domingo, 5 de julho de 2020

Cuidado com o excesso de carboidratos e saiba o que são antinutrientes


O artigo O consumo de carboidratos refinados, destaca que o consumo de carboidratos em excesso, está relacionado ao maior risco de depressão e que de acordo com estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition (Jornal Americano de Nutrição Clínica), uma dieta rica em carboidratos refinados poderia levar a um maior risco do desenvolvimento da depressão em mulheres após a menopausa. O aumento nos níveis de insulina com o intuito de regular os níveis de açúcar no sangue, faria com que a resposta fosse alterações de humor, sensação de fadiga e sintomas de depressão.

A educadora física e Health Coach, Raquel Quartiero, esclarece que cada pessoa com suas singularidades (idade, sexo, predisposição genética), tem uma quantidade de carboidrato a se comer e por isso, não se pode dar uma “dica” universal", já que cada pessoa tem uma necessidade, que precisa ser avaliada por um médico e por um nutricionista.

A coach alerta que a alta de insulina no sangue devido ao aumento glicêmico leva ao aumento de peso corporal, por isso, é impossível emagrecer consumindo excesso de carboidrato: “Carboidrato na hora errada e na quantidade errada nos faz engordar. Assim como existem gorduras que nos fazem emagrecer e existem carboidratos que nos fazem engordar”.

Antinutrientes: compreenda sobre o que são

De acordo com o estudo Antinutrientes na Alimentação Humana, antinutrientes são compostos que podem ser produzidos pelas próprias plantas, conhecidos como não essenciais. Esses compostos são produzidos como uma resposta a agressões externas que comprometem o seu desenvolvimento, alguns destes compostos gerados são tóxicos e reduzem o valor nutricional dos alimentos, o que torna um nutriente essencial em não disponível ou não digerível.

A educadora física esclarece que as gorduras saturadas já foram muito condenadas na alimentação e que hoje podem ser compreendidas como neutras, já que dependem da combinação na dieta com outros alimentos.

Já a gordura trans, é uma gordura capaz de gerar várias doenças, já que produzem os radicais livres (estresse oxidativo) ou seja, o enferrujamento interno:

“Esse processo ocorre seja pela alimentação, pelo excesso em muitos casos de atividade física, pela poluição. Os radicais livres fazem com que tenhamos um equilíbrio fisiológico, mas precisa estar em nível equilibrado.”

A coach destaca que o consumo exagerado de açúcar refinado é um dos fatores que mais produzem radicais livres no corpo, já que o açúcar é inflamatório e antinutriente. A farinha de trigo branca também representa um antinutriente, além de se tratar de um alimento consumido em excesso: “As pessoas em sua maioria, não consomem no dia a dia na dieta, outros tipos de farinha, seja nas massas, nos biscoitos, nos diversos alimentos produzidos a partir da farinha”. A especialista acrescenta que hoje o trigo que se come é transgênico, modificado geneticamente e que não houveram testes o bastante para saber se é saudável ou não esse consumo, embora em prática saiba-se que o consumo exagerado não produz bons resultados na saúde.

“O sal refinado também é um antinutriente, o ideal seria substituir o sal refinado pelos sais integrais (sal marinho, sal do Himalaia, flor de sal, sal negro, entre outros), prefira os sais integrais, que possuam alguns nutrientes como vitaminas e minerais em sua composição”, orienta a educadora física.

A Health Coach também explica que a relação desequilibrada entre os ômegas 3 e 6 também pode se transformar em antinutriente, isso porque o ômega-6 em excesso produz inflamação no organismo e o ômega-3 é um anti-inflamatório natural, sendo assim, se a relação desses nutrientes estiver em desequilíbrio (excesso de ômega-6) a pessoa se torna mais inflamada.

A dica da especialista é que a pessoa utilize farinhas integrais além da farinha branca (farinha de arroz, farinha de milho, farinha de aveia, farinha de grão-de-bico, entre outras). O sal utilizado deve ser o integral. Os ovos devem ser consumidos equilibradamente na dieta pela riqueza em vitaminas e minerais e por representar fonte protéica de alta qualidade. Os carboidratos de baixa carga glicêmica devem fazer parte da dieta em quantidade equilibrada (inhame, batata doce, mandioquinha, arroz integral, quinoa, grão de bico, entre outros):

“A quinoa é um superalimento, é como se fosse a junção do arroz e feijão, é um alimento de baixa carga glicêmica, isto é, impede que os níveis de glicose se mantenham desequilibrados, e ao mesmo tempo possui todos os aminoácidos essenciais (que se transformam em proteínas).”

A educadora física também alerta que a melhor opção de hidratação do corpo é a água e se houver fome entre as refeições, a melhor opção é uma fruta. Além disso, a especialista explica que o suco não é o mais indicado pela alto valor glicêmico, já que quando é preparado possui apenas a frutose e glicose, pois os nutrientes perdem-se em pouquíssimo tempo.

“Aumentem a quantidade de ômega-3 no dia a dia, é uma gordura importante anti-inflamatória, por isso, consuma mais: óleo de coco, óleo de linhaça, óleo de oliva, sementes oleaginosas, água de coco, entre outros. Aumente a ingestão desse tipo de gordura que também ajudará no emagrecimento e são fundamentais para o aumento dos níveis de HDL (bom colesterol) no sangue.”

A coach destaca que um nível saudável de colesterol é importante para a produção de importantes hormônios no organismo, que manterão o bom funcionamento do corpo: “Se manter magro, por exemplo, depende também da quantidade equilibrada do hormônio testosterona no organismo”.

Fonte: https://www.saredrogarias.com.br/noticias/cuidado-com-o-excesso-de-carboidratos - Raquel Quartiero – Educadora Física (Health Coach)

sábado, 4 de julho de 2020

Dicas importantes e naturais para uma boa noite de descanso

Com tantas pressões e agitações, muitas pessoas costumam enfrentar noites de insônia que refletem sobre o dia seguinte prejudicando a realização das tarefas rotineiras.

Só quem sofre com a insônia sabe o quão difícil é conviver com a sensação de desânimo no dia seguinte. Sem contar que é muito comum tomar muita cafeína ao longo do dia para driblar o sono, o que pode trazer como consequência mais uma noite em claro.

Para ajudar a tratar a insônia vale se render a algumas alternativas naturais. Alguns chás podem ajudar. Quais são?

Valeriana: Essa erva é um poderoso calmante natural e ajuda a tratar a ansiedade. Basta uma colher de raiz de valeriana em uma xícara de chá de água quente. Deixe a infusão descansar por alguns minutos e beba antes de dormir.

Passiflora: Também auxilia aquelas pessoas que desejam dormir melhor. A indicação na maneira de preparo é a mesma da valeriana.

Melissa: A erva ajuda a tranquilizar os nervos e pode ajudar no tratamento da insônia. Basta uma xícara de chá de água quente e uma colher da erva, deixe descansar por alguns minutos e depois saboreie o chá.

Tília: Possui funcionalidade semelhante ao chá de melissa.

Camomila: Um dos chás mais tradicionais, mas sempre bem-vindo se o desejo é relaxar e ter uma perfeita noite de sono.

Essas ervas podem ser encontradas em lojas especializadas em produtos naturais e em supermercados.

Praticar atividades físicas é sempre bem-vindo e ajuda a liberar endorfinas, hormônios que produzem sensação de bem-estar, mas que também ajudam a regular o sono.

Procure se alimentar de maneira adequada, frutas, verduras, legumes, grãos integrais, cereais, entre outros, devem ser explorados na dieta.

Tomar um banho relaxante pouco antes de se deitar ajuda e muito se o desejo é uma boa noite de sono.

Por pelo menos cinco horas antes de dormir evite a ingestão de cafeína na dieta que não permite que o organismo relaxe.

Evite o contato com aparelhos eletrônicos por pelo menos uma hora antes de dormir, isso te ajudará a relaxar e a de fato se “desligar”.

Procure relaxar e não pense nos problemas, exercite o “mantra”: um dia de cada vez... Você perceberá que auxilia no processo de repouso.

Fonte: https://www.saredrogarias.com.br/noticias/dicas-importantes-boa-noite-de-sono

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Quase 99% dos pacientes de Covid-19 que possuíam baixos níveis de vitamina D, morreram


A pesquisa sugere que a vitamina D parece desempenhar um papel extremamente importante na luta contra o coronavírus em pacientes com Covid-19.

Um novo estudo realizado na Indonésia apresentou conclusões assustadoras: 98,9% dos pacientes com resultado positivo para o novo coronavírus e que apresentavam, além de comorbidades, baixos níveis de vitamina D, morreram.

Segundo publicação do jornal britânico Daily Mail, os pesquisadores analisaram ainda que os pacientes com níveis saudáveis de vitamina D, possuíam taxa de mortalidade de apenas 4,1%.

Os cientistas indonésios analisaram um total de 780 pacientes que apresentaram sintomas de Covid-19 após testarem positivo para a SARS-Cov-2 (conhecido popularmente como coronavírus).

Os cientistas comentaram que, deficiência em vitamina D, pode ser considerada em pacientes com valor sanguíneo abaixo de 20 ng/ml. No entanto, os pesquisadores alertam que o estudo não é definitivo.

Esses resultados surgem em um momento onde profissionais de saúde estão considerando o uso da vitamina D como forma de ajudar o sistema imunológico, como um “reforço” nas defesas naturais do corpo e NÃO como medicamento contra o contágio, tratamento ou “vacina”.

Alguns médicos, como o brasileiro Dr. Cícero Coimbra, é um dos defensores da vitamina D e seu poder em ajudar o corpo em diversos aspectos, inclusive no sistema imunológico. Na prática, a vitamina D é considerada um hormônio, e não uma vitamina.

Uma outra pesquisa, realizada pela Universidade Anglia Ruskin, na Inglaterra, descobriu que países europeus com níveis mais baixos de vitamina D, tiveram mais vítimas fatais da Covid-19.

O Dr. Lee Smith, que liderou o estudo da Universidade Anglia Ruskin, disse: “Foi demonstrado que a vitamina D protege contra infecções respiratórias agudas, e os adultos mais velhos. O grupo mais deficiente em vitamina D também são os mais seriamente afetados pelo Covid-19”.

O estudo realizado na Indonésia não foi associado a nenhuma universidade ou patrocinador. Todos os cinco pesquisadores que realizaram o estudo, liderados por Prabowo Raharusuna, foram listados como “independentes”, não havendo conexão com instituições.

Eles escreveram no artigo: “Ao observar a idade, o sexo e a comorbidade, o nível da vitamina D está fortemente associado ao resultado da mortalidade nos casos de Covid-19”.

Especialistas estimam que cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, de acordo com dados do Daily Mail, possuem deficiência em vitamina D, sendo este considerado um “problema global de saúde pública”, de acordo com o jornal.

Alguns cientistas temem que o “lockdown” (termo usado para isolamento total), realizado em vários países para diminuir o contágio do coronavírus, possa reduzir ainda mais os níveis de vitamina D, pela falta adequada de exposição à luz solar.

O NHS (sistema de saúde público da Inglaterra) está trabalhando em uma análise própria sobre o assunto, e pediu que um comitê científico elaborasse um relatório sobre as conclusões da vitamina D e seu papel contra a Covid-19.

Um outro estudo conduzido pelo professor Adrian Martineau, da Universidade Queen Mary, em Londres, está investigando como certos fatores do estilo de vida – incluindo os níveis de vitamina D – afetam a sensibilidade das pessoas ao vírus.

“A vitamina D quase poderia ser considerada uma droga projetada para ajudar o corpo a lidar com infecções respiratórias virais”, disse ele ao jornal inglês The Guardian.

Uma análise da Universidade de Surrey, publicada no British Medical Journal, descobriu que a vitamina D deve ser vista como parte de um estilo de vida saudável, não como uma “balinha mágica”, pois as evidências, segundo a universidade, ainda não são claras.

Um estudo anterior constatou que 75% das pessoas que vivem em instituições, como hospitais e casas de repouso, são severamente deficientes em vitamina D.

Fontes: https://www.jornalciencia.com/quase-99-dos-pacientes-de-covid-19-que-possuiam-baixos-niveis-de-vitamina-d-morreram-diz-estudo-com-780-pessoas/ - de Redação Jornal Ciência - Daily Mail / Artigo do Estudo da Indonésia Foto: Reprodução / Pixabay

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Quantas calorias é preciso queimar para perder 1kg?


Pequenas mudanças de hábito na rotina podem ajudar na perda de gordura

Quando alguém possui o objetivo de emagrecer, é importante entender que o número na balança nem sempre é o que vai determinar a perda de calorias. Ao medir nosso peso, também estamos incluindo elementos chamados de massa magra na conta, como a água corporal, músculos e ossos.

Já a redução de gordura corporal, que corresponde ao emagrecimento em si, é mais notável ao se olhar no espelho. Bianca Vilela, mestre em fisiologia do exercício, explica que quem pratica musculação, por exemplo, ganha massa muscular e perde gordura.

"Nesse caso, talvez a diferença na balança não seja tão grande, porque músculo tem uma densidade maior que gordura. Ou seja, visualmente, uma pessoa pode parecer mais magra, mas o peso da balança pode não reduzir tanto", conta a especialista.

Massa magra X gordura
De acordo com a fisiologista, o aumento de massa magra gera o aceleramento do metabolismo, o que causa uma perda de calorias mais veloz, a fim de manter os músculos adquiridos. Logo, os músculos ocupam menos espaço no corpo do que a gordura.

A mesma lógica deve ser utilizada na alimentação. Uma quantidade de 100 calorias encontradas em uma lata de refrigerante, por exemplo, não pode ser considerada da mesma forma que 100 calorias presentes em uma banana - já que os valores nutricionais são extremamente diferentes.

"Um bom exemplo disso é quando eliminamos os carboidratos da nossa dieta. Na balança, diminuímos o peso, mas, ao invés de perder gordura, podemos estar perdendo massa muscular", explica o personal trainer Márcio Gaefke.

Em termos gerais, para perder 1kg por semana, é necessário queimar cerca de 1.110 calorias por dia. Entretanto, os especialistas reforçam que focar na quantidade de quilos reduzidos não significa necessariamente que houve perda de gordura e emagrecimento.

Como queimar calorias de forma saudável

1- Substituição de alimentos
Fazer dietas focando no número de calorias consumidas pode fazer com que uma pessoa deixe de consumir nutrientes necessários para o corpo, como os carboidratos, proteínas e gorduras. Por isso, ao invés de restringir alguns alimentos, o ideal é que eles sejam substituídos por uma versão mais saudável.
No caso dos carboidratos, Márcio Gaefke conta que é importante dar preferência aos integrais e aos que contém uma grande quantidade de fibras, pois ajudam no emagrecimento e saciedade. Alguns exemplos são:
Batata doce
Mandioca
Mandioquinha
Arroz integral
Macarrão integral

2- Musculação
Bianca Vilela explica que, além da queima de calorias durante a própria atividade, a musculação acelera o metabolismo e mantém o organismo queimando calorias ao longo do dia, mesmo durante o repouso. "Isso acontece, pois o corpo acaba usando mais energia para recuperar as fibras musculares que são lesionadas durante o treino", conta.

3- Treino intervalado de alta intensidade
Isso significa treinar com maior intensidade, de forma mais "pesada", com intervalos de descanso curtos. "Um exemplo é alternar entre uma caminhada na esteira por um minuto e uma corrida em alta velocidade por três minutos", indica Bianca.

4- Fuja do sedentarismo
De acordo com a fisiologista, pequenas mudanças durante o dia, como passar mais tempo em pé do que sentado, podem ajudar a queimar entre 20 e 50 calorias a mais por hora. Para colocar isso em prática, é possível realizar alterações simples na rotina, como:
Atender ligações enquanto anda
Levantar para buscar água
Utilizar a escada em vez do elevador
Levantar para mudar o canal da televisão sem usar o controle remoto

5- Termogênicos
Os alimentos termogênicos auxiliam na perda de gordura por serem capazes de acelerar o metabolismo. Para inclui-los no dia a dia de forma natural, procure consumir:
Pimenta vermelha
Chá verde
Canela
Gengibre
Chá de hibisco
Cafeína
Água gelada


quarta-feira, 1 de julho de 2020

Os sintomas mais comuns de coronavírus agora


O Covid-19 é uma doença muito nova, e as informações que temos sobre ela estão em constante atualização.

Conforme os médicos aprendem mais sobre o coronavírus que a causa, novos sintomas e possíveis tratamentos são adicionados a uma lista para que o público possa ficar por dentro.

Uma coisa é certa: as pessoas podem sentir de tudo quando infectadas, não apenas sintomas comumente associados a uma gripe. Elas também podem ter somente um ou dois sintomas, ou até mesmo nenhum.

Se parece complicado, é porque é. Os especialistas estão intrigados com esse vírus desde o início da pandemia. Isso não significa que não iremos vencê-lo. Conhecimento é chave; ficar bem informado é necessário.

Lista de sintomas mais comuns de Covid-19
Desde o primeiro surto de Covid-19, os médicos têm incluído e vetado uma série de sintomas em uma lista abrangente, como a dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

Abaixo, veja o que você pode esperar sentir caso esteja infectado. Lembre-se de que você não precisa ter todos os sintomas, e de que eles podem aparecer dois a 14 dias após a infecção.

Febre
A maioria dos casos da doença, sejam moderados ou graves, apresentam febre com uma temperatura média de 38°C. Febres mais altas podem indicar casos mais sérios, ou necessidade imediata de ver um médico. Os indivíduos podem continuar experimentando febre durante o processo de recuperação.

Dores no corpo, fadiga e calafrios
Dores musculares e um mal-estar que leva a fadiga e calafrios foram relatados como sintomas de Covid-19 desde o início da pandemia. Até hoje, são listados como um dos efeitos colaterais mais comuns do vírus.

Tosse ou dificuldade de respirar
Uma vez que o Covid-19 é uma doença respiratória, outros sintomas comuns são tosse ou dificuldade de respirar. Em alguns casos, pessoas infectadas podem ter dificuldade em caminhar curtas distâncias sem perder o fôlego. Nos mais sérios, indivíduos podem ter muita dificuldade para respirar e dor aguda no peito, o que requer atenção médica imediata.

Diarreia, náusea ou outros sintomas digestivos
Pode até parecer estranho, mas problemas estomacais foram relacionados ao Covid-19 desde o início da pandemia. Em março, um estudo descobriu que perda de apetite, diarreia, vômito e/ou dor abdominal estavam entre os sintomas observados em pessoas infectadas. Em maio, o CDC os adicionou à sua lista oficial.
Curiosamente, problemas digestivos podem ser os primeiros a aparecer em um indivíduo. Logo, é importante ficar atento se você experimentar algum deles, levantando a suspeita de coronavírus antes mesmo de surgirem sintomas respiratórios.

Perda de olfato ou paladar
Esse é um dos sintomas mais bizarros de Covid-19: uma alteração nos sentidos de olfato e paladar. Em outras palavras, você pode parar de sentir o cheiro ou o gosto das coisas. Os médicos sabem desse possível efeito colateral desde março, mas ele tem ficado mais conhecido conforme figuras públicas afirmaram o ter experimentado. Faz parte da lista oficial do CDC desde maio.

Congestão ou coriza
Enquanto nariz escorrendo é um sintoma mais associado com resfriado ou gripe (ou até mesmo alergias, como a rinite), pode ser um sinal de Covid-19 também. Logo, se esse é o seu caso, lembre-se de cobrir a boca e o nariz enquanto espirra e de descartar os lencinhos adequadamente, uma vez que gotículas respiratórias são a principal forma de transmissão do vírus.

Dor de cabeça e outros sintomas neurológicos
Dor de cabeça é um dos sintomas oficiais de Covid-19 desde maio. Um pequeno estudo chinês, no entanto, descobriu que os indivíduos também podem experimentar outros problemas relacionados ao sistema nervoso central, como tontura e dor nos nervos. Existem até relatórios de problemas mais sérios, como psicose e demência, mas estes efeitos colaterais são muito mais raros e precisam ser muito mais bem estudados.

Problemas de pele
Problemas de pele, como urticárias ou erupções cutâneas (manchas ou bolhas), já foram relatados em vários pacientes, inclusive crianças. Esses sintomas geralmente lembram as erupções cutâneas da doença de Kawasaki, uma condição inflamatória, e não fazem parte da lista oficial do CDC. Dito isto, especialistas vêm notando este efeito colateral há meses.
“Problemas de pele em pacientes com Covid-19 podem ser extraordinariamente diversos. Erupções cutâneas, com coceira ou não, são as mais comuns. Vermelhidão também foi observada, juntamente com áreas que parecem eczema inflamado, dermatite seborreica ou dermatite perioral”, contou o dermatologista Harold Lancer ao HuffPost.

Coágulos sanguíneos, pneumonia e outras complicações graves
Os casos mais sérios de Covid-19 têm culminado em pneumonia, coágulos sanguíneos ou derrame, mesmo em pessoas jovens sem risco para esses problemas. Um estudo descobriu que até um terço das pessoas internadas em UTIs (unidades de tratamento intensivo) tem coágulos.

Nada
O mais perturbante sintoma da doença é não ter nenhum. Casos assintomáticos podem ser muito comuns – algumas estimativas afirmam que casos leves ou assintomáticos representam até 80% do total, enquanto outras mostram que cerca de 41% das infecções podem ser atribuídas a indivíduos sem sintomas – e isso é péssimo porque as pessoas podem espalhar o vírus sem ter a menor ideia de que estão doentes.
Para complicar ainda mais, indivíduos assintomáticos podem desenvolver sinais da doença mais tarde, principalmente inflamação pulmonar menor, semelhante à pneumonia ambulante (uma pneumonia leve que não requer hospitalização ou repouso).

Fique seguro!
Infelizmente, ainda não existe um tratamento eficaz ou uma vacina para Covid-19. Até lá, todos precisamos tomar cuidados para evitar consequências graves da pandemia. Isso inclui usar máscara facial, lavar bem as mãos e manter o distanciamento social. [HuffPost]


terça-feira, 30 de junho de 2020

Uso prolongado de máscaras de proteção não causa hipóxia, hipoxemia ou hipercapnia


Entre as medidas de combate à disseminação do novo coronavírus, autoridades do Brasil e outros países têm recomendado o uso de máscaras. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o uso de máscaras de tecido pelo público em geral onde há muitas pessoas infectadas e não é possível manter o distanciamento físico, como meios de transporte público, lojas e outros ambientes fechados. No Brasil, diversos estados e municípios determinaram a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos para diminuir a disseminação da Covid-19.

Publicações em redes sociais alegam que o uso prolongado das máscaras de proteção causam hipóxia, falta de oxigênio sobre um tecido do organismo (baixa disponibilidade de oxigênio para determinado órgão), ou hipoxemia, que é a baixa concentração de oxigênio no sangue arterial. Mas os especialistas defendem que as máscaras não impedem a passagem de oxigênio.

 As alegações não se sustentam porque tanto as máscaras cirúrgicas quanto as de tecido são porosas, permitindo que o ar atravesse o material. No entanto, elas dificultam a passagem de gotículas. Assim, as máscaras funcionam como uma barreira mecânica, que pode provocar a sensação de que é preciso maior esforço para respirar ou de que menos ar é inalado, mas os níveis de oxigênio não são afetados.

Pessoas saudáveis não devem ter problemas
Já o excesso de dióxido de carbono no sangue é chamado de hipercapnia e pode provocar dor de cabeça, sonolência e até perda de consciência em casos extremos. Ela pode ter muitas causas, entre as quais estão doença pulmonar obstrutiva crônica e apneia do sono. Mas não há evidências de que a máscara de proteção poderia evitar que o ar exalado se dissipasse, levando a pessoa a inalar novamente o mesmo ar. 

Mesmo que isso ocorra de forma parcial, para a maioria das pessoas não é preocupante respirar pequenas quantidades de dióxido de carbono devido ao uso das máscaras. Inclusive trabalhadores que usam máscaras cirúrgicas ou de tecido por um turno inteiro, não deveriam ter problemas relacionados à retenção de dióxido de carbono.

A quantidade de dióxido de carbono respirada novamente deve ser eliminada pelos sistemas respiratório e metabólico de pessoas saudáveis. O uso da máscara por período prolongado pode causar dor de cabeça, mas não intoxicação.

Darrell Spurlock Jr, pesquisador e professor da Universidade de Widener, considera que pessoas com doenças respiratórias crônicas específicas devem checar com seus médicos antes de usar a máscara de proteção. Quem já tem dificuldade para manter a oxigenação e equilíbrio de dióxido de carbono, pode ser mais sensíveis a esses níveis. Além disso, o uso de máscara não é recomendado para crianças com menos de dois anos.

O uso da máscara N95 por profissionais da saúde por períodos prolongados foi associado à hipoventilação, redução de frequência e profundidade da respiração. Como essas máscaras apresentam maior resistência para a respiração, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos recomenda intervalos para os trabalhadores da saúde que precisam usá-las.

Uso de máscaras
Autoridades de saúde recomendam o uso das máscaras de pano para a população em geral para deixar as mascaras cirúrgicas para quem precisa delas. A Organização Mundial da Saúde considera que apenas o uso de máscara não é suficiente para a proteção contra a Covid-19, por isso precisa ser aliada a outras medias de proteção.
Ainda de acordo com a organização, as evidências sobre a eficácia das máscaras de tecido são limitadas. Mas aconselha os governos a incentivarem seu uso pela população em geral em lugares onde o distanciamento físico não é possível. As máscaras cirúrgicas devem ser utilizadas por trabalhadores da saúde, pessoas com sintomas de Covid-19, pessoas que cuidam de casos suspeitos ou confirmados de Covid-19, pessoas com mais de 60 anos ou com comorbidades de base. [Mental Floss, Healthline, OPAS]


segunda-feira, 29 de junho de 2020

Vitamina D e covid-19: entenda a relação

Nutriente é obtido pela simples exposição ao Sol, e tem benefícios inúmeros na imunidade

Não é de hoje que venho falando dos benefícios da vitamina D na prevenção de doenças. E é preocupante vermos que num país tropical, com sol disponível o ano todo, muitas pessoas ainda tenham níveis baixos dessa vitamina. Ela é a mais fácil de se obter, e mesmo assim se enfrenta esse problema.

Milhares de genes do nosso corpo são afetados pela presença da vitamina D. Em tempos de COVID-19, ela é ainda mais importante, pois está relacionada à imunidade. Dentre as funções e formas de proteção relativas ao nutriente, podemos citar:

Aumento da produção da molécula CD31, reduzindo o risco de doenças autoimunes
Redução do risco de vários tipos de câncer em até 60%
Redução do risco de doença de Parkinson
Melhora a saúde óssea e muscular
Mantém bons níveis de testosterona nos homens.
Com todos esses benefícios, não é de se espantar que a vitamina seja vista como uma aliada na luta contra o novo coronavírus. Uma pesquisa recente parece comprovar essa afirmativa.

Vitamina D e COVID-19
Pesquisadores da Anglia Ruskin University, no Reino Unido, avaliaram em pacientes que foram infectados com o novo coronavírus qual era a relação da doença com seus níveis de vitamina D. Ficou claro que em pessoas com baixo nível dessa vitamina, tanto a COVID-19 quanto outras doenças agudas do trato respiratório, podem ser mais perigosas.

Os cientistas lembram de um dado importante: Itália e Espanha, dois dos países com taxas mais altas de mortes pela COVID-19, são também onde a população tem níveis de vitamina D mais baixos do que em outros países europeus. Nesses dois países, mais ao sul do continente, o Sol é mais forte, e principalmente os idosos tendem a evitá-lo.

Por outro lado, no norte da Europa, com o Sol mais fraco, as pessoas costumam se expor mais. Ao mesmo tempo, nesses locais a população consome mais óleo de fígado de bacalhau, rico em vitamina D, e suplementos da vitamina. Não por acaso, é a região onde a mortalidade da doença foi menor.

Como a vitamina D atua na prevenção ao coronavírus?
A resposta não é complicada, nem se trata de um milagre. Um efeito conhecido da vitamina D é sua influência nos glóbulos brancos, os agentes ativos da nossa imunidade. Os bons níveis da vitamina impedem os glóbulos de liberarem citocinas inflamatórias em grandes quantidades.

As pesquisas mais recentes mostram que a COVID-19 causa justamente a mesma coisa: o excesso de liberação dessas citocinas. Em conjunto com a atividade dos glóbulos brancos, os efeitos são perigosíssimos. Já com a vitamina D em dia seu organismo saberá lidar melhor com a situação se for infectado pelo vírus. E o melhor: você já sabe como melhorar os seus níveis da vitamina!

Tome sol com consciência e seu corpo a produzirá adequadamente. Você deve expor grandes porções de pele ao Sol, sem protetor solar, nos horários entre 10 e 15 horas. Eu sei que lhe disseram que isso fazia mal, mas é completamente o oposto.

A consciência que se pede é com relação ao tempo. Fique somente até sua pele adquirir um aspecto róseo, ou no máximo 20 minutos, já que isso depende do tom de pele de cada pessoa. Você pode ainda proteger com filtro solar áreas mais frágeis, como o rosto e ao redor dos olhos, o que não prejudicará a produção da vitamina.

Então, aproveite o Sol! Ele é fundamental para se obter bons níveis de vitamina D e lhe garantir um fator a mais de proteção contra a COVID-19.

Referências bibliográficas:
Saul L, Mair I, Ivens A, Brown P, Samuel K, Campbell JDM, Soong DY, Kamenjarin N and Mellanby RJ (2019) 1,25-Dihydroxyvitamin D3 Restrains CD4+ T Cell Priming Ability of CD11c+ Dendritic Cells by Upregulating Expression of CD31. Front. Immunol. 10:600.
Ilie, P.C., Stefanescu, S. Smith, L. The role of vitamin D in the prevention of coronavirus disease 2019 infection and mortality. Aging Clin Exp Res (2020). Doi: 10.1007/s40520-020-01570-8
https://www.drrondo.com/exposicao-solar-vitamina-d/
https://www.drrondo.com/testosterona-vitamina-d/
https://www.drrondo.com/deficiencia-vitamina-d-parkinson/
https://www.drrondo.com/vitamina-d-melhora-hipertensao/

Dr. Rondó é médico, Cirurgião Vascular com ampla expertise em nutrologia. (CRM 47078)

Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/36327-vitamina-d-e-covid-19-entenda-a-relacao?utm_source=news_mv&utm_medium=MS&utm_campaign=8567244 - Escrito por Especialistas - Por Dr. Rondó, nutrólogo - Por Soloviova Liudmyla / Shuttestock

domingo, 28 de junho de 2020

Imunidade: quanto tempo dura os anticorpos de Covid-19?


Duas pesquisas recentes analisaram quanto tempo os anticorpos desenvolvidos como resposta a uma infecção por Covid-19 duram no corpo de uma pessoa, a fim de tentar entender se é possível ficar imune à doença ou não.

A imunidade ao Covid-19 é uma questão muito importante durante a pandemia mundial que estamos vivendo porque, se as pessoas podem ser infectadas novamente, isso significa uma quarentena mais longa até que haja uma vacina eficaz contra o vírus.

Infelizmente, ainda não temos respostas concretas sobre esse tópico. Um dos estudos indicou que pessoas infectadas e assintomáticas retêm anticorpos por apenas dois a três meses, enquanto o outro sugeriu que formas mais poderosas de anticorpos são encontradas nessas mesmas pessoas.

No geral, isso significa que indivíduos infectados que tiveram sintomas fracos ou nenhum sintoma podem ficar imunes por um curto período, mas provavelmente não a longo prazo.

Estudo chinês
Cientistas da Universidade Médica Chongqing (China) compararam a resposta imune ao vírus SARS-CoV-2, que causa Covid-19, em pessoas assintomáticas e sintomáticas infectadas entre janeiro e fevereiro deste ano.

Durante o desenvolvimento da doença, níveis de anticorpos específicos contra o Covid-19 foram significativamente menores em pessoas assintomáticas, o que sugere que a doença, em sua forma moderada, causou menos resposta imune nessas pessoas.

Pacientes assintomáticos também apresentaram níveis mais baixos de 18 citocinas pró e anti-inflamatórias, proteínas de sinalização celular, o que indica uma resposta imunológica mais fraca.

Além disso, o “derramamento viral” (quando o corpo libera o vírus pronto para potencialmente infectar outras pessoas) ocorreu por mais tempo em pessoas assintomáticas – 19 dias, versus 14 para pessoas com sintomas. Isso indica que pessoas que talvez nem saibam que possuem o vírus podem ser infecciosas por mais tempo.

Por fim, oito semanas após a cura da doença, os níveis de anticorpos neutralizadores de Covid-19 diminuíram 81% em pacientes assintomáticos, comparado com 62% em pacientes sintomáticos.
Um artigo com essas descobertas foi publicado na revista científica Nature Medicine.

“Passaporte da imunidade”: uma ilusão?
Alguns governos levantaram a hipótese de usar “passaportes de imunidades” para permitir que pessoas imunes circulem mais livremente e acessem mais áreas públicas com potencial de aglomeração.

No entanto, além de não termos informações definitivas sobre a imunidade à Covid-19, o novo estudo chinês indica que não podemos assumir que pessoas infectadas ficam imunes, pelo menos não a longo prazo.

Especialistas em doenças infecciosas disseram que a descoberta não é surpreendente; na verdade, está alinhada com o que sabemos sobre infecções moderadas de qualquer causa (como a gripe, para a qual não desenvolvemos imunidade. Provavelmente, qualquer pessoa lendo este artigo já ficou gripada mais de uma vez).

“Isso sugere fortemente que a imunidade pode diminuir em poucos meses após a infecção em uma proporção substancial de pessoas. Precisamos de estudos maiores com acompanhamento mais longo em mais populações, mas essas descobertas indicam que não podemos confiar em pessoas que tiveram infecções comprovadas nem em testes de anticorpos como forte evidência de imunidade a longo prazo”, afirmou Liam Smeeth, professor de epidemiologia clínica da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, que não esteve envolvido na pesquisa.

Estudo americano
Enquanto não temos certeza sobre a imunidade a longo prazo, pessoas que tiveram o vírus parecem estar protegidas de uma nova infecção pelo menos a curto prazo.

Além do estudo chinês ter identificado anticorpos nos corpos de pacientes por alguns meses, uma outra pesquisa americana descobriu que pessoas assintomáticas possuem poucos anticorpos neutralizadores, porém eles são de um dos tipos mais poderosos que existem.

Isso significa que mesmo os níveis baixos de anticorpos nesses indivíduos devem protegê-los de uma segunda infecção, pelo menos por um período curto. A longo prazo, simplesmente ainda não sabemos.

Um artigo sobre este estudo foi publicado na revista científica Nature. [IFLS]


sábado, 27 de junho de 2020

Como entender a tabela nutricional dos alimentos


A tabela nutricional possui a composição do alimento, quantidades de nutrientes fornecidos e quanto isso representa na ingestão diária

Quando você está no supermercado, tem o costume de se atentar às informações nutricionais por trás de cada alimento que você escolheu pro seu carrinho? A resposta de muitas pessoas pode ser negativa, porque a maioria não sabe o que significa cada item da tabela nutricional.

Mas, acredite, é naquelas letrinhas bem pequenas no verso das embalagens que contém as principais informações sobre o alimento. A tabela nutricional foi regulamentada pela Anvisa e contém a composição do alimento, quantidades de nutrientes fornecidos e quanto isso representa na ingestão diária.

Para te ajudar a ler essas informações, a nutricionista do Instituto EndoVitta, Angélica Grecco, explica cada item. Confira abaixo quais são as características medidas de cada nutriente:

Porção
Começando de cima para baixo na tabela, o primeiro item é a porção. Trata-se quantidade média do alimento a ser consumido na refeição por uma pessoa sadia, de forma a manter uma alimentação saudável.

Valor diário de referência
À direita do item anterior, está a coluna do valor diário de referência. Atribuído a cada nutriente da tabela, este número corresponde ao percentual que indica o quanto o produto apresenta de energia e nutrientes em relação à quantidade ideal em uma dieta de 2000 calorias.

Quanto os valores diários não estão estabelecidos, significa que não tem um valor ideal daquele nutriente para a pessoa consumir por dia.

O que é o valor energético?
Logo abaixo da porção na tabela se encontra o valor energético. Para simplificar, consideramos que é a mesma energia que o corpo recebe a partir da digestão dos alimentos, mais especificamente a partir da digestão dos carboidratos, proteínas e gorduras.

No rótulo dos alimentos, o valor energético é expresso na forma de quilocalorias (comumente chamadas de calorias- kcal) ou quilojoules (kJ). Esse cálculo avalia o valor energético do alimento, ou seja, proteínas e carboidratos representam 4 kcal/g e gorduras representam 9 kcal/g.

O que deve ter em uma tabela nutricional
Além do valor energético, uma tabela nutricional inclui o valor diário de referência e a quantidade em gramas dos seguintes nutrientes:

Carboidratos: Os carboidratos são também chamados de açúcares, glicídios ou hidratos de carbonos. Eles geram energia ao organismo.
Sacarose: É também conhecida como açúcar de mesa. Encontra-se em abundância na cana-de-açúcar, frutas e na beterraba.
Lactose: A lactose é o açúcar presente no leite e seus derivados.
Glicose: carboidrato considerado uma das principais fontes de energia. Quando o pâncreas está comprometido, ocorre uma deficiência na produção de insulina, o que resulta no aumento da glicose no sangue. Assim, se não forem tomadas as medidas corretas, a pessoa pode desenvolver diabetes mellitus.
Proteínas: as proteínas são compostas por moléculas de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Elas são fundamentais na formação massa muscular do organismo.
Gorduras totais: é o resultado da soma de todos os tipos de gordura presentes em um determinado alimento - sejam eles de origem vegetal ou animal. Além de ajudar na absorção de vitaminas, ela é uma das principais fontes de energia para o corpo, junto com os carboidratos e as proteínas.
Gorduras saturadas: A gordura saturada aparece nos alimentos de origem animal - como carnes vermelhas e derivados do leite. Ela é prejudicial para a saúde por aumentar o colesterol ruim e, consequentemente, as chances de problemas no coração. Deve ser consumida com moderação.
Gorduras trans: presente na maior parte dos alimentos industrializados, ela não tem nenhum benefício comprovado para o organismo, pelo contrário: pode aumentar o colesterol ruim, e ainda diminuir os níveis de colesterol bom se for consumida em excesso.
Fibra alimentar: As fibras alimentares compreendem as partes comestíveis dos vegetais presentes nas frutas, legumes, verduras e hortaliças.Também não têm valor nutritivo, nem energético (não têm calorias). Elas são fundamentais para o bom funcionamento do intestino e ajudam a promover saciedade.
Sódio: é um mineral, normalmente encontrado na natureza com um outro elemento químico, o cloreto. O cloreto de sódio é o famoso sal de cozinha e possui 40% de sódio em cada grama. A principal função do sódio é equilibrar a quantidade de água no organismo, juntamente com o potássio.
Vitamina B2: é chamada de riboflavina, é importante para o organismo porque participa de funções como estimular a produção de sangue e manter o metabolismo adequado.
Vitamina C: é uma vitamina encontrada em vários alimentos e vendida como um suplemento dietético. É usado para prevenir e tratar o escorbuto. A vitamina C é um nutriente essencial envolvido no reparo do tecido e na produção enzimática de certos neurotransmissores.
Vitamina E: A vitamina E ajuda a melhorar o sistema imune, pele e o cabelo, assim como prevenir doenças como aterosclerose e o Alzheimer.
Cálcio: O cálcio é um mineral essencial para a construção e manutenção dos ossos e dos dentes, além de ser muito importante para a contração muscular e transmissão dos impulsos nervosos.
Ferro: A falta do mineral ferro faz com que o organismo produza menos células vermelhas, o que irá caracterizar o quadro de anemia.
Fósforo: é um elemento de origem mineral, existindo em grande quantidade em todos os alimentos, principalmente os de origem animal.
Magnésio: é fundamental para a produção de energia no organismo e para a metabolização da glicose. Junto ao cálcio, ele também auxilia na contração muscular, facilitando o relaxamento do músculo.
Selênio: é um mineral presente no solo e, por isso, a sua quantidade nos alimentos varia de acordo com a riqueza do solo nesse mineral.
Glutamina: é o aminoácido que está presente em maiores quantidades no organismo.
Glicina: é um aminoácido encontrado em alimentos como a ovos, peixe, carne, leite, queijo e iogurtes.
Cisteína: aminoácido com características antioxidantes e detoxificantes. Também auxilia na beleza e força da pele, cabelos e unhas e no ganho de massa muscular.
Taurina: aminoácido que permite que o fígado sintetize os sais biliares, que são muito importantes para uma boa digestão de gorduras no intestino delgado.
Enxofre: é encontrada exclusivamente em proteínas animais.


sexta-feira, 26 de junho de 2020

Quais são os riscos e benefícios de tomar aspirina preventivamente?


Tomar pequenas doses de aspirina preventivamente reduz o risco de doença cardiovascular, mas aumenta muito mais significativamente o risco de sangramento.

Esta é a palavra mais recente da ciência sobre o assunto, de acordo com uma revisão sistemática da literatura médica publicada no British Journal of Clinical Pharmacology.

Nicola Veronese e um time de várias instituições europeias conduziram a revisão porque o equilíbrio geral entre riscos e benefícios de tomar aspirina é um dos assuntos mais controversos da medicina atualmente.

A equipe reuniu informações de análises de todos os estudos observacionais relevantes e ensaios clínicos randomizados feitos no passado recente.

O uso de aspirina em baixa dose por pessoas sem doença cardiovascular mostrou-se associado a uma incidência 17% menor de eventos cardiovasculares, como ataques cardíacos não fatais, derrames não fatais ou mortes relacionadas a doenças cardiovasculares.

Por outro lado, o uso preventivo de aspirina em baixa dose também foi associado a um risco 47% maior de sangramento gastrointestinal e um risco 34% maior de sangramento intracraniano.

"Esses riscos e benefícios precisam ser ponderados em análises formais de decisão para orientar o uso de aspirina na prevenção primária," ponderou o professor Lee Smith, da Universidade Anglia Ruskin (Reino Unido).

Os autores da meta-análise observam que, embora tenham sido avaliadas muitas dezenas de efeitos na saúde - além das doenças cardiovasculares e dos sangramentos -, as evidências para esses outros efeitos permanecem fracas e, portanto, não devem ser uma consideração importante ao decidir se se deve usar aspirina preventivamente, mesmo em baixas doses.