quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Com a flexibilização, o que posso e o que não posso fazer para diminuir o contágio?


Após mais de cinco meses em isolamento social, se tem alguma coisa que acabou é a ilusão de que a pandemia seria uma coisa passageira. As pessoas vão ter que conviver — não se sabe até quando — com a presença nada agradável do coronavírus. Para que isso aconteça com menos risco de contágio durante a flexibilização, infectologistas montaram um guia sobre o que pode e o que ainda não pode fazer enquanto a vacina não chega. CORREIO ouviu especialistas e montou um guia com respostas para 15 situações comuns na pandemia

Entre esses cuidados estão o uso indispensável da máscara e o hábito de evitar as aglomerações como sinaliza a professora da Escola Bahiana de Medicina, pós-doutora em Imunologia pela Fundação Oswaldo Cruz e pesquisadora da Rede CoVida, Fernanda Grassi.

“O momento exige cautela. É lavar as mãos, usar o álcool em gel. Tenho visto muita gente retirando a máscara para falar e isso não pode acontecer”.

Também vai ser preciso se preocupar não só com seu comportamento, mas também com o do outro. É o que considera o especialista em Infectologia, professor da Unifacs, médico e preceptor da residência médica e internato em Infectologia do Instituto Couto Maia, Fernando Badaró.

“Todo mundo já sabe qual é a maneira de se proteger. Não pode haver a quebra dos procedimentos, porque isso, consequentemente, vai voltar a elevar os casos”.

Segundo informações do boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) na sexta-feira, a Bahia soma 250.977 casos e 5.243 mortes desde o início da pandemia. A ocupação dos leitos de UTI para tratamento da covid-19 está em 57%. Em Salvador, a mesma taxa de ocupação está em 52% e a capital concentra 30,71% das infecções.

Os dados confirmam que não há mais espaço para a falsa sensação de segurança e a exposição desnecessária. A infectologista e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Melissa Falcão, concorda: “O risco ainda é real. Cada um se torna ainda mais importante para a redução da transmissão”.

PODE OU NÃO PODE? CONFIRA AS RESPOSTAS PARA 15 SITUAÇÕES COMUNS NA PANDEMIA

a) Ida a bares e restaurantes O comportamento individual mais importante é a consciência de não sair de casa se tem sintomas respiratórios ou se teve contato com algum caso positivo para covid-19. A infectologista e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Melissa Falcão, reforça que, quem decidir ir a um bar ou restaurante, não deixe de usar a máscara e dê preferência a mesas externas e lugares arejados. “Não deixe de obedecer a distância padronizada pelos estabelecimentos”.

b) Pegar táxi ou Uber O álcool em gel também é um companheiro indispensável nas viagens em táxis ou por aplicativos como o Uber. A professora da Escola Bahiana de Medicina, pós-doutora em Imunologia pela Fundação Oswaldo Cruz e pesquisadora da Rede CoVida, Fernanda Grassi, aconselha que o passageiro sente no banco de trás, use o álcool nas mãos ao entrar, tocar em qualquer parte do carro e também ao sair do veículo, além da máscara. “Evite conversar muito com o motorista. É importante ter esse distanciamento”, observa.

c) Visitar parentes, pais e avós que fazem parte do grupo de risco Para a Fernanda Grassi, o distanciamento deve ser mantido. “Evite o contato próximo porque a epidemia ainda não passou. Se tiver que ver, é melhor fazer isso ao ar livre. Festas e grandes reencontros devem esperar”.

d) Rever amigos Quem não está com saudade de juntar sua panelinha? A recomendação do especialista em Infectologia, professor de da Unifacs, médico e preceptor da residência médica e internato em Infectologia do Instituto Couto Maia, Fernando Badaró, é não se encontrar com pessoas que estão em casas diferentes e adiar por mais um tempo aquela saidinha com os amigos para o barzinho mais próximo. “Não se sabe como aquela pessoa está vivendo o isolamento social ou o tipo de risco que está se expondo com a flexibilização. Não podemos esquecer que temos os assintomáticos, que acabam saindo de casa sem saber que estão contaminados”, aconselha.

e) Circulação em shoppings Apesar de shoppings seguirem protocolos rígidos de prevenção, Melissa Falcão, pede que as pessoas analisem a real necessidade de frequentarem o local, por se tratar de um ambiente fechado que costuma ter uma grande circulação de pessoas. “Se for, faça uma lista dos itens que deseja comprar para otimizar o tempo de permanência no local, que deve ser o mais breve possível. Evite entrar em lojas visualmente cheias, dando preferência para horários de menor circulação de pessoas”, alerta. 

f) Domésticas e babás em casa Caso a doméstica ou a babá durma na residência, não há problema em manter o serviço. Porém, se ela precisar pegar algum transporte público, vale segurar esse retorno, como explica Fernando Badaró. “Por mais que a doméstica ou a babá se proteja na casa dela, a exposição no transporte público, sobretudo em um ônibus superlotado, aumenta todos os riscos de contaminação”. Outras medidas de segurança que não devem ser deixadas de lado são o banho ao chegar e o uso de máscara o tempo todo.

g) Prática de exercícios físicos ao ar livre O exercício físico é bom para a saúde e faz bem. Quanto mais aberto o local, menor o risco, como orienta Melissa Falcão. “Para que a flexibilização possa continuar sem retrocesso, é preciso ser utilizada com responsabilidade. Para autoproteção e proteção do próximo, a atividade deve ser realizada com uso de máscara facial e deve-se optar pelos horários com menor movimento. O importante é que as medidas de distanciamento social sejam mantidas, regras que devem nos acompanhar ainda por um longo período”, afirma.

h) Academias e piscinas Fernanda Grassi não recomenda o retorno às academias e piscinas agora. “As academias são locais com pouca ventilação e as piscinas também podem esperar. Não estamos ainda em um momento de abertura total. Embora tenha diminuído o número de casos na Bahia, ainda temos que manter a cautela e evitar esses locais por enquanto, principalmente quando têm pessoas idosas na família. A gente tem que proteger essas pessoas. Sabemos que os jovens têm uma possibilidade de estarem infectados e não apresentarem sintomas”, defende.

i) Reencontrar o namorado (a) ou ‘crush’? Só com testagem do casal. Para  Fernando Badaró, não dá para abrir mão do exame. “Se não tem como fazer o teste para a covid-19, não se encontre”.

j) Dentista, exames e consultas de rotina Não dá para adiar os cuidados com a saúde. Fernanda Grassi reforça que não é preciso chegar cedo demais aos consultórios e, com isso, acabar colaborando na geração de algum tipo de aglomeração na sala de espera. “Os profissionais devem usar máscaras de proteção, face shield e avental descartável. O que é importante é marcar o horário e respeitá-lo para que não haja muitas pessoas aguardando no mesmo momento. Lave sempre as mãos ou use o álcool em gel”.

k) Transporte público (ônibus/ metrô) O transporte público é um dos locais onde pode acontecer o maior risco de transmissão por conta do contato muito próximo. Ainda de acordo com Grassi, é aconselhável utilizar os transportes públicos em horários alternativos. Se isso não for possível, redobre a atenção. “Máscara  e o álcool em gel ao entrar, sair e tocar as barras”.

l) Retorno ao trabalho presencial Muita gente saiu do isolamento social nas últimas semanas para retornar ao trabalho presencial. Além dos cuidados que passaram a fazer parte da rotina durante a pandemia, Badaró lembra o quanto é fundamental fazer a troca de máscaras a cada quatro horas. Álcool nos equipamentos e maçanetas, também. Outra orientação é envolver o celular em um plástico filme toda vez que sair de casa, descartar o plástico e fazer a higienização. “O rigor tem que ser muito maior”.

m) Visitas a bebês menores de 1 ano e recém-nascidos Não tocar, não abraçar, não beijar. É o que diz a pesquisadora Fernanda Grassi. “O vírus continua circulando, embora que em taxas menores do que antes. Use a máscara, lave as mãos e mantenha uma distância de dois metros”.

n) Crianças podem voltar a brincar no parquinho? Ainda é necessário evitar aquela bagunça boa no parquinho ou no play do prédio com crianças de famílias diferentes. Melissa Falcão orienta que só dá para voltar a brincar se for em um espaço ao ar livre, com distanciamento, uso de máscara para os maiores de 2 anos e supervisão extremamente atenta de adultos. “Muito monitoramento de quem for acompanhar e álcool em gel para evitar que as crianças coloquem brinquedos ou as mãos sujas na boca e olhos, o que pode ser uma fonte de infecção”.

o) Guarda compartilhada Cada situação deve ser avaliada com muito cuidado com relação a este assunto. Fernando Badaró destaca que a decisão vai depender do comportamento dos pais: “se um deles quebra rotineiramente esses cuidados, o compartilhamento não deve ser retomado. É um risco muito grande que se corre. Tem que estar em quarentena igual”, enfatiza o médico.

ENTREVISTA/ IGOR BRANDÃO: 'AINDA NÃO HÁ NENHUMA ATIVIDADE SEM RISCO'

A flexibilização das atividades está acontecendo, mas isso não quer dizer que é hora de abrir mão do uso de máscaras ou que a campanha de vacinação contra o coronavírus já vai começar no mês que vem. Na verdade, a vacina nem chegou ainda e nem se sabe ao certo quando ela vai estar disponível.
A retomada das atividades só aumenta a cautela na hora de adotar comportamentos para evitar os riscos ou, ao menos, tentar reduzi-los como assegura o infectologista referência do Hospital Aliança e Coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital da Bahia, Igor Brandão .

'Devemos nos cuidar e cuidar do próximo agora', destaca o infectologista

 “No momento atual, no contexto pandêmico da covid-19, não existe nenhuma atividade (com ou sem isolamento domiciliar) que podemos fazer ‘sem risco’. Até mesmo para indivíduos que já tiveram a doença, confirmada com exames, existe risco em menor taxa”, destaca.
Em entrevista ao CORREIO, o infectologista reforça que a queda no número de casos de contaminação não é o fim da pandemia e aconselha que as pessoas continuem cuidando uma das outras. Veja a seguir.
Já passou aquele momento de ilusão de que a pandemia seria uma coisa breve. Como as pessoas podem se adaptar a esta realidade até que haja uma vacina?
Na vida de todos, qualquer mudança é difícil. O que aconteceu no Brasil está acontecendo em todo mundo. Precisamos nos adaptar ao novo cenário como forma de sobrevivência. Para isso, é necessário disciplina na higiene das mãos, distanciamento social e uso das máscaras. Tendo estes quesitos como base, devemos desenvolver barreiras de acordo com nossa atividade: uso de tecnologias, sinalização visual do ambiente, proteção facial, por exemplo.
Essa esperança da vacina tem feito com que muitas pessoas relaxem nas regras de isolamento e de auto cuidado, inclusive, abrindo mão da máscara. O que isso pode ocasionar, não só a curto prazo, mas a longo prazo também?
Não é só a esperança na vacina que faz com que a população relaxe, mas sim, a falsa sensação de segurança pelos diversos meios que utilizamos para redução da transmissão do vírus, associado a percepção distorcida ou negação desta grave doença no nosso subconsciente.
Quem não conhece uma pessoa que já teve a covid-19 e não teve sequer uma febre? Por este motivo, acabamos subestimando o potencial da infecção, levando estas pessoas a se exporem. Com o passar do tempo, a população vai se adaptar as medidas de cuidado e banalizá-las, como já aconteceu com outras doenças.
Mas o futuro é algo incerto. O vírus pode passar por mudanças e, com isso, provocar mais infecções/reinfecções. Na dúvida, devemos pecar pelo excesso.

Que cuidados devem ser tomados ao sair de casa?

Não devemos esquecer que as principais medidas para prevenção desta doença  são a higiene correta das mãos, distanciamento social e uso correto das máscaras, cobrindo o nariz e o pescoço. É opcional o uso de proteção facial.
Se a pessoa tiver no grupo de risco deve evitar ao máximo se expor. Quero enfatizar, inclusive, que devemos ter um saco para máscaras sujas e outro para máscaras limpas. E, de preferência, manter o ambiente sempre bem ventilado naturalmente e iluminado.
Quais são os cuidados para quem mora com pessoas do grupo de risco e já retornou ao trabalho presencial ou, ainda,  voltou a frequentar locais como shoppings, bares ou restaurantes, por exemplo?
 O ideal seria evitar muito contato direto/físico com as pessoas do grupo de risco. Dormir em quartos separados, não fazer as refeições com muita proximidade. É fundamental conter a qualquer custo qualquer exposição sem necessidade. Devemos nos cuidar e cuidar do próximo agora.


terça-feira, 1 de setembro de 2020

Mel é realmente eficaz para tosse e resfriados, diz estudo


Alimento funciona e é menos prejudicial que o tratamento usual para infecções do trato respiratório

Um estudo publicado pelo periódico BMJ Evidence-Based Medicine afirma que o mel, velho conhecido como remédio caseiro, realmente funciona para o tratamento de tosse e resfriados.

Segundo a pesquisa, as infecções do trato respiratório superior (cavidade nasal, faringe e laringe) são o principal motivo para prescrição de antibióticos. Contudo, como a maioria dessas infecções é viral, o uso desse tipo de medicamento é ineficaz.

O mel serve como uma ótima alternativa para quem sofre com problemas respiratórios. "O mel é uma forma bastante conhecida para tratar os sintomas. Então, as diretrizes recomendam o uso dele principalmente para tosse aguda em crianças", disse Hibatullah Abuelgasim, pesquisadora da Universidade de Medicina de Oxford.

Benefícios do mel
A equipe de pesquisadores analisou diversas evidências científicas que compararam o efeito do mel em forma de chás, puro ou em misturas, aos efeitos dos tratamentos habituais, como antibióticos, xaropes e medicamentos sem prescrição médica.

Dessa forma, foi descoberto que o mel estava associado a uma redução significativa nos sintomas, especificamente na gravidade e frequência da tosse.

"Os médicos prescrevem antibióticos para infecções do trato respiratório superior muitas vezes devido à falta de tratamentos alternativos. Esta pesquisa nos fornece boas evidências que apoiam e ajudam os profissionais a terem confiança ao sugerirem que as pessoas usem o mel", afirma o estudo.

O mel é barato e amplamente disponível. Então, vale a pena experimentar logo ao perceber os sintomas. Caso não ocorra melhora, é preciso procurar um especialista.

Mais que um alimento
Além do uso medicinal, o mel é um alimento que serve como ótimo adoçante natural e também conta com ação antioxidante e prebiótica. Ele é capaz de modificar o balanço da microbiana intestinal, estimulando a atividade de micro-organismos benéficos. Por ser rico em carboidratos e açúcar, ele também é fonte de energia.

Mas não esqueça que o mel é bastante calórico e rico em açúcar. Por isso, seu consumo excessivo pode causar o ganho de peso. Além disso, grandes quantidades de mel, assim como o açúcar, podem elevar os níveis de glicose no sangue rapidamente.

O quanto consumir de mel por dia pode variar entre uma colher de chá, cerca de 10 gramas, a uma colher de sopa, aproximadamente 25 gramas.


segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Como cuidar do corpo antes e depois as atividades físicas


Veja como cuidar melhor do corpo e aproveitar todos os benefícios que as atividade trazem

Realizar apenas 20 minutos de atividade física de intensidade leve ou moderada todos os dias já é suficiente para sentir os benefícios no organismo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Já para quem prefere aquelas de maior intensidade, o tempo é ainda menor, 10 minutos por dia bastam.

Ainda hoje há quem acredite que as atividades e os exercícios físicos só podem ser realizados na academia, porém não é bem assim. Quem já tem uma atividade física para chamar de sua sabe: com a orientação correta, você pode se movimentar em casa, em estúdios ou onde ficar mais confortável.

Mas, outros detalhes sobre a prática que ainda podem passar despercebidos são os cuidados que devem ser realizados antes e depois das atividades físicas, isso porque alguns podem atrapalhar um pouquinho sua performance. Portanto, estar atento a eles ajuda a evitar, por exemplo, assaduras e bolhas na região das coxas, e até pés cansados após o treino.

Confira a lista abaixo e veja como cuidar do corpo!

Cuidados para adotar antes das atividades físicas
Retire a maquiagem: se por uma lado movimentar-se ajuda a promover mais viço e melhora a circulação sanguínea da pele, por outro, treinar com maquiagem pode fazer com que cravos e espinhas apareçam.

Com a maquiagem, os poros ficam cobertos. Porém, com o aquecimento do corpo, eles dilatam e podem ser obstruídos pelo make. Além disso, a transpiração pode espalhar outras impurezas que se acumulam no rosto ao longo do dia, como a poluição, o que também favorece os cravos e as espinhas.

Não dispense o protetor solar: o protetor solar é item obrigatório quando se trata dos cuidados com a pele, não é? Então caso você opte por caminhadas e corridas ao ar livre, ou até mesmo natação e outros esportes aquáticos, o protetor não deve ser dispensado, pois você ainda estará exposta aos raios solares que agridem a pele.

Lembre-se ainda que os cabelos também sofrem os impactos do sol e do cloro, por exemplo. Portanto, para os fios, dê preferência a produtos que já oferecem proteção, como o Creme para Pentear Antiembaraço da nova linha Cuide-se Bem Ativa, de O Boticário.

A novidade é resistente à água (até quatro horas) e tem ativos como vitamina E, D-Pantenol e filtro UV, que hidratam, dão brilho e ainda protegem os fios contra o embaraço típico do pós-treino.

Aplique desodorante: a combinação calor e movimento traz um resultado que você já sabe, não é? Para evitar o odor que a transpiração pode causar, aplique um antitranspirante antes de começar sua atividade física.

A linha Cuide-se Bem Ativa desenvolveu um desodorante especialmente para este momento. O Antitranspirante Desodorante Creme seca rapidamente após a aplicação, não mancha a roupa e ainda oferece proteção por 72h.

Alongue-se: o alongamento, que consiste em esticar as fibras musculares, durante muito tempo foi visto como um passo de extrema importância a ser realizado antes do treino para evitar lesões. Mas, a indicação é fazer somente um alongamento leve e estático, apenas para aliviar a tensão.

Proteja-se contra as assaduras: você sofre com a assadura nas coxas, axilas ou seios após um exercício? Esse problema é bastante comum e incômodo, mas é possível proteger a região com o Bastão Antiassaduras de Cuide-se Bem Ativa.

O produto forma uma película protetora na pele, resistente à água e suor. Além disso, o Bastão tem Manteiga de Karité em sua composição, ingrediente que protege contra qualquer tipo de atrito durante a prática dos exercícios.

Ele também pode ser utilizado nos pés, quando ajuda a evita o atrito do pé com o calçado, reduzindo as chances de criação de calos e bolhas nos pés. Lembre-se, porém, que mesmo com o Bastão, usar um tênis esportivo é fundamental para evitar outros desconfortos.

Tenha uma garrafinha de água: quando transpiramos, perdemos água e eletrólitos - sais minerais-, por isso hidratar-se ainda durante a atividade física é fundamental para evitar a desidratação.

Então, tenha sempre uma garrafinha de água com você. Os isotônicos também são benéficos para este fim, mas são indicados apenas para quem pratica exercícios de alto rendimento, e a água nunca deve ser dispensada.

Cuidados para adotar após as atividades físicas
Alongue-se: após o treino o alongamento se torna fundamental. Aguarde 15 minutos e alongue o corpo para promover o relaxamento muscular e para diminuir as dores que podem surgir após a atividade física.

Invista em um banho relaxante: ao chegar em casa, você pode - e deve - investir em um banho relaxante. Para isso, a água morna é uma boa alternativa, pois dilata os vasos sanguíneos e relaxa os músculos. Além disso, conte com itens que deixam esse momento mais íntimo, utilizando, por exemplo, óleos essenciais e sabonetes com itens específicos, como o D-Pantenol, que limpa e promove a hidratação da pele.

Use hidratante corporal: atrito da roupa, transpiração, vento do ar condicionado, água, cloro... não são poucos os fatores que impactam a pele e podem causar ressecamento ou até irritação. Portanto, usar hidratante corporal após a prática física é essencial para mantê-la saudável e livre de incômodos.

Para isso você pode contar com Cuide-se Bem Ativa, de O Boticário. A linha conta com a Loção Desodorante Hidratante Corporal que, devido ao D-Pantenol e a vitamina E, restaura a pele, deixando-a hidratada, macia e com viço.

Faça uma massagem: treinar pode deixar as pernas e os pés com uma sensação de peso, então neste caso, a dica é investir em massagens nestas partes do corpo. O Creme Relaxante Pernas E Pés da linha Cuide-Se Bem Ativa é ideal para este momento porque contém arnica, um ativo que promove uma sensação de alívio e diminui inchaços.

Agora você está pronta para treinar e investir em cuidados para o corpo com tranquilidade.


domingo, 30 de agosto de 2020

Café da manhã saudável: a melhor forma de começar o dia


A primeira refeição do dia é essencial para uma alimentação balanceada. Por isso, nada melhor do que preparar um delicioso café da manhã saudável, não é mesmo? Para saber as melhores dicas sobre o assunto, acompanhe a matéria na íntegra!

Conversamos com a nutricionista Beatriz Zerbinatti (CRN-3 61449/P), que apontou as melhores opções para consumirmos em um café da manhã saudável. Confira!

Ovo: opção versátil, que é ótima para aumentar a ingestão de proteínas e fornecer a saciedade no café da manhã. Segundo a nutricionista, os ovos causam uma menor variação de glicose e insulina no sangue, diminuindo a resposta da grelina (o hormônio da fome).
Abacate: de acordo com Beatriz, o abacate é rico em ômega 9 e auxilia na promoção da saciedade. Mesmo sendo uma fruta um pouco mais calórica, é um alimento indicado devido à quantidade de gordura boa, que fornece energia.
Linhaça: “por conter ômega-3, ela deixa o coração mais protegido, pois ajuda a diminuir as taxas de colesterol total e contribui para a diminuição de pressão arterial. Essa semente também equilibra o sódio do organismo por auxiliar os rins a excretar água e sódio, evitando a retenção de líquido. Para começar o dia desinchando, é uma ótima opção para acrescentar!”, aponta a nutricionista.
Iogurte: para Beatriz, consumir o iogurte no café da manhã proporciona benefícios à saúde óssea. Isso porque esse alimento garante que a recomendação diária de cálcio seja alcançada.
Café: o cafezinho pode sim estar presente no seu café da manhã saudável e é uma indicação da nutricionista, principalmente porque a cafeína ajuda a diminuir a sensação de sonolência e a aumentar a capacidade de processamento do cérebro. Mas fique de olho na quantidade: uma xícara pequena já é suficiente para alcançar o efeito.
Melancia: fruta que contém uma alta quantidade de água, sendo uma das melhores maneiras de começar o dia hidratando o seu organismo. “Por ser rica em potássio, a fruta também ajuda a evitar a formação de ácido úrico, que é responsável por causar cálculos renais, por exemplo”, aponta Beatriz.
Tapioca: alimento indicado por ser natural, com baixo teor de sódio e que contém o carboidrato simples. De acordo com a nutricionista, esse tipo de carboidrato possui rápida absorção, fácil digestão e energia.
Pasta de amendoim: opção que contém gordura monoinsaturada e proteína, nutrientes com poder de aumentar a sensação de saciedade. No entanto, Beatriz explica que, por conter bastantes calorias, deve ser consumida com cuidado. Segundo a nutricionista, ao escolher a sua pasta de amendoim, você deve optar por uma versão integral e sem açúcar; além disso, 1 colher de sopa por dia já é o suficiente.
Mamão: fruta muito queridinha em um café da manhã saudável, que contém uma boa quantidade de vitamina A e vitamina C. O mamão contribui para o fortalecimento do sistema imunológico, protegendo contra algumas doenças.
Pão integral: o pão integral compõe a lista devido à sua quantidade de carboidratos complexos e de fibras, proporcionando saciedade e energia.

O que evitar
Perguntamos à nutricionista sobre o que devemos evitar em um café da manhã saudável. De acordo com ela, alimentos como margarina, embutidos (presunto, peito de peru, mortadela e salame), barrinhas de cereais e sucos industrializados são vilões de uma alimentação equilibrada.

As principais justificativas para você não consumir esses alimentos, principalmente no café da manhã, geram em torno das altas concentrações de gorduras trans e saturadas, sódio, conservantes, corantes, carboidratos, açúcares e outros ingredientes artificiais. Tais componentes trazem malefícios a curto prazo, como alergias, e não fazem bem para o nosso organismo, podendo desencadear sérias doenças no futuro.

Por isso, preze por alimentos mais naturais e, ao escolher um industrializado, a nutricionista ressalta: leia sempre os rótulos!

Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/cafe-da-manha-saudavel/ -  Escrito por Isla Ramos - ISTOCK

sábado, 29 de agosto de 2020

6 formas de evitar doenças circulatórias comuns no inverno


Alguns hábitos podem prevenir problemas de circulação na época mais fria do ano; veja quais são

As estações do ano e as mudanças climáticas são fatores capazes de afetar diretamente a nossa saúde e bem-estar. Seja com a chegada de alergias na época do outono ou com o bronze na pele conferido pelo verão, cada período pede cuidados e prevenções específicas.

O inverno, por exemplo, é bastante conhecido por gerar complicações respiratórias, como gripe e resfriado. Porém, apesar de não ser muito comentado, as baixas temperaturas desta estação também impactam a circulação corporal, especialmente nas pessoas que apresentam quadros de obesidade e sedentarismo, favorecendo problemas como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

"O tempo frio estimula a contração dos vasos sanguíneos, principalmente das artérias periféricas. Quando há excesso de gordura na parede das artérias, isso atrapalha ainda mais o sangue de chegar até alguns tecidos", explica a cirurgiã vascular e angiologista Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

De acordo com a especialista, o corpo transmite alguns sinais que alertam o comprometimento da circulação, como dormência ou inchaço nos membros, formigamento nas mãos e nos pés. "No caso de câimbras, dor ao caminhar, paralisia ou fadiga muscular pode ser um indício de arteriosclerose", conta.

Aline explica que o tratamento para as doenças circulatórias pode ser feito por meio de medicamentos ou cirurgia, mas que a prevenção segue sendo a parte principal no cuidado com o corpo - principalmente para as pessoas que possuem doenças que causam a obstrução das artérias.

Confira a seguir as dicas dadas pela especialista para evitar problemas na circulação durante o inverno:

Como melhorar a circulação sanguínea no inverno

1- Escolha roupas adequadas
O uso de roupas apertadas pode comprimir os músculos das pernas e cintura, prejudicando a circulação dessa região. Portanto, opte por peças confortáveis e que sejam feitas de um material que ajude na prevenção do frio.

2- Cuide da alimentação
O consumo de alimentos ricos em fibras, como cereais e legumes, auxilia na melhora da digestão, prevenindo o aparecimento de uma série de doenças que afetam a circulação corporal. Além disso, consumir gorduras poliinsaturadas, como óleos vegetais, ajuda no controle do colesterol.

3- Pratique exercícios físicos
Realizar atividades físicas de maneira regular é parte essencial no controle da circulação sanguínea do corpo. Caso haja restrição médica, respeite as orientações e pratique exercícios leves, como caminhadas e alongamentos.

4- Tenha um bom controle médico
Pessoas com problemas de hipertensão e diabetes devem controlar e checar diariamente o seu quadro de saúde, observando o aparecimento de possíveis mudanças que causem impacto no funcionamento do organismo.

5- Beba água
Consumir uma boa quantidade de água, que pode variar entre 2 e 3 litros diários, ajuda no controle da pressão sanguínea, já que o líquido é capaz de regular a densidade do sangue. Veja qual é a quantidade de água ideal para o seu peso.

6- Atenção com as meias elásticas
É comum que pessoas com problemas de circulação sanguínea façam o uso de meias elásticas. Porém, quando usadas sem orientação médica, elas podem causar piora no quadro de saúde. Desta forma, consulte um profissional antes de utilizá-las.


sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Sedentarismo na quarentena traz riscos à saúde do coração


Estudo indica que a falta de atividade física aumenta o risco de complicações cardíacas, como a hipertensão

O período de quarentena imposto como forma de conter a disseminação do novo coronavírus segue causando diferentes impactos na população. Desta vez, um estudo comandado pela Universidade de São Paulo (FM-USP) revelou os impactos cardiovasculares causados pelo sedentarismo que cresceu durante o isolamento social.

A pesquisa foi dividida em diferentes partes, todas responsáveis por analisar rotinas e situações distintas do dia a dia. Em uma delas, os voluntários diminuíram a quantidade de passos diários pela metade, totalizando o número de 5 mil por semana.

Os resultados apontaram encolhimento do diâmetro braquial, principal vaso sanguíneo do braço, danos nas camadas de células que envolvem as artérias e veias, além de menos elasticidade dos vasos sanguíneos.

Já outra análise foi realizada com todos os participantes do estudo sentados por longos períodos, variando entre três e seis horas. Esse tempo sem grande movimentação gerou alterações vasculares, indícios de inflamação e alteração no índice glicêmico pós-alimentação.


Impacto no grupo de risco
Os cientistas concluíram que a falta de atividades físicas durante o confinamento possui um forte potencial de causar uma rápida deterioração da saúde cardiovascular, aumentando as chances de morte prematura entre as populações com doenças associadas ao coração, como a hipertensão.

De acordo com os pesquisadores, mesmo um período curto de inatividade (de 1 a 4 semanas), pode ser associado a efeitos negativos no funcionamento de toda a estrutura cardiovascular, o que gera um maior risco de desenvolvimento de complicações cardíacas.

"Nesse cenário crítico e sem precedentes, os programas de atividade física domiciliar surgem como uma intervenção clinicamente relevante para promover benefícios à saúde de pacientes cardíacos", explicam os cientistas da USP no estudo publicado na American Journal of Physiology.

Importância do exercício em casa
Apesar do período de isolamento poder desencadear diversas complicações físicas e mentais, ficar em casa ainda é a forma mais eficaz de se prevenir da COVID-19. Porém, é possível se movimentar e exercitar o corpo mesmo durante a quarentena. Algumas alternativas para isso são:

Exercício de flexão de braço no solo
Agachamento simples (sentar e levantar no banco ou no sofá)
Subir e descer escadas
Agachamento afundo (deslocamentos frontais)
Polichinelos
Tríceps sobre a cadeira
Prancha

Em algumas cidades do país, onde a taxa de contaminação vem sendo controlada, já vem acontecendo a reabertura gradual de academias e escolas de luta e dança. Para garantir que as atividades sejam realizadas de forma segura, é preciso que seja feito o uso de máscaras de proteção, lavagem correta das mãos e o distanciamento social entre as pessoas.

As mesmas orientações de prevenção são indicadas para treinos ao ar livre, desde que não haja contato e se mantenha distância de outras pessoas. Caso haja indícios de sintomas de coronavírus, é necessário se manter em casa, em repouso e isolamento.


quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Alimentos que melhoram a circulação: 14 remédios naturais


Laranja, mirtilo e alho são alguns dos alimentos que combatem a má-circulação

O funcionamento adequado da circulação sanguínea depende de vários fatores. A má-circulação se traduz em vários problemas como: celulite, varizes, colesterol alto, fadiga, dor nas pernas e inchaço, no caso dos diabéticos ou pessoas com resistência à insulina. Os sintomas são diversos, mas o problema é um só: a má-circulação.

Uma alimentação rica em vitaminas e minerais moduladores ajuda a manter a integridade dos vasos sanguíneos e, somada à uma hidratação eficaz, garante uma adequada circulação sanguínea. Se você apresenta algum problema referente à circulação ou algum desses sintomas citados, faça um cardápio com os seguintes alimentos:

1 - Frutas cítricas e silvestres
Alimentos que contêm vitamina C e flavonoides juntos (frutas cítricas e silvestres) fortalecem as paredes dos vasos sanguíneos impedindo os radicais livres de comprometer sua resistência. Além disso, os flavonoides reduzem a fragilidade e o extravasamento de sangue nos vasos. Alguns exemplos dessa frutas são:
Acerola
Laranja
Goiaba
Amora
Morango

2- Cebola roxa e mirtilo
Estudos apontam a quercetina, flavonoide encontrado na cebola roxa e mirtilo, como sendo muito eficiente na prevenção de vasinhos, tendo ação anti-inflamatória.

3 - Abacaxi
A bromelaína, uma enzima naturalmente presente no abacaxi, tem sido usada no tratamento de varizes, pois pessoas com varizes apresentam dificuldade em degradar a fibrina (proteína), sendo então depositada ao redor dos microvasinhos. A bromelaína consegue quebrar essa proteína, diminuindo este depósito.

4 - Salmão e Azeite de linhaça
Ricos em ômegas, especialmente do tipo 3, esses alimentos ajudam a evitar a formação de coágulos (trombose) e de depósitos de gordura (aterosclerose), aumentando a fluidez sanguínea e reduzindo a pressão arterial.

5 - Suco de uva integral
Os flavonoides, ácidos fenólicos e o resveratrol encontrados nas sementes e cascas das uvas, possuem atividades antioxidantes, que contribuem para o efeito cardioprotetor, incluindo a habilidade de inibir as atividades de agregação plaquetária e formação de trombose.
Além disso, o consumo diminui as chances de obstrução nos vasos sanguíneos e reduz potencialmente os lipídios plasmáticos (desentupimento das artérias). Não podemos exagerar na dose, pois o suco de uva integral apesar de todos os benefícios apresenta alto valor calórico. Deve ser consumido com moderação, recomendado de 1 a 2 copos de 200 mililitros por dia.

6 - Alimentos sem glúten
Alguns estudos demonstram que o glúten em excesso pode prejudicar a circulação, diminuindo o fluxo sanguíneo, especialmente para o cérebro. O glúten está presente nos alimentos à base de trigo, aveia, cevada, malte e centeio. Faça uso de farinha de arroz, fécula de batata, farinha de quinoa e farinha de banana verde no preparo de pães e bolachas.

7 - Amendoim
Rico em vitamina B3, o amendoim colabora para a vasodilatação sanguínea, melhorando a circulação. Apenas tome cuidado com a quantidade diária, pois é um alimento calórico que deve ser ingerido com moderação.

8 - Gérmen de trigo
Rico em tiamina (vitamina B1), o gérmen de trigo é um alimento que melhora a circulação.

9 - Pimenta Cayenna
A pimenta cayenna tem características positivos, atuando como agente excitante por estimular a circulação, podendo prevenir coágulos sanguíneos que causam ataque cardíaco e derrame cerebral.

10 - Alho
Um dos benefícios do alho é a sua capacidade de aumentar a fluidez sanguínea. Pra desfrutar desses pontos positivos, é possível ingerir ele na comida ou na forma própria forma de óleo de alho.

11 - Vinagre de Maçã
O vinagre de maça também é um alimento que melhora a fluidez sanguínea, por ser rico em vários nutrientes como potássio, fósforo, magnésio, enxofre, cálcio, flúor e silício.

12 - Ban-chá
Mais conhecido como chá verde torrado, o ban-chá é um chá depurativo, isto é, um chá que ajuda a purificar o sangue. Ele estimula a digestão e acentua a eliminação de toxinas por aumentar a diurese, melhorando a circulação e diminuindo o inchaço.

13 - Castanha da Índia
A castanha da índia ajuda a aumentar a resistência dos vasos sanguíneos. Dessa forma, ela acaba facilitando a circulação do sangue.

14 - Água
A água é essencial para o bom funcionamento do organismo, principalmente no que se refere à circulação, já que a substância evita que o corpo retenha sódio, responsável por inchaços.

Evite os industrializados
Evite ao máximo os industrializados e, se possível, exclua de vez do seu cardápio os chamados "alimentos instantâneos", pois são ricos em sódio. Por serem ricos em gorduras, carboidratos refinados e levar muito sal na composição, implicam em um valor calórico elevado ou baixo e são as chamadas "calorias vazias".

Alguns exemplos desses são:
Sopas industrializadas
Bolachas recheadas
Pães de preparo rápido ou bolos feitos com misturas comerciais
Cereais enriquecidos ou de cozimento rápido
Bolachas cream cracker
Pipoca salgada
Picles
Batatas chips
Embutidos (como peito de peru, linguiça, salsicha, paio, presunto cru, mortadela)
Sopas prontas
Temperos prontos
Macarrão instantâneo

O consumo exacerbado de alimentos industrializados toma o lugar de alimentos in natura, como frutas e verduras e de refeições completas, as quais são substituídas por lanches prontos, que são ricos em glutamato monossódico, que por sua vez é o "grande vilão".


quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Por estas 9 razões logo teremos uma vacina de Covid-19 disponível

À medida que a primavera se aproxima rapidamente, muitos se perguntam se a corrida por uma vacina [para Covid-19] dará frutos já em janeiro de 2021.

Eu sou um médico-cientista e especialista em doenças infecciosas na Universidade da Virgínia (EUA), onde cuido de pacientes e conduzo pesquisas sobre o COVID-19. Ocasionalmente, sou questionado sobre como posso ter certeza de que os pesquisadores desenvolverão uma vacina bem-sucedida para prevenir o COVID-19. Afinal, ainda não temos uma para o HIV, o vírus que causa a AIDS.

É isto que as pesquisas atuais demonstram, onde acho que estaremos em cinco meses e por que você pode ficar otimista sobre ter uma vacina COVID-19.

1. Sistema imunológico humano cura COVID-19
Em até 99% de todos os casos de COVID-19 , o paciente se recupera da infecção e o vírus é eliminado do corpo.
Alguns dos que tiveram COVID-19 podem apresentar níveis baixos de vírus no corpo por até três meses após a infecção. Mas, na maioria dos casos, esses indivíduos não podem mais transmitir o vírus a outras pessoas 10 dias após ficarem doentes.
Portanto, deveria ser muito mais fácil fazer uma vacina para o novo coronavírus do que para infecções como o HIV, em que o sistema imunológico não consegue curá-lo naturalmente. O SARS-CoV-2 não sofre mutação como o HIV, tornando-o um alvo muito mais fácil para o sistema imunológico subjugar ou para uma vacina controlar.

2. Anticorpos direcionados à proteína espinho evitam a infecção
Uma vacina protegerá, em parte, induzindo a produção de anticorpos contra a proteína espinho na superfície do SARS-CoV-2, o vírus que causa o COVID-19.
Estrutura do coronavírus sars-cov-2
O vírus precisa da proteína espinho para se ligar e entrar nas células humanas para se reproduzir. Pesquisadores demonstraram que anticorpos, como os produzidos pelo sistema imunológico humano, se ligam à proteína espinho, a neutralizam e evitam que o coronavírus infecte células em cultura de laboratório.
Vacinas em testes clínicos demonstraram aumentar os anticorpos anti-espinho que bloqueiam a infecção pelo vírus em células no laboratório.
Pelo menos sete empresas desenvolveram anticorpos monoclonais, anticorpos fabricados em laboratório que reconhecem a proteína espinho. Esses anticorpos estão entrando em ensaios clínicos para testar sua capacidade de prevenir a infecção em pessoas expostas, por exemplo, por meio de um contato domiciliar.
Os anticorpos monoclonais também podem ser eficazes para o tratamento. Durante uma infecção, uma dose desses anticorpos monoclonais pode neutralizar o vírus, dando ao sistema imunológico a chance de recuperar e fabricar seus próprios anticorpos para combater o patógeno.

3. A glicoproteína espinho contém vários alvos
A proteína espinho tem muitos locais onde os anticorpos podem se ligar e neutralizar o vírus. Isso é uma boa notícia porque com tantos pontos vulneráveis, será difícil para o vírus sofrer mutação para evitar uma vacina.
Várias partes do espinho precisariam sofrer mutação para evitar anticorpos neutralizantes anti-espinho. Muitas mutações na proteína espinho mudariam sua estrutura e a tornariam incapaz de se ligar a ACE2, que é a chave para infectar células humanas.

4. Nós sabemos como fazer uma vacina segura
A segurança de uma nova vacina COVID-19 é melhorada pela compreensão dos pesquisadores sobre os potenciais efeitos colaterais da vacina e como evitá-los.
Um efeito colateral visto no passado foi o aumento da infecção dependente de anticorpos. Isso ocorre quando os anticorpos não neutralizam o vírus, mas permitem que ele entre nas células por meio de um receptor destinado aos anticorpos. Os pesquisadores descobriram que, ao imunizar com a proteína espinho, altos níveis de anticorpos neutralizantes podem ser produzidos. Isso diminui o risco de aumento da infecção.
Um segundo problema potencial apresentado por algumas vacinas é uma reação alérgica que causa inflamação no pulmão, como foi visto em indivíduos que receberam uma vacina contra o vírus sincicial respiratório na década de 1960. Isso é perigoso porque a inflamação nas regiões aéreas do pulmão (alvéolos) pode dificultar a respiração. No entanto, os pesquisadores aprenderam agora como criar vacinas para evitar essa resposta alérgica.

5. Várias vacinas para Covid-19 diferentes em desenvolvimento
O governo dos EUA está apoiando o desenvolvimento de várias vacinas diferentes por meio da Operação Warp Speed .
O objetivo da Operação Warp Speed ​​é entregar 300 milhões de doses de uma vacina segura e eficaz até janeiro de 2021.
O governo dos EUA está fazendo um grande investimento, destinando US$ 8 bilhões (44,6 bi de Reais na cotação de hoje) para sete vacinas COVID-19 diferentes.
Ao apoiar várias vacinas COVID-19, o governo [dos EUA] está protegendo suas apostas. Apenas uma dessas vacinas precisa se provar segura e eficaz em ensaios clínicos para que uma vacina COVID-19 seja disponibilizada aos estadunidenses em 2021.

6. Vacinas passando por ensaios de fase I e II
Os ensaios de fase I e fase II testam se uma vacina é segura e induz uma resposta imunológica. Os resultados até agora de três ensaios de vacinas diferentes são promissores, desencadeando a produção de níveis de anticorpos neutralizantes anti-espinho que são duas a quatro vezes maiores do que os observados em pessoas que se recuperaram de COVID-19.
A Moderna , Oxford e a empresa chinesa CanSino demonstraram a segurança de suas vacinas em testes de fase I e fase II.

7. Os ensaios clínicos de Fase III estão em andamento
Durante um ensaio de fase III, a etapa final no processo de desenvolvimento da vacina, a vacina é testada em dezenas de milhares de indivíduos para determinar se ela funciona para prevenir a infecção pelo SARS-CoV-2 e se é segura.
A vacina produzida pela Moderna e NIH e a vacina da Oxford-AstraZeneca começaram os testes de fase III em julho. Outras vacinas COVID-19 começarão a fase III dentro de algumas semanas.

8. Acelerar a produção e implantação de vacinas
A Operação Warp Speed ​​está pagando pela produção de milhões de doses de vacinas e apoiando a fabricação de vacinas em escala industrial, mesmo antes de os pesquisadores terem demonstrado a eficácia e segurança da vacina.
A vantagem dessa estratégia é que, uma vez que uma vacina seja comprovada como segura nos ensaios de fase III, um estoque dela já existirá e poderá ser distribuída imediatamente sem comprometer a avaliação completa de segurança e eficácia.
Esta é uma abordagem mais prudente do que a da Rússia, que está vacinando o público com uma vacina antes que ela se mostre segura e eficaz na fase III.

9. Distribuidores de vacinas estão sendo contratados agora
A McKesson Corp., maior distribuidora de vacinas dos Estados Unidos, já foi contratada pelo CDC para distribuir uma vacina COVID-19 em locais — incluindo clínicas e hospitais — onde a vacina será administrada.
Acredito que seja realista sabermos em algum momento no final de 2020 se algumas vacinas COVID-19 são seguras, exatamente o quão eficazes são e quais devem ser usadas para vacinar a população dos EUA em 2021.
Esse artigo foi publicado originalmente por William Petri, professor de medicina na University of Virginia (EUA) no The Conversation e reproduzido aqui com permissões Creative Commons. Leia o artigo original (em inglês).


terça-feira, 25 de agosto de 2020

Por que treinar demais pode fazer mal para sua saúde mental?


Entenda como a prática de atividades físicas pode piorar ou desencadear quadros de ansiedade e depressão

Não é raro uma pessoa receber conselhos relacionados à prática de exercícios no dia a dia. De fato, incluir alguma atividade física na rotina traz uma série de benefícios ao corpo e também ajuda a prevenir doenças.

Entretanto, se você pensa em aderir aos treinos ou gosta de fazer exercícios, aqui vai um recado: uma certa dose de equilíbrio é necessária. Isso porque, quando feita em excesso, a atividade física pode fazer mal, inclusive para sua saúde mental.

Exercícios físicos: benefícios
De acordo com a educadora física Ge Gurak, consultora fitness da MetaLife e fundadora da TcPilates, praticar exercícios regularmente, com a orientação e elaboração de um plano feito por um profissional, traz uma série de benefícios ao corpo que vão muito além da questão estética e da perda de peso.

Ao fazer exercícios, é possível prevenir uma série de doenças, como acidente vascular encefálico (AVC), hipertensão, diabetes do tipo 2, osteoporose e obesidade. Além disso, a prática de atividades físicas também traz melhorias na qualidade de vida ao garantir a qualidade do sono, aumentar a imunidade e proporcionar maior bem-estar emocional.


"Uma rotina de atividade física confere mais vigor ao indivíduo e ajuda a controlar o peso. Outro ponto muito apontado em pesquisas é o ganho de anos de vida através da autonomia dentro do processo de envelhecimento", explica a especialista.

Exercícios físicos e saúde mental
Porém, apesar dos exercícios serem benéficos ao corpo, é preciso não exagerar na dose. Isso porque, além de lesões físicas, a prática desmedida de atividade física pode levar também ao desencadeamento de quadros de depressão, ansiedade e outros distúrbios mentais.

Segundo Ge Gurak, esses efeitos contrários podem surgir devido ao nível competitivo que a atividade exige, à constante busca de uma perfeição estética, à falta de descanso ou à simples sobrecarga de treinos - que pode gerar um estado de fadiga física e mental.

"Este ponto pode vir pelo comparação com os colegas ou exigências de padrões de beleza que vão além das nossas possibilidades. Este indivíduo não alcança o que almeja e esta decepção pode trazer sintomas negativos", completa a educadora sobre a autocobrança gerada pelos exercícios.

O educador físico Beto Abrahão, Master Trainer Nacional da Bodytech e pós-graduando em Neurociências e Comportamento, explica ainda que existe um processo fisiológico que o exercício físico em excesso acarreta ao corpo e que pode prejudicar a saúde mental.


Segundo Abrahão, a prática de atividades físicas proporciona uma sensação de bem-estar ao corpo devido ao estímulo de produção de neurotransmissores, como a serotonina, dopamina, endorfina e citocinas. Entretanto, o excesso pode levar a processos inflamatórios do corpo e comprometer a produção de tais substâncias.

Consequentemente, algumas funções cerebrais básicas, como suportar mudanças, ter comportamentos sociais, direcionar a atenção e desenvolver aprendizados, ficam suscetíveis a perturbações. E o mesmo acontece com o bem-estar emocional.

Sinais do excesso de exercícios
O instrutor cita que esses processos inflamatórios levam ainda à hiperatividade de algumas estruturas do cérebro, como a amígdala e o córtex. ?Isso faz a pessoa entrar no estágio de ruminação que é bem típico de transtornos depressivos, de ficar pensando 'eu não sou bom, eu sou ruim, tudo vai dar errado na minha vida??, diz Abrahão.

Além disso, é possível perceber o impacto do excesso de exercícios com outros sinais bem característicos dos transtornos mentais. "O indivíduo fica muito cansado, caso tenha uma depressão. Em quadros de ansiedade, há um excesso de irritação", explica o educador físico.

Vale destacar, porém, que o exagero na prática de atividades físicas por si só não é a causa de um quadro depressivo, do transtorno de ansiedade ou de outras doenças ligadas à saúde mental.

"É um processo multifatorial. Isto é: o excesso de exercícios físicos associado a outros componentes, como má alimentação, privação de sono e situações estressantes na vida, podem prejudicar seriamente a saúde mental", conclui Abrahão.

Qual é a dose certa de exercícios?
Saber a quantidade adequada de exercícios é um processo individual e que não segue uma cartilha. A única regra, como aponta Ge Gurak, é que os treinos busquem oferecer uma boa qualidade de vida em geral (sono, disposição, humor), uma rotina dentro dos padrões de saúde e baixo risco de lesões ao corpo.

"Se em qualquer um desses três pontos você sentir efeitos negativos, vale a pena repensar se neste momento da sua vida essa rotina de exercícios é a melhor. Por isso, o ideal é que a pessoa inicie por uma atividade condizente com seu gosto e personalidade, e faça uma autoanálise para ajustar a frequência e a intensidade. Se ainda assim não funcionar, talvez a solução seja mudar o tipo de atividade?, afirma a instrutora.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/36635-por-que-treinar-demais-pode-fazer-mal-para-sua-saude-mental - Escrito por Redação Minha Vida - Hinterhaus Productions/GettyImages