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sexta-feira, 17 de abril de 2020

Use o banho para beneficiar sua saúde e bem-estar


A temperatura e os óleos essenciais podem ser benéficos para o corpo e a mente

Tomar banho é mais do que um ritual de limpeza, é quase que um aspecto cultural. Por exemplo, enquanto no Brasil é comum tomar banho todos os dias (até mesmo mais de um banho por dia!), em alguns países da Europa o mais usual é pular o banho algumas vezes. Para algumas pessoas o banho chega a ser uma forma de ganhar disposição no inicio do dia, ou de tirar junto com a sujeira todo o cansaço provocado pela rotina.

Porém, a saúde também agradece o hábito de banhar-se com regularidade. "O banho auxilia na saúde da pele, retirando as impurezas dos poros. Para o bem-estar ele se torna importante, pois traz alívio das tensões e proporciona o relaxamento", considera a dermatologista Mônica Aribi, membro da Academia Europeia de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.

Para saber melhor como tirar proveito do seu banho para a saúde e o bem-estar, veja a seguir como a temperatura da água, tipo do banho e mesmo uso de óleos naturais pode ajudar:

Temperatura morna
Uma das formas mais indicadas de banho é com a água morna. De preferência entre 27 e 36 graus Celsius. Além de ser o tipo de temperatura mais adequado para a pele, os banhos mornos são excelentes depois de um dia cansativo. "O calor dilata os vasos sanguíneos da pele e relaxa os músculos, o que ajuda muito na sensação de bem-estar e relaxamento do corpo", ensina a dermatologista Natalia Cymrot, mestre em dermatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Inclusive, esse processo faz com que haja liberação de endorfinas, o que pode ajudar em alguns casos de insônia.

E o banho quente?
Se o banho morno é relaxante, imagine se a água estiver quente! Apesar de isso parecer lógico, o banho quente (principalmente quando passa de 42ºC) não é nada indicado e pode prejudicar a saúde da pele.
O primeiro ponto é que banhar-se apenas com a água quente pode ser ruim para a saúde da pele: afinal a camada de sebo natural da pele é retirada, causando um ressecamento, o que pode resultar em coceira, vermelhidão, descamação e eczema, lista a dermatologista Natália. "Se isto ocorrer, deve-se aplicar hidratantes logo nos três primeiros minutos após o banho, com a hidratação da pele ainda úmida, pois esta absorve bem mais o produto neste momento", explica a especialista. Quem tem uma pele que tende à oleosidade, pelo contrário, pode ter um efeito rebote e ficar com a pele ainda mais oleosa.
Outro problema do banho muito quente é que o relaxamento excessivo pode causar um efeito reverso: você se sente mais cansado e sem energia do que quando saiu.

Jatos de água fria
Se você é daqueles que foge de água gelada, um banho de água fria, literalmente, traz diversos benefícios à saúde. "A água fria melhora a disposição para as nossas atividades e ativa a circulação. O frio promove constrição vascular na pele e com isso, favorece a irrigação sanguínea dos outros órgãos, mais nobres, como o cérebro, por exemplo, deixando o corpo mais acordado", descreve a dermatologista Natalia.
De acordo com a dermatologista Mônica Aribi, International Fellow da Academia Europeia de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, o banho com água fria também ajuda o corpo a não desidratar, e é mais indicado em situações em que a pele está muito seca ou inflamada.

Intercale as temperaturas
Um bom jeito de aumentar os benefícios do banho frio é, surpreendentemente, intercala-lo com o banho morno. "A temperatura fria promove bem-estar e energia, e a morna relaxamento, sem ressecar a pele. Além disso, há uma melhor circulação, pois há constrição e dilatação vascular alternadas", considera Natália. Assim você não corre os riscos causados por um banho gelado muito longo e ainda encontra melhoras.

Aproveite os óleos naturais
Não só de água é feito o banho. E se as temperaturas já podem causar bons efeitos não só ao corpo, como ao bem-estar, incluir aromas especiais sempre é uma boa pedida para intensificar o efeito desejado. Para tanto, é sempre possível usar sais de banho, sabonetes líquidos, cremes esfoliantes, entre outros.
Óleos essenciais como o de cereja, uva ou amêndoa são bem absorvidos pela pele durante o banho. "O melhor momento para usá-los é antes do último enxague", explica Mônica Aribi.
Porém, nada de abusar desses produtos. "Ficar esfregando o sabonete ou esfoliantes por muito tempo pode ressecar a pele e deixá-la mais suscetível ao desenvolvimento de eczemas, alergias, infecções, sensação de coceira e descamação", considera a dermatologista Natalia. Para evitar reações desagradáveis, recomenda-se diluir os óleos essenciais em óleos carreadores (de semente de uva, de jojoba, e de gérmen de trigo), praticamente inodoros, antes de adicioná-los à água.

Como usar os óleos em seu banho
Cada odor tem uma função para o seu bem-estar. Os antiestressantes ficam por conta dos aromas de baunilha, manjericão, laranja, patchuli e lima. Alecrim, bergamota, eucalipto, gengibre, menta e capim-limão promovem sensação estimulante. Para um banho caliente, aposte no poder afrodisíaco de jasmim, sálvia, sândalo, rosa e do ilangue-ilangue.
Caso você não tenha uma banheira, pode usar esses óleos no chuveiro também! Pingue algumas gotas do óleo em uma gaze e a envolva em uma trouxinha com outra gaze; prenda com um barbante e amarre no chuveiro. Quando a água passar pelo saquinho aromático, o efeito será o mesmo.

Mergulhe no relaxamento
Banhos de imersão não são acessíveis a todos, mas quem tem uma banheira em casa pode se aproveitar de seus benefícios. "Em alguns problemas de pele, como em pacientes com prurido crônico, os banhos de imersão podem trazer benefícios. Nesse caso, podemos adicionar ao banho um pouco de maisena", exemplifica a dermatologista Mônica.

Que tal um banho de espuma?
Já os banhos de espuma são interessantes para o relaxamento, até por trazer um aspecto lúdico para a hora da limpeza. Porém, ele não traz nenhum benefício para a saúde ou para a pele. "Quanto mais espuma se formar, maior a chance de o produto ressecar a pele. Portanto, banhos de espuma devem ser esporádicos, e evitados em peles com tendências a ressecar mais facilmente", pondera a dermatologista Natalia.

Fonte: https://minhavida.com.br/bem-estar/galerias/906-use-o-banho-para-beneficiar-sua-saude-e-bem-estar - Escrito por Nathalie Ayres - Banho morno - Foto: Getty Images

sábado, 14 de dezembro de 2019

Estudo associa uso do celular com dor nas mãos: como evitar?


Uma pesquisa recente identificou que movimentos repetitivos para digitar no celular podem provocar lesões nos dedos

Uma pesquisa recente desenvolvida pela Universidade de Gothenburg, na Suécia, mostrou que existe uma relação direta entre o uso frequente de celulares e o surgimento de dores nas mãos - sendo que o polegar é o mais prejudicado.

Para chegar ao resultado, o estudo comparou o movimento do polegar, a atividade dos membros superiores e a influência do tamanho da mão ao enviar mensagens de texto em celulares com teclado e com tela sensível ao toque.

Além disso, foram levados em consideração também o esforço, o desconforto e o desempenho dos dedos ao utilizarem ambos os tipos de celular. Ao todo, 19 pessoas participaram dos testes que analisaram os impactos do hábito nas estruturas das mãos.

Uso de celular faz mal para as mãos?
Os resultados encontrados sugerem que há diferenças nos riscos de desenvolver distúrbios osteomusculares durante o uso do smartphones conforme o tipo de mecanismo de escrita (teclado físico ou digital) e o tamanho das mãos do usuário.

Dessa forma, a pesquisa aponta que, em um cenário ideal, as empresas fabricantes de celulares deveriam considerar a possibilidade de oferecer aparelhos de diferentes tamanhos para atender a variedade de tamanhos de mãos das pessoas.

Na análise, foi constatado que os movimentos altamente repetitivos dos dedos têm sido identificados como um potencial fator de risco para o aparecimento de distúrbios osteomusculares - que atacam os nervos, músculos e tendões especialmente dos membros superiores.

Em geral, os primeiros sinais desses problemas físicos são fadiga, peso e dor nos membros, seguidos de lesões. Por isso, é importante estar atento aos sintomas para tratar adequadamente e evitar um quadro mais grave.

Como evitar dores nos dedos?
Digitar o dia inteiro, seja no celular ou no computador, pode causar tensões musculares e, consequentemente, dor. A melhor saída é manter uma postura correta e confortável ao utilizar os aparelhos e fazer pausas frequentes para descansar as mãos.

Além disso, lembre-se de utilizar o celular um pouco abaixo do rosto para não forçar o pescoço. Isso porque a região cervical também pode sofrer com os efeitos dos distúrbios osteomusculares.

Outra causa das dores é a falta de flexibilidade. Por isso, é importante alongar as mãos, os ombros e o pescoço para prevenir o problema e relaxar. Pequenos exercícios no dia a dia já aliviam os desconfortos.

Entretanto, se começar a sentir dores frequentes, é preciso consultar um especialista para iniciar um tratamento mais adequado.

Para os "viciados" em celular, deixar o smartphone de lado pode ser uma tarefa difícil. Porém, com a mudança de alguns hábitos, é possível se desvencilhar da dependência do aparelho. Veja algumas dicas para isso:

Desative as notificações do celular
Compre um despertador à parte do celular
Não tenha receio de desligar o celular à noite
Dê mais atenção a quem está do seu lado
Use o celular apenas em intervalos (do trabalho ou aula).


quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Médicos recomendam parar de tomar aspirina preventivamente


Já se sabia que o uso regular de aspirina pode fazer mais mal do que bem e que o uso constante e diário da aspirina costuma provocar complicações gastrointestinais graves. Também há preocupações com o maior risco das aspirinas para as pessoas mais velhas.

Risco de hemorragias graves

Se você nunca teve um ataque cardíaco ou derrame, provavelmente não deve tomar aspirina para evitá-los, de acordo com uma nova pesquisa sobre esse tema controverso - como já havia sido demonstrado que a aspirina não previne ataques cardíacos em todos os pacientes e há prós e contras em tomar aspirina preventivamente contra câncer.

Os pesquisadores revisaram três grandes estudos randomizados, controlados por placebo, publicados em 2018, que mostraram que o aumento no risco de sangramento interno associado à ingestão de aspirina diariamente é maior do que qualquer benefício preventivo.

"Esta é a evidência de mudança de prática mais significativa que foi publicada nestes últimos doze meses," disse o professor Michael Kolber, da Universidade de Alberta (Canadá), que fez a revisão de procedimentos com seu colega Paul Fritsch, da Universidade de Calgary.

"Estes não são sangramentos nasais ou gengivas que sangram. São sangramentos internos sérios, onde os pacientes precisam de hospitalização e talvez uma transfusão de sangue, por isso são de grande importância clínica e também pessoal," acrescentou Fritsch.

Um dos ensaios clínicos também revelou um aumento nas mortes por todas as causas e, em particular, pelas mortes por câncer, entre os pacientes que tomaram aspirina preventivamente em doses diárias, embora não tenham estabelecido uma relação causal.

Quem deve e quem não deve tomar aspirina preventivamente

O conselho de tomar uma aspirina diária para prevenir doenças cardíacas tornou-se dogma nos anos 90, mas foi baseado em pesquisas falhas, ressalta Kolber.

Ele reconhece, contudo, que a aspirina ainda é considerada benéfica para quem tem doenças cardíacas.

"Realmente vemos um hiato [nos efeitos] da aspirina," disse Kolber. "Há muitas pessoas que tomam aspirina para prevenção primária que não precisam dela, e há um grupo de pessoas que já tem doenças cardiovasculares que não estão tomando, e deveriam tomar."

O conselho de Kolber é que pessoas que nunca tiveram problemas cardíacos usem outras medidas preventivas.

"Em vez de apenas tomar uma aspirina diária como ensinamos há uma geração, recomendamos que os pacientes parem de fumar, se exercitem, controlem a pressão arterial e considerem a dieta mediterrânea," afirmou.


sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Uso excessivo de álcool cresce mais entre mulheres do que homens no Brasil


Veja quais os efeitos que a substância pode gerar no corpo a curto e longo prazo

Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou dados do Vigitel referente aos meses de janeiro a dezembro do ano passado. Mas o que isso significa? Trata-se de uma pesquisa que coleta informações sobre a saúde dos brasileiros. E vão desde índices de problemas como diabetes, câncer e hipertensão, até questões como tabagismo, alimentação e estilo de vida. Dentre as descobertas, uma chamou atenção: o uso abusivo de álcool pelas mulheres cresceu de 7,7%, em 2006, para 11%.

A diferença de 3,3% foi maior que a dos homens (1,1%). Para a pesquisa, foi considerada ingestão exagerada de bebida quando ela passava de quatro ou mais doses de uma única vez em períodos menores que 30 dias. E o tipo também poderia variar entre uma latinha de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de destilados em geral.

Pois é, a gente nunca bebeu tanto. E o que isso pode impactar na nossa saúde? Fomos perguntar para especialistas:

Desidratação
Você já deve ter percebido: é só começar a beber, que a vontade de ir ao banheiro aumenta. E a razão de você fazer xixi toda hora está no fato de que o etanol age diretamente em uma glândula do cérebro que inibe a produção do hormônio responsável por controlar a absorção de água pelos rins. E aí, já viu: quanto menos líquido absorvido, mais ele se acumula na bexiga. E quanto mais água fora do corpo, menos para as nossas células.
É por isso que geralmente acordamos com muita sede depois da noite de bebedeira, além de uma dor de cabeça bem chata. E não para por aí. A desidratação afeta a nossa pele também, sabia? “O álcool prejudica qualquer membrana mucosa, do pâncreas e fígado à pele. O primeiro efeito é a desidratação, uma vez que, na verdade, retira todo o fluido da cútis”, explica a dermatologista Cláudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Inchaço
Não estranhe se você estiver com uns quilinhos a mais durante a ressaca. “Álcool nada mais é do que açúcar. E seu consumo em excesso pode até elevar o peso a curto prazo, mas não devido ao aumento de gordura propriamente dito. É porque o corpo precisa reter mais água para metabolizar toda a glicose ingerida no dia anterior”, diz o médico nutrólogo Alexander Gomes de Azevedo. Funciona como um efeito rebote da desidratação inicial. Ao perceber que está perdendo líquidos, o organismo tende a reter mais do que o necessário por precaução.

Engordar
Muita gente fala das altas calorias que uma latinha de cerveja contém. Contudo, o álcool, em si, já é bem calórico. “Um grama da substância tem 7,1 calorias. Quando associado a alguma bebida que adiciona açúcar, um simples drinque pode chegar a até 300. Além disso, ao beber, há a secreção de um hormônio denominado cortisol. Este, por sua vez, estimula as células a armazenar gordura no abdômen”, alerta Alexander.
Dentre os drinques que parecem inofensivos, mas não são tanto, estão: o vinho branco, que tem alta concentração de açúcar; o famoso mojito, carregado em açúcar e xarope, o que resulta em uma bebida com alto índice de carboidratos; e a margaritas, com a combinação perigosa de açúcar e sal.

Hipertensão
“Alguns estudos recentes demonstram que o açúcar pode influenciar no aumento da pressão arterial. Isso se deve ao fato de que sua ingestão excessiva tende a aumentar os níveis de ácido úrico no corpo, que influencia no revestimento interno das artérias e eleva a pressão”, afirma Alexander.

Olheiras
Sim, as olheiras tendem a dar as caras depois do happy hour. “Principalmente as mais arroxeadas e inchadas por conta do acúmulo de líquido subcutâneo”, diz Cláudia Marçal.

Problemas no rosto
Como já te contamos anteriormente, o álcool gera desidratação. E isso é um sério problema para a pele do seu rosto. “Em um primeiro momento, há um ressecamento maior da região. Depois, e principalmente em pacientes que sofrem com a oleosidade, pode ocorrer o efeito rebote”, explica a dermatologista. Ou seja: mais oleosidade e, consequentemente, mais acne.
Sem contar que a bebida inflama os tecidos e provoca aquela característica vermelhidão nas áreas mais sensíveis do rosto. “No começo, não é grande coisa. Mas depois de um tempo (de seis meses a dois anos), se você continuar bebendo exageradamente, isso pode virar algo mais proeminente”, diz Cláudia. Um grande problema para quem já sofre com dermatite e rosácea.

Problemas de cicatrização
Quanto mais elevado o teor alcoólico da bebida, mais difícil fica a sua cicatrização. É por isso que quem passa por procedimentos estéticos tem que ficar longe do líquido por um tempo. “Em cirurgias mais invasivas, ele afina o sangue e aumenta o risco de sangramentos, prolongando a recuperação”, afirma o cirurgião plástico Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Os médicos podem recomendar a suspensão do consumo duas semanas antes e depois do procedimento.

O que fazer para minimizar esses efeitos do álcool?
Se você for beber, acompanhe o drinque com água para aumentar o efeito diurético, além de ajudar a reidratar o corpo. Da mesma forma, invista em cremes hidratantes com antioxidantes e anti-inflamatórios para ajudar na recuperação do tecido cutâneo do rosto.
E dependendo da sua idade, talvez você tenha que pegar mais leve. “Isso porque aos 20 anos, o álcool tende a deixar o corpo três horas depois de ingerido. Já aos 40, o tempo multiplica: são necessárias 33 horas”, diz Cláudia.

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/saude/uso-excessivo-de-alcool-cresce-mais-entre-mulheres-do-que-homens-no-brasil/ - Por Amanda Panteri - kzenon/Thinkstock/Getty Images/Thinkstock/Getty Images

segunda-feira, 17 de junho de 2019

7 mitos e verdades sobre o uso da cadeirinha infantil no carro


Especialistas esclarecem as principais dúvidas sobre dispositivos de segurança automotiva para crianças, do bebê conforto ao assento de elevação.

Eles salvam vidas: segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o uso de dispositivos de segurança infantis – bebê conforto, cadeirinha e assento de elevação, dependendo da faixa etária (confira abaixo o detalhamento) – dentro de carros e caminhonetes reduz em até 60% o número de mortes de crianças e adolescentes em acidentes de trânsito.

No Brasil, desde que o uso desses equipamentos passou a ser obrigatório e passível de multa (R$ 293,47 – valor em junho de 2019), de perda de pontos na carteira de habilitação (infração gravíssima, 7 pontos) e de retenção do veículo até a situação ser regularizada, as hospitalizações infantis decorrentes de lesões de acidentes de trânsito diminuíram em 37%. Fazemos parte de um grupo de 84 países com legislação nacional de retenção para crianças, o que nos colocou no relatório para segurança viária da OMS de 2018.

Depois de o presidente Jair Bolsonaro enviar à Câmara dos Deputados um projeto de lei que, entre outros pontos, propõe o fim das multas para quem não utilizar esses dispositivos – a perda de pontos na carteira seria mantida –, o debate ficou acalorado. Afinal, é preciso ou não obrigar os adultos a proporcionar essa segurança às crianças?

Para o médico ortopedista Sandro Reginaldo, presidente da Comissão de Campanhas Públicas da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), é preciso manter a obrigatoriedade, sim.

“É importante penalizar porque muitas pessoas, infelizmente, só sentem necessidade de fazer algo relacionado à segurança se houver ameaça ao bolso. Tem que ter consequências. O bebê e a criança, que não têm discernimento para saber o que é necessário para estarem seguros dentro do carro, não podem ser penalizados com lesões e até a morte por causa da irresponsabilidade de adultos”, diz o médico.

Os números mostram que ele está certo: mesmo com a multa, apenas 36% das crianças são transportadas nos equipamentos adequados de segunda a sexta-feira – o número aumenta para 56% nos finais de semana. Imagine se não houvesse o risco de perda financeira…

Conscientes da necessidade do uso de bebê conforto, cadeirinha e assento de elevação, contamos com a ajuda de Sandro Reginaldo e de José Roberto da Silva, advogado especializado em direito do trânsito, para listar os principais mitos e verdades sobre o uso desses dispositivos.

Os pais podem decidir em que momento trocar do bebê conforto para a cadeirinha e dela para o assento de elevação
MITO. Existem parâmetros de segurança determinados por lei. De acordo com a resolução 277 do Conatran (Conselho Nacional de Trânsito), deve-se seguir o seguinte:

– Até um ano: bebê conforto (conhecido como “conversível” em alguns lugares)

– De um a quatro anos: cadeirinha

– De quatro a sete anos e meio: assento de elevação

– De sete anos e meio a dez anos: cinto de segurança, sempre no banco traseiro

– Dos dez anos em diante: pode ir no banco dianteiro, sempre com cinto de segurança.

Se um carro não tiver dispositivo de segurança, tudo bem colocar o cinto de segurança convencional em uma criança
MITO. O cinto de segurança foi projetado para o tamanho de adulto pequeno ou de uma criança já maior, a partir dos dez anos. Por causa das dimensões corporais das crianças menores, o cinto de segurança pode até enforcá-la em caso de freada brusca ou batida.

A altura é mais importante que o peso na hora de mudar para a cadeirinha ou para o assento de elevação
VERDADE. Embora a resolução do Conatran não fale nada sobre peso, muitos fabricantes de cadeirinhas fazem essa indicação. E aí começa o dilema: muitas crianças têm a altura necessária, mas são magrinhas e não atingiram o peso; outras são mais baixinhas, porém são robustas e têm o peso. O que fazer? De acordo com o ortopedista Sandro Reginaldo, a altura é o parâmetro mais importante. “Por uma questão de ajuste dos cintos e ergonomia, a altura deve ser preponderante. Principalmente na fase de passar do assento de elevação para o cinto de segurança: os joelhos têm que dobrar em 90° no banco para ser seguro”.

O bebê conforto sempre deve ficar virado de costas para o banco da frente do carro
VERDADE. Além de ser determinado por lei, desta forma o “chicote” no corpo do bebê é mais fraco em caso de batida e o risco de lesão na coluna e no pescoço, consideravelmente menor.

Cadeirinhas infantis para carro são todas iguais, a escolha pode ser estética
MITO. Tem muita cadeirinha fora dos padrões de segurança sendo vendida por aí. As cadeirinhas infantis para carro confiáveis têm selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

Não tem problema levar a criança no colo em um passeio curto de carro
MITO. Em primeiro lugar, a lei não determina distâncias mínimas percorridas para que o dispositivo de segurança seja usado: quando o carro der a partida, a criança já deve estar presa nele. Além disso, um acidente pode ocorrer em qualquer lugar, e o fato de o passeio ser curto não diminui esse risco. Por fim, a criança tem que ser acostumada a estar sempre segura, sem exceções. A segurança também é um hábito.

Usar uma faixa para segurar a cabeça da criança erguida quando ela dormir no carro auxilia na segurança
VERDADE. Essa faixa faz bem, evita dores de pescoço (as crianças “caem” para a frente e para os lados quando dormem no carro, já notou?) e diminui o “chicote” em caso de batida ou freada brusca, reduzindo o risco de dores no pescoço posteriormente. Apenas fique atenta para que a faixa seja acolchoada e confortável.


sexta-feira, 7 de junho de 2019

Remédios podem ser guardados fora da embalagem original?


Estojos e caixinhas para armazenar comprimidos trazem praticidade para o dia a dia, mas não são a melhor escolha

Para simplificar a rotina do uso de medicamentos, pacientes podem lançar mão de estojos de plásticos para guardar comprimidos, cápsulas ou drágeas. Isso é comum especialmente entre os portadores de doenças crônicas, que precisam dos remédios todos os dias. Mas será que o produto não estraga?

A dúvida foi levantada por nossa leitora Giovana Feix. Para resolver essa questão, SAÚDE conversou com o farmacêutico Wagner Ricardo Montor, professor adjunto do Departamento de Ciências Fisiológicas da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

O especialista afirma que nunca devemos remover cápsulas e afins da cartela ou de frascos que contenham algum sistema de controle de umidade, como aqueles que vêm com sachês de sílica.

“É preciso lembrar que a embalagem também foi elaborada pela indústria farmacêutica para garantir a melhor condição de conservação. O ideal é mantê-la”, resume Montor.

O professor frisa que esses estojos que separam o remédio por dia da semana não ficam fechados tão perfeitamente quanto o blister no qual ele é vendido.

O que você pode fazer é tirar as cartelas ou os frascos daquela caixa de papelão e deixá-los em outro local maior, ou até em uma gaveta — desde que permaneçam em condições adequadas de temperatura, umidade e exposição à luz. Você encontra essas instruções específicas na embalagem.

“Recomenda-se guardá-los em locais frescos e arejados para evitar problemas de umidade. Isso significa que eles não devem ser armazenados no banheiro, já que a água do chuveiro é capaz de condensá-los”, orienta o especialista.

De qualquer forma, Montor não aconselha tirar os medicamentos da caixa original de papelão — mesmo que você os mantenha nas condições ideais. Isso porque é possível confundir as cartelas se elas ficarem todas juntas.

“Fora que, guardando na própria embalagem do fabricante, você mantém a bula. E o acesso ao número do lote e à validade também é facilitado”, acrescenta o professor da Santa Casa.

O que fazer quando o tratamento acaba e o remédio não
Nesses casos, o ideal é descartar aqueles que sobram. Segundo Montor, é arriscado mantê-los em casa porque, se os sintomas surgem de novo ou um familiar apresenta sinais semelhantes, as pessoas tendem a usar as mesmas drogas sem consultar um médico.

“Só que nem sempre sintomas parecidos são causados por uma mesma doença. E o uso de medicamentos errados pode piorar o quadro”, alerta o expert. “Além disso, há o risco de utilizar remédios vencidos ou que não tenham sido armazenados da melhor forma”, adiciona.

Na hora de descartar, não se esqueça de fazê-lo da forma correta. Ou seja: nada de jogar no vaso sanitário! Postos de saúde e algumas farmácias coletam os medicamentos restantes. O portal e-Cycle, em parceria com a farmacêutica Roche, disponibiliza uma ferramenta online que busca os pontos de coleta mais próximos da sua localização.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/boa-pergunta/remedios-podem-ser-guardados-fora-da-embalagem-original/ - Por Maria Tereza Santos - Foto: Deborah Maxx/SAÚDE é Vital

quarta-feira, 11 de julho de 2018

5 mitos e verdades sobre como o celular afeta a saúde


Algumas histórias sobre os efeitos do celular circulam pelas redes. Descubra se elas são verdadeiras ou só mais um caso de fake news

Se os cães ainda podem ser considerados os melhores amigos do homem, os celulares entram na disputa pelo segundo lugar. Apesar de serem considerado até indispensáveis hoje em dia, esses aparelhos podem atingir a saúde de diversas maneiras.

Problemas de visão e postura, piora da ansiedade e dificuldades para dormir são alguns exemplos. Porém, nem tudo que circula pela internet é verdade. Confira se alguns desses efeitos são reais ou apenas mitos:

1) Causa câncer?
Não há evidências. O mais recente estudo a respeito, feito na Austrália com dados de 34 mil cidadãos, sinaliza que a radiação do aparelho não é capaz de causar tumor no cérebro.

2) Afeta os testículos?
Melhor os homens não deixarem o celular sempre no bolso da frente. Existem indícios de que o aumento da temperatura e a radiação podem impactar na qualidade dos espermatozoides.

3) Envelhece a pele?
Sim! A presença de alguns minerais como níquel e cromo e a luz azul emitida pelo aparelho parecem contribuir com rugas e manchas. Mais um motivo para passar protetor solar.

4) Afeta aprendizado?
Pesquisa inglesa com 125 mil crianças e adolescentes detectou que o uso do aparelho no período noturno atrapalha o sono, compromete a memória e prejudica o desempenho na escola.

5) Dá dor de cabeça?
Não há dados conclusivos. Mas um estudo dinamarquês observou que celulares podem aumentar em 20% o risco de uma enxaqueca, caso já haja propensão às crises.

Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/5-mitos-e-verdades-sobre-como-o-celular-afeta-a-saude/ - Por André Bernardo - Ilustração: Henrique Campeã/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Consumo de álcool aumenta risco de alguns tipos de câncer

O uso de álcool está associado a certos tipos de câncer, e o risco de câncer pode ser reduzido por estratégias para evitar o uso excessivo de álcool, de acordo com um comunicado publicado no Journal of Clinical Oncology.

Observando que o consumo de álcool é um fator de risco estabelecido para várias doenças malignas e que é um fator potencialmente arriscado para o câncer, foi publicada uma declaração sobre álcool e câncer para o Sociedade de Oncologia Clínica Americana. (ASCO _ American Society of Clinical Oncology).

Os pesquisadores observam que os cânceres relacionados ao álcool são estimados em 5,5% de todos os cânceres tratados anualmente. A declaração promove a educação pública relacionada aos riscos de abuso de álcool e certos tipos de câncer. Também apoia os esforços das políticas para reduzir o risco de câncer, evitando o uso excessivo de álcool. É oferecida educação para os provedores sobre a influência do uso excessivo de álcool e os riscos e tratamento do câncer, incluindo esclarecimentos de evidências contraditórias.

Finalmente, são discutidas áreas para pesquisa futura em relação ao uso de álcool e risco de câncer e resultados.


terça-feira, 22 de novembro de 2016

Quais os riscos da radiação dos celulares e como se proteger?

Estamos envoltos em um mar de radiação eletromagnética que não envolve apenas os telefones celulares. E a ciência ainda não tem uma palavra final sobre os efeitos dessa radiação sobre a saúde das pessoas.

Saúde e celulares

Em 2011, a OMS admitiu que o uso do celular pode causar câncer.

Desde então, vários estudos foram realizados, com resultados ambíguos.

Para levar em conta esses resultados, e orientar a realização de estudos futuros, a Organização Mundial da Saúde decidiu reavaliar o assunto.

"Nas últimas décadas foi realizado um grande número de pesquisas para analisar se as ondas de radiofrequência (RF) colocam em risco a nossa saúde," disse Emilie van Deventer, do Departamento de Saúde Pública, Meio Ambiente e Determinantes da Saúde da OMS. "À medida que mais ondas RF têm aparecido em nossas vidas, a questão a ser resolvida é se existem efeitos adversos por parte de celulares, torres de telefonia ou conexões wi-fi em níveis de exposição ambiental."

Riscos Potenciais

As ondas de RF dos celulares são "uma forma de energia eletromagnética que está entre ondas de rádio FM e as micro-ondas. E é uma forma de radiação não-ionizante", explica em seu site a Sociedade Norte-Americana Contra o Câncer (ACS, na sigla em inglês).

De acordo com a organização, essas ondas "não são fortes o suficiente para causar câncer" diretamente, porque, ao contrário dos tipos mais potentes de radiação (ionizantes), não podem quebrar ligações químicas no DNA. Isso só aconteceria, diz a entidade, em níveis "muito altos", tais como em fornos de micro-ondas.

Para Emilie van Deventer, porém, que é autora de cerca de 50 artigos científicos sobre radiações não-ionizantes, é certo que há "potenciais riscos a longo prazo", especialmente relacionados a tumores na cabeça e pescoço.

Isto é algo que a ACS também reconhece: "Quanto mais próximo estiver a antena (do celular) da cabeça, espera-se que maior seja a exposição da pessoa à energia de RF", adverte.

Quais os riscos da radiação dos celulares e como se proteger?
Em uma análise das técnicas usadas para avaliação dos aparelhos, cientistas afirmaram que os modelos usados para aprovar os produtos eletrônicos ficam abaixo da crítica.

A capacidade dos tecidos do nosso corpo em absorver uma radiação é medida em termos de uma "taxa de absorção específica" (ou SAR, na sigla em inglês).

Cada celular tem seu nível SAR que, em geral, pode ser encontrado no site do fabricante. Nos Estados Unidos, o nível máximo permitido é de 1,6 watts por quilograma (W/kg).

No entanto, a Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos EUA, adverte que "comparar valores de SAR entre telefones pode causar confusão", porque essa informação é baseada no funcionamento do aparelho em sua potência mais elevada, e não no nível de exposição em uso normal.

Celular e câncer

Há estudos que associaram o uso do telefone celular com o câncer de pele e com o câncer de testículo.

O problema, explica Van Deventer, é que "muitos cânceres não são detectáveis até muitos anos após as interações que causaram o tumor, e como o uso de celular não foi popularizado até os anos 1990, estudos epidemiológicos só podem avaliar os cânceres que se fizeram evidentes em períodos de tempo mais curtos".

Até agora, o maior estudo já realizado é o Interphone, uma investigação em grande escala que foi coordenada pela OMS por meio de sua Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês), na qual foram analisados os dados de 13 países.

O estudo analisou o uso de celular em mais de 5.000 pessoas com tumores cerebrais e em um grupo similar de pessoas sem tumores.

Celular no bolso da calça reduz fertilidade masculina
Quais os riscos da radiação dos celulares e como se proteger?
Para o Ministério da Saúde da França, os celulares causam "efeitos biológicos" e a exposição a eles deve ser controlada.
"Nenhuma ligação foi encontrada entre o desenvolvimento de gliomas e meningiomas (tumores cerebrais) e o uso de telefones celulares por mais de 10 anos", diz Van Deventer. "Mas há indicações de um possível risco de gliomas entre os 10% das pessoas que disseram ter usado seus telefones com mais frequência, embora os pesquisadores concluíssem que erros retiraram força destes resultados."

No final, IARC classificou as radiofrequências eletromagnéticas como "possíveis cancerígenos para os seres humanos", uma categoria "utilizada quando a relação causal é considerada confiável, mas as oportunidades, distorções ou confusões não podem ser razoavelmente geridos", diz Van Deventer.

Mas a questão permanece sobre a mesa (e no laboratório) de cientistas de todo o mundo.

A OMS espera publicar, até ao final de 2017, uma "avaliação de risco formal" sobre esta questão, conta Van Deventer.

Também é preocupante a vulnerabilidade especial das crianças, porque seus sistemas nervosos ainda estão em formação. Já se realizou um estudo em grande escala sobre o assunto e há outro em curso na Austrália, cujos resultados serão publicados em breve.

Prevenção no uso do celular

Enquanto isso, especialistas admitem que é melhor prevenir do que remediar.

Nesse sentido, Van Deventer recomenda o seguinte:

Usar fones de ouvido ou deixar o celular no viva-voz, para mantê-lo longe da cabeça.
Limitar o número e a duração das chamadas.
Usar o telefone em áreas de boa recepção, pois isso faz com que o celular transmita com uma potência de saída reduzida.
A Sociedade Norte-Americana do Câncer recomenda enviar mais mensagens do que ligar e limitar o uso do celular. Outra opção é escolher um telefone com um valor de SAR reduzido (menos níveis de ondas de RF).

Mas nem todas as prevenções são bem-vindas. "O uso de protetores de celular para absorver a energia de radiofrequência não se justifica e a eficácia de muitos dispositivos comercializados para reduzir a exposição não foi comprovada," diz Van Deventer.


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Uso excessivo de celular causa problemas de postura

As queixas normalmente são sobre dores no pescoço, ombros e costas. Veja como evitar este problema

Problemas de postura relacionados ao uso excessivo de gadgets como tablet e celular, que induzem a erros graves no posicionamento do pescoço, ombros e costas, são cada vez mais comuns. “As queixas de dores nessas regiões aumentaram cerca de 40% nos últimos dois anos”, analisa o ortopedista Márcio Schiefer, do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, no Rio de Janeiro.

Para colocar o corpo no eixo ao usar seus dispositivos tecnológicos, preste atenção para manter ombros e orelhas sempre alinhados e coluna ereta, com as escápulas retraídas, assim evitando uma sobrecarga que pode chegar a 12 kg na cervical, de acordo com o Centro Médico de Cirurgia Espinhal e Reabilitação, em Nova York.


Fonte: http://corpoacorpo.uol.com.br/blogs/mulher-de-corpo/uso-excessivo-de-celular-causa-problemas-de-postura/10724 - Texto Vand Vieira | Adaptação Ana Paula Ferreira - Foto Shutterstock

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Erros cometidos ao executar o uso dos aparelhos na academia

Postura correta, posicionamento das pernas, braços e cotovelos são importante para evitar lesões graves no treino

Dicas na hora do treino na academia são sempre bem-vindas, afinal todos presentes possuem o objetivo de tonificar o corpo, perder peso e assegurar o ganho de massa magra. Vale lembrar a importância de executar os exercícios em cada aparelho de modo correto para não implicar futuramente em complicações lombares e dificuldades para o alcance do propósito.

De que forma portar-se em cada aparelho e como podemos executá-lo sem agredir a coluna e os tendões. Além da orientação do seu personal na academia você também pode conferir as informações no artigo. Leia:

Leg Press
O leg press é indicado para tonificar os músculos da perna. Este aparelho é utilizado por pessoas que desejam tornar os músculos inferiores mais rígidos e garantir o ganho de massa muscular. Cuidados na hora da prática evitam contorções no joelho e dores na região das pernas.
Modo errado: executar o exercício com a coluna mal apoiada. Quando a coluna não está apoiada por completo os músculos da região não irão ser trabalhados corretamente. O exercício possui o objetivo de trabalhar a região das pernas e não atingir a coluna. Esticar os joelhos para dentro também é outro hábito prejudicial e muito comum quando estamos exagerando na quantidade de peso.
Modo correto: A coluna precisa estar completamente encostada no apoio para as costas. Ao flexionar as pernas não mexa a coluna do lugar e apoie bem os pés no local indicado. É importante alinhar os pés em direção aos quadris e manter os joelhos levemente flexionados ao realizar os movimentos.

Supino reto
Este aparelho pode lesionar quando não executado corretamente. Afeta a região da coluna, ombros e punhos.
Modo errado: para realizar o treino com este aparelho use o auxilio dos espelhos e direcione a barra na altura dos olhos. De acordo com professores de educação física quando a barra é direcionada ao ombro ou mamilo não propicia benefícios eficazes para os músculos
Modo correto: ao levantar a barra atente-se na direção da linha da clavícula (ossos junto ao peito). Os cotovelos devem estar dirigidos na altura dos ombros.

Agachamento
Ótimo para fortalecer as pernas e os glúteos, mas quando mal executado acarreta em problemas na região da coluna.
Modo errado: o modo errado de realizar é entortar a coluna. É importante direcionar o peso para região das pernas e evitar dores lombares.
Modo correto: Aponte os joelhos para frente em direção aos pés e empine o glúteo para trás. Com este posicionamento o peso do equipamento será dirigido para região das pernas.

Para ter segurança na hora do treino é indispensável o acompanhamento do profissional de educação física. Mesmo com experiência na malhação há riscos de executarmos algum aparelho de forma errada, portanto, o auxílio do profissional na rotina da atividade será importante para o alcance de resultados positivos.

sábado, 12 de setembro de 2015

10 alimentos mais contaminados com o uso de agrotóxicos

Ao adotar um cardápio saudável, repleto de frutas, verduras e legumes, é essencial ter atenção e cuidado com os alimentos que são bombardeados com agrotóxicos em seu cultivo

Muitas vezes quando saímos dos mercados com a sacola cheia de frutas, verduras e legumes, acreditamos que estamos garantindo uma alimentação super saudável e livre de substâncias que podem fazer mal à nossa saúde. Mas, infelizmente a realidade não é tão bela assim.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), O Brasil é o maior usuário de agrotóxicos do mundo, utilizando mais de um milhão de toneladas por ano, dando um total de 5,2kg de agrotóxicos por brasileiro. Entretanto, ao mesmo tempo em que aumentam a produção, os agrotóxicos poluem o meio ambiente e os alimentos e muitas vezes são utilizados sem qualquer regulamentação ou controle.
De modo geral, mais de 30% dos alimentos consumidos pelos brasileiros não são próprios para alimentação por apresentarem altos níveis de resíduos de agrotóxicos. Preocupada com essa realidade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) criou o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) e realiza periodicamente estudos para verificar a quantidade de resíduos de agrotóxicos em alimentos.
Os alimentos devem apresentar menos resíduos que o Limite Máximo de Resíduo (LMR). Em seu último relatório, divulgado em 2012, a ANVISA apontou a abobrinha como o alimento com a maior quantidade de agrotóxicos, seguida pela alface, uva e tomate. Em estudos anteriores, divulgados em 2010, a agência apontou o pimentão como o alimento mais contaminado, seguido pelo morango.

Os graus de contaminação
O grau de contaminação de um alimento vai ser maior ou menor por diversos fatores, entre eles, seu ciclo de maturação. Quanto mais tempo um alimento demora a amadurecer, mais pulverização de agrotóxico ele receberá, como é o caso do tomate e o morango que têm um processo de maturação maior e, portanto, são as frutas que mais apresentam riscos. Já o abacate, o caqui e o coco, por terem um ciclo menor, têm baixo risco.
Nos legumes, o fator de contaminação se dá pelos ataques de pragas e os que mais precisam de agrotóxicos são, por exemplo, a abobrinha e o pimentão, dois legumes detectados como altamente contaminados pela Vigilância Sanitária. Já as hortaliças em folhas são os alimentos que menos recebem pulverizações, mas mesmo assim, dependendo do produtor, eles poderão apresentar alto índice de resíduos, que é o caso da alface.

Os 10 alimentos que mais recebem agrotóxicos
Segundo o agrônomo Prof. Dr. Adilson de Castro Antônio, da Universidade Federal de Viçosa, a Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM) identificou em um estudo realizado em 2010 as 10 hortaliças que mais receberam agrotóxicos naquele ano.
É importante ressaltar que os alimentos mais pulverizados com agrotóxicos estão sempre variando, pois a utilização ou não de agrotóxicos é uma escolha do produtor, que pode optar por uma técnica chamada controle biológico que é muito menos agressiva ao alimento.
Na lista abaixo estão os 10 alimentos que mais costumam receber agrotóxicos em seu cultivo segundo a ABCSEM seguidos de seus benefícios e formas de cultivo. Vale ressaltar que para cultivar alimentos em casa é preciso tomar alguns cuidados básicos: como ter os utensílios necessários, preparar bem o solo, regar regularmente e apostar em repelentes naturais.

1. Tomate
O tomate é um alimento extremamente sensível a doenças, por isso há a necessidade de utilizar agrotóxicos em seu cultivo de forma elevada. Apesar do alto índice de contaminação, se produzidos com qualidade, os tomates só trazem benefícios: são fonte de antioxidantes, ajudam a prevenir o câncer de próstata, contêm quantidades significativas de vitaminas, ajudam a prevenir doenças relacionadas com o avanço da idade, melhoram o fluxo sanguíneo e circulação entre outros benefícios.
Para fazer seu cultivo caseiro, é preciso sempre manter a terra úmida, com boa incidência de luz e abrigado da força do vento, além de um terra bem adubada e fertilizada. Você pode plantar qualquer tipo de tomate em vasos, inclusive alguns jardineiros iniciantes preferem começar pelo tomate-cereja. Seu plantio deve ser feito entre setembro e outubro.
2. Melancia
O uso de agrotóxicos nas melancias também é elevado, e um dos motivos é a necessidade de produzir frutos grandes. A melancia é uma fonte poderosa de antioxidantes, além de ser rica em potássio, que ajuda desintoxicar o corpo prevenindo problemas renais. Seu consumo também ajuda a reduzir a pressão sanguínea do corpo e a proteger a pele contra os radicais livres.
Para o seu cultivo no lar é necessário um espaço considerável, mas existem algumas soluções para plantar melancias em vasos. A melhor época de plantio é no mês de agosto e este exige alguns cuidados com a terra para evitar o ataque de pragas, como por exemplo: uma cama de palha, uma madeira ou outro material sob cada fruto para evitar o seu contato direto com o solo; virar o fruto em intervalo de dias para dar uma aparência uniforme e eliminar os frutos malformados.
3. Cebola
Por serem a base da alimentação, as cebolas são vastamente consumidas e são produzidas em larga escala, o que as coloca também na lista de alimentos que mais recebem agrotóxicos. Apesar disso, seu consumo é extremamente benéfico.
A cebola ajuda no controle dos níveis de açúcar no organismo, promove a saúde cardiovascular e também gastrointestinal, além de auxiliar na saúde óssea e ter ação anti-inflamatória e antibacteriana. A cebola ainda é rica em vitamina A, B1, B2 , B3 e C, em ferro e cálcio.
Para o seu cultivo no lar, existem formas diferentes de plantio, algumas mais simples e rápidas e outras mais complexas e que precisam de maior dedicação. As cebolas precisam de extremo cuidado com suas raízes já que é nelas que se formam os bulbos. Para isso, sua terra deve ser muito fertilizada e o ideal é usar fertilizantes orgânicos, impedindo assim o aparecimento de ervas daninhas, além disso, elas precisam de uma umidade uniforme ao longo de seu crescimento e devem ser plantadas por volta do mês de agosto.
4. Abobrinhas
Em um recente estudo realizado pela ANVISA, a abobrinha foi listada como o alimento com a maior quantidade de resíduos de agrotóxicos. No entanto, ela é um alimento com incontáveis benefícios, tais como: é boa para saúde da próstata, é um anti-inflamatório, reduz risco de ataque cardíaco e derrame, ajuda a prevenir o câncer e a baixar o colesterol.
Para o seu cultivo no lar, é preciso ficar atento ao tipo de abobrinha, pois cada um vai ter necessidades diferentes e épocas de plantio distintas. Mas em todo o cultivo é necessário remover as ervas daninhas e folhas doentes e garantir a polinização, nem que essa seja feita manualmente com a ajuda de pincéis. Sem polinização, não há fruto.
5. Alface
A alface é um tipo de folhagem largamente consumido, por isso ele também é resultado de uma produção em larga escala que utiliza agrotóxicos em excesso. Fora esse fato, esse alimento simples é extremamente poderoso. A alface contém poucas calorias e é rico em nutrientes, auxiliando na perda de peso e por conter fibras, ele também auxilia na digestão e combate à prisão de ventre.
Além disso, a alface é benéfico para pele devido aos seus nutrientes, tais como: potássio, beta-caroteno e vitamina C, e também faz bem para os ossos e olhos e ainda atua no controle de diabetes e no combate à insônia.
Existem vários tipos de alfaces e todas podem ser cultivadas em casa. As sementes precisam ser plantadas em um vaso com 1 cm de profundidade de terra e assim que elas brotarem devem ser replantadas com 7 cm de profundidade de terra. Essas verduras precisam ser cultivadas com espaço e em jardineiras ou caixotes de 25 cm de altura. Sua melhor época de plantio é entre março e julho.
6. Melões
O melão também recebe muitos agrotóxicos em sua produção, no entanto, ele é um alimento muito bom para a saúde, pois ajuda a retardar o envelhecimento, protege contra infecções bacterianas e virais, contra doenças cardíacas e contra a osteoporose, além de muitos outros benefícios.
Para cultivar o melão, o meloeiro necessita de alta luminosidade e bastante água no início de seu plantio, mas pouca na época de amadurecimento, por isso exige cuidados específicos. Como tem um processo de plantio mais complexo, é difícil plantar melões em casa.
7. Pepino
O pepino também é um dos líderes em resíduos de agrotóxicos, pois é alimento altamente cultivado, o que incentiva o uso de pesticidas para alcançar alta produtividade.
O fruto apresenta diversos benefícios, tais como: ter um efeito calmante, possuir vitaminas A, B, C e K, além de minerais. Pela sua composição altamente nutritiva ele é bom para a pele, para a prevenção de câncer, para a digestão, para o coração, para o controle de diabetes, entre outros.
No cultivo caseiro do pepino, é recomendável condições de alta luminosidade, em clima quente e sem exposição a ventos. Sua época de plantio é entre agosto e março. A irrigação do pepineiro deve ser regular para manter as raízes sempre úmidas, mas nunca encharcadas.
8. Cenoura
A cenoura é um dos alimentos mais consumidos no Brasil, e devido a essa alta demanda, sua produção também utiliza agrotóxicos. Ela é largamente conhecida pelos seus benefícios relacionados ao bronzeado, mas eles vão muito além disso. Ela é boa para os olhos, previne a formação de cancros, tem ação anti-idade, deixa a pele com aparência saudável e brilhante, é antisséptica, ajuda na liberação de toxinas, deixa os dentes e gengivas mais saudáveis, entre muitos outros benefícios.
Para o cultivo em casa, a melhor época é entre os meses de outubro a março. A cenoura precisa ser cultivada em um solo extremamente leve e macio para que as suas raízes cresçam de forma saudável. Além disso, a cenoura prefere condições de alta luminosidade com sol direto para seu crescimento ser melhor.
9. Pimentão
Em estudo anterior realizado pela ANVISA, o pimentão foi o alimento com a maior quantidade de resíduos de agrotóxicos. O pimentão é atacado por fungos e outras pragas, por isso o excesso de uso de agrotóxicos. Por outro lado, o pimentão é um excelente antioxidante natural. Sua ingestão regula e protege estômago e intestino.
Para cultivá-lo em casa, as mudas podem ser plantadas já em um vaso grande, com terra sempre úmida e bastante luminosidade, é recomendável também o uso de uma estaca para ajudar no crescimento. O pimentão precisa de alguns cuidados para evitar as pragas e conservar as mudas, que são extremamente sensíveis, em pequenos potes e só depois plantá-las. A época de plantio é entre agosto e janeiro.
10. Repolho
O repolho é um alimento de clima frio e geralmente também recebe agrotóxicos em sua produção. É um alimento rico em vitaminas A, C, E, K e as do complexo B, além de diversos tipos de minerais. Ele tem ação anti-inflamatória e antioxidante e ajuda na prevenção de várias doenças degenerativas. Suas fibras promovem o bom funcionamento do intestino, ajudando também na recuperação de úlceras e gastrites.
Para o cultivo no lar, é recomendável escolher uma espécie de clima quente e que tolere temperaturas mais altas. Sua época de plantio é entre julho e agosto. Um dado importante ao se plantar repolho é que se deve dar um espaçamento de 30 a 60 cm, e que quanto maior o espaçamento, maiores as cabeças de repolho formadas.
De acordo com o engenheiro agrônomo Daniel Bizelli Pedroso, outros alimentos que utilizam agrotóxicos, até mesmo em maiores quantidades que os alimentos citados acima, são os grãos, tais como feijão, soja e milho. Ao serem produzidos em grandes lavouras, todo cuidado é pouco para evitar uma contaminação por pragas e não perder toda a safra.
O especialista ainda adicionou que as grandes indústrias alimentícias investem muito em tecnologias para produzirem suas lavouras com agrotóxicos menos agressivos e em processos de purificação do alimento, principalmente no cultivo da soja e do milho, o que resulta em alimentos com baixíssimo risco de contaminação e alto teor de qualidade. Por isso, é importante investir em marcas conhecidas pela sua qualidade e preocupação com a pureza da produção, além de optar por produtores locais orgânicos que também vão procurar soluções mais saudáveis para produzir alimentos.

Os alimentos que menos recebem pesticidas no cultivo
Quanto mais rápido for seu ciclo de maturação e maior for sua resistência a pragas, menos agrotóxico esse alimento receberá, como nos casos listados a seguir:
Abacate: O abacate é um alimento que reduz a taxa de colesterol e pressão sanguínea, possui ação antioxidante e anti-inflamatória, age contra prisão de ventre, evita a fadiga mental e fornece energia aumentando a disposição. Para o seu cultivo é necessário preparar a semente em um recipiente com água, para dar origem a raiz, e depois ele precisa ser plantado em solo para dar origem a um abacateiro.
Caqui: O caqui é bom para todo o sistema digestivo, mas não deve ser consumido de estômago vazio. Ele também ajuda no combate ao câncer e traz benefícios contra o envelhecimento, além de aumentar a imunidade prevenindo contra doenças comuns como resfriados e pequenas infecções. O caqui pode ser plantado em vasos, mas isso não é recomendado, o ideal é cultivá-lo em áreas maiores.
Coco: O coco é extremamente benéfico para o organismo: sua água hidrata a pele, diminui o colesterol, controla a pressão arterial, repõe a energia e auxilia no tratamento de úlcera estomacal. Para que seja cultivado no lar, é necessário plantar de coqueiros em grandes espaços.
Rúcula: A rúcula é um alimento que apresenta vitaminas A, C e K e minerais como cálcio, ferro e potássio, sendo muito boa para a saúde dos olhos e ossos. Seu cultivo é extremamente fácil, a única complexidade é a época de colheita que deve ser antes do florescimento, pois isso garante folhas menos amargas.
Agrião: O agrião tem ação antiviral, é bom para a pele, para os ossos e para saúde bucal. O seu cultivo também é simples para quem quer plantá-lo em casa. Mas exige cuidados com ervas daninhas e pragas, por isso é preciso usar uma manta vegetal para manter a umidade e bloquear qualquer ameaça e remover as ervas daninhas e pragas quando essas aparecerem.

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/alimentos-mais-contaminados-com-o-uso-de-agrotoxicos/ - Tamires Criscio Gomes - Foto: Getty Images