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quinta-feira, 3 de maio de 2018

Quantos anos da sua vida um único drink por dia pode tirar

Uma nova pesquisa de colaboração internacional descobriu que beber mesmo um único drink por dia pode diminuir sua expectativa de vida.

No geral, os cientistas chegaram à conclusão que tomar mais de 100 gramas de álcool por semana, o que equivale a cerca de sete copos de bebida padrão nos Estados Unidos, ou cinco a seis copos de vinho no Reino Unido, aumenta o risco de morte por todas as causas.

Um artigo sobre o estudo foi publicado na revista The Lancet.

Resultados
Os pesquisadores estudaram os hábitos de consumo de álcool de quase 600.000 indivíduos que participaram de 83 estudos em 19 países.

Dos participantes, cerca de 50% relataram beber mais de 100 gramas de álcool por semana e 8,4% mais do que 350 gramas por semana. Dados sobre idade, sexo, diabetes, tabagismo e outros fatores relacionados a doenças cardiovasculares também foram analisados.

Comparado a beber menos de 100 gramas de álcool por semana, estima-se que beber de 100 a 200 gramas encurte o tempo de vida de uma pessoa com 40 anos em seis meses. Beber de 200 a 350 gramas por semana pode tirar de um a dois anos de sua vida, e beber mais de 350 gramas por semana pode reduzir sua expectativa em quatro a cinco anos.

“A principal mensagem desta pesquisa é que, se você já bebe álcool, beber menos pode ajudá-lo a viver mais e reduzir o risco de várias doenças cardiovasculares”, disse a bioestatística Angela Wood, da Universidade de Cambridge (Reino Unido).

Risco de morrer por…
Os cientistas também exploraram a ligação entre a quantidade de álcool consumida e o risco de diferentes tipos de doenças.

As pessoas que bebiam mais tinham um risco maior de derrame, insuficiência cardíaca, doença hipertensiva fatal e aneurisma aórtico fatal.

No entanto, níveis mais elevados de álcool também foram associados a um menor risco de ataque cardíaco, também chamado de infarto do miocárdio.

“O consumo de álcool está associado a um risco ligeiramente menor de ataques cardíacos não fatais, mas isso deve ser equilibrado com o maior risco associado de outras doenças cardiovasculares graves – e potencialmente fatais”, colocou em perspectiva Wood.

Moral da história: é melhor fugir do álcool
Os pesquisadores sugerem que o risco variável de diferentes formas de doença cardiovascular pode estar relacionado ao impacto do álcool sobre a pressão sanguínea e outros fatores ligados aos níveis de HDL, o colesterol “bom”.

Enquanto o novo estudo contribui para um número crescente de pesquisas que informam sobre os perigos do consumo de álcool, os cientistas alertam que seus achados podem não ser precisos, uma vez que dependem do próprio relato dos participantes. Estes tendem a subnotificar seu consumo de álcool.

Petra Meier, professora de saúde pública da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, ressalta que “o risco à saúde associado ao consumo de álcool pode variar entre países dependendo de outras condições – por exemplo, taxas de tabagismo, obesidade ou a prevalência de outras doenças”, por isso, pode fazer sentido definir diretrizes de consumo específicas para cada local.

É difícil estimar com precisão os riscos do álcool para a saúde, mas a grande amostra e o método utilizado na nova análise fazem com que suas descobertas sejam confiáveis e aplicáveis aos países ao redor do mundo, concluiu Tim Chico, professor de medicina cardiovascular e consultor de cardiologia da Universidade de Sheffield. [CNN]


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

As perigosas interações do álcool com vários tipos de remédio

Não é mito – e o alerta não vai só para quem está tomando antibiótico! A bebida pode causar estragos quando consumida junto a alguns medicamentos

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, o consumo de álcool per capita no Brasil excede a média internacional – tendo chegado a quase 9 litros em 2016, em comparação aos 6,4 do resto do planeta. E quatro dias específicos do calendário brasileiro dão um empurrãozinho para a nossa elevada média etílica: o carnaval.

Durante o feriado, milhares de foliões pelo país estarão bebendo. E, enquanto muitos dos abstêmios podem encontrar no uso de antibióticos a justificativa para recusar uma cerveja gelada, pouco se fala sobre a interação das bebidas alcoólicas com outros tipos de remédio.

Nesse sentido, os dias de folia merecem atenção especial. Justamente por isso, o Conselho Regional de Farmácia de São Paulo preparou uma material com as principais interações entre medicamentos e a bebida, que SAÚDE adaptou para você:

Álcool + dipirona
O efeito do álcool pode ser potencializado.

Álcool + paracetamol
Maior risco de hepatite medicamentosa.

Álcool + ácido acetilsalicílico
Maior risco de sangramentos no estômago, já que o ácido acetilsalicílico irrita a mucosa estomacal.

Álcool + antibióticos
É possível que leve a vômitos, palpitação, cefaleia, hipotensão, dificuldade respiratória e até morte. Esse tipo de reação seria mais comum com as substâncias metronidazol; trimetoprim-sulfametoxazol, tinidazole e griseofulvin.

Já outros antibióticos – como cetoconazol, nitrofurantoína, eritromicina, rifampicina e isoniazida – tampouco devem ser tomados com cerveja e afins pelo risco de inibição do efeito e potencialização de toxicidade hepática.

Álcool + anti-inflamatórios
Maior risco de úlcera gástrica e sangramentos.

Álcool + antidepressivos
Aumento nas reações adversas e no efeito sedativo, além da diminuição na eficácia do medicamento.

Álcool + calmantes (ansiolíticos)
Aumento no efeito sedativo. Há ainda uma maior probabilidade de coma e insuficiência respiratória. Um exemplo disso é a substância benzodiazepina.

Álcool + inibidores de apetite
Tontura, vertigem, fraqueza, síncope, confusão mental e outros sintomas ligados aos sistema nervoso central se tornam mais comuns.

Álcool + anticonvulsivantes
Maiores efeitos colaterais e risco de intoxicação. Também há uma diminuição na eficácia contra as crises de epilepsia.


quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

7 bebidas alcoólicas que são péssimas para a pele

O alto conteúdo de açúcar é um dos culpados por boa parte dos prejuízos

Você já está cansada de saber que as bebidas alcóolicas são prejudiciais à saúde, afetando negativamente o estômago, o fígado e os rins, entre outros órgãos. Além disso, quem já fez alguma dieta para emagrecer sabe que o álcool é cheio de calorias vazias, ou seja, ele favorece o acúmulo de peso sem fornecer nenhum nutriente necessário para o organismo.

O que você talvez ainda não tenha se dado conta é que, assim como o restante do corpo, nossa pele também sofre quando ingerimos essas bebidas, seja por causa do álcool ou de componentes como o açúcar e o sal.

Saiba quais são 7 das bebidas alcóolicas mais prejudiciais para a pele, ordenadas da “menos pior” para a maior vilã:

7. Tequila: dos males, o menor
Graças ao seu baixo teor de açúcar, a tequila ficou com a sétima posição do ranking entre as bebidas que mais causam prejuízos à pele. Por ter um conteúdo menor desse componente, a tequila não causa tanta inflamação, por isso ela não estimula o surgimento da acne como outros tipos de drink.
Porém, é claro que sua pele vai ficar desidratada se você passar a noite toda bebendo shot atrás de shot, ainda mais se eles forem complementados com sal.

6. Cerveja: faz mal, mas nem tanto
A cerveja contém muitos carboidratos e também um pouco de sal, dois ingredientes que prejudicam a pele. Porém, por outro lado, cervejas de boa qualidade também apresentam alguns antioxidantes, que ajudam a combater o envelhecimento.
Além disso, a cerveja tem um conteúdo alcoólico menor do que o das bebidas destiladas e costuma ser bebida mais lentamente, o que atenua um pouco o efeito de desidratação do organismo e da pele.

5. Gim-tônica: poderia ser pior
O gim de boa procedência não contém subprodutos da formação do etanol, como o metanol e outros álcoois, que são ainda mais prejudiciais para o organismo e causam a ressaca. Além disso, a gim-tônica é relativamente pobre em sais e açúcares, de forma que a pele sofre poucos danos (caso o consumo seja moderado, é claro).

4. Vinho branco: a coisa começou a ficar mais séria
O vinho branco é muito rico em açúcar, o que favorece os processos inflamatórios e os danos celulares. Em consequência, depois de uma noite regada a essa bebida, sua pele fica mais sujeita ao surgimento de acne. Em longo prazo, o consumo do vinho branco também acelera o aparecimento dos sinais do envelhecimento, como rugas e flacidez.

3. Mojito: rugas, muitas rugas
O mojito é uma bebida que leva muita adição de açúcar e xaropes (assim como refrigerantes, energéticos e até mesmo os sucos industrializados). Por isso, esse é um dos drinks que mais favorecem a inflamação em todo o organismo. Na pele, a consequência é a destruição das fibras de colágeno, favorecendo o surgimento das rugas.

2. Margarita: ressaca com olheiras
A margarita leva boas doses de açúcar e sal em sua receita. Junto com o álcool, esses ingredientes são responsáveis pelo efeito de retenção de líquidos no corpo todo depois de uma noitada, que aparece inclusive na pele.
Por isso, exagerar na margarita pode fazer você acordar com bolsas embaixo dos olhos, além de deixar todo o seu rosto com um certo inchaço. Isso sem falar na dor de cabeça, é claro.

1. Vinho tinto: não se deixe enganar
O vinho tinto é conhecido por ser uma bebida alcoólica “do bem” devido ao seu conteúdo de antioxidantes. E, realmente, não podemos negar que esses componentes trazem vantagens para nossa saúde cardiovascular. Porém, quando pensamos na pele, o efeito benéfico dos antioxidantes não é suficiente para combater os prejuízos que essa bebida causa.
Para começar, o álcool é um agente vasodilatador, o que significa que ele estimula a abertura dos vasos sanguíneos – é por isso que muitas pessoas ficam com as bochechas vermelhas depois de alguns goles.
No caso do vinho tinto, essa vermelhidão é ainda mais acentuada porque ele também estimula a liberação de histamina, que aumenta o rubor. Esse efeito é especialmente prejudicial para pessoas que sofrem com rosácea, aumentando a sensação de queimação no rosto e o surgimento das erupções e manchas.
Apesar de o vinho tinto ser o maior vilão entre as bebidas que prejudicam a pele, o consumo em excesso de qualquer bebida alcoólica, mesmo as que não apareceram na lista, trará efeitos negativos para o organismo como um todo. Você não precisa se privar completamente, mas vale evitar os excessos.


Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/bebidas-alcoolicas-pele/ - Escrito por Raquel Praconi Pinzon - FOTO: ISTOCK

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Consumo de álcool aumenta risco de alguns tipos de câncer

O uso de álcool está associado a certos tipos de câncer, e o risco de câncer pode ser reduzido por estratégias para evitar o uso excessivo de álcool, de acordo com um comunicado publicado no Journal of Clinical Oncology.

Observando que o consumo de álcool é um fator de risco estabelecido para várias doenças malignas e que é um fator potencialmente arriscado para o câncer, foi publicada uma declaração sobre álcool e câncer para o Sociedade de Oncologia Clínica Americana. (ASCO _ American Society of Clinical Oncology).

Os pesquisadores observam que os cânceres relacionados ao álcool são estimados em 5,5% de todos os cânceres tratados anualmente. A declaração promove a educação pública relacionada aos riscos de abuso de álcool e certos tipos de câncer. Também apoia os esforços das políticas para reduzir o risco de câncer, evitando o uso excessivo de álcool. É oferecida educação para os provedores sobre a influência do uso excessivo de álcool e os riscos e tratamento do câncer, incluindo esclarecimentos de evidências contraditórias.

Finalmente, são discutidas áreas para pesquisa futura em relação ao uso de álcool e risco de câncer e resultados.


segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Álcool na juventude: como prevenir o consumo indevido?

A médica Bettina Grajcer dá dicas para os pais evitarem o consumo excessivo de álcool entre os jovens

Você já deve ter ouvido que, em doses moderadas, o álcool pode até ser vantajoso. Ora, vários estudos comprovam que uma taça de vinho por dia faz bem ao coração. E uma boa parcela da população toma seu drinque no fim de semana sem riscos. O consumo inadequado, porém, é um grave problema de saúde pública – e motivo de grande preocupação entre os pais de adolescentes.

No Brasil, meninos e meninas começam a beber, em média, entre os 10 e 13 anos. E o padrão de consumo mais frequente na adolescência é o binge, ou “beber para embriagar-se”, prática associada a comportamentos de risco, como dirigir alcoolizado e fazer sexo desprotegido, entre outros. Aos 17 anos, quase 40% dos estudantes brasileiros relatam já ter ficado bêbado alguma vez. Diante de dados tão preocupantes, como podemos mudar esse cenário?

Medidas restritivas não bastam. Até porque a lei existe e, mesmo que fosse bem fiscalizada, vivemos em um país onde falsificar o RG é algo recorrente. Os gestores públicos precisam, então, investir em políticas de prevenção, e os pais têm que estar mais atentos.

Nos últimos dez anos tenho ajudado a desenvolver estratégias nesse sentido, buscando evidências do que funciona para adaptar à realidade local, sempre com uma pitada de inovação. No programa “Na Responsa“, aplicado em parceria com ONGs e escolas, são realizadas atividades com jovens em diversos locais do país. Práticas que funcionam são multiplicadas.

Um exemplo é a “Balada sem álcool”, evento idealizado em Heliópolis, na capital paulista, em que o jovem tem uma experiência de diversão intensa sem bebida alcoólica. O programa – que já inspirou o Movimento Pé no Chão, implantado nas 5 300 escolas públicas de São Paulo – aborda também temas como consciência e empoderamento, com conteúdo todo produzido de jovem para jovem.

Além do trabalho com os adolescentes, desenvolvemos materiais educativos para os pais. Neles, há dicas como:
Incentive o diálogo, ouça o seu filho e fale sempre a verdade.
Promova a autoestima: demonstre interesse pelos seus assuntos, valorize suas ações e ajude-o a superar frustrações.
Tenha uma alimentação saudável em casa e estimule a prática de esportes.
Estabeleça regras claras: limites devem ser colocados e justificados. E as consequências, caso não sejam respeitadas, também devem ser negociadas.
Lembre-se de sua influência nas escolhas dos jovens. Seja sempre o exemplo positivo.


Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/alcool-na-juventude-como-prevenir-o-consumo-indevido/ - Por Dra. Bettina Grajcer - Ilustração: Pedro Piccinini/SAÚDE é Vital

domingo, 15 de outubro de 2017

Por que você não deve ingerir bebida alcoólica logo após fazer exercícios físicos

Além de causar diversos prejuízos à saúde, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas compromete a dieta por serem ricas em calorias, provocarem retenção de líquidos e até mesmo acúmulo de gordura abdominal. E beber logo após fazer exercícios pode ser um hábito ainda mais nocivo.

Bebida alcoólica após treino faz mal

De acordo com a nutricionista funcional Andrea Santa Rosa Garcia, ingerir álcool depois das atividades físicas faz mal à saúde porque, após os exercícios, o organismo fica mais exposto a vírus e bactérias que podem causar infecções. O ideal, segundo a especialista, é entrar em um estágio de recuperação plena por no mínimo 24h a 48h, dependendo do desgaste.

Além disso, um estudo feito pela Universidade do Norte de Texas, EUA, mostrou que consumir bebidas alcoólicas após o treino atrapalha os resultados da malhação, já que elas reduzem os sinais químicos que estimulam o crescimento e reparação muscular.


segunda-feira, 25 de setembro de 2017

8 dicas para evitar ou amenizar os efeitos da ressaca

Tome cuidados bem simples antes de beber e acorde ótima no dia seguinte. O estrago já está feito? Saiba como ficar melhor!

Se nenhum preparo for feito, é praticamente impossível esquecer, pela manhã, que a noite anterior foi regada a bastante álcool. Dor de cabeça, boca seca, náuseas e aquele mal estar em todo o corpo são os mais clássicos sintomas da ressaca. Não tem como achar legal e como não pensar “mas por queee isso está acontecendo comigo?”.

“Os sinais da ressaca só aparecem depois que o álcool já saiu do organismo. A hidratação e o sistema nervoso são afetados por alterações sanguíneas causadas pelas bebidas”, explica o gastroenterologista Ricardo Barbuti, médico-assistente do Hospital das Clínicas de São Paulo.

A dor de cabeça e as náuseas ocorrem porque todas as bebidas alcoólicas, sejam elas fermentadas (cerveja e vinho, por exemplo) ou destiladas (vodca, conhaque etc.) são vasodilatadoras, e o cérebro reage aos vasos sanguíneos dilatados. Já a boca seca ocorre porque o álcool diminui o hormônio antidiurético vasopressina – é isso, inclusive, que faz com que a gente vá ao banheiro muitas vezes para fazer xixi enquanto bebe – e resseca o organismo.

Estes efeitos retardam os reflexos e a concentração, então Ricardo recomenda que se evite dirigir não apenas quando há álcool no sangue, mas também quando se está de ressaca.
Ok, uma vez compreendida a ressaca, vamos ao que interessa: como evitá-la ou, pelo menos, amenizar seus efeitos. O gastroenterologista e a nutricionista Alana Mendez dão dicas preciosas que podem salvar seu fim de semana.

Dicas para EVITAR a ressaca

Faça um lanchinho antes de sair de casa
Alana sugere que a barriga nunca fique vazia, na verdade. “É bom fazer um lanche leve antes de beber e ir comendo algo enquanto estiver bebendo. Pode ser até aquele amendoim clássico de bar ou um mix de castanhas, nozes e outras oleaginosas. De preferência algo que não seja fritura, porque o óleo frito sobrecarrega o fígado, que já terá trabalho com a bebida”, diz.
O álcool será processado pelo organismo junto com a comida, evitando que a bebida “bata” no estômago vazio e cause um estrago.  

Tome uma colher de azeite de oliva antes de beber
Muita gente acha que é lenda, mas é real. “O azeite cru diminui o ritmo de absorção do álcool”, esclarece a nutricionista.

Intercale uma dose de bebida com um copo d’água
Esses copos de bebida livre de álcool combatem a desidratação e evitam a boca seca do dia seguinte. Se preferir, pode substituir a água por uma bebida isotônica rica em minerais.

Prefira as bebidas destiladas
O gastroenterologista conta que as bebidas fermentadas (cerveja, vinho, saquê) têm elementos  metabólicos que agravam todos os sintomas da ressaca. Por isso, opte pelas destiladas (vodca, uísque, tequila e conhaque, por exemplo) se quiser evitar ressaca.

Dicas para AMENIZAR a ressaca

Capriche na ingestão de líquidos
Você precisa hidratar o corpo para reverter a boca seca e repor os sais minerais, vitaminas, potássio, magnésio e cálcio que se foram com todo aquele xixi da noite anterior. Pode ser água pura, água de coco ou sucos. Se você estiver na vibe de sucos, tente tomar suco de tomate, que é especialmente benéfico para a ressaca por ser rico em vitaminas e potássio. E, se puder, coloque gengibre e hortelã no suco: eles aliviam as náuseas.

Coma mel
É importante recuperar a energia do corpo, para passar o mal-estar do corpo. “A melhor coisa para repor energia é o açúcar natural do mel, a frutose. Não tem efeitos colaterais e o organismo absorve rapidinho”, afirma Alana.

Coma banana
Ela é fonte de potássio e de vitamina B6 e atua na serotonina, um dos neurotransmissores responsáveis pelo bom humor. Isso significa que a fruta dará um up no seu astral e ajudará a desmanchar o azedume causado pelos sintomas da ressaca.

Coma atum
Isso mesmo, atum. “Ele tem enzimas que ajudam a fazer passar a dor de cabeça”, garante Alana. Pode ser em filés ou o de latinha, sem problemas.


Fonte: https://mdemulher.abril.com.br/saude/dicas-evitar-amenizar-efeitos-ressaca/ - Por Raquel Drehmer - Tomwang112/Thinkstock

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Álcool aumentaria o risco de sete tipos de câncer

Essa associação é válida até quando o consumo é moderado, afirma estudo

Após analisar vários estudos publicados ao longo de décadas, a pesquisadora Jennie Connor, da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, concluiu que existe um elo entre a ingestão de bebidas alcoólicas e o surgimento de tumores em pelo menos sete regiões do corpo: laringe, esôfago, fígado, cólon, reto, mama e orofaringe. Mais: de acordo com a investigação, ocorreram aproximadamente 500 mil mortes por câncer em 2012 devido a cervejas, uísque e companhia.

Segundo a autora do trabalho, as descobertas em relação aos nódulos de mama são especialmente preocupantes. “Cerca de 60% de todas as mortes por câncer atribuídas ao álcool nas mulheres da Nova Zelândia vem desse tipo de tumor”, disse. Outro dado pra ficar de olho: o diagnóstico da doença muitas vezes aconteceu entre quem tomava doses até então consideradas aceitáveis. Ou seja, não haveria limite seguro para esse hábito. Ainda assim, pessoas que abusam se beneficiariam bastante caso maneirassem nas doses.

 “Apesar de as mortes por câncer atribuídas ao álcool responderem por apenas 4,2% de todos os casos de óbito pela doença antes dos 80 anos, o que faz uma grande diferença é que, nesses casos, a gente sabe como preveni-las”, avaliou Jennie. Segundo ela, uma redução no consumo dessas bebidas entre a população diminuiria a incidência desses tipos de câncer de forma expressiva, além de trazer outros ganhos à saúde.


Fonte: http://saude.abril.com.br/medicina/alcool-aumentaria-o-risco-de-sete-tipos-de-cancer/ - Por Redação Saúde é Vital - Foto: Alex Silva/A2 Estúdio

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Abuso de álcool na adolescência danifica o cérebro

Exagerar nas bebidas alcoólicas foi associado a um menor volume de regiões cerebrais

Pesquisadores da Universidade da Finlândia Oriental e do também finlandês Hospital Universitário Kuopio realizaram exames de ressonância magnética para analisar o cérebro de adultos saudáveis que já exageravam nas doses de álcool desde a adolescência. A ideia era comparar essas avaliações com as de outro grupo, composto por voluntários que bebiam pouco.

O estudo foi longo: durou dez anos, com testes feitos em 2005, 2010 e 2015. Na primeira etapa, os participantes tinham de 13 a 18 anos de idade e apresentavam bom desempenho acadêmico, além de não manifestarem qualquer tendência a transtornos mentais. Embora parte do pessoal bebesse bastante, ninguém recebeu o diagnóstico de alcoolismo.

Os cientistas descobriram que a turma que abusava desde a juventude exibia um volume menor em duas partes do cérebro: o córtex cingulado anterior e a ínsula. Mudanças nessas estruturas podem causar um descontrole no uso de drogas e também uma sensibilidade reduzida aos efeitos negativos do álcool. Ou seja, um copo cheio para o desenvolvimento de dependência.

Segundo os pesquisadores, é justamente na adolescência que essas regiões da massa cinzenta estão se desenvolvendo — e o álcool afetaria essa maturação. Mas eles não sabem ainda o mecanismo por trás das alterações, embora afirmem que elas podem ser reversíveis caso o consumo de álcool seja reduzido significativamente.


sábado, 23 de julho de 2016

Álcool é causa direta de 7 tipos de câncer: quanto é preciso beber para estar em risco?

Um estudo recente indicou que o consumo de álcool é causa direta de pelo menos sete tipos de câncer. Mesmo sem o conhecimento completo sobre os mecanismos biológicos de como essa relação se dá no organismo, os pesquisadores concluíram que há “evidências epidemiológicas”, ou seja, quando se é comprovado um padrão de ocorrência da doença em um determinado grupo de pessoas, que atestam o fato.

A pesquisa ainda concluiu aquilo que muita gente, acostumada a um drinque ali e um copo de cerveja aqui, tinha medo: o risco de desenvolver a doença é dividido inclusive com pessoas que consomem quantidades moderadas de bebidas alcóolicas. Te explicamos a seguir mais detalhes deste estudo e quais os tipos de câncer são associados.

Bebida alcoólica x câncer

O estudo foi publicado no jornal científico Addiction (em inglês) e tem sido divulgado largamente pela imprensa internacional. Isto porque ele não só associa a bebida alcoólica ao surgimento de cânceres entre os que consomem quantidades abusivas, como também entre as pessoas que ingerem baixos níveis de álcool.

Os maiores riscos estão associados aos que bebem em maior quantidade, mas uma carga considerável pode ser associada a pessoas que consomem o álcool em níveis baixo ou moderado. O alerta se aplica a todos, entretanto, "devido à distribuição do consumo de bebidas alcoólicas entre a população". "Assim, a redução no consumo de álcool de toda população mundial terá um efeito importante sobre a incidência destas condições, pois promover campanha somente aos que consomem em níveis altos tem potencial limitado".

A conclusão se deu depois de mais de dez anos de estudo e análise de dados de entidades como Fundação Internacional de Pesquisa do Câncer, Agência Internacional de Pesquisa de Câncer e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Tipos de câncer

Os sete tipos de câncer apresentados no estudo são:
orofaringe (de garganta);
laringe;
esôfago;
fígado;
cólon;
reto;
mama.

As estimativas apresentadas no artigo mostram que cerca de meio milhão de mortes por câncer foram causadas pelo álcool, ou seja, 5,8% das mortes por câncer em todo o mundo.
Há ainda um aumento de evidências científicas que mostram a relação do álcool com o câncer de pele, próstata e pâncreas.

Níveis seguros de álcool
A pesquisadora responsável pelo estudo, Jennier Connor, destaca ainda que a ideia de que alguns níveis de álcool no organismo podem ser benéficos, como a de que uma taça de vinho faz bem para a saúde, “é cada vez mais falsa ou irrelevante em comparação ao aumento de riscos de se ter um câncer”. Isto significa que, de acordo com o estudo, não há níveis seguros de consumo de bebida alcoólica para se evitar o câncer.

Reversão dos riscos
Como atenuante, é possível reverter os riscos de câncer de fígado, laringe e faringe ao parar de se ingerir bebida alcóolica. No caso do câncer de fígado, em que uma das causas comuns é o abuso de álcool, os riscos de uma pessoa desenvolver um tumor primário se reduzem em 7% ao ano. Depois de 23 anos sem beber, é como se essa pessoa nunca tivesse ingerido uma gota de álcool.


quarta-feira, 27 de abril de 2016

A ingestão de álcool pode interferir no desempenho sexual?

Consultamos um especialista para esclarecer se a ingestão de álcool pode interferir no desempenho sexual. Fique por dentro!

O álcool pode ser o responsável pela disfunção erétil. “A armadilha em que muitos caem é a de achar que o estado alterado da mente é um fator de desinibição na hora do sexo, além de acreditar que só conseguirão sentir prazer sob esse efeito”, conta Wagner Raiter José, membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

O que acontece é que o álcool causa euforia inicial, levando a um estado de desinibição, mas chega um momento em que a pessoa não responde mais de maneira adequada aos estímulos. Na sequência, ocorre um quadro de depressão pós-euforia, em que há diminuição da libido e da ereção. Além disso, “quando a ingestão alcoólica é exagerada, o indivíduo pode desenvolver distúrbios que, posteriormente, serão a causa de uma disfunção erétil, como patologias hepáticas e cardiovasculares”, explica José. 

Evite o consumo de álcool em excesso não só pelo prazer sexual, mas para toda a sua saúde. E se a dificuldade já se instalou, hoje existem tratamentos, como uso de fitoterápicos, reposição hormonal, injeções e cirurgias. Converse com um médico.


Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/a-ingestao-de-alcool-pode-interferir-no-desempenho-sexual/6165/ - Por Letícia Ronche | Foto Shutterstock | Adaptação Kelly Miyazzato.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Alcoolismo tira 7,6 anos de sua vida e pode te deixar propenso a 27 outras doenças

Um estudo observacional da Inglaterra, que se estendeu por um período de 12,5 anos, descobriu que pacientes alcoólatras internados, em comparação com outros pacientes de vários hospitais, tem em média 7,6 anos a menos de vida.

Os pesquisadores analisaram as doenças físicas de 23.371 pacientes de hospitais com dependência de álcool na cidade inglesa de Manchester, e compararam esses dados com os de um grupo de 233.710 pacientes sem alcoolismo selecionados aleatoriamente.

“Durante o período de observação, cerca de um em cada cinco pacientes com alcoolismo morreu, enquanto apenas um em cada doze pacientes do grupo controle morreu”, disse o Dr. Reinhard Heun, do Hospital Royal Derby, na Inglaterra.

27 doenças concomitantes

Além disso, um total de 27 doenças físicas ocorreram mais frequentemente em pacientes com dependência de álcool, no geral doenças no fígado, pâncreas, vias respiratórias, trato gastrointestinal e sistema nervoso.

Em contraste, ataques cardíacos, doença cardiovascular e cataratas foram algumas das doenças que apareceram menos frequentemente em pacientes com o alcoolismo.

Mas isso pode ser devido a uma falta de documentação de certas condições. Os pacientes com problemas de dependência são frequentemente internados em hospitais como casos de emergência. Sendo assim, no momento do diagnóstico, é dada prioridade aos sintomas agudos – o que pode contribuir para o fato de que nem todas as doenças físicas são registradas.

Verdade verdadeira

Segundo os pesquisadores, o grande número de pacientes incluídos no estudo e o grupo de controle global permitiram uma avaliação sofisticada do peso do alcoolismo na expectativa de vida.

 “Os resultados são de hospitais gerais em Manchester, no entanto eles são representativos por causa das grandes quantidades de amostras aleatórias e podem, portanto, ser transferidos para outros hospitais gerais em outros países”, disse o Dr. Dieter Schoepf, do Hospital da Universidade de Bonn. [Science20]

quarta-feira, 25 de março de 2015

Abusar do álcool pode causar até 60 doenças

Beber de forma descontrolada e exagerada pode trazer inúmeros prejuízos à saúde

Estudos mostram que o consumo, moderado, de vinho tinto pode auxiliar no tratamento de diversas doenças. Aliado ainda à alimentação saudável e a prática de exercícios físicos contribui para o perfeito funcionamento do corpo humano. Porém, muitas pessoas exageram na dose e acabam tomando a bebida sem orientações médicas, o que pode ser perigoso.

“Exagerar na bebida pode comprometer o fígado, pâncreas, estômago e muitos outros órgãos. Sem falar que possibilita também o surgimento de doenças psicólogicas”, diz a personal trainer Karine Pereira.

Para o psiquiatra da Unidad de Conductas Adictivas del Hospital de la Santa Creu I Sant Pau, de Barcelona, Josep Guardia, o alcoolismo também possibilita o surgimento de infecções e transtornos como por exemplo, a ansiedade, depressão, insônia e pode causar até 60 doenças. “Os pacientes começam a beber acreditando que podem parar a qualquer momento, o que não é verdade. Beber por muito tempo e de forma descontrolada pode também ocasionar o AVC (acidente vascular cerebral)”, comenta a personal.

Em entrevista ao site do Dr. Dráusio Varella, Ronaldo Laranjeira, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas na Escola Paulista de Medicina na Universidade Federal de São Paulo e com PhD em dependência química na Inglaterra, conta que “Hoje está mais ou menos estabelecido que a pessoa sem problemas, se for um homem saudável, pode beber o equivalente a dois ou três copos de vinho, ou dois copos de chope, ou uma dose pequena de destilado. Em se tratando de mulheres, as doses deverão ser um pouco menores, já que elas são mais sensíveis aos danos biológicos provocados pela bebida. Esse padrão de uso contido do álcool é o que a maioria das pessoas desenvolve”.

Pesquisas

O consumo inconsciente também leva ao aumento da mortalidade. As universidades alemãs de Greifswald e Lübeck revelaram através de estudo que expectativa de vida das pessoas que consumem álcool por 20 anos é menor em comparação com as pessoas que não bebem. A pesquisa ainda afirma que o alcoolismo é responsável por causar mais mortes em comparação ao tabagismo.
Outro dado curioso revelado pelo levantamento nacional de álcool divulgado pela Unifesp: as mulheres estão bebendo mais que os homens. “Hoje, as mulheres saem com as amigas e vão em barzinhos ou em baladas. Esse encontro permite que a bebida seja servida como happy hour”, diz Karine.

É questão de personalidade?

Nos anos 60, acreditava-se que existia personalidade específica para se tornar um alcóolatra. Nenhum estudo comprovou a teoria, mas muitas pessoas optam por consumir a bebida para aliviar o estresse do dia a dia, o que pode ser fator determinante para consumir mais e mais. “Quem bebe uma vez para aliviar a tensão pode voltar a ter o mesmo hábito, acarretando na dependência. Claro que existem as excessões”, diz Karine.
Por isso, beber consciente e moderadamente é essencial. “As pessoas podem sim tomar uma cerveja ou qualquer outra bebida. Mas que tenha consciência e beba com muita moderação!”, recomenda a personal. Vale lembrar que realizar exames de rotina, além de praticar exercícios físicos regularmente auxilia na prevenção de doenças.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Saiba quando o álcool está proibido ou liberado

Saiba em quais situações o álcool está liberado e quando ele deve ser evitado

Álcool: pode ou não pode?
Saiba em quais situações é melhor deixar o drinque de lado e quando você tem passe livre para o brinde

Se você está na última dose do antibiótico...
SINAL VERDE Você pode tomar umas doses, pois ao contrário do que pensamos, o álcool não corta o efeito do medicamento. Mas sempre com moderação.

Se você toma antidepressivos...
SINAL AMARELO Neste caso, a bebida acelera o metabolismo e o remédio terá menos tempo de ação e em alguns casos ela potencializa os efeitos colaterais, como sonolência e tontura.

Se você está muito cansada...
SINAL VERMELHO Não é recomendado misturar vodca com energético, por exemplo, para se manter acordada. “A mistura acelera o coração para manter a pressão, resultando em arritmia ou alterações cardíacas”, explica Maria Fernanda Barca, endocrinologista e metabologista (SP).

Você estava com dor de cabeça e recorreu a um anti-inflamatório...
SINAL VERDE Ok, uma cervejinha está liberada, mesmo que possa resultar no retardamento do efeito do remédio. Porém, ele até pode diminuir os sintomas da ressaca.

Fonte: http://corpoacorpo.uol.com.br/corpo-e-rosto/cuidados-com-o-corpo/saiba-quando-o-alcool-esta-proibido-ou-liberado/7786 - Texto Redação Corpo a Corpo | Adaptação Rebecca Nogueira Cesar - Foto: Shutterstock

sábado, 26 de julho de 2014

Álcool e coração: quanto menos, melhor

Ao contrário dos conselhos que muitos médicos dão aos pacientes, de que um copo ou dois de álcool por dia pode ser bom para o coração, um novo estudo vai em sentido oposto e defende que essas quantidades "passam da marca".

O trabalho resultou de uma reanálise de 50 estudos sobre hábitos de consumo de bebidas alcoólicas e sua relação com a saúde em mais de 260 mil adultos europeus.

Os especialistas deram atenção especial às pessoas que tinham uma variante de um gene chamado ADH1B e correm menos risco de alcoolismo.

Segundo o levantamento, os indivíduos com essa variante genética bebem 17% menos por semana e têm 78% menos probabilidade de beber ao longo do dia.

Eles também apresentam um risco 10% mais baixo de doença coronária, além de pressão arterial e índice de massa corporal mais baixos.

"Esses resultados sugerem que a redução do consumo de álcool, mesmo sendo o consumo diário baixo a moderado, é benéfico para a saúde cardíaca", conclui o estudo.

Controvérsia

No entanto, o assunto não é consensual, visto que outros especialistas têm alertado para o fato de que os consumidores com a variante genética podem ter outros fatores de saúde que influenciem a diminuição dos riscos causados pela bebida.

Os benefícios do vinho, por exemplo, não são replicados quando se usa suco de uva nos experimentos, o que leva os cientistas a concluírem que o álcool do vinho é importante para a ação dos compostos derivados da uva.

O estudo foi publicado no British Medical Journal.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Como o álcool age no corpo?

É no intestino que 75% das moléculas de etanol passam para o sangue

1. O principal ingrediente das bebidas alcoólicas é a molécula de etanol. Assim que a pessoa toma um gole, uma pequena parte dessas moléculas já começa a entrar na corrente sanguínea pela mucosa da boca

2. Pelo esôfago, a bebida chega ao estômago. Até deixar esse órgão só 25% do etanol entrou no sangue. O resto só cai na corrente sanguínea quando a bebida chega ao intestino delgado - órgão cheio de vasos e membranas permeáveis

3. São necessários de 15 a 60 minutos para todas as moléculas de etanol entrarem na circulação e se espalharem pelo corpo. Esse tempo depende de fatores como a presença de comida no estômago e a velocidade com que a pessoa bebeu

4. Quando cai no sangue, as moléculas de etanol são transportadas para todos os tecidos que têm células com alta concentração de água - órgãos como cérebro, fígado, coração e rins

5. No fígado 90% das moléculas de etanol são metabolizadas - quebradas em partes menores para facilitar sua eliminação. Ele processa por hora o equivalente a uma lata de cerveja. Acima disso, o etanol passa a intoxicar o organismo e causa os efeitos mostrados no infográfico da outra página

Os efeitos nos órgãos

Ação nos rins aumenta a produção de xixi em 50%

No cérebro
1. Quando o etanol carregado pelo sangue chega ao cérebro, ele estimula os neurônios a liberar uma quantidade extra de serotonina. Esse neurotransmissor - substância que leva mensagens entre as células - serve para regular o prazer, o humor e a ansiedade. Por isso, um dos primeiros efeitos do álcool é deixar a pessoa desinibida e eufórica
2. Se a pessoa segue bebendo, outros dois neurotransmissores são afetados. O etanol inibe a liberação do glutamato, que por sua vez regula o GABA. Sem o controle do glutamato, mais GABA é liberado no cérebro. Como esse neurotransmissor faz os neurônios trabalhar menos, a pessoa perde desde a coordenação até o autocontrole

No estômago
1. O etanol das bebidas irrita a mucosa do estômago, dificultando a digestão e aumentando a produção de ácido gástrico no órgão. Isso gera aquela sensação de enjôo e mal-estar dos "breacos" prestes a chamar o Hugo...
2. O vômito funciona como um mecanismo de autodefesa, comandado pelo cérebro, contra a ação agressiva do álcool no estômago. A pessoa se sente mais aliviada após vomitar porque termina a irritação da mucosa pelas moléculas do etanol

Nos rins
Quem bebe tem mais vontade de fazer xixi. E isso não rola só pela quantidade de líquido ingerido. O etanol age na hipófise, uma glândula no cérebro. Lá, ele inibe a produção de um hormônio que controla a absorção de água pelos rins. Com menos líquido absorvido, mais urina é eliminada, como mostra a comparação ao lado

No coração
Na ação do álcool nos rins a gente explica por que quem bebe faz muito xixi. E um efeito colateral do excesso de urina acaba atingindo o coração. É que pelo xixi são eliminados minerais como magnésio e potássio que ajudam a manter o batimento cardíaco. Durante e após uma bebedeira o ritmo do coração pode apresentar alterações

De gole em gole

Duas latinhas de cerveja já provocam os primeiros sintomas no cérebro

Levamos uma hora para processar 14 mg de álcool, o equivalente a:
350 ml de cerveja ou
150 ml de vinho ou
40 ml de uísque

QUANTIDADE DE ÁLCOOL NO SANGUE (Miligramas de álcool por decilitro de sangue) - 30 mg
EFEITOS NO CORPO - Sensação de euforia e excitação. São os primeiros efeitos no cérebro

QUANTIDADE DE ÁLCOOL NO SANGUE (Miligramas de álcool por decilitro de sangue) - 50 mg
EFEITOS NO CORPO - Redução da coordenação motora e alteração de humor. É o início da fase 2 de ação no cérebro

QUANTIDADE DE ÁLCOOL NO SANGUE (Miligramas de álcool por decilitro de sangue) - 60 mg
EFEITOS NO CORPO - No Brasil, é proibido dirigir acima desse limite de álcool no organismo

QUANTIDADE DE ÁLCOOL NO SANGUE (Miligramas de álcool por decilitro de sangue) - 100 mg
EFEITOS NO CORPO - Diminuição da concentração, piora dos reflexos e perda de equilíbrio

QUANTIDADE DE ÁLCOOL NO SANGUE (Miligramas de álcool por decilitro de sangue) - 200 mg
EFEITOS NO CORPO - Náusea e vômitos - olha o estômago se "irritando"... Fala arrastada e visão dupla

QUANTIDADE DE ÁLCOOL NO SANGUE (Miligramas de álcool por decilitro de sangue) - 300 mg
EFEITOS NO CORPO - Sensação de anestesia, lapsos de memória e sonolência

QUANTIDADE DE ÁLCOOL NO SANGUE (Miligramas de álcool por decilitro de sangue) - 400 mg
EFEITOS NO CORPO - Insuficiência respiratória, coma e até possibilidade de morte