por alguns segundos, batendo o pé no chão quando se desequilibrar e voltando a tentar novamente em seguida, num exercício de equilíbrio (ainda sem os pedais).
4º) Quando o iniciante estiver se sentindo à vontade e equilibrado em cima da bicicleta, é só incluir novamente os pedais na bicicleta, com outra pessoa guiando-o, enquanto segura embaixo do banco da bicicleta.

Cuidados necessários
O ortopedista Marco Antonio Ambrósio também frisa a importância do cuidado para evitar as lesões musculares, sempre lembrando-se realizar alongamento no início e no final. Além disso, "é preciso ter consciência de sua capacidade física", afirma o especialista.
Não se deve pedalar com a ponta dos pés, sendo preciso verificar se os pés estão fixos nos pedais da bicicleta. Por último, é necessário lembrar de manter-se bem alimentado e hidratado antes da prática do ciclismo.

Tipos de bicicleta
De acordo com Pedro Haudenschild, que já praticou ciclismo profissional, existem diversas categorias de "bike", mas para quem está entrando no universo do ciclismo, as bicicletas podem ser separadas em três grandes grupos:

Mountain bike
Um tipo de bicicleta voltadas à utilização em todos os tipos de terreno, até mesmo íngremes e irregulares. Muitas pessoas adquirem uma mountain bike e as utilizam em ambiente urbano, alterando apenas os pneus para opções mais "lisas".

Speed bike
As bicicletas do tipo speed são mais voltadas à performance. Esses modelos costumam ter os pneus finos, com calibragem a 120 libras, enquanto outras costumam ter até 30. Isso para a pedalada se desenrolar com maior eficiência, tendo menos atrito com o chão. Ele costuma ser considerada mais "desconfortável".

Bicicletas urbanas
O quadro da bicicleta é um pouco mais curto, de posição mais curvada, mantendo o indivíduo um pouco menos curvado. "A pessoa fica um pouco mais "em pé'", explica Pedro. Esse tipo de bicicleta, diferente dos demais, tem um objetivo mais utilitário e menos "competitivo".

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/tudo-sobre/36011-ciclismo  - Escrito por Clovis Filho - Foto: Shutterstock

segunda-feira, 9 de março de 2020

2ª Run Saber+ em Itabaiana


A corrida foi cancelada em decorrência da pandemia do Coronavírus.

Dicas científicas para desenvolver confiança e autoestima


Baixa autoestima e falta de confiança são sentimentos que podem atrapalhar muito a vida das pessoas.

Indivíduos que se sentem frequentemente inúteis também podem se sentir pouco amados, pouco queridos e incompetentes.

Além disso, baixa autoestima já foi diretamente ligada a agressão, distúrbios de humor como ansiedade e depressão, distúrbios de alimentação, comportamento criminoso e baixa qualidade de vida.

Por fim, de acordo com pesquisas realizadas por Morris Rosenberg e Timothy J. Owens, pessoas com baixa autoestima tendem a ser hipersensíveis ao mundo ao redor delas, o que pode engatilhar uma depressão profunda a partir de eventos únicos que não desencadeariam a mesma resposta em outros indivíduos.

Como descobrir se você possui baixa autoestima?

Será que você possui baixa autoestima? Abaixo, confira uma lista de “sintomas” e veja se você se identifica com eles:
Ser incapaz de confiar em sua própria opinião, sempre pensando que a opinião dos outros é melhor;
Nunca dar sua opinião ou se sentir confiante o suficiente para compartilhar suas ideias;
Ter medo de aceitar desafios por pensar que não é capaz de superá-los;
Pensar que irá falhar ou ser um fracasso caso não complete algum objetivo, mesmo que irrealista;
Ser muito duro consigo mesmo, mas brando com os outros, mesmo em situações similares à sua;
Ter ansiedade ou ataques de pânico, ou sentir-se emocionalmente desgastado;
Ir a extremos (seja esforçar-se absurdamente e fazer muito mais do que o necessário quanto nunca se esforçar e sempre fazer menos do que o necessário);
Se jogar no trabalho para evitar a tensão e o medo que vêm com situações mais sociais, como relacionamentos e amizades.

Como melhorar sua autoestima
Os resultados dos estudos sobre autoestima indicam que esse sentimento é muito importante e pode prever o sucesso de uma pessoa na educação e no trabalho, seu estilo de vida e sua saúde em geral.
Talvez você precise de ajuda profissional e, se este for o caso, deve buscar o apoio de psicólogos ou psiquiatras.
No entanto, também pode aproveitar algumas dicas científicas para tentar desenvolver mais confiança e níveis maiores de autovalorização. Por exemplo:

Vista-bem e passe perfume
Estudos indicam a forma como você se veste, bem como o seu cheiro, podem fazer a diferença na sua autoestima.
Uma pesquisa de 2015, por exemplo, analisou quais cores estariam ligadas à confiança e concluiu que o preto era a mais votada no que diz respeito à atratividade, Inteligência e confiança.
Já uma pesquisa de 2014 com 128 homens divididos em três grupos (um vestido com terno, um vestido de forma casual e um vestido com um conjunto de moletom) pediu que eles participassem de uma negociação simulada na qual pediam um aumento de salário.
Os resultados indicaram que os homens de terno pontuaram mais alto em termos de dominância, performance e confiança, o que os levou a melhores habilidades de negociação na cena simulada.
Por fim, um estudo de 2009 da Universidade de Liverpool (Reino Unido) concluiu que nosso cheiro pode ter um impacto na nossa autoestima, além de afetar a forma como outras pessoas nos veem e nos tratam.
Em resumo: vista-se para o sucesso, e use perfume.

Escute música com muito baixo

Uma pesquisa de 2014 realizada pela Universidade Northern (EUA) descobriu que o tipo de música que ouvimos pode afetar nossa confiança em um nível subconsciente.
Por exemplo, canções com mais sons graves e bastante baixo podem fazer você se sentir mais poderoso, dominante, determinado e motivado.

Tire mais fotos, principalmente de si mesmo
Um estudo da Universidade da Califórnia em Irvine (EUA) descobriu que tirar fotos de si mesmo ou se olhar no espelho pode aumentar a autoestima.
Um grupo de 41 estudantes tirou três tipos de fotos todos os dias: uma selfie, uma foto de algo que tornou seu dia feliz e uma foto de algo que eles pensavam que faria outra pessoa feliz.
Todas tiveram efeitos positivos na autoestima dos participantes, mas as selfies foram as mais associadas com maiores níveis de autoestima.

Converse com si mesmo em terceira pessoa

Um estudo de 2014 publicado na revista científica European Journal of Social Psychology descobriu que conversar consigo mesmo de maneira positiva ajuda na autoestima.
No experimento, metade das pessoas conversaram consigo mesmas em primeira pessoa, e metade em terceira pessoa (usando frases como “você consegue!”).
As pessoas que falaram consigo mesmas em terceira pessoa relataram os maiores níveis de motivação e confiança.
Os pesquisadores creem que isso ocorre porque o uso de “você” lembra as pessoas de uma situação na qual estão recebendo conselho, elogios e encorajamento a partir de outros além de si mesmas. Às vezes, a forma como você espera que os outros te vejam importa para seus níveis de confiança.

Preste atenção em si mesmo e faça afirmações positivas

Vale observar que autoconsciência e afirmações positivas em primeira pessoa também ajudam.
A confiança pode vir de ser honesto consigo mesmo, o que é difícil de alcançar quando estamos nos sentindo inúteis ou falhando em ver qualidades em nós mesmos.
Um estudo que analisou os cérebros de pessoas praticando autoafirmações positivas descobriu que áreas de autoprocessamento e avaliação são ativadas, como o córtex pré-frontal medial, o córtex posterior, o estriado ventral e o córtex pré-frontal medial ventral.
Esses resultados destacam os processos neurais positivos que acontecem quando falamos de maneira positiva com nós mesmos (como “eu consigo”, “eu posso”, “eu sou” etc). [BigThink]


domingo, 8 de março de 2020

Nova solução para evitar a dor de ouvido nos animais


Lançamento destinado a cães e gatos auxilia no amolecimento da cera, facilitando, assim, sua remoção e a prevenção da otite

Acúmulo de cera, alergias ou ataques de fungos, bactérias e sarna estão entre as principais causas da otite, uma inflamação no canal auditivo que gera dor, coceira e secreção. Uma das maneiras de prevenir o problema nos animais é manter as orelhas deles limpas. Para ajudar nessa tarefa, a farmacêutica Vetoquinol lançou o Sonotix, uma solução que quebra a “tampa” de cerume e reequilibra o pH da região.

A fórmula, que tem aroma de limão, ainda neutraliza o odor da área. “Você pinga o líquido no conduto auditivo e massageia a orelha. Geralmente, o animal balança a cabeça, expelindo o cerume. Aí, é só limpar pelo lado de fora com algodão ou gaze”, ensina o veterinário Jaime Dias, coordenador técnico do laboratório.

Ele recomenda repetir o processo a cada uma ou duas semanas — a depender da quantidade de cera produzida —, sempre sob orientação do veterinário.

Sintomas da otite em animais
Segundo o veterinário Luiz Eduardo Bagini Lucarts, do Pet Care Hospital Veterinário, em São Paulo, é essencial detectar a otite precocemente, pois ela pode ser manifestação de alergias e até de câncer. “Ao buscar ajuda, o risco de alterações que prejudiquem a audição também cai”, avisa.

Então, fique de olho se seu amigo apresenta coceira, dor e secreção nas orelhas, além de desequilíbrio e cabeça torta ao caminhar.

No que mais ficar atento para preservar os ouvidos
Limpeza no pet shop: verifique se colocam protetores nos condutos auditivos e não deixe utilizar pinça ou cotonete.

Banho caseiro: priorize algodão siliconado ou parafinado. O comum não é indicado, pois retém água.

A raça do bicho: cães golden retriever, shih tzu, lhasa apso e pug e gatos persas são mais predispostos à inflamação.

Pelo na orelha: os pelos protegem os ouvidos. Só devem ser cortados com tesoura se atrapalham a saída da cera.

Fonte: https://saude.abril.com.br/vida-animal/como-evitar-dor-de-ouvido-nos-animais/ - Por Maria Tereza Santos - Foto: Sdominick/Getty Images

sábado, 7 de março de 2020

Emagrecer com saúde: 7 dicas para enxugar e não engordar mais!


As dietas muito restritivas não funcionam para todo mundo, e ainda podem gerar o temido “efeito-sanfona”

A fórmula secreta para emagrecer com saúde todo mundo parece saber: é preciso apostar em uma dieta balanceada + atividade física. Contudo, por que mesmo adotando hábitos saudáveis, algumas pessoas não conseguem perder peso — ou então até conseguem, mas voltam a engordar meses depois?

Primeiro, é preciso entender que cada corpo é único e reage de maneira diferente aos estímulos que damos a ele. Além disso, muita gente esquece que restringir as calorias e suar muito na academia muitas vezes não bastam se você quer eliminar uns quilos de forma saudável e não sofrer com o efeito sanfona. Por isso, a especialista em nutrologia e terapia cognitiva Mariela Silveira, médica diretora do Kurotel, dá sete dicas para você emagrecer com saúde e manter o peso o resto do ano:

1 – Verde que te quero
“Primeiramente, ao invés de falarmos em comer menos, vamos começar por comer mais… Verdes, é claro”, brinca a médica. Folhas verdes devem ser ingeridas preferencialmente em dois ou três momentos do dia. E as opções vão muito além do alface: ora-pro-nóbis, rúcula, azedinha, radite e dente-de-leão também fazem parte da lista e podem (ou melhor, devem) ser incluídos no cardápio.
Para aumentar a sensação de saciedade durante as refeições, é indicado que você coma as verdinhas como salada antes do prato principal (almoço ou jantar). “Uma porção também pode constar no suco verde. E para quem deseja se desafiar mais, por que não colocar uma salada incrementada já no café da manhã?”, diz Mariela.

2 – Grãos
Acrescentar grãos na alimentação é uma excelente maneira de aumentar a saciedade, baixar o índice glicêmico dos alimentos, melhorar o intestino e reduzir peso. “Não havendo contraindicações, comer 1 a 2 colheres de sopa de sementes ao dia — especialmente no almoço e ao jantar — pode facilitar o processo de emagrecimento. Programe para ter na sua dispensa linhaça dourada ou marrom, chia, gergelim, semente de girassol, sementes de abóbora, entre outras”, ela aconselha.
A adição de chia na alimentação tem se mostrado especialmente importante para redução da cintura. Segundo um estudo da Universidade Tufts, as pessoas que comeram três ou mais porções diárias de grãos integrais tiveram uma redução de 10% a mais de gordura abdominal do que aquelas que comeram menos de meia porção por dia.

3 – Cool fit drink
Segundo Mariela, é preciso abandonar bebidas vazias. “Esqueça bebidas calóricas como refrigerante ou néctar industrializado (confundido com suco)”. Se desejar emagrecer, prefira comer a fruta, ao invés de tomar o suco dela. 
Já no que diz respeito ao álcool, se você não consegue ficar longe dele, intercale seu consumo com água ou kombucha. “E tome bebidas probióticas, como o kefir. Elas ajudam na função intestinal e na saciedade”. Se você toma, em média, uma lata de refrigerante por dia, retirar esta bebida poderá fazer você reduzir cerca de 6 quilos ao ano.

4 – Durma melhor
O sono adequado ajuda a regular hormônios e neurotransmissores relacionados à fome. “Trabalhos mostram que dormir adequadamente (não ter privação e nem distúrbios de sono) faz com que o peso reduzido quando uma pessoa é submetida a uma dieta seja, na sua maioria, por queima de ácidos graxos”, diz a médica. Ou seja, quem dorme melhor, queima mais gordura.

5 – Faça musculação
Fazer exercícios aeróbicos é válido para garantir condicionamento cardíaco e pulmonar, além de melhorar a preservação dos telômeros (que estão ligados à longevidade).
Entretanto, quando falamos em emagrecimento, a peça-chave é a musculação. “O músculo tem um papel endócrino fundamental que atua na regulação de hormônios como o GH, cortisol e insulina. Após a musculação, o metabolismo fica ativado por muito mais tempo do que quando se faz uma caminhada, por exemplo”, Mariela explica. Desse modo, o gasto calórico é maior e o emagrecimento também. “Musculação é fundamental para fazer parte da vida de quem quer emagrecer. Aproveite o tempo livre para usar menos a tela e se movimentar mais!”

6 – Menos açúcar!
Quanto menos carboidratos refinados, melhor! Não saia evitando frutas nem legumes, mas sim toda a forma de açúcar desprovido ou com pouca fibra. “Cortar o açúcar, massa branca, barrinhas de cereal refinado, biscoitos ou bolachas é absolutamente útil e importante. Quando menor o nível de açúcar circulante no sangue, menor o da insulina. O que, por sua vez, gera um menor depósito de gordura.”

7 – Sua dieta zen
A dieta da moda pode até estar errada para você, mas sua necessidade individual nunca. “O conceito de individualidade bioquímica é aquele que compreende que cada pessoa tem uma constituição genética e ambiental própria. Se temos diferentes quantidade de enzimas, assim como distinta composição da microbiota intestinal (conjunto de bactérias que habitam nosso intestino e que alteram o jeito que recebemos o alimento), é fácil perceber que cada um se dará melhor com uma dieta específica”, afirma Mariela.
Desta maneira, ter apoio médico e nutricional para ajudar a personalizar o cardápio é muito importante. Mas enquanto isto não acontece, existe algo que você pode cuidar desde já: o mindful eating. “Coma de maneira tranquila, atenta e consciente. Perceba como está a fome, as sensações corporais e o bem estar. Essa é uma das medidas mais importantes para conseguir emagrecer. E, melhor ainda, manter o peso saudável”, diz a médica.

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/dieta/emagrecer-com-saude-7-dicas-para-enxugar-e-nao-engordar-mais/ - Por Amanda Panteri - g-stockstudio/Thinkstock/Getty Images

sexta-feira, 6 de março de 2020

Os efeitos da obesidade são semelhantes aos do envelhecimento


De acordo com um novo da Universidade Concórdia e da Universidade McGill (ambas no Canadá), a obesidade deve ser considerada uma forma de envelhecimento precoce.

Isso porque a condição está associada com fatores de riscos normalmente vistos em idosos, como genoma comprometido, sistema imunológico enfraquecido, declínio na cognição e maior chance de desenvolver diabetes tipo 2, Alzheimer, doenças cardiovasculares, câncer e outras doenças.

“Estamos tentando argumentar de forma abrangente que a obesidade é paralela ao envelhecimento. De fato, os mecanismos pelos quais as comorbidades da obesidade e do envelhecimento se desenvolvem são muito semelhantes”, disse a principal pesquisadora do estudo, Sylvia Santosa, professora da Universidade Concórdia.

Um espelho para o envelhecimento
Diversas pesquisas já ligaram a obesidade à morte prematura. O que o novo estudo sugere é que a obesidade é um fator que diretamente acelera os mecanismos do envelhecimento.
Santosa e seus colegas revisaram mais de 200 artigos sobre os efeitos da obesidade no nível das células, tecidos e todo o corpo humano.
Alguns desses estudos mostraram que a obesidade induz a apoptose (morte de células) no coração, fígado, rim, neurônios, ouvidos e retinas de ratos. Além disso, inibe a autofagia (manutenção de células saudáveis), o que pode levar a doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e Alzheimer.
No nível genético, a obesidade influencia diversas alterações associadas com a idade, como o encurtamento dos telômeros, estruturas que ficam na ponta dos cromossomos e servem para impedir o desgaste genético. Os telômeros de pacientes obesos podem ser até 25% menores do que os de pacientes de um grupo de controle.
Por fim, a obesidade tem efeitos na cognição, mobilidade, hipertensão e estresse que são bastante similares aos do envelhecimento.

Sistema imunológico
Além do nível celular, a obesidade também faz o corpo lutar contra doenças relacionadas ao envelhecimento.
Por exemplo, pode acelerar o processo de enfraquecimento do sistema imunológico que ocorre normalmente com a idade, e perder peso nem sempre reverte esse declínio.
Os efeitos da obesidade no sistema imunológico, por sua vez, afetam a probabilidade das pessoas de contraírem doenças como gripe e sarcopenia (perda de força e massa muscular), mais comuns em idosos.
E obesos também estão em maior risco de condições que costumam atingir populações mais velhas, como diabetes tipo 2, Alzheimer e alguns tipos de câncer.

Novo olhar
Segundo Santosa, a inspiração para este estudo veio a partir da observação de crianças obesas e como elas estavam desenvolvendo doenças normalmente vistas em adultos, como hipertensão, colesterol alto e diabetes tipo 2.
A ideia é olhar para a obesidade de uma forma diferente e procurar novas formas de tratá-la.
“Espero que essas observações concentrem nossa abordagem na compreensão da obesidade um pouco mais e, ao mesmo tempo, nos permitam pensar na obesidade de maneiras diferentes. Estamos fazendo diferentes tipos de perguntas além daquelas que tradicionalmente são feitas”, concluiu.

Um artigo com as descobertas do estudo foi publicado na revista científica Obesity Reviews. [Concordia]


quinta-feira, 5 de março de 2020

Inscrição para a Corrida da Amizade em Itabaiana


Álcool em gel não evita infecção por novo coronavírus? É fake!


Em vídeo nas redes, suposto químico diz que esse produto chega a favorecer vírus e bactérias — e que o vinagre seria útil. Mas isso é mentira

Em um vídeo que corre pelo WhatsApp, o “químico autodidata” Jorge Gustavo alega que passar álcool em gel nas mãos não é eficaz na prevenção de infecções por vírus e bactérias. Pior: ele favoreceria a transmissão de doenças como a Covid-19, provocada pelo novo coronavírus.

Só que todas essas afirmações são falsas. “O que ele fala é simplesmente uma sucessão de besteiras, recheada por diversos erros técnicos e conceituais”, resume Álvaro José dos Santos Neto, farmacêutico doutor em Química Analítica e professor do Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP).

A disseminação do vídeo levou o Conselho Federal de Química (CFQ) a liberar uma nota esclarecendo que o álcool em gel 70% é, sim, eficiente para se proteger de vírus e bactérias, assim como lavar a mão com água e sabão.

Uma dica da SAÚDE: o próprio fato de o autor se denominar um “químico autodidata” levanta suspeitas. “O autor está sendo denunciado ao Ministério Público, uma vez que se intitula químico sem o ser de fato. Ele não tem nem formação nem registro em nenhum órgão competente”, comenta Rafael Barreto Almada, presidente do Conselho Regional de Química do Rio de Janeiro (RJ).

Essa profissão é regulamentada como a de engenheiros, enfermeiros, psicólogos e tantas outras. Portanto, exige formação e cadastro em uma entidade profissional, que estabelece regras para uma atuação ética.

As discrepâncias não param por aí. Como já virou tradição no É Verdade ou Fake News, vamos esclarecer uma a uma:

“O álcool não mata nada, não desinfeta nada, apenas esteriliza”
O álcool em gel, feito a partir do etanol, é um antisséptico — ou seja, tem a função de desinfetar a pele humana. Só que o termo desinfetante geralmente se refere a produtos utilizados em superfícies inanimadas (como uma mesa, por exemplo).

“Já a palavra ‘esterilizar’ se refere a um processo que destrói toda forma de vida microbiana, feito em equipamentos especializados e substâncias ainda mais potentes, com objetos como instrumentos cirúrgicos”, explica o microbiologista Jorge Sampaio, do Fleury Medicina e Saúde.

A ação desinfetante do álcool é bem estabelecida. “Ele atua na parede celular do agente infeccioso, desestruturando as proteínas ou lipídios que a revestem”, detalha Almada. Tal processo consegue eliminar mais de 99% dos agentes infecciosos. E o novo coronavírus (chamado de SARS-CoV-2 pelos experts) não é exceção.

“A literatura científica conta com vários estudos, inclusive revisões sistemáticas [que reúnem muitas pesquisas], atestando esse fato”, comenta Santos-Neto. Não à toa, a substância é usada há séculos como antisséptico em hospitais.

 “Esse álcool gel tem mais de 70% de água e 20% de um espessante”
O 70% do rótulo (ou 70°, unidade de medida geralmente usada para a versão líquida) significa que existem 70 partes de álcool para 100 do produto final. Ou seja, em cada 100ml de formulação em gel, 70ml são puro álcool.

Os outros 30% do frasco são feitos de água e de um espessante. A combinação confere a consistência de gel, o que reduz o potencial incendiário do álcool e prolonga seu tempo de ação nas superfícies. Algumas marcas incluem ainda outros ingredientes para dar aroma e cor.

De qualquer jeito, formulações com mais de 50% de álcool já trazem algum efeito antisséptico discreto, embora o recomendado seja investir nas que contêm entre 70 e 85%. Produtos ainda mais concentrados eliminam os germes, porém são caros, agressivos à pele, altamente inflamáveis e com evaporação mais rápida.

“O agente gelatinoso usado como espessante pode carregar bactérias”
No vídeo, o “químico autodidata” Jorge Gustavo diz que um dos principais problemas reside no espessante. Essa substância serviria de veículo para bactérias, propagando doenças ao invés de preveni-las.

“Um gel puro, sem o devido cuidado, realmente pode servir como meio de cultura para alguns micro-organismos”, reconhece Santos-Neto. “Mas o álcool inibe esse processo”, arremata. Portanto, não há com o que se preocupar com o produto vendido nas farmácias.

“Usar vinagre é melhor”
O ácido acético, princípio ativo do vinagre, tem mesmo ação frente a bactérias. “Mas no vinagre doméstico essa concentração é baixa, e o produto pode causar irritação nas mãos”, explica Sampaio. “Fora isso, não há evidências de que o ácido acético seja eficaz contra vírus”, complementa Ana Gales, infectologista da Universidade Federal de São Paulo.

Segundo o autor do vídeo, o vinagre só perderia em popularidade por ser “extremamente barato”. Assim, a indústria não lucraria o suficiente com ele.
Acontece que dá para adotar estratégias para economizar no álcool gel. “Você pode comprar no atacado embalagens maiores, de um litro, e ir reabastecendo potinhos menores. Isso barateia o custo”, ensina Almada.

De onde vem essa história?
A origem pode estar em um estudo divulgado em 2019 pelo periódico mSphere, da Associação Americana de Microbiologia. Nele, pesquisadores japoneses questionam as recomendações atuais sobre o uso de soluções à base de álcool para eliminar o vírus influenza, causador da gripe.

Só que esse trabalho — que vai na contramão de vários outros — foi prontamente refutado pela comunidade científica. Pesquisadores publicaram uma resposta no Journal of Hospital Infection, apontando falhas no formato do estudo (como o fato de usarem uma quantidade ínfima de álcool em gel por poucos segundos) e considerando o achado irrelevante.

O grupo que desbancou esse estudo foi liderado pelo suíço Didier Pittet, um dos maiores especialistas do mundo em doenças infecciosas. Ele é diretor do Programa de Controle de Infecções e do Centro Colaborador de Segurança do Paciente da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A ação do etanol a 70% contra os vírus da mesma família do novo coronavírus é demonstrada em experimentos há pelo menos 15 anos. E um novo artigo alemão, publicado no periódico Infection Prevention in Practice, sugere que o mesmo pode ser verdade para essa variante em circulação.

Hoje, o álcool em gel é recomendado para minimizar a disseminação do coronavírus e outros pela OMS, pelo Centro Europeu de Prevenção de Doenças, pelo Ministério da Saúde e por todas as entidades sérias envolvidas de alguma maneira no tema.

Dicas para usar o álcool em gel
Ele funciona melhor quando não há sujeiras visíveis na pele. “Os resíduos orgânicos prejudicam sua ação”, comenta Sampaio. Mais um motivo para lavar as mãos com frequência.

Também é importante não encostar os dedos no bocal, verificar a validade do produto e checar se há um químico responsável por sua fabricação — uma informação obrigatória no rótulo.

“Uma dica: quando o produto fica opaco, é sinal que perdeu seu princípio ativo. Aí não será mais eficaz”, completa Ana.