sexta-feira, 19 de abril de 2019

Atividade física: para cada fase, um tipo diferente

Guia atualiza as orientações de atividade física por diferentes faixas etárias e inclui conselhos específicos a certos grupos

Do netinho ao avô, passando por aquele tio hipertenso e pela prima que engravidou uns meses atrás, qualquer membro da família sai ganhando ao incorporar a movimentação na rotina. Mas a nova edição das Diretrizes de Atividade Física para Americanos, atualizadas após dez anos pelo governo dos Estados Unidos, não veio só alongar a lista dos benefícios de suar a camisa a diversos estratos da população.

“O documento oferece conselhos baseados na ciência para auxiliar pessoas acima de 3 anos a ganhar saúde por meio da prática regular de atividade física“, afirmam os autores do compêndio logo nas primeiras páginas. Ou seja, além do “porquê”, ele oferece o “quanto” e o “como”. Devidamente divididos para o neto, o avô, o tio com pressão alta, a prima gestante…

Ainda que venha da terra de Donald Trump, o manual pode ser aproveitado em boa parte por aqui. “Os trechos que discutem benefícios e metas ideais valem para o mundo todo, de maneira geral”, reforça o médico do esporte Marcelo Leitão, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. São essas questões que vamos esmiuçar ao longo da reportagem.

Porém, tanto Leitão quanto Inácio Crochemore, profissional de educação física e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde, lamentam que o nosso país não possua um guia próprio, que reflita particularidades locais e acentue a necessidade de promovermos a vida ativa nas mais diversas instâncias, inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS). Ambos pretendem tratar disso em breve com as autoridades públicas.

Por meio de sua assessoria, o Ministério da Saúde afirma que segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2010. Para adultos, a entidade global sugere ao menos 150 minutos de práticas aeróbicas moderadas ou 75 em ritmo intenso por semana, com mais duas sessões de fortalecimento muscular.

Embora a quantidade esteja de acordo com a nova diretriz dos Estados Unidos, existem divergências consideráveis. Um exemplo: a primeira edição americana e a versão da OMS defendem que, para trazer vantagens, uma dose de esforço físico precisa se prolongar por ao menos dez minutos.

“Antes não havia evidência para tanto, mas concluímos agora que sessões de qualquer duração [desde que com intensidade moderada ou vigorosa] beneficiam a saúde e devem ser contabilizadas nas metas. Até um episódio rápido de subida de escadas conta”, contrapõe a publicação recente.

Aliás, a maior queda nas taxas de mortalidade ocorre quando um indivíduo completamente parado passa a dedicar um tempinho aos exercícios, mesmo que não o suficiente para bater as metas oficiais. Aos poucos, ele pode progredir nos treinos para maximizar os resultados.

“Tenho a impressão de que o novo documento pretende remover barreiras que dificultam a realização de atividades físicas”, opina o profissional de educação física Tony Meireles, professor da Universidade Federal de Pernambuco. “Há até um foco maior no prazer, que é determinante para alguém se manter longe do sedentarismo”, arremata. Em especial nas recomendações para crianças e adolescentes, o componente lúdico é destacado como forma de criar uma relação positiva com esportes e afins.

Para não ficar só nos elogios, o gerontologista Fernando Bignardi, da Universidade Federal de São Paulo, reconhece os valores desse manual, entretanto acredita que ele e outros parecidos não contemplam complexidades do ser humano. “Quem é inativo muitas vezes tem crenças arraigadas e negativas sobre os exercícios. Não é um calhamaço de regras que vai mudar sua vida”, avalia. Apenas um olhar individualizado quebraria esses estigmas.

Por outro lado, um guia pode oferecer rotas para que você mesmo trace seu caminho rumo a hábitos mais saudáveis. Vamos lá?

Crianças entre 3 e 5 anos
Nessa fase, não adianta martelar que é melhor desligar o celular e a TV e sair correndo por aí. Para tirar a criançada do marasmo, foque na diversão. A diretriz americana sugere andar de bicicleta ou triciclo, participar de brincadeiras ativas, e por aí vai – nada que um bom parquinho não ofereça. Só porque será gostoso não significa que não será vantajoso.
“Começar a se exercitar nessa idade é um estímulo para a coordenação”, aponta o educador físico Gustavo Aires de Arruda, de Londrina, no Paraná, que trabalha com o público infantojuvenil.
A molecada que não fica parada também se estressa menos e aperfeiçoa habilidades cognitivas, o que se reflete num bom desempenho escolar. Sem falar na socialização com os outros.

Recomendações:
Os pequenos devem passar o dia se movimentando. Busque 180 minutos diários de práticas, mas sem neura.
Promova diferentes tipos de brincadeira. Quanto maior a diversidade de estímulos, melhor.

Crianças acima de 5 anos e adolescentes
O foco no lazer segue preponderante. Veja: a saúde até fala mais alto para alguns adultos, mas esse tipo de argumento chega a afastar os jovens. No entanto, a quantidade de agito preconizada é um pouco mais específica, segundo o manual. Até porque esse é o momento perfeito de prevenir, tanto no presente como lá na frente, obesidade, colesterol alto, diabetes tipo 2, pressão alta…
Exercícios mais intensos e com um componente de impacto, a exemplo de pular corda ou jogar vôlei, também protegem contra uma futura osteoporose. “Essas modalidades estimulam o fortalecimento dos ossos. É como se criassem uma poupança de massa óssea, que vai evitar problemas décadas adiante”, explica Arruda.

Recomendações:
Indica-se uma hora de exercício moderado ou vigoroso por dia.
Incentive atividades variadas.
Os momentos ativos devem trabalhar o fôlego (nadar, dançar…), a força muscular (escalar…) e o esqueleto (pular corda…). Certas práticas, como basquete, cumprem mais de um desses requisitos. Cada um, aliás, merece ser contemplado três vezes por semana.
Com supervisão, jovens deficientes podem e precisam ser encorajados a largar o sedentarismo.

Adultos em geral
Além de efeitos clássicos dos exercícios – controle do peso, proteção ao coração… —, a segunda edição do guia americano ressalta seu potencial em reprimir doenças neurológicas, a exemplo do Alzheimer, e turbinar o raciocínio, a memória e o bem-estar mental. Nesse último ponto, os resultados são percebidos após poucas sessões.
Do ponto de vista das metas, o limiar de 150 minutos de exercício moderado por semana segue valendo. Só que extrapolá-lo, desde que aos poucos e respeitando o próprio corpo, em geral faz bem. “Uma pessoa que acumula 300 minutos apresenta um risco ainda menor de sofrer com problemas cardíacos e diabetes”, assegura a diretriz.
Só tome cuidado com as lesões, que acabam fomentando o sedentarismo — mais adiante, abordaremos os princípios básicos de segurança. Na contramão, mesmo quantidades abaixo de uma hora e meia são (muito) melhores do que nada.

Recomendações:
Fazer de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada por semana ou de 75 a 150 minutos em intensidade vigorosa.
Atingiu essas marcas? Pois superá-las pode agregar mais benefícios. Discuta seus limites com um profissional.
Duas ou mais sessões de musculação ou outro exercício resistido, trabalhando todos os grupos musculares, também são indicadas.
Incluir, quando possível, práticas que aprimoram a flexibilidade, como pilates e o bom e velho alongamento.
Ficar sentado o dia todo é péssimo. Levante-se mais durante o dia.

Idosos
“A ideia de que os mais velhos precisam repousar o dia inteiro é ultrapassada. Eles conseguem se exercitar e, com isso, manter a autonomia”, defende Bignardi. Momentos de agito preservam funções do corpo vitais para tomar banho sozinho, levantar da cama, preparar refeições, vestir a roupa… Isso sem considerar a prevenção e mesmo o controle de inúmeras enfermidades, do câncer à artrose.
“Esse grupo, quando ativo, tem menor propensão a quedas. E, se cair, está menos sujeito a lesões graves”, aponta o guia. Não faça pouco caso desse quesito. Um ano depois de uma fratura no quadril (situação mais comum na presença da osteoporose), até um terço dos pacientes morre.
Agora, um recado para a turma que tem qualquer doença: converse com o médico para entender limitações.

Recomendações:
Se tudo estiver em ordem, o idoso pode seguir as diretrizes dos adultos em geral.
Incluir práticas de equilíbrio na rotina ajuda a escapar de quedas e ossos quebrados.
É importante delinear a intensidade e a quantidade de acordo com o condicionamento físico de cada um.
A presença de enfermidades crônicas exige avaliação médica para individualizar ajustes.

Gestantes e mulheres no pós-parto
Na maioria das vezes, a gravidez não é desculpa para viver deitada. A malhação ajuda a frear a subida no ponteiro da balança, escanteia hipertensão e diabetes gestacional, afasta a depressão, facilita o parto e minimiza o risco de o bebê nascer acima do peso.
Quer mais?! A gestante que troca o sofá pelo parque ou pela academia ganha disposição para cuidar do filho.
Antes de dar os primeiros passos, só converse com os profissionais. “Há estratégias e ajustes de intensidade e frequência que merecem acompanhamento. Normalmente, as mulheres pegam gosto e levam a prática para a vida toda”, relata o educador físico Renato Rocha, da Universidade de Taubaté (SP).

Recomendações:
Fazer 150 minutos de exercícios moderados na semana, mesmo após o parto, priorizando os aeróbicos. Dá para variar, por exemplo, entre pilates, caminhada e hidroginástica.
A supervisão médica deve ser constante nos nove meses.
Treinar deitada de costas ou com o lado direito do corpo por muito tempo é contraindicado. O útero comprime os vasos sanguíneos, o que ocasiona complicações cardiovasculares na mãe.
Abstenha-se de esportes de contato, como futebol e handebol.
Adultos com doenças crônicas
Boa notícia para os diabéticos, hipertensos e portadores de males duradouros: com a liberação do doutor e o quadro estabilizado, a diretriz dos Estados Unidos prevê metas similares às dos outros adultos. O essencial mesmo é checar o estado físico e refletir sobre uma ou outra particularidade de cada doença.
“Com acompanhamento, a atividade física integra o tratamento. Dependendo do caso, ela ameniza sintomas ou até controla o avanço do problema”, justifica Crochemore.

Recomendações:
Se possível, seguir aquelas destinadas aos adultos em geral.
Mesmo se não conseguir cumprir as metas por algum motivo, essa turma precisa fugir da inatividade e suar a camisa conforme suas limitações – qualquer esforço já ajuda.
Caso possua uma deficiência, procure esportes adaptados ou alternativas para mexer o corpo. Fisioterapeutas são ótimos aliados nessa hora.
As doenças crônicas cobram uma consulta com o especialista sobre limitações, intensidade, duração, frequência…

As vantagens dos exercícios e os cuidados exigidos para cada doença
Artrose: O impacto às vezes é uma ameaça. Mas a academia diminui dores e imobilidade.

Hipertensão: A pressão baixa quando o exercício entra em cena. Cuidado com treinos pesados na musculação.

Câncer: Há precauções com cada tumor, mas a atividade física aplaca efeitos do tratamento e reduziria o risco de morte.

Diabetes: Um bom jeito de baixar o açúcar no sangue é se mexer. Só não dá para fazer isso sem monitorar a glicemia antes, durante e depois.

Para se exercitar com segurança
Se você tem medo de entrar numa academia, saiba que o perigo de problemas graves é mínimo – e certamente menor do que o de adotar o sedentarismo como estilo de vida. “Basta respeitar cuidados básicos”, salienta o educador físico Marcelo Ferreira Miranda, membro do Conselho Federal de Educação Física.

Separamos a seguir pontos-chave prescritos pelo expert e pela diretriz americana:

Prática consciente: Toda modalidade tem seus riscos. O importante é conhecê-los e se preparar de antemão.

Do seu jeito: A atividade deve ser apropriada para o seu nível de condicionamento e adequada segundo suas metas.

Aos poucos: Não tente se tornar um atleta da noite pro dia. Aumente a frequência e a intensidade gradualmente.

Equipamentos: Capacete, joelheira, luvas… Se a prática escolhida exige aparatos de proteção, use-os sempre!

O ambiente: Examine as condições do local. Leve em conta trânsito, criminalidade, exposição ao sol etc.

Estado de saúde: Se tiver qualquer restrição, não deixe de bater um papo com o especialista e fazer possíveis adaptações.

Acompanhamento: Para ter segurança e resultado, o ideal sempre é ser orientado por um bom profissional de educação física.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/atividade-fisica-para-cada-fase-um-tipo-diferente/ - Por Maria Tereza Santos, Theo Ruprecht - Ilustração: Leonardo Yorka/SAÚDE é Vital

Paixão de Jesus Cristo



Na torrente de Cedron,
Foi entregue, por dinheiro.
Judas, que provou do Amor,
De seu Mestre e Mensageiro.
Foi, ainda assim, enganado
Entregou Jesus aos soldados
Pervertendo-se por inteiro!

O Senhor, bem ligeiro,
Antecipou-se aos soldados:
"A quem vós estais procurando?"
- "Ao Nazareno, o condenado."
O Mestre lhes disse: - SOU EU!
E todo destacamento emudeceu,
Todos ali caíram, desmaiados.

Pedro, que vai negá-lo,
Não gostou da empreitada.
Adiantou-se e os enfrentou,
Desembainhando a espada.
Desferiu o golpe ao soldado,
Pois estava acostumado
A vencer pela luta armada.

Jesus diz: - Guarda a espada!
Pois deste cálice vou beber.
O Reino de Deus é de Paz
E o amor é que vai vencer.
Nunca uses de violência,
Mas serve-te da decência
Do perdão que vim trazer.

Mal terminou de dizer
E o levaram a Anás
Porque, naquele ano
O sacerdote era Caifás
Judas fugiu, no momento,
E, com o arrependimento,
Empreendeu atitude fugaz

Depois do Sumo Caifás,
Levaram ao governador.
Este não se comprometeu
Com o julgamento do Senhor:
-Que crime ele cometeu?
E já que não sou um judeu,
Levem e condenem o malfeitor.

Conduziram o Salvador
Pelas vielas de Jerusalém.
Deram-lhe pesado Madeiro,
E zombaram dele também.
Jesus, a caminho do Calvário,
Nada revidou, ao contrário,
Demonstrou o amor que tem.

Neste itinerário, alguém
Fez-se presença de amor.
Maria, a Mãe lacrimosa,
Veio-lhe suavizar a dor.
Com ela, outras Marias
Experimentaram a agonia
Que enfrentava o Salvador.

No Calvário, o Senhor
A terra ao Céu uniu.
Entregou o seu Espírito,
Num sofrimento vil.
Na Cruz Jesus morreu,
O Pai Eterno O acolheu
E aos Seus pedidos ouviu.

O Céu, à terra se abriu,
Rasgou-se o véu do templo.
Já não há separação
Entre esses dois pavimentos.
Jesus sua vida nos deu
Salvou a todos os Seus,
Retirando os impedimentos.

A Paixão e o momento
De enorme reflexão...
Como está a consciência,
Apelidada de coração?
Será que nosso proceder
Revela a forma de conhecer
Quem nos trouxe a salvação?

Jerônimo Peixoto

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Quinta-feira Santa


Hoje o nosso olhar
Volta-se para o Amor,
Transformado em serviço,
Testemunhado pelo Senhor.
É sentimento de Alegria
Presente na Eucaristia,
Presença do Redentor.

Nesse dia, o Salvador
Fez do Amor mandamento,
Lavou os pés aos seus,
Tudo num só momento.
O Sacerdócio e a Eucaristia,
Para servir de garantia
Do divinal acontecimento.

A páscoa, o grande  evento,
Da memória de libertação
Da travessia do Mar Vermelho,
Rememorada com emoção,
Era a Festa do Povo Hebreu.
Mas Jesus Cristo lhe deu
Uma diferente conotação.

Se todos somos irmãos,
Devemos mesmo servir
Sobretudo aos pobres
Que vivem sem possuir.
Eles são o sacramento
Daquele acontecimento
Que Jesus veio instituir.

Amor para bem servir;
Eucaristia por Alimento,
A presença do Sacerdote,
É sempre fortalecimento
Que enriquece a experiência,
Garantindo a excelência
Do Augusto Sacramento.

Jerônimo Peixoto

Exercícios físicos para idosos: dicas e benefícios!


Atividades físicas regulares são essenciais para a qualidade de vida em qualquer idade. Confira dicas para se manter sempre ativo!

Atividades físicas regulares e alimentação saudável são essenciais para uma boa qualidade e expectativa de vida. Segundo o médico cardiologista Nabil Ghorayeb, o tempo ideal de movimentos moderados é um total de 150 minutos por semana, tanto para jovens quanto para a população acima dos 60 anos. Quem pratica esportes ou se mantém ativo desde a juventude provavelmente tem mais disposição para continuar nesse ritmo em idades mais avançadas, mas isso não quer dizer que, na terceira idade, não se pode começar do zero. Segundo o Nabil, os exercícios físicos para idosos trazem inúmeros benefícios.

“Entre eles, estão o aumento do HDL (colesterol), a redução dos triglicerídeos, diminuição da pressão arterial, redução da gordura corporal devido ao aumento do gasto calórico diário, ganho de massa muscular propiciando ao idoso maior autonomia funcional, diminuição de lesões causadas por quedas, além de ajudar a prevenir doenças cardíacas e vasculares, hipertensão arterial, diabetes, câncer de mama e próstata, osteoporose, depressão, etc”.

Na prática!
Para o bom aproveitamento sem muito desgaste, o profissional recomenda exercícios bem balanceados. “O ideal é fazer duas vezes na semana somente exercícios aeróbios como a caminhada, hidroginástica, bicicleta, etc. Nos dias restantes, priorizar os exercícios de fortalecimento muscular, sempre acompanhados de um personal trainer. É importante que seja feito o controle da frequência cardíaca por meio do monitor cardíaco, e que a pessoa permaneça pelo menos 50% do tempo total do exercício dentro da frequência cardíaca de treino”, pontua o especialista.

Exercícios físicos para idosos
Confira algumas atividades recomendadas pelo profissional e seus benefícios:

Andar de bicicleta: é uma boa opção de exercício para idosos porque ajuda a fortalecer as articulações, especialmente as dos joelhos, tornozelos e quadril, além de contribuir para o fortalecimento dos músculos das pernas e do abdômen. Além disso, andar de bicicleta ajuda a baixar a pressão arterial e a aliviar as dores provocadas pela artrite;

Alongamentos: melhoram a flexibilidade, a circulação sanguínea e a amplitude dos movimentos. Os exercícios de alongamento ajudam a diminuir a rigidez das articulações e músculos e a evitar o aparecimento de lesões;

Hidroginástica: na hidroginástica, todos os músculos do corpo são exercitados. A água favorece o relaxamento das articulações, aliviando as dores e desenvolvendo a força e resistência do corpo. Além disso, a hidroginástica melhora o ritmo cardíaco e a saúde dos pulmões;

Natação: a natação é um dos melhores exercícios para a terceira idade. Tem muitos benefícios, como alongar e fortalecer os músculos e articulações do corpo, aliviar as dores causadas pela artrite, evitar a perda óssea e diminuir o risco de doenças como diabetes ou hipertensão;

Yoga: o yoga varia exercícios de força com de equilíbrio. Ajuda a melhorar a postura, estabilidade e flexibilidade do corpo. Ademais, ajuda a alongar e tonificar os músculos e relaxar as articulações.


quarta-feira, 17 de abril de 2019

Exercitar-se pode reduzir sintomas da TPM, diz pesquisa


Atividades de intensidade moderada, quando praticadas continuamente, aliviam cólicas, fadiga e dores

Exercícios físicos regulares podem contribuir para a diminuição de sintomas negativos  típicos do ciclo menstrual — como cólica, dor nos seios, fadiga, alterações de humor e fome excessiva. Foi o que respondeu 78% das mais de 14 mil mulheres que participaram de uma pesquisa feita pela FitrWoman (aplicativo de monitoramento do ciclo menstrual e esportes) em parceria com a Universidade de St Mary’s, no Reino Unido. Feita por meio da rede social para esportistas Strava, os dados contaram com a contribuição de cerca de 2 mil brasileiras.

Com idade média de 40 anos e ativas, as mulheres do Reino Unido, França, Alemanha, Irlanda, Espanha, Estados Unidos e Brasil relataram ter percebido uma diminuição dos sintomas com as atividades consideradas moderadas (aquelas que deixam a respiração bem pesada, mas ainda é possível conversar ao realizá-las). Isso acontece porque o esporte mexe diretamente com regulação dos hormônios no corpo. “Os benefícios de uma vida ativa se dão não somente pelos efeitos positivos para a respiração, coração e metabolismo. Mas também pela liberação de hormônios e neurotransmissores associados com o bem-estar e níveis de humor”, explica a ginecologista Bianca Franco, de São Paulo.

Dentre eles, a médica cita a dopamina, relacionada ao controle do humor, a adrenalina, a serotonina, muito ligada à sensação de felicidade, e insulina, que gera saciedade ao cérebro. Se a vida ativa é associada a uma alimentação balanceada, então, os resultados são melhores ainda. “O equilíbrio com horas suficientes de descanso e boa hidratação é ainda mais eficaz”, diz a educadora física Priscila Lopes, coordenadora da academia Velox Fitness, no Rio de Janeiro.

TPM, menstruação e treino
Mas calma. Mesmo com todos os hábitos saudáveis, não é incomum ficar mais cansada, desanimada e com cólica durante algum período do seu ciclo menstrual. Quase todas (88%) das que responderam à pesquisa também sentem a mesma coisa — e 69% delas já tiveram que mudar o treino por conta disso. Tudo isso acontece por causa de dois hormônios sexuais femininos: o estrogênio e a progesterona, que são os controladores do nosso ciclo menstrual e variam suas concentrações no organismo durante o mês.

“No início do ciclo (quando a mulher está menstruando), os níveis hormonais são baixos e o desempenho físico costuma ser pior. Após a ovulação, a concentração de progesterona é alta, mas a de estrogênio é baixa, ocasionando fadiga, irritabilidade, dores de cabeça retenção de líquido e outros sintomas”, explica a ginecologista. O período pós-menstruação é aquele em que o estrogênio atinge seu pico, e constitui a época em que a gente costuma ter mais resistência e sentir mais ânimo.

O que fazer quando estamos “naqueles dias” então? O segredo é respeitar os limites do seu corpo. Isso não quer dizer que você deva passar longe da academia (ainda mais depois que acabamos de descobrir que treinar pode diminuir esses efeitos, não é mesmo?). “A mulher pode fazer um ajuste no treino, que varia de pessoa para pessoa. Às vezes, adaptar a carga basta para algumas, enquanto outras necessitam de atividades menos intensas no dia, e podem trocar a corrida por uma sessão de bike”, diz a educadora física.

Tabu
E se a menstruação já é um tabu para a sociedade como um todo, em um ambiente como a academia, então, é pior ainda. 81,5% das brasileiras que responderam à pesquisa nunca nem tocaram no assunto com seus coaches, instrutores, mestres ou professores. “É imprescindível que haja uma conversa entre aluno e personal, principalmente ao iniciar qualquer prática, justamente para ajudar na regulação do ciclo hormonal. Além disso, é ele quem vai passar as adaptações e ajustes necessários nos dias de maior cansaço”, explica Priscila.

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/saude/exercitar-se-pode-reduzir-sintomas-da-tpm-diz-pesqua/ - Por Amanda Panteri - winsterphoto/Thinkstock/Getty Images

terça-feira, 16 de abril de 2019

De olho nos livros: a importância da atividade física para os estudos


Ao se preparar para vestibulares, concursos ou quaisquer outras provas, inserir exercícios ou esportes na rotina é fundamental para aproveitar ainda mais o aprendizado com bem-estar e equilíbrio

Aos que buscam se dedicar aos estudos, jovens ou adultos, é fundamental ter um corpo em equilíbrio e em pleno funcionamento. Afinal, apenas dessa forma será possível focar nas tarefas mentais com máxima atenção. Por conta disso, compreender que o ditado popular “saco vazio não para em pé” e que a prática de exercícios é uma medida útil são noções valiosas. Entenda melhor, a seguir, a importância da atividade física para os estudos.

A importância da atividade física para os estudos
Em tempos de vestibular, por exemplo, essa ideia pode ser o segredo de bons resultados. “Como no desenho de Leonardo da Vinci, Homem Vitruviano, sugerimos aos alunos: ‘busquem o equilíbrio entre a saúde da mente e do corpo’”, afirma o professor, preparador físico e coordenador do Núcleo de Atividades Complementares (NAC) Mário de Oliveira.

Praticar exercícios físicos libera diversas substâncias positivas. Uma delas é a endorfina, substância responsável pelo alívio de dor e regulação das emoções. Ao ser liberada, causa a sensação de bem-estar, o que, em tarefas cotidianas, pode ser determinante para não ter problemas com distúrbios como estresse e ansiedade.

Mario também destaca que as atividades físicas contribuem para o desenvolvimento da inteligência emocional. “Quando  controlados e organizados, os exercícios físicos estimulam a produção de hormônios responsáveis pelo equilíbrio do nosso organismo. É isto que mantém a sensação de energia nos alunos, reduzindo o estresse que interfere no rendimento estudantil”, explica.

Diante de eventuais problemas com a queda do desempenho escolar e transtornos decorrentes, o coordenador do NAC aconselha e incentiva que pais insiram seus filhos em rotinas de exercícios a fim de manter o equilíbrio do corpo, fundamental para uma educação transformadora. Entretanto, é importante salientar que esse inserção deve ser feita com cuidado, conciliando tarefas e não se tornando um obstáculo adicional. Outro detalhe valioso é que esta recomendação não se restringe a faixas etárias. Isso porque tanto jovens quanto adultos podem se beneficiar com a prática de exercícios físicos.


segunda-feira, 15 de abril de 2019

Qual a diferença entre gripe e resfriado?


Por terem sintomas similares, as duas doenças confundem a população. Saiba como identificar cada uma e o que fazer para evitá-las ou tratá-las

Chegou a época em que sintomas como febre, dor no corpo, espirros e tosse se manifestam com mais frequência. Estamos falando da gripe… ou será que é do resfriado? Afinal, existe alguma diferença entre as duas?

Para tirar suas dúvidas sobre esse tema, SAÚDE conversou com a imunologista Kelem Chagas, gerente médica da Sanofi Pasteur, a divisão de vacinas da farmacêutica Sanofi.

O que é a gripe e quais são seus sintomas
A gripe é causada pelo vírus influenza, que pode ser dos tipos A ou B. Cada uma dessas categorias se divide em outros subtipos – dentro do A, está o H1N1; e, do B, o Yamagata, por exemplo.

Seus principais sintomas são febre alta, dor intensa no corpo, tosse, dor de garganta e cansaço. Geralmente, eles aparecem quatro dias após o contato com o agente infeccioso e persistem por mais de uma semana.

“O paciente não consegue se levantar direito e sente maior necessidade de procurar auxílio médico”, arremata Kelem Chagas.

Ela também é marcada por desencadear outros problemas. “O influenza tem maior afinidade pelo pulmão. Por isso, a pneumonia é uma complicação mais frequente”, afirma a imunologista.

E mais: a gripe pode agravar quadros de saúde já existentes, como problemas cardíacos, asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica. Ela é, portanto, mais grave do que o resfriado. Hora de falar dele…

O que é o resfriado e quais são seus sintomas
Está aí outra infecção respiratória, mas que é desencadeada por diversos tipos de vírus. O rinovírus está entre os mais comuns.

“Sua manifestação clínica é menos intensa”, diferencia a especialista. Os sintomas incluem coriza, febre baixa, tosse e espirros. A recuperação tende a ser mais rápida.

Como é a transmissão?
É igual nas duas chateações. Ela ocorre quando gotículas de saliva do indivíduo infectado entram em contato com as vias aéreas de outra pessoa (por meio de espirro, beijos, tosse…).

Objetos contaminados com essas gotículas também espalham a enfermidade. “Isso acontece principalmente em lugares fechados, como escolas, transporte coletivo e ambientes de trabalho”, exemplifica Kelem. Lavar as mãos ajuda muito nesse sentido.

Entretanto, existe uma diferença na época mais comum de contágio. “A sazonalidade é uma característica da gripe. Ela é mais comum no outono e no inverno, até por causa de uma especificidade do vírus. Já o resfriado pode aparecer o ano todo”, relata a profissional.

Agora, o fato de que nessas estações mais frias as pessoas costumam ficar em ambientes fechados favorece o surgimento das duas.

Quem são as pessoas mais atingidas?
A gripe afeta mais o chamado grupo de risco (crianças, idosos, gestantes, pacientes com doenças crônicas). E também pode ser mais grave neles. “A resposta imunológica nesses casos é menos efetiva do que a de indivíduos saudáveis”, justifica Kelem.

O resfriado é, digamos, mais democrático. “Porém, o quadro tende a melhorar brevemente”, complementa a gerente médica.

Como funciona o diagnóstico?
Ele começa com a avaliação dos sintomas. Se for um resfriado, só isso já basta.

Já em casos suspeitos de gripe com potencial mais grave, talvez seja necessário recorrer a exames de sangue para confirmar a presença do vírus influenza. Isso porque, ao termos certeza de que se trata da gripe, certos tratamentos podem entrar em cena.

Tem cura?
Sim. E quem faz isso é o próprio corpo: com o tempo, ele produz anticorpos que eliminam os inimigos causadores da gripe ou do resfriado.

Só que, conforme já dissemos, o vírus influenza pode causar complicações mais severas. Ou seja, nem sempre o organismo dá conta do recado.

De janeiro até a segunda semana de julho de 2018, por exemplo, o Brasil registrou 839 mortes pela doença. Foi um aumento de 194% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo relatório do Ministério da Saúde.

Tem tratamento? Como funciona?
Para se livrar das duas doenças, é importante repousar e ingerir bastante líquido.

O tratamento do resfriado é baseado nos sintomas, com medicamentos analgésicos e antitérmicos, por exemplo. Muitas vezes, o especialista faz uma receita parecida em casos de gripe.

“Mas, para ela, podemos usar um antiviral que ficou conhecido: o Tamiflu”, conta Kelem. O fármaco ganhou fama por abreviar o tempo dos sintomas e por minimizar as complicações. Quanto antes o tratamento começar, melhor a resposta.

Dá para prevenir?
Medidas de higiene são necessárias para evitar os dois problemas. Lave as mãos, limpe o nariz com lenço descartável, e por aí vai.

“Mas, pelo risco de complicações e óbito, a gripe pede uma proteção adequada”, enfatiza a especialista. Ela está se referindo à vacinação.

Existem dois tipos de vacina: a trivalente, que protege contra dois vírus do tipo A e um do B (é a que está disponível na rede pública), e a quadrivalente, que ainda combate mais um da cepa B. Essa última você encontra apenas na rede privada.

A campanha nacional de vacinação contra a gripe, que começou no dia 10 de abril, é focada no grupo de risco. “Quem não é elegível consegue se imunizar em clínicas particulares”, conclui Kelem.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/qual-a-diferenca-entre-gripe-e-resfriado/ - Por Maria Tereza Santos - Foto: Omar Paixão/SAÚDE é Vital

domingo, 14 de abril de 2019

Hábitos saudáveis evitariam um terço das mortes por câncer no Brasil


Alimentação desequilibrada, sedentarismo, tabagismo, excesso de peso e consumo de álcool respondem por vários casos de câncer, segundo estudo

Tabagismo, consumo de álcool, excesso de peso, alimentação não saudável e falta de atividade física são associados a um terço das mortes causadas por 20 tipos de câncer no Brasil, segundo um novo estudo. Publicado na revista científica Cancer Epidemiology, o trabalho indica que, do total dos casos anuais de tumor, pelo menos 114 mil (27% do total) seriam evitados com um estilo de vida mais saudável. E 63 mil vidas (34% do total) poderiam ser poupadas.

Os dados vem de uma investigação realizada por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e da Harvard University, nos Estados Unidos, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Segundo o levantamento, as incidências de câncer de pulmão, laringe, orofaringe, esôfago, cólon e reto seriam reduzidas pela metade se aqueles cinco fatores de risco fossem completamente eliminados. “De acordo com diversos trabalhos anteriores, não há outra medida capaz de prevenir tantos casos”, disse Leandro Rezende, pesquisador da FM-USP e um dos autores do artigo. “A prevenção primária por meio de modificações no estilo de vida é uma das abordagens mais interessantes e realistas para o controle da doença no Brasil”, arrematou, em entrevista para a Agência Fapesp.

O câncer está entre as principais causas de morte no Brasil. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a expectativa é que, em 2025, os casos aumentem em até 50% no país, principalmente pelo crescimento e pelo envelhecimento da população.

A pesquisa
Há um consenso na literatura científica de que tabagismo, sedentarismo, consumo de álcool, excesso de peso e dieta desequilibrada estão associados ao desenvolvimento de 20 tipos de tumor. Entre outras coisas, o novo estudo calculou a fração atribuível populacional (FAP) – uma métrica capaz de estimar a proporção de casos que seriam evitados se esses cinco fatores de risco fossem eliminados de toda a população – nesses tipos de câncer.

Foi com base nisso que os pesquisadores chegaram nos dados que mencionamos antes. E mais: eles identificaram quanto cada um daqueles hábitos influenciava, isoladamente, no número de cânceres no Brasil, separando inclusive por sexo.

Pela análise, o tabagismo foi responsável por 67 mil casos e 40 mil mortes ao ano no Brasil. Ele liderou esse ranking inglório, seguido pelo excesso de peso (21 mil episódios da enfermidade e 13 mil óbitos) e pelo consumo de álcool (16 mil casos e 9 mil mortes).

“Avançamos muito nos últimos dez anos, com várias leis e ações que conseguiram reduzir em mais da metade a prevalência do tabagismo. No entanto, ele continua sendo a principal causa de câncer”, atestou Rezende. “Isso reforça a necessidade de campanhas, taxas e restrição de marketing”, completou.

Na análise por sexo, homens e mulheres foram afetados de forma diferente. Na ala masculina, o cigarro gerou um impacto maior na prevalência de câncer do que a alimentação inadequada, o excesso de peso, a falta de atividade física e o consumo de álcool juntos. Já nas mulheres, aconteceu o inverso: a soma desses quatro últimos fatores foi mais preponderante do que o tabagismo.

“A diferença ocorreu, porque a prevalência de tabagismo ainda é mais alta entre os homens no Brasil. Mas não é só isso: as mulheres são mais impactadas por outros fatores. Elas praticam menos atividade física e apresentam um índice de massa corporal maior”, concluiu Rezende.

Este conteúdo foi produzido pela Agência Fapesp.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/habitos-saudaveis-evitariam-um-terco-das-mortes-por-cancer-no-brasil/ - Por Maria Fernanda Ziegler (Agência Fapesp) - Foto: Helena Peixoto/SAÚDE é Vital

Domingo de Ramos


Montado num jumento,
Chegará o Messias,
Bem o aludiu, outrora,
O Profeta Zacarias.
Jesus chega num Jumento
E Jerusalém, naquele evento,
Compreendeu a Profecia!

A Entrada do Messias,
Naquela cidade Santa,
Trouxe bastante alegria
Que povo todo se espanta.
Toda agente o acolheu
Como o Rei dos judeus
E sua alegria foi tanta!

Uma euforia medonha
Tonou conta da Cidade.
Ele recebe o Messias,
O Mestre da Fraternidade.
Não somente aos judeus,
Mas Jesus se ofereceu
Para toda a Humanidade.

Quem O recebe, de verdade,
Sabe da grande excelência,
De Sua grande Proposta,
E de Sua benevolência.
Ele é o nosso Redentor
Que se entregou, no Amor,
Para vivermos a decência!

Assim, a celebração de hoje,
Mostra-nos quem é Jesus.
E nos insere na santa semana,
Pelo Mistério da Santa Cruz.
Não se trata do sofrimento,
Tampouco, de um tormento,
Mas de esperança amor e Luz.

Não mais, em Jerusalém,
Mas na nossa consciência,
Devemos aclamá-lo Rei,
Com uma vida de clemência.
Ler a Palavra de Salvação,
Encher de amor o coração
E fazer com Ele a Experiência.

Jerônimo Peixoto

sábado, 13 de abril de 2019

Exercício é mais eficaz que remédio para queimar a gordura mais perigosa


Cientistas comparam o poder da atividade física e o de medicações em enxugar a gordura visceral, que fica no fundo da barriga e é mais ligada a doenças

A gordura subcutânea do corpo é aquela mais superficial, que fica próxima à pele – são os pneus no lado da barriga ou a gordurinha do “tchau” no braço. Já a visceral fica escondida nas profundezas dos órgãos – e é bem mais associada a problemas de saúde do que sua prima. “Ela pode afetar os órgãos locais ou o corpo inteiro”, alerta o cardiologista Ian Neeland, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, em comunicado à imprensa.

Daí porque ele e outros especialistas resolveram averiguar o poder do exercício físico e o de remédios especificamente contra a tal gordura visceral (ligada a casos de diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares em geral).

De acordo com Neeland, estudos que usam só o peso ou o índice de massa corporal (IMC) como métrica de sucesso para um método de emagrecimento não dão a certeza de que a redução de medidas também repercutiu nas profundezes do abdômen. Sua proposta, então, foi revisar 17 estudos, com mais de 3 602 voluntários, focando-se na porcentagem de gordura visceral eliminada com o uso de remédios ou de exercícios físicos.

Toda essa turma, além de pesada, realizou exames de tomografia computadorizada ou ressonância magnética, que são capazes de medir o volume de gordura visceral no corpo. Cerca de 65% dos participantes eram mulheres, com média de idade de 54 anos e IMC de 31 (número já associado à obesidade).

As pesquisas incluídas nessa revisão acompanharam, sem exceção, os voluntários por pelo menos seis meses. Alguns tomavam medicamentos – que eram aprovados pelo U.S. Food & Drug Administration (FDA), órgão que regula esse tipo de produto nos Estados Unidos –, enquanto outros se exercitavam pra valer.

Após toda essa análise, os cientistas constataram que os remédios de fato resultam em uma maior queda no ponteiro da balança. Mas, para cada quilo subtraído com a atividade física, mais gordura visceral ia embora do que com os fármacos.

Em outras palavras, o levantamento sugere que a malhação queima mais gordura visceral por quilo perdido do que os comprimidos.

Recentemente, algumas pesquisas vinham mostrando que a alimentação e os tratamentos médicos derretem mais banha em geral, quando comparados à atividade física. “Mas a localização e o tipo de gordura são importantes. Se você apenas olhar para a balança, pode subestimar o benefício para a saúde do exercício”, conclui Neeland.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/exercicio-e-mais-eficaz-que-remedio-para-queimar-a-gordura-mais-perigosa/ - Por Maria Tereza Santos - Foto: Gustavo Arrais/SAÚDE é Vital