quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Babar durante o sono tem relação com 6 problemas de saúde


Acordar com o travesseiro molhado de saliva é sinal de que você está respirando pela boca durante a noite; entenda como isso afeta sua saúde

A fisiologia normal da nossa respiração é predominantemente nasal. Porém, é comum respirarmos pela boca em algumas situações rotineiras, como durante atividades físicas, que precisamos aumentar o volume de ar inspirado, ou quando estamos com o nariz congestionado por uma gripe ou alergia.

Entretanto, quando a respiração por via oral acontece por um período prolongado, isso pode se tornar um problema - e influencia diretamente nosso bem-estar, provocando efeitos nada agradáveis no dia a dia.

Por que respiramos pela boca?
Algumas alterações anatômicas, como desvio de septo ou adenoide aumentada, alterações na musculatura da orofaringe (garganta) e hábitos de infância, como uso de chupeta e mamadeira por tempo prolongado, podem favorecer a respiração a se tornar oral ou oronasal.

Principalmente nos casos das alterações anatômicas, pode ser que a passagem do nariz não seja suficiente para entrar todo o ar que precisamos. Então, é natural que a pessoa respire pela boca, já que ela precisa disso para garantir sua respiração.

Nos outros casos, a respiração oral está mais relacionada a uma questão de hábito. No entanto, é importante ressaltar que ela também pode favorecer o surgimento de alterações anatômicas. Durante a fase de crescimento das crianças, por exemplo, a pressão do ar que passa pela cavidade nasal favorece que o céu da boca (palato duro) cresça de forma mais reta.

Como comparação, pessoas que respiram pela boca apresentam o palato duro mais alto, com um fundo profundo ao invés de mais reto. Ou seja, a respiração oral na infância pode influenciar o crescimento da mandíbula e maxila, o posicionamento da língua e dos dentes, e o tônus de toda a musculatura oral, facial e cervical.

Em termos gerais, a respiração oral é decorrente de múltiplos fatores que não constituem uma doença, mas uma situação prejudicial à qualidade de vida, com sinais e sintomas característicos e com um grande número de etiologias.

Dormir de boca aberta faz mal?
Uma das maneiras mais simples de notar que você está respirando pela boca é durante o sono. Isso porque, nesse contexto, não é raro acordar com o travesseiro molhado de saliva - um sinal claro de que a pessoa está babando enquanto dorme.

Mau hálito
O que pouca gente imagina, no entanto, é que babar dormindo pode causar algumas alterações desconfortáveis no dia a dia da pessoa. Uma delas é o mau hálito, pois dormir de boca aberta provoca uma maior proliferação das bactérias presentes na mucosa bucal, língua e dentes, causando a halitose.

Ronco
Também podemos observar o ronco, que ocorre quando a musculatura orofaríngea está com o tônus diminuído e obstrui ou deixa a passagem do ar mais estreita. Quando o ar passa por essa musculatura, ele causa vibração da mucosa e isso gera o barulho do ronco.

Apneia do sono
Em casos mais graves, ainda pode ocorrer apneia do sono, que é quando ocorre a obstrução da passagem de ar e a pessoa fica alguns segundos sem respirar. Quando não tratado, o distúrbio pode provocar (ou piorar) doenças cardiovasculares, como arritmia cardíaca, insuficiência cardíaca e hipertensão.

Alteração da voz
Dormir de boca aberta também provoca o aumento das amígdalas ou adenoides, devido à diminuição do fluxo nasal. Isso, por sua vez, pode gerar uma voz hiponasal (abafada) ou voz hipernasal (fanhosa), além de alterações relacionadas ao ressecamento da mucosa, que pode causar dificuldade ou desconforto ao falar, presença de pigarro e dificuldades de articulação.

Dificuldade para engolir
As questões anatômicas envolvidas no ato de dormir de boca aberta também podem interferir na deglutição, podendo causar obstrução mecânica ou incoordenação entre respirar e engolir.

Qualidade do sono prejudicada
Outros prejuízos da respiração oral estão atrelados à qualidade do sono, que traz consequências diretas ao nosso cotidiano, como:

Sonolência diurna
Falta de atenção e concentração
Presença de olheiras no rosto
Mastigação ruidosa
Aumento da ocorrência de cáries
Diminuição do rendimento físico
Como parar de respirar pela boca

Quem respira pela boca, seja durante o dia ou a noite, deve buscar tratamento para manutenção da respiração pelo nariz. Primeiro, é preciso fazer uma avaliação com um otorrino para avaliar a questão anatômica. Se necessário, o médico fará o diagnóstico e indicará tratamento cirúrgico ou medicamentoso.

Em seguida, vem o tratamento fonoaudiológico, que é baseado em exercícios de fortalecimento da musculatura envolvida na respiração, propriocepção e adequação do modo respiratório. Isso só é feito depois de confirmado que o paciente tem condições de respirar apenas pelo nariz, mantendo a boca fechada.

Em geral, após o tratamento, as funções orofaciais de respiração nasal, fala, mastigação e deglutição vão manter a musculatura com a força adequada, não sendo necessário manter os exercícios para sempre. Também são recomendados os seguintes hábitos:

Diminuir o uso excessivo de álcool e tabaco
Evitar o uso de sedativos
Incluir a prática de atividades físicas na rotina
Manutenção do peso adequado
Estabelecer horários regulares para o sono
Interromper o uso de substâncias que contenham cafeína e/ou nicotina antes do horário de dormir
Tomar um banho quente e procurar relaxar antes de se deitar


terça-feira, 12 de novembro de 2019

Encerrados os Torneios Esportivos do 5º Ano do Colégio Dom Bosco 2019


No período de 25 de outubro a 12 de novembro de 2019, o Colégio Dom Bosco realizou Torneios Esportivos envolvendo 75 alunos do 5º Ano do Ensino Fundamental distribuídos em 9 equipes, nas modalidades de basquete, futsal, handebol, queimado e voleibol.

As classificações finais dos torneios foram as seguintes:

5º Ano A – A equipe os Destemidos sagrou-se campeã com 44 pontos, Audax Soccder em 2º lugar com 42 pontos e Win em 3º lugar com 34 pontos. Os Destemidos foram campeões nos torneios de basquete e queimado e vice-campeões no futsal, handebol e voleibol. A equipe campeã é formada por: Sophia, Maria Vitória, Rodrigo, Beatriz Pedro, Júllya e Vitória.

5º Ano B – A equipe Vermelhos sagrou-se campeã com 48 pontos, a equipe Amigos ficou em 2º lugar com 42 pontos e Furacão Negro em 3º lugar com 34 pontos. A equipe Vermelhos foi campeã nos torneios de basquete, futsal, queimado e voleibol, e vice-campeão no handebol. A equipe é formada por: Pedro, Luiz, Isadora, Gutemberg, Isack, Carlos, Yasmin e Júlia.

5º Ano C - A equipe Spartanos sagrou-se campeã com 46 pontos, a equipe Agito ficou em 2º lugar com 40 pontos e Furacão em 3º lugar com 34 pontos. Os Spartanos foram campeões nos torneios de basquete, futsal, handebol e voleibol, e 3º lugar no basquete. A equipe campeã é formada por: Saullo, Eduardo, Eudo, Guilerme, Artur Campos, Isabelle, Maira e Alícia.

Todos os alunos foram premiados com medalhas de ouro, prata ou bronze, de acordo com a classificação da sua equipe.

A criança pode começar a iniciação esportiva desde cedo, caso ela não se transforme em um atleta de alto nível, com certeza vai se tornar um bom cidadão, pela aquisição de valores que são aprendidos com o esporte.

Professor José Costa

Estresse: um gatilho para hábitos que podem levar ao câncer


Uma especialista relaciona a tensão diária a obesidade, sedentarismo e outros fatores por trás de diferentes tipos de tumor

Tenho ouvido de muitas pessoas que o maior obstáculo para se cuidarem é a falta de tempo. E temos mesmo uma agenda estressante, sobrecarregada de atividades. Sem contar que nós, mulheres modernas, estamos sempre atentas às necessidades dos filhos, dos companheiros, dos pais… além de querermos estar bonitas e nos desenvolvermos como pessoas e profissionais.

Nem sempre é fácil gerenciar toda essa demanda. Sem tempo suficiente para se recompor, o corpo e a mente vão gastando seu estoque de energia. Aí passamos a ter hábitos de vida menos saudáveis, como uma dieta rica em produtos processados e carente em alimentos mais naturais. Nós pulamos o horário das refeições, ou vamos ficando compulsivos com doces, álcool, café etc.

O sono também sai prejudicado. Não dormimos horas suficientes para os processos internos do organismo se restabelecerem — ou até descansamos oito horas por noite, mas de maneira superficial, porque a cabeça está sempre ansiosa.

Atividade física então, nem pensar!

Em resumo, a vida estressante gera hábitos de vida que não favorecem a nossa saúde. Ela cria o cenário ideal para o surgimento de uma série de condições: obesidade, sedentarismo, dependência por cigarro, álcool e outras drogas…

E aqui chegamos ao câncer. Já sabemos que todas essas condições favorecem o desenvolvimento de alguns tipos de tumor, entre eles o de mama, o mais comum nas mulheres (com exceção do de pele).

A questão é que dedicar mais tempo para se cuidar não é uma decisão simples. Infelizmente, não é porque você leu sobre esse assunto que tudo estará resolvido. Cultivar o autocuidado é um exercício diário. Significa mudar prioridades e crenças profundamente enraizadas sobre sua identidade.

Daí porque eu digo que não precisamos buscar a perfeição, e sim dar um primeiro passo. Faça pequenas pausas ao longo do dia para perceber as suas necessidades, respire com calma e reserve um tempo diariamente — nem que sejam dois minutos — para pensar em si. Esse já é um excelente começo.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/estresse-um-gatilho-para-habitos-que-podem-levar-ao-cancer/ - Por Regina Chamon, hematologista - Ilustração: Kate Mcdonnell/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Como gastar seu dinheiro, de acordo com a ciência


Você já ouviu um monte de histórias de pessoas que ganharam na loteria, fizeram loucuras com o dinheiro e acabaram mais pobres do que eram antes. Ou então aquela celebridade que já recebeu milhões de dólares durante a carreira e mesmo assim é extremamente infeliz.

Então como gastar dinheiro da melhor forma a otimizar a felicidade? Um estudo responde, e o melhor de tudo é que a resposta se aplica para quem precisa administrar quantias mais modestas também.

Três psicólogos das universidades de British Columbia (Canadá), Harvard e Universidade da Virgínia (ambas EUA) publicaram um artigo no Journal of Consumer Psychology descrevendo que tipo de gastos financeiros resultam em felicidade.

“Dinheiro é uma oportunidade de felicidade, mas é uma felicidade que as pessoas rotineiramente desperdiçam porque as coisas que elas pensam que as tornarão felizes frequentemente não o fazem”, escrevem os autores.

Os autores listam oito princípios para gastar dinheiro de forma sábia:

8. Compre mais experiências e menos bens materiais
Nós nos adaptamos rapidamente a bens materiais. Pense naquelas roupas que você comprou no ano passado e que estão pegando pó no seu armário tendo sido usadas uma ou duas vezes. Ou nos armários novos da cozinha que já viraram paisagem neutra enquanto você procura um lanchinho.
As experiências, por outro lado, ficam com você. Elas se tornam uma parte central de sua identidade. Desenvolvemos conexões emocionais mais fortes com as experiências, e elas continuam intensas mesmo anos depois.
“Quando compramos coisas para nós, acabamos passando tempo com essas coisas. Imagine você jogando um vídeo game no smartphone ou seja lá o que for, você está frequentemente sozinho com suas coisas. Enquanto experiências, sim, temos algumas experiências sozinhos, mas muitas, muitas experiências são sociais”, explica Michael Norton, professor de Harvard que não participou do estudo, em entrevista ao Big Think.

7. Use dinheiro para benefício alheio
Estudos conduzidos por uma das pesquisadoras do trabalho, Elizabeth Dunn, mostrou que participantes que gastavam dinheiro de forma social obtinham maiores níveis de satisfação. Enquanto isso, gasto consigo mesmo não diminuía a felicidade da pessoa, mas também não a aumentava. O resultado era neutro.
Gastar com os outros inclui fazer uma doação para caridade, convidar alguém para almoçar ou presentear alguém. Nada disso precisa ser em um valor exorbitante, muitas vezes são os pequenos gestos que contam.

6. Não compre apenas coisas caras
Ao invés de gastar com coisas caras ou experiências caras apenas de vez em quando, prefira coisas mais simples, mas com maior frequência. “Ao nos presentear com prazeres frequentes e fugazes (ao invés de experiências mais esporádicas e prolongadas), os consumidores podem aproveitar a explosão de prazer que acompanha o primeiro minuto da massagem, a primeira mordida do bolo de chocolate e a primeira visão do mar”, escrevem os autores.

5. Evite seguros e garantias que você não precisa
Todos querem se proteger da dor de perder alguma coisa. Essa aversão a riscos nos deixa vulneráveis a seguros e garantias desnecessárias. Pense naquelas garantias estendidas. Teoricamente, garantias estendidas protegem seu bem caro de quebras. Na prática, é só uma forma de jogar dinheiro fora.
Nos Estados Unidos essas garantias movimentam US$40 bilhões por ano, e na maioria das vezes não são úteis para seus compradores, especialmente no caso de eletrodomésticos. Uma das poucas exceções são smartphones, que são levados para todos os lados e estão sujeitos a acidentes ou roubos.

4. Adie a gratificação
Gratificação adiada traz mais satisfação de várias maneiras. A principal é que tomamos decisões melhores quando não agimos imediatamente. É melhor dispensar um pequeno prazer hoje para ter uma recompensa maior amanhã.
Os autores explicam isso de forma simples: a antecipação é uma forma gratuita de felicidade. Você pode multiplicar sua felicidade ao adiar um pouco a recompensa.
Mesmo quando o prêmio em si – um presente ou uma viagem – acabam nem sendo tão bons assim, a empolgação da antecipação já pode ser positiva.

3. Leve em consideração como as compras podem afetar sua vida
A humanidade tem um problema importante: a tendência de ver o futuro de forma abstrata. Quanto mais longe este futuro, mais abstrata é nossa estimativa. Por isso, os autores recomendam sempre considerar como essas compras vão afetar sua rotina.
Por exemplo: se estiver em dúvida entre comprar pelo mesmo preço uma casa pequena que está em ótimo estado e uma casa maior que precisa ser reformada, pode ser uma decisão mais inteligente comprar a casa menor e evitar o estresse e gastos da reforma. 

2. Cuidado com as compras por comparação
Ficar comparando produtos nos faz perder de vista nossos objetivos com aquele produto. Quando nos envolvemos na comparação, esquecemos de observar as características que nos fariam felizes naquele produto, e focamos na diferença entre as opções disponíveis.
Como resultado, compramos mais do que precisamos ou selecionamos o melhor negócio de forma global, e não o produto que melhor se encaixaria nas nossas circunstâncias personalizadas.
Além disso, os psicólogos observam que quanto mais opções estão disponíveis, menos felizes ficamos com a nossa escolha.

1. Seja Maria-vai-com-as-outras
De vez em quando pode ser vantajoso se basear na opinião das massas para tomar a sua decisão de como gastar dinheiro. Isso costuma ser verdade na escolha de quais filmes consumir, por exemplo. Se você gosta de comédias românticas, pode acabar se beneficiando com a opinião de outras pessoas que também gostam de comédia romântica.

Pessoas que valorizam mais o tempo do que o dinheiro são mais felizes – estudo
Pessoas que gastaram mal
Reunimos aqui casos de ganhadores da loteria que acabaram extremamente infelizes com suas escolhas sobre como gastar essa grana toda.

O canadense Gerald Muswagon, de 42 anos, ganhou US$10 milhões com um bilhete de US$2 na loteria. Ele comprou carros para ele mesmo e para amigos, comprou uma casa com o objetivo de dar festas, e comemorava sua sorte grande com drogas e álcool. Em um só dia, ele comprou oito TVs para os amigos dele.

Ele tentou começar seu próprio negócio de corte de madeira chamado Gerald’s Logging, mas não encontrou um mercado bom para vender suas madeiras e acabou perdendo dinheiro. No final das contas, ele gastou cada centavo de sua fortuna e acabou tendo que pedir um emprego de carregador na fazenda de seu amigo. Ele passou a viver em uma casa simples com sua namorada e seis crianças. Gerald entrou em depressão e acabou se matando sete anos depois de ganhar o prêmio.

Suzanne Mullins ganhou US$4,2 milhões, mas gastou tudo pagando dívidas médicas gigantescas para parentes que não tinham seguro de saúde nos Estados Unidos. Ela também perdeu uma disputa relacionada a um empréstimo não-pago.

Já o casal Lara e Roger Griffith ganhou US$2,3 milhões na loteria no Reino Unido em 2005 e acabou com US$9 em 2013. Eles compraram uma mansão, um Porsche conversível e um Lexus. Fizeram viagens 5 estrelas para destinos caríssimos. Ela investiu em um spa de luxo. Ele investiu em uma carreira de roqueiro. Em 2010 um incêndio destruiu grande parte da casa, que tinha um seguro insuficiente. O spa foi mal e teve que ser vendido, e atualmente Lara trabalha lá como funcionária. A carreira de roqueiro de Roger lhe rendeu a venda de apenas 600 CDs.

O casal também se separou com suspeita de adultério. “Eu não estou nem de volta à estaca zero, eu estou pior do que antes”, diz Lara em entrevista ao Daily Mail. Atualmente Roger vive com os pais dele e Lara vive com a mãe dela.

“A realidade é que 70% de todos os vencedores da loteria vão desperdiçar seus ganhos em alguns anos. No processo, eles verão a família e amizades destruídas e a segurança financeira que esperavam desaparecer”, dizem os consultores financeiros Michael Begin e Darl LePage ao Lincoln Journal Star.

Por que gente rica é babaca
Dicas para não torrar todo o dinheiro da loteria
Vamos supor que você ganhe na loteria na semana que vem. É melhor estar preparado para isto e já ter um plano para colocar em ação. Confira 3 dicas importantes:

3. Seja discreto
O primeiro passo é ficar quietinho em casa discutindo com sua família imediata o plano a ser seguido. Não mude a rotina da família e tente retirar o prêmio de forma discreta.

2. Contrate profissionais para ajudar
A maioria das pessoas não está acostumada a administrar uma quantia enorme de dinheiro. Para não fazer besteira e não deixar de pagar nenhum imposto gigantesco, contrate escritórios de advocacia e contabilidade. Quando for pesquisar quem contratar, leve em conta indicação de pessoas de confiança, mas também considere profissionais sem ligação com nenhum conhecido seu. Também é interessante encontrar um assessor de imprensa para ajudar a lidar com o assédio da mídia.

1. Tente manter um padrão de vida confortável, mas sem exageros
Não comece uma vida de luxo imediatamente. Passe os primeiros seis meses planejando com cuidado o que fazer com o seu dinheiro e se os investimentos que você tem em mente vão se valorizar ou desvalorizar com a passagem do tempo.

Mesmo que você não pense em mudar de vida porque ganhou uma bolada, é possível que você seja obrigado a mudar de endereço para um local com acesso mais controlado. Isso porque a cidade inteira vai ficar tocando a campainha da sua casa pedindo dinheiro. [The Globe and Mail, Mail Online, Consumer Reports]


domingo, 10 de novembro de 2019

Desenvolvimento cerebral em crianças é menor quanto mais tempo gasto em telas elas têm: imagens cerebrais


Um novo estudo do Hospital Infantil de Cincinnati (EUA) descobriu que crianças que passam mais tempo do que o recomendado na frente de telas – de TVs, smartphones ou tablets – têm níveis mais baixos de desenvolvimento cerebral.

O estudo
A recomendação pediátrica de tempo gasto na frente das telinhas sem envolvimento dos pais é de uma hora por dia, no máximo. Atualmente, no entanto, cada vez mais crianças passam mais e mais minutos grudados em dispositivos eletrônicos.

Na nova pesquisa, os pesquisadores examinaram o cérebro de 47 crianças de 3 a 5 anos usando um tipo de ressonância magnética chamada de imagem tensorial de difusão. Ele permite visualizar especialmente a substância branca do cérebro, uma área ligada ao desenvolvimento de linguagem, alfabetização e habilidades cognitivas.

As crianças também foram submetidas a testes cognitivos e seus pais tiveram que preencher um questionário sobre o tempo gasto em telas desenvolvido pela Academia Americana de Pediatria.

O questionário é bem completo, passando por diferentes medidas do uso de telas pelas crianças. Por exemplo, qual o acesso que a criança tem a uma tela – ela pode usá-las durante refeições, no carro? Qual a frequência de exposição, ou seja, com que idade começou a ser exposto a eletrônicos, quantas horas gasta em telas por dia, costuma usá-las na hora de dormir? E quanto ao conteúdo, a criança escolhe o que consome? É exposta à música ou conteúdos educacionais? Por fim, os pais precisaram preencher informações com relação a “interação dialógica”, ou seja, se a criança assiste sozinha ou se eles interagem e discutem o conteúdo também.

Resultados
O tempo médio gasto com telas variou de uma hora a pouco menos de cinco horas por dia. As crianças que gastavam mais tempo do que o recomendado (em média, duas horas) tinham mais substância branca desorganizada e subdesenvolvida no cérebro.

Esse subdesenvolvimento era claro especialmente em faixas do cérebro que os pesquisadores sabem que estão envolvidas com a linguagem e a alfabetização, o que se mostrou de acordo com os resultados dos testes cognitivos das crianças.

As com tempo excessivo de tela demonstraram menos habilidades emergentes de alfabetização e capacidade de usar linguagem expressiva, além de menos capacidade de nomear objetos rapidamente.


Maior uso de telas foi associado a setores menos desenvolvidos da substância branca (mostrados em azul na imagem) em todo o cérebro

“Este é o primeiro estudo a documentar associações entre maior uso da tela e menores medidas da estrutura e habilidades cerebrais em crianças em idade pré-escolar. Isso é importante porque o cérebro está se desenvolvendo mais rapidamente nos primeiros cinco anos. É quando o cérebro é muito plástico e absorve tudo, formando fortes conexões que duram por toda a vida”, disse o principal autor do estudo, o pediatra e pesquisador clínico do Hospital Infantil de Cincinnati Dr. John Hutton.

Telas “estragam” o cérebro?
Isso não significa que passar muito tempo na frente de telas cause algum dano cerebral.

No entanto, é importante que os pais aproveitem os primeiros anos de vida de uma criança para estimular o aprendizado, o pensamento, a linguagem e os laços amorosos, e gastar tempo demais com dispositivos eletrônicos pode atrapalhar isso.

Hutton explica que o tempo gasto com telas pode ser muito passivo para o desenvolvimento do cérebro. “Talvez o tempo de tela tenha atrapalhado outras experiências que poderiam ter ajudado as crianças a reforçar essas redes cerebrais”, disse.

Os pesquisadores advertem que os resultados são relativos e mais testes clínicos precisam ser feitos para chegarmos a melhores conclusões.

“Ainda assim, é possível que, com o tempo, esses efeitos possam aumentar. Sabemos que crianças que começam atrás tendem a ficar cada vez mais para trás à medida que envelhecem. Portanto, pode ser que as crianças que começam com infraestrutura cerebral menos bem desenvolvida tenham menos probabilidade de se envolver na escola, ser leitores bem-sucedidos mais tarde”, argumentou Hutton.

Sou mãe/pai. O que fazer?
A Associação Americana de Pediatria tem algumas recomendações sobre o tempo gasto com telas baseado na idade das crianças. Por exemplo:

Bebês: crianças com até 18 meses não devem em absoluto passar tempo na frente de telas, e sim com pais e outros cuidadores. Um estudo descobriu que mesmo ter a TV ligada na mesma sala que um bebê pode afetar negativamente sua capacidade de brincar e interagir.

Crianças de 18 meses a 3 anos: com 2 anos, uma criança pode aprender palavras através de um bate-papo por vídeo com uma pessoa querida ou atividades interativas. É interessante que os pais assistam qualquer conteúdo junto com a criança, reforçando o aprendizado.

Crianças de 3 a 5 anos: crianças um pouco mais velhas podem se beneficiar de programas de qualidade, como “Vila Sésamo”. Um programa bem projetado pode ajudar a melhorar habilidades cognitivas, ensinar palavras e afetar positivamente o desenvolvimento social de crianças.

Vale notar ainda que os pais são grandes responsáveis pelo desenvolvimento cerebral de seus filhos e podem tomar outras atitudes para estimulá-lo, além de limitar o tempo de telinhas.

 “Sabemos que existem atividades que ajudam o desenvolvimento das crianças: ler, cantar, conectar-se emocionalmente, ser criativo, ou mesmo dar um passeio ou dedicar algum tempo em dias ocupados para (pais e filhos) rirem juntos”, disse a pediatra Dra. Jenny Radesky,  principal autora das diretrizes da Academia Americana de Pediatria de 2016 sobre o uso da tela por crianças e adolescentes, em um e-mail à CNN.

Um artigo sobre o estudo foi publicado na revista científica JAMA Pediatrics. [CNN]


sábado, 9 de novembro de 2019

Dormir o tempo certo diminui risco de infarto - mesmo se você tem predisposição genética


Sono é bom para o coração

Mesmo se você é um não-fumante que se exercita e não tem predisposição genética para doenças cardiovasculares, não dormir direito, ou dormir demais, pode aumentar o seu risco de ataque cardíaco.

"Isto fornece algumas das provas mais fortes de que a duração do sono é um fator-chave no que diz respeito à saúde do coração, e isso vale para todos," disse a Dra Celine Vetter, da Universidade do Colorado em Boulder (EUA).

Além disso, a equipe também descobriu que, para pessoas com alto risco genético de ataque cardíaco, dormir entre 6 e 9 horas noturnas pode compensar esse maior risco.

Sono na medida

O pesquisador Iyas Daghlas coordenou a análise das informações genéticas, hábitos de sono e registros médicos de 461.000 participantes do Reino Unido, com idades entre 40 e 69 anos, que nunca haviam sofrido um ataque cardíaco. O grupo foi monitorado por sete anos.

Em comparação com aqueles que dormiam 6 a 9 horas por noite, quem dormia menos de seis horas apresentou 20% mais chances de sofrer um ataque cardíaco durante o período. O efeito foi ainda pior para aqueles que dormiam mais de nove horas por noite: uma probabilidade 34% maior de um evento cardiovascular.

Quando os pesquisadores analisaram apenas pessoas com predisposição genética para doenças cardíacas, constataram que dormir entre seis e nove horas noturnas reduziu o risco de sofrer um ataque cardíaco em 18%.

"É uma mensagem de esperança de que, independentemente do seu risco herdado de ataque cardíaco, dormir uma quantidade saudável pode reduzir esse risco, da mesma forma que adotar uma dieta saudável, não fumar e outras abordagens de estilo de vida," disse Iyas Daghlas, atualmente na Universidade Harvard (EUA).


sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Confira 6 alimentos “saudáveis” que podem conter açúcar


Não confie somente no rótulo: sempre cheque a lista de ingredientes do que for consumir

Sabe aquele ditado “não julgue um livro pela capa”? Pois é. Ele também é válido durante as idas ao supermercado. Isso porque, atualmente, a gente encontra tantas opções de produtos que se dizem saudáveis por aí que fica na dúvida se elas realmente fazem bem, não é mesmo? E é preciso prestar atenção nessa questão, porque muitas marcas acabam escondendo ingredientes nada bacanas nas letrinhas pequenas dos rótulos.

Por isso, pedimos uma ajuda para a nutróloga Nívea Bordin, da Clínica Leger, do Rio de Janeiro. Ela nos alertou sobre alguns itens que muita gente compra achando que são benéficos para o corpo, mas que na verdade escondem (muito) açúcar na composição. E é sempre bom lembrar que o açúcar, quando em excesso, tem um potencial aditivo, pode causar picos de glicose no sangue (o que contribui para o desenvolvimento do diabetes), além de aumentar os riscos de câncer, obesidade e problemas no coração. Veja quais:

Iogurtes
Não, a gente não está aqui para tirar o mérito desse alimento: o derivado do leite é rico em cálcio e muito importante para crianças e adultos no desenvolvimento e manutenção dos ossos. Contudo, a médica faz um pequeno alerta. “É preciso tomar cuidado, uma vez que a maioria deles têm muito açúcar”. O fato já é até uma preocupação do Ministério da Saúde, segundo ela.
“Alguns são cheios corantes, estabilizantes e açúcares, também na forma de xaropes, maltose e frutose”, Nívea complementa. Para ser considerado com um baixo teor do ingrediente, ele deve conter apenas 5g de açúcar para cada 100g de iogurte.
Por isso, a nutróloga recomenda que você preste muita atenção na tabela nutricional da marca que for escolher. Se ele tiver mais que o recomendado, vale ser trocado por um menos doce.

Granola
Outro alimento que, se bem preparado, traz inúmeros benefícios para o organismo. “A granola é rica em fibras solúveis, que em contato com a água, dão a sensação de saciedade. E também em fibras insolúveis, que absorvem líquidos presentes, aumentando de volume e, consequentemente, formando um maior bolo fecal. Isso melhora o trânsito intestinal e evita a constipação”, explica.
A composição da granola pode variar e isso depende da marca. Nívea afirma que, normalmente, encontramos uma mescla de cereais, como flocos de arroz, aveia, farelo de trigo e flocos de milho. Muitas delas estão associadas a frutas secas, que apesar de adicionarem mais calorias ao produto, dão um gostinho mais saboroso. E grãos como o amendoim, sementes de linhaça e gergelim também podem estar presentes. O problema? É que alguns preparos ainda incluem, além de tudo isso, muito açúcar. 

Isotônicos e sucos de caixinha
Nada como um suco de caixinha ou um isotônico depois do treino, certo? Errado! Ambos são repletos de “açúcar, conservantes, corantes e altos níveis de sódio”, diz a nutróloga, que compara ainda os sucos industrializados como sendo tão ruins quanto o refrigerante.
O que beber então? Água ou suco natural! “Os sucos naturais são sempre saudáveis. Quando consumidos sem açúcar, é claro, porque já contém frutose”. Vale optar também por frutas com baixos índices glicêmicos (pera, maçã e melão).
Temperos industrializados
São tão pequenos que parecem até inofensivos, não é? Pois é. Os tabletes e caldos de carne e legumes que a gente compra no supermercado são cheios do ingrediente nocivo à saúde. Sem falar no nível absurdo de sódio, que pode chegar a quase 1g por porção (o máximo recomendado pela OMS é de 2g por dia). “Os temperos prontos também apresentam dióxido de titânio. Pesquisas mostram que a presença da substância em alimentos e medicamentos prejudicam a absorção de zinco, ferro e ácidos graxos pelo intestino delgado”, explica a médica.

Barrinhas de cereais
Cuidado: praticamente todas as barrinhas de cereais contém açúcar. “O importante é escolher aquelas com mais fibras. Ou aquelas com grande quantidade de proteínas. Ela deve ter, pelo menos, 8g de proteínas – algumas chegam a até 30g!”, diz Nívea. Porém, fique de olho na quantidade de sódio: quanto mais ela tem, mais gostosa tende a ser. O mesmo vale para o açúcar.

Gelatina
“As gelatinas são muito pobres nutricionalmente, têm bastante açúcar e sódio, e nada de fibras, além de uma quantidade mínima de proteínas se comparada com outros alimentos”, explica a nutróloga. Ou seja, se for para matar a vontade de doce, até pode. Mas prefira as versões diet.

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/nutricao/confira-6-alimentos-saudaveis-que-podem-conter-acucar/ - Por Amanda Panteri - goodmoments/Thinkstock/Getty Images

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Higiene bucal pode afetar diretamente a saúde do seu coração


Não são só os dentes: a falta de cuidados com nossa boca está relacionada com o surgimento de várias doenças em nosso corpo, especialmente as cardiovasculares

Quando pensamos em problemas causados pela falta de higiene bucal, as cáries, a gengivite, o mau hálito e o tártaro logo vêm à mente. Mas saiba que a saúde da boca é vital para nosso corpo e compromete a nossa saúde física como um todo.

A boca, na verdade, é uma porta de entrada para bactérias causadoras de várias doenças. Sem a higiene necessária, esses microrganismos podem causar infecções e agravar lesões.

Além disso, eles também podem chegar à corrente sanguínea e, assim, atingir diferentes órgãos do corpo, inclusive o coração, desencadeando graves doenças cardiovasculares.

Uma série de pesquisas evidenciam essa ligação entre a má higiene bucal e enfermidades cardíacas. Um desses estudos, realizado pelo Instituto do Coração (Incor), constatou que mais de 35% das mortes por problemas cardíacos e 45% das doenças cardíacas são de origem dental.


Segundo outro estudo, realizado na Escócia, as pessoas que escovam os dentes menos de duas vezes ao dia têm 70% mais chance de sofrer um infarto do miocárdio. Esses dados se tornam ainda mais relevantes porque, no Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 30% das mortes ao ano.

Problemas da falta de higiene bucal
Para se ter uma ideia da importância da correta higienização bucal, nossa boca contém cerca de 50 bilhões de bactérias de, pelo menos, 700 tipos.

Quando misturadas aos restos de alimentos, elas formam uma placa bacteriana sobre os dentes, que precisa ser removida diariamente. Caso isso não seja feito de forma correta, por meio da escovação e do uso de fio dental, a placa calcifica e cria o tártaro.

Esse problema, por sua vez, pode provocar o surgimento de cárie, gengivite (inflamação da gengiva) e periodontite (inflamação dos ligamentos e ossos que dão suporte aos dentes). E é nesse ponto que o nosso coração começa a correr perigo.

Saúde da boca X coração
De acordo com o American Heart Association (Associação Cardíaca dos Estados Unidos), uma má higiene bucal pode ser responsável por vários problemas cardiovasculares, entre eles a aterosclerose (entupimento das artérias), o infarto e até um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Por meio das feridas causadas por uma gengivite ou periodontite, por exemplo, as bactérias da boca caem na corrente sanguínea - o que é chamado de bacteriemia. Uma vez que chegam ali, aderem a qualquer área lesionada e geram uma inflamação.

Dessa forma, quando elas alcançam o coração, podem atingir válvulas lesionadas e provocar doenças como a endocardite, ou seja, uma infecção interna no coração, que atinge, prioritariamente, as válvulas cardíacas.

Estima-se que 1 a 8 casos de endocardite infecciosa surgem devido a tratamentos odontológicos de pacientes cardiopatas. O fato de já terem uma disfunção no órgão favorece a ocorrência da doença.

Outra possibilidade é a inflamação da gengiva produzir proteínas que ativam a destruição do tecido e estimulam a formação de placas de gordura na coronária.

A inflamação pode ainda reduzir o calibre dos vasos e, por consequência, também do fluxo sanguíneo. Todos esses fatores podem causar doenças coronarianas e levar até a um infarto.

Por fim, ao migrar para a corrente sanguínea, as bactérias podem ainda aumentar o nível de proteína C-reativa, substância produzida no fígado que está igualmente associada a enfermidades que afetam o coração, aumentando também o risco de um AVC.

Sinais de advertência na saúde bucal
Antes de chegar a um quadro grave de problemas cardiovasculares, é importante estar atento aos sinais que nossa boca nos dá. Busque a avaliação de um profissional de sua confiança caso apresente os seguintes sintomas:

Gengiva vermelha, inchada ou dolorida ao toque
Sangramento na gengiva sempre que você come, escova os dentes ou usa o fio dental
Gengiva que parece estar se afastando dos dentes
Dente com alguma mobilidade (solto)
Ocorrência de mau hálito frequente
Gosto ruim na boca frequente.

Já a endocardite tem sintomas semelhantes aos de outras doenças cardíacas:

Febre
Arritmia
Inchaço nos pés, pernas e abdômen
Fadiga
Sensação de esgotamento e queda do estado geral
Dor no peito, nos músculos e nas articulações.
Se notar algum desses sinais, a recomendação é procurar um especialista para realização de exames e descoberta de um possível diagnóstico.

Cuidados com a higiene bucal
Assim, não há dúvidas de que nossa saúde cardíaca está atrelada aos cuidados com os dentes e a boca de modo geral. Por isso, para garantir que seu coração esteja sempre saudável, é fundamental:

Escovar os dentes, pelo menos, três vezes ao dia e após as refeições
Utilizar o fio dental diariamente
Fazer um check-up odontológico de acordo com a recomendação do seu dentista.


quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Como o ciclo menstrual afeta a prática de atividade física?


Especialista revela em quais momentos do ciclo menstrual é melhor treinar mais forte, repousar ou pegar leve nos exercícios

Diversos fatores podem influenciar a prática de exercícios físicos, como a alimentação e a própria genética. Mas, para as mulheres, há algo a mais que pode fazer toda a diferença na malhação: o ciclo menstrual.

De acordo com a Dra. Carla Tamanini Ferrari, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), em cada fase do ciclo, acontece algum tipo de influência no corpo feminino que merece atenção.

Assim, entendendo como o próprio organismo funciona, a mulher consegue aproveitar cada período do seu ciclo menstrual para treinar melhor e usar os benefícios dos exercícios a seu favor.

Exercícios em cada fase do ciclo menstrual
O ciclo menstrual normal costuma durar entre 25 e 35 dias, com uma média global de 28 dias. Ele é dividido em duas fases principais: a fase folicular (até o dia da ovulação) e a fase lútea (depois da ovulação).

Em cada uma delas, o corpo responde de um jeito em relação aos hormônios, e isso pode afetar diretamente a prática de exercícios físicos.

No início do ciclo menstrual, por exemplo, a mulher tem mais motivação e melhor desempenho nas atividades físicas. Confira a seguir as dúvidas mais frequentes sobre a relação entre o ciclo menstrual e as atividades físicas:

Durante a menstruação
Cada paciente apresenta uma duração e fluxo menstrual (1º ao 5º dia do ciclo). No entanto, como nessa fase a produção de estrogênio e progesterona ainda é baixa e a mulher está sofrendo com a menstruação e as cólicas, o ânimo para treinar geralmente é menor.

"Por isso, aproveite este período para os treinos regenerativos, quando você pode pegar mais leve sem perder o ritmo. Neste caso, os exercícios leves são recomendados até mesmo para reduzir o desconforto abdominal", aconselha Carla.

Pós menstruação
Em geral, nos seis dias que sucedem a menstruação (do 6º ao 12º dia), há um aumento progressivo dos níveis de estrógeno e uma maior liberação de noradrenalina no corpo da mulher, que aumentam a motivação e melhoram o desempenho nas atividades físicas.

Esta é a hora de investir pesado nos treinos, seja de resistência (musculação, pilates) ou mesmo aeróbicos (corrida, spinning).

Fase ovulatória ou período fértil
Na fase ovulatória ou período fértil (do 12º ao 22º dia), ocorre o rompimento do folículo e a liberação do óvulo para as tubas uterinas. Segundo a especialista, o início dessa fase é marcada por uma leve queda na capacidade de força e coordenação.

Entretanto, não é necessário diminuir os treinos. Neste período, a recomendação é para apenas pegar um pouco mais leve do que na fase anterior.

Depois da ovulação
Pouco tempo depois (16º a 24º dia), os níveis de estrogênio aumentam novamente e, com eles, cresce também o número de neurotransmissores relacionados ao bem-estar.

Consequentemente, surge uma maior disposição e força para os treinos mais intensos, tanto resistivos como aeróbicos.

Na TPM (tensão pré-menstrual)
A TPM ocorre quando os hormônios femininos começam a reduzir gradativamente sua concentração no organismo (o que pode acontecer já do 14º ao 28º dia). "Nesta fase, temos a queda da progesterona junto com os estrógenos - isso sempre acontece em 14 dias", explica Carla.

Além da queda de energia, é comum que neste período ocorram dores nos seios, irritabilidade, dores de cabeça, retenção de líquidos e prisão de ventre. Portanto, a depender da intensidade dos sintomas, é necessário realizar treinos mais leves (alongamento, yoga).

Pode treinar menstruada?
Sim, é a resposta! De acordo com a médica, não há contraindicação em relação à prática de atividades físicas durante o período menstrual. Muito pelo contrário.

"Além de não perder o ritmo, a prática de exercícios aumenta o nível de alguns neurotransmissores, como a noradrenalina, a serotonina e a dopamina, que produzem uma sensação de relaxamento e bem-estar. Ou seja, é um remédio natural para o desconforto que ocorre no período menstrual", aponta Carla.

Repouso: quando é necessário?
As cólicas que ocorrem entre a TPM e a menstruação e o nível de dor pode variar em cada mulher. Nesse período, também há queda dos hormônios (estrogênio e progesterona), então, em alguns casos, ficar sem treinar ou fazer treinos mais leves pode ser importante.

"Enquanto algumas mulheres convivem facilmente com o desconforto, outras se sentem muito indispostas e com necessidade inclusive do uso de medicamentos, como os anti-inflamatórios", revela a endocrinologista. Por isso, neste caso, o repouso pode ser uma opção.

Além disso, algumas mulheres podem se sentir mais cansadas, dependendo da idade, da quantidade do fluxo de sangue e do período que ela permanece menstruada.

Algumas pacientes, que possuem um fluxo muito intenso, podem sofrer até com anemia, o que, consequentemente, irá levar a um cansaço maior e outros sintomas. Assim, nessa situação, treinar pode não ser uma boa opção.

Exercícios aliviam sintomas da TPM
Ainda assim, é importante lembrar que atividades físicas podem ajudar a diminuir os incômodos da tensão pré-menstrual."Isso porque a atividade física libera endorfina, um neurotransmissor produzido pelo próprio corpo que tem poder analgésico", explica Carla.

Menstruação atrapalha o rendimento?
Segundo a médica, os estudos existentes sobre o tema, que avaliaram a atividade física resistiva (musculação) durante as fases do ciclo menstrual, mostraram que não há influência no desempenho da força muscular.

Mas, o que pode ocorrer é uma piora no desempenho, já que as pacientes podem apresentar maior desconforto físico, devido à presença de cólicas menstruais. Então, a dor é a vilã que pode atrapalhar seu rendimento.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/35397-como-o-ciclo-menstrual-afeta-a-pratica-de-atividade-fisica - Escrito por Patricia Beloni - Créditos: Tefi/Maridav/Shutterstock

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Correr aumenta o desejo sexual, diz estudo


Estudos mostram que praticar exercícios moderados diariamente por 15 ou 20 minutos pode aumentar significativamente a produção de testosterona no corpo

Estudo descobriu que aquelas pessoas que fazem exercício físico em uma média de 40 minutos por dia têm o dobro de atividade sexual que aqueles que gastam 20 minutos por dia.

São Paulo – Problemas com o desejo sexual, tanto em homens como em mulheres estão se tornando mais frequentes. Mas não há melhor remédio do que o “Viagra” natural: a corrida regular.

Das diferentes formas de disfunção sexual nas mulheres, o problema mais comum é chamado de ‘desejo sexual hipoativo’. Ainda temos de levar em conta que a fisiologia sexual feminina é, certamente, mais complexa do que a dos homens. Por isso é difícil saber exatamente o que afeta a libido do sexo feminino. Muitas vezes o problema é composto por um conjunto de causas.

Entre os homens sabemos que a testosterona desempenha um papel crucial e em um grande número de pacientes o sintoma de ‘baixa libido’ pode ser detectado quando os níveis deste hormônio não está adequado. Porém, nem sempre o problema é apenas de baixa hormonal.

Além da opção de vários diagnósticos diferentes, exames complementares e diversos tratamentos disponíveis em ambas as situações, não podemos esquecer do efeito benéfico de ‘coisas simples’ da vida como as mudanças no estilo de vida, que não nos custam muito.

Nesse sentido, vários estudos mostram que praticar exercícios moderados diariamente por 15 ou 20 minutos pode aumentar significativamente a produção de testosterona no corpo, enquanto a atividade física prolongada como uma maratona pode reduzi-la. Claramente, as alterações geradas pelo exercício podem afetar o interesse nas relações sexuais.

Um estudo entre 250 homens e mulheres feito pela Universidade da Califórnia descobriu que aquelas pessoas que fazem exercício físico em uma média de 40 minutos por dia têm o dobro de atividade sexual e cerca de duas vezes mais desejo sexual que aqueles que gastam 20 minutos por dia com os exercícios como a caminhada ou corrida. Imagine então se compararmos esse número com as pessoas sedentárias.

Não podemos deixar de falar no estresse que nos obriga a trabalhar mais e mais no nosso dia a dia. Esse elemento desempenha um papel central e claramente afeta o desejo sexual de homens e mulheres. O estresse que afeta a libido tem origem na depressão, ansiedade, um sentimento de culpa ou nas preocupações da pessoa com sua própria imagem, tanto intelectual como com o físico.

Estresse grave ou prolongado reduz a produção de testosterona. Isto pode explicar porque muitas pessoas experimentam uma diminuição no desejo sexual quando eles estão sob seus efeitos e, por outro lado, um aumento do mesmo com exercício físico regular para conseguir excluí-lo.

Portanto, propomos um bom remédio natural para combater tais problemas: fazer exercício físico regularmente. Além disso, como sabemos, é bom para perder os quilos extras para o verão e diminuir o colesterol que está sempre acima da linha

Fonte: https://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/correr-aumenta-o-desejo-sexual-diz-estudo/ - Por Da Redação - Getty Images/John Gichigi/