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quarta-feira, 5 de junho de 2019

Gripe: quais são as complicações mais perigosas?


Entenda por que o vírus influenza pode provocar estragos, independente de ele ser H1N1, H3N2 ou tipo B

Estamos na época de aumento dos casos de gripe, e a campanha de vacinação contra a doença ainda não atingiu sua cobertura desejada. Até o dia 27 de maio, 71,6% do público-alvo tinha recebido a dose – a meta é imunizar 90% até 31 de maio, quando termina a mobilização. Idosos, crianças, gestantes e portadores de doenças autoimunes e crônicas fazem parte da turma que não pode deixar de tomar a vacina.

Isso porque, apesar de a gripe geralmente ser uma condição passageira, sem grandes repercussões, em alguns casos ela pode causar complicações importantes. Pessoas com o sistema imunológico comprometido – seja pelo uso de remédios, pela condição de saúde ou pela própria idade – estão mais sujeitas a encrencas.

A principal ameaça é para o pulmão. “Existe o risco de o vírus provocar uma inflamação no órgão, que dificulta seu funcionamento e abre caminho para uma bactéria oportunista”, explica Helio Magarinos Torres Filho, patologista e diretor médico do Richet Medicina & Diagnóstico, no Rio de Janeiro.

Esse quadro pode culminar em uma pneumonia ou insuficiência respiratória aguda, condição capaz de levar à morte. “Fora que, quando o pulmão tem dificuldade de enviar oxigênio para os órgãos, todo o corpo é afetado”, acrescenta Torres Filho.


Qual vírus faz mais estrago?
Toda vez que um novo vírus começa a circular, tende a ser mais perigoso, já que o sistema imune da população não o conhece. No caso do influenza, que possui diversos subtipos e vive sofrendo mutações, isso ocorre com certa frequência.

Lembra do H1N1, que assustou na década passada? Ele continua causando problemas, mas muitas pessoas já têm imunidade contra ele. “Agora, o H3N2, que é mais novo, pode se mostrar mais danoso, porque nem todo mundo se vacinou contra ele nos últimos anos”, destaca o patologista.

Vale ressaltar que, independente do subtipo, a evolução dos quadros de gripe é bem parecida. “O risco de complicações depende muito mais do hospedeiro do que do vírus”, reforça Heloísa Giamberardino, pediatra e coordenadora do Centro de Vacinas do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba (PR).

Uso de remédios é fator que merece atenção
Em geral, toda a condição que exige medicamentos constantes pode afetar a forma do organismo reagir a uma ameaça. Portadores de transtornos autoimunes – artrite reumatoide, lúpus, doença de Chron, etc. –, por exemplo, têm que tomar drogas que suprimem o sistema imune. Eles controlam as substâncias inflamatórias que atacam o organismo, mas também diminuem as defesas contra ameaças, como o vírus da gripe.

O mesmo vale para quem vive com males crônicos, como hipertensão e diabetes. Ainda que os fármacos não atuem diretamente sobre o sistema imunológico, a própria condição de saúde debilita o organismo. Assim, a gripe poderia enfraquecer ainda mais um órgão já prejudicado.

Para ter ideia, para os idosos e portadores de doenças cardíacas, um dos riscos de uma gripe mais agressiva é o infarto, porque o estado provocado pela infecção sobrecarrega o coração.

Vacinar é a melhor forma de prevenção
E ela precisa ser reaplicada anualmente, pois inclui os subtipos que provavelmente circularão mais naquele ano. Fora que a imunidade promovida pela vacina tem duração limitada. A dose é segura, não provoca gripe e garante uma boa taxa de proteção. Se mesmo assim a pessoa ficar gripada, a probabilidade de a doença evoluir mal diminui consideravelmente.

Além de recorrer à vacina, dá para minimizar o risco de adoecer com medidas de prevenção básicas, como lavar as mãos constantemente, usar álcool em gel, evitar locais fechados e aglomerações, manter uma dieta saudável (rica em frutas e legumes) e se exercitar com frequência.

Para aqueles que estão no grupo de risco de complicações, uma alternativa para garantir segurança extra pode ser a imunização de quem está próximo, como familiares e cuidadores. Ela está prevista pelo Ministério da Saúde e deve ser prescrita por um médico.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/gripe-quais-sao-as-complicacoes-mais-perigosas/ - Por Chloé Pinheiro - Foto: Omar Paixão/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Alimentos ultraprocessados elevam risco de doenças cardiovasculares



Estudo robusto mostra que coração e cérebro ficam em perigo quando biscoitos, salgadinhos, refrigerantes e por aí vai entram na rotina

Não faltam motivos para maneirar no consumo de alimentos ultraprocessados, como biscoitos, salgadinhos, refrigerantes, achocolatados, cereais matinais e afins. Esses itens já foram associados ao descontrole alimentar e ganho de peso, câncer, depressão, diabetes, hipertensão… Agora, um novo estudo reforça a relação entre a ingestão desses produtos e um maior risco de doenças cardiovasculares. Os dados acabam de ser publicados no prestigiado British Medical Journal (BMJ).

O trabalho foi realizado por pesquisadores franceses e brasileiros, mais especificamente da Universidade de São Paulo (USP), e contou com a participação de 105 159 indivíduos com uma média de 43 anos de idade. Essa turma toda preencheu uma espécie de diário alimentar cerca de cinco vezes durante dois anos.

“Esse é um dos pontos fortes da pesquisa, porque garante que a dieta das pessoas correspondia efetivamente ao seu padrão habitual”, comenta Carlos Monteiro, professor titular no Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP, um dos autores do estudo.

Os alimentos relatados foram separados de acordo com o grau de processamento – ou seja, in natura, minimamente processado, processado ou ultraprocessado. Além disso, registrou-se a incidência de doenças nos voluntários entre 2009 e 2018.

Ao cruzar os dados, os pesquisadores observaram o seguinte: um acréscimo de apenas 10% na participação dos ultraprocessados na alimentação aumentava significativamente o risco de encarar qualquer tipo de doença cardiovascular em 12%. O perigo aumentava 12% especificamente para um infarto e 11% para um acidente vascular cerebral (ou AVC).

De acordo com Monteiro, há diversos mecanismos capazes de explicar tal elo. “Esses produtos têm perfil nutricional desequilibrado, favorecem o ganho de peso e concentram um monte de aditivos”, exemplifica.

“Além disso, algumas substâncias estranhas são geradas a partir do calor excessivo usado na produção de alguns ultraprocessados. Sem falar nos contaminantes liberados por materiais sintéticos usados para acondicioná-los”, acrescenta.

Mais problemas à vista
Nessa mesma edição do BMJ, um estudo espanhol se propôs a avaliar a relação entre a ingestão de ultraprocessados e a probabilidade de morrer por qualquer causa. Para isso, recrutaram 19 899 adultos de, em média, 38 anos. Esse pessoal também completou um diário alimentar e os itens listados foram divididos de acordo com o grau de processamento.

As conclusões confirmaram que os produtos altamente processados – e cheios de ingredientes impronunciáveis – estão longe de serem boas escolhas. Para ter ideia, consumir mais de quatro porções deles ao dia aumentou em 62% a possibilidade de morrer por qualquer motivo em comparação à ingestão de duas porções diárias. Para cada porção extra, o risco de morte subia 18%.

Embora os dois estudos sejam observacionais – isto é, não chegam a estabelecer uma relação de causa e efeito –, os autores levaram em conta outros fatores relacionados à dieta e ao estilo de vida para chegar aos resultados. E chamam a atenção para outros tantos trabalhos que já apontaram como os ultraprocessados contribuem para a ocorrência de problemas de saúde.

“As evidências acumuladas nos últimos anos indicam que o consumo desses produtos está consistentemente ligada a danos, como obesidade, hipertensão, diabetes, síndrome metabólica, câncer de mama e outros tumores, cólon irritável, asma, depressão e, agora, infarto e acidente vascular cerebral”, lista Monteiro. Para ele, são indícios mais do que suficientes para contraindicar esses itens.

Entenda o grau de classificação dos alimentos
A classificação NOVA, criada pelo professor Carlos Monteiro e um time de colegas, é usada frequentemente nos estudos científicos para dividir os alimentos pelo nível de processamento. Entenda o que cada um significa:

In natura e minimamente processados

Entram aqui frutas, verduras, legumes e tubérculos e produtos animais, como ovos, leite, músculos, vísceras. Cogumelos e algas também são do time.
A categoria ainda contempla versões desses alimentos submetidas a processos para aumentar sua durabilidade – por isso são chamados de minimamente processados.

Ingredientes culinários processados

São alimentos que passam por processos para virarem itens de preparações culinárias. Falamos de sal, açúcar, óleos e gorduras de origem vegetal ou animal.

Processados

Inclui produtos que levam sal e açúcar e, eventualmente, óleo, vinagre ou outro ingrediente. Exemplos: conservas, carnes salgadas, peixe em óleo ou água e sal, queijos, pães e castanhas com sal ou açúcar.

Ultraprocessados

Aqui reside o grande problema. Os produtos que se encaixam nesse grupo tipicamente levam cinco ou mais ingredientes em sua fórmula. Mas não só: eles carregam aditivos conhecidos como cosméticos, já que têm como função alterar aroma, cor etc. Esse recurso faz com que uma bolacha vendida como de amêndoa, por exemplo, às vezes nem tenha a oleaginosa em sua fórmula.

Outra característica comum é que esses itens apresentam ingredientes que sequer estão disponíveis para usarmos na cozinha de casa – só aparecem na indústria mesmo. É o caso de isolado proteico de soja, maltodextrina, caseína, soro de leite e tantos outros.

Segundo a classificação, a fabricação dos produtos envolve ainda processos que não possuem equivalentes domésticos, como extrusão e moldagem e pré-processamento por fritura.

Refrigerantes, bolachas, pratos congelados, salgadinhos, bolos prontos e mistura para bolos, cereais matinais, macarrão instantâneo, pães de forma, sorvetes e bebidas com sabor de frutas fazem parte do grupo.


sábado, 6 de outubro de 2018

Perigo dos anabolizantes: saiba os malefícios que eles oferecem à saúde


A busca pelo corpo perfeito é extremamente definido e sem gordura e custa caro à saúde. O consumo prolongado dessas substâncias pode causar desde o surgimento de acne até a morte...

Pode prestar atenção: o padrão de beleza do corpo feminino sempre está mudando. Até pouco tempo atrás, a moda era ser grande e musculosa. Atualmente, a silhueta “secou” um pouco, mas muita gente ainda busca o corpo perfeito recorrendo ao uso de anabolizantes.

“Isso porque o organismo feminino tem 40 vezes menos concentração do hormônio testosterona — responsável pelo ganho de massa muscular — do que o masculino. Na prática, isso significa que por mais que ela treine, há um limite para o desenvolvimento e o aumento dos músculos. A partir daí, apenas com o uso de anabolizantes a sua musculatura ficará volumosa”, explica Paulo Zogaib, especialista em fisiologia do exercício da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Por que elas usam?

O estímulo é quase sempre estético. “A promessa de resultados rápidos vem incentivando o consumo cada vez maior de anabolizantes entre as mulheres. Elas desejam ter um corpo perfeito e acabam correndo sérios riscos em nome da vaidade”, comenta Mauro Guiselini, professor de educação física e diretor do Centro de Treinamento Multifuncional, de São Paulo (SP). Mas o desejo de curvas extremamente definidas, desenhadas com o auxílio de doses e mais doses de esteroides e hormônios masculinos, pode ser tão nocivo quanto o da magreza exagerada difundida nas passarelas fashion ou até mesmo a obesidade mórbida que fica escondida em casa. “Por trás dos aparentes benefícios, como um corpo forte e músculos desenvolvidos, essas substâncias escondem riscos que podem detonar o organismo e até matar”, alerta Marcio Scomparin, personal trainer, de São Paulo (SP).

Entenda a química

Os anabolizantes (esteroides androgênicos anabólicos) são hormônios sintéticos que imitam a testosterona. Apesar de ser conhecido como um hormônio masculino, ela também é encontrada nas mulheres, em quantidade bem menor. Nos homens, esse hormônio é produzido nos testículos, e, nas mulheres, nos ovários. E em ambos os sexos a testosterona é fabricada, também, nas glândulas suprarrenais, mas em dose baixa.

A testosterona natural tem dois efeitos distintos no organismo. No andrógeno, ela influencia nas características masculinas, como mudança de voz, desenvolvimento do órgão sexual, crescimento de bigode e barba, além de pelos nas axilas e áreas genitais, e aumento da agressividade. Já o anabólico age no controle de gordura e no aumento de massa muscular e força.

Bomba-relógio

Se para conquistar coxas grossas e torneadas, barriga dividida em “gomos” e braços musculosos for preciso recorrer ao uso de anabolizante,  é bom ficar esperta. Com esse “pacote” de transformações físicas você vai conseguir outras mudanças nada agradáveis. “A mulher que recorre aos anabolizantes fica com a pele cheia de espinhas, queixo pontudo, cabelo ralo e olhos mais saltados”, comenta Sandra Hugenneyer, dermatologista, de São Paulo (SP). “E os danos estéticos não são os únicos nem os mais graves”, alerta Nabil Gorayebe, cardiologista especialista em Medicina do Esporte, de São Paulo (SP). “Ele é um adubo de coisas ruins. Se a mulher tem alguma célula cancerígena, esses hormônios vão fazer que o câncer se espalhe de forma muito acentuada no organismo”, afirma o especialista. Os esteroides também dão força para as principais causas de morte da população feminina. “Eles causam a hipertensão arterial e transformam o coração em um dispositivo prestes a explodir”, alerta Nabil Gorayebe.

Fonte: https://corpoacorpo.com.br/blogs/mulher-de-corpo/perigo-dos-anabolizantes-saiba-os-malefacios-que-eles-oferecem-a-saade/12534 - Texto Fernanda Cury | Edição Karine César | Fotos Getty Images | Adaptação Web Ana Paula Ferreira

sábado, 9 de junho de 2018

Fortes, mas em risco: o perigo dos suplementos alimentares para os jovens


Esses produtos seduzem jovens com a promessa de acelerarem o ganho de massa muscular. Só que o uso por conta própria pode ter consequências sérias à saúde

Adolescentes, ainda mais os nascidos na era digital, querem tudo para ontem. Não é à toa que muitos deles desejam trocar o corpo infantil por uma versão mais musculosa ou definida no menor prazo possível. Pisando na academia, eles são público fácil para os suplementos esportivos, especialmente aqueles que aumentam a massa muscular, caso de whey protein, BCAA e creatina.

“Percebo nas consultas que é muito grande a demanda por esse tipo de produto. O adolescente é invariavelmente vaidoso e quer ficar forte logo”, observa a pediatra Mônica Moretzsohn, do Departamento Científico de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Estudos recentes endossam a constatação da médica. Uma pesquisa realizada em Fortaleza com 85 frequentadores de academia de 18 a 58 anos mostrou que gente abaixo dos 30 é a que mais recorre a suplementos. Quanto mais jovem, maior o apelo da categoria. Mas o que deixa mesmo os especialistas de cabelo em pé é o uso dessas substâncias por conta própria – sendo que, em geral, elas são indicadas a atletas.

Outro levantamento, este feito com 30 adolescentes de Campo Mourão, no Paraná, revelou que um terço deles ingeria suplementos sem orientação. Só 10% ouviram um médico ou nutricionista. O fenômeno, claro, não se restringe ao Brasil. Na Eslovênia, cientistas da Universidade de Liubliana, a mais antiga do país, identificaram um cenário parecido ao avaliar 1 500 jovens de 14 a 19 anos. Dos adeptos da suplementação, 40% não eram acompanhados por profissionais de saúde. Detalhe: 30% se aconselhavam com familiares.

“Sem consultar um especialista, o adolescente pode ultrapassar a dose recomendada e combinar substâncias que interagem entre si”, alerta a pediatra Flavia Meyer, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O estudo paranaense chegou a apontar um dos efeitos desse consumo sem supervisão: falta de carboidratos e excesso de proteína no cardápio.

“E temos visto muitos casos de jovens internados para fazer diálise por sobrecarga dos rins em razão do abuso proteico”, conta a médica Leda Lotaif, chefe da Nefrologia do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo. Ela ressalta que as complicações surgem em quem já possui predisposição a problemas renais – algo que praticamente ninguém sonha ter.

Pela legislação, suplementos de proteína, como o whey protein, são considerados alimentos e não remédios, o que favorece a venda e o consumo sem critério. Atenta aos riscos disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu revisar as regras na área. O objetivo é tornar o mercado mais seguro – hoje, parte dele está na ilegalidade.

“Há muita divergência de informações entre rótulos de produtos semelhantes, promessas de benefícios sem comprovação científica, itens com problemas de qualidade”, enumera Rodrigo Vargas, especialista da Gerência Geral de Alimentos da Anvisa. “Já houve casos de adição de anabolizantes em algumas marcas. Os riscos disso vão desde alterações hormonais e sexuais até cardiopatia e câncer“, alerta a médica Flavia Meyer, que é doutora em nutrição e exercício físico infantil.

Ainda que as normas fiquem mais claras, não dispensam a visita ao médico ou nutricionista. Para adolescentes, o recado é especialmente importante. Quem pula essa etapa corre o risco de apresentar um desequilíbrio nutricional, o que compromete o desenvolvimento ósseo e muscular.

Há relatos também de espinhas, dor de cabeça, insônia e até agressividade e taquicardia entre usuários dessas substâncias. Como se não bastasse, suplementos com proteína isolada contribuiriam para manifestações alérgicas. Nada disso, porém, foi estudado a fundo. “Faltam pesquisas específicas sobre os efeitos colaterais desses produtos”, diz a nutricionista Luciana Rossi, do Centro Integrado de Saúde da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.

Suplementação + vício por exercício, uma dobradinha perigosa
Não raro, a suplementação é ligada a outro comportamento: a dependência de exercícios físicos. E, quanto menor a idade, maior o risco de ficar fissurado nos treinos e abusar dos aceleradores da atrofia muscular. Foi o que Luciana Rossi descobriu na sua tese de doutorado, conduzida na Universidade de São Paulo (USP). Mais um ótimo motivo para prestar atenção e dar orientação à garotada.

Nessa turma, excessos de carga ou de ritmo na malhação podem acarretar lesões nos músculos e nos ossos, prejudicando inclusive o crescimento. Para ter ideia, alguns sintomas do vício em atividade física são semelhantes aos da abstinência de álcool, como alterações no padrão de sono e ansiedade. Sem falar na possibilidade de aparecimento de transtornos alimentares.

Mas, afinal, com supervisão médica, quando meninos e meninas realmente tiram proveito dos suplementos? A verdade é que esse tipo de produto só faria sentido para quem está iniciando uma carreira como atleta. “A princípio, a suplementação é contraindicada para adolescentes saudáveis que já seguem uma alimentação balanceada”, afirma Flavia.

Pois é: montar o prato com mais zelo já auxiliaria o organismo no ganho de massa muscular. Em termos de proteína, por exemplo, dois filés de frango ao dia são suficientes para quem está em fase de crescimento. “A conta é, em média, de 1 grama de proteína para cada quilo de peso. Um filé de frango tem cerca de 20 gramas do nutriente. Logo, uma porção no almoço e outra no jantar estão adequadas para um adolescente com 40 quilos”, contabiliza a pediatra Mônica, da SBP.

Ao começar os treinos, o jovem pode, com orientação, aumentar as porções e reforçar a ingestão de calorias e outros nutrientes, como carboidratos, cálcio e ferro. “Quando se fala em suplemento alimentar, há uma impressão de que ele é mais completo do que o alimento, o que nem sempre é verdade”, reforça Luciana.

Ela cita o caso do badalado whey protein. “Trata-se da proteína do leite isolada. Ou seja, a bebida em si já contém essa mesma proteína e ainda gordura, cálcio e outros componentes necessários ao organismo”, justifica. Para quem está em franco desenvolvimento, o melhor conselho a ser dado envolve bom senso, paciência e alguns copos de leite, ovos e bifes.

Passou do ponto
Segundo pesquisa da USP assinada pela nutricionista Luciana Rossi, quem utiliza suplementos alimentares tem 4,5% mais risco de se tornar dependente de exercícios físicos. Só que a obsessão por malhar ainda está atrelada a distúrbios alimentares, como anorexia ou bulimia. Para evitar esse desdobramento, veja indícios de que o gosto do adolescente por exercícios deixou de ser saudável:

– Ele vai à academia cinco vezes por semana ou mais.

– Chega a recusar viagens a locais onde não há possibilidade de puxar ferro.

– O menino ou a menina preferem malhar a se divertir com os amigos.

– Não deixa de se exercitar mesmo na presença de alguma lesão muscular.

– Demonstra desejo constante de modificar o corpo ou muita obsessão com a aparência.

Conheça os suplementos que estão em alta entre os jovens
Whey protein: Falamos da proteína do soro do leite. Tem rápida absorção e aproveitamento pelo corpo. Auxilia na formação de músculos e ossos.

BCAA: Combina três aminoácidos que formam as proteínas musculares. Não há evidências de que a ingestão sempre traga vantagens.

Creatina: Produto da transformação de aminoácidos, ajuda a reter água nas células. Daí, elas aumentam de tamanho e geram energia extra.

Cafeína: A substância que marca presença naturalmente no café é estimulante. Portanto, promete turbinar a resistência e o desempenho em exercícios intensos.

Quais são os pré-requisitos da malhação dos 12 aos 18 anos
Idade ideal: Varia. Mas o melhor é esperar o estirão de crescimento, que ocorre normalmente entre 11 e 13 anos.

Carga certa: É aquela que permite ao jovem repetir todo o movimento pelo menos umas oito ou nove vezes.

Supervisão: Um educador físico deve acompanhar a progressão de cargas, postura e execução dos exercícios.

Sem exagero: Morar na academia pode levar a lesões em músculos e ossos e prejudicar o crescimento.

Avaliação prévia: Uma ida ao médico cai bem para ver se a saúde como um todo está preparada para a malhação.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/fortes-mas-em-risco-o-perigo-dos-suplementos-alimentares-para-os-jovens/ - Por Naira Hofmeister e Sílvia Lisboa - Ilustração: Daniel Almeida/SAÚDE é Vital

sábado, 19 de novembro de 2016

Dormir com o celular é perigoso

As possibilidades trazidas pelos smartphones são tantas que tem muita gente que simplesmente não consegue desgrudar dele, seja dia ou seja noite. Quem não dorme com ele carregando na mesinha de cabeceira ou até mesmo no cantinho da cama?

Quase todo mundo faz isso para poder checar alguma coisinha antes de dormir e para estar pertinho dele quando ele despertar na manhã seguinte, mas o relato a seguir podem te fazer deixar a preguiça de lado e passar a utilizar uma tomada mais longe da cama, preferencialmente longe de materiais inflamáveis.

A última história que ficou famosa envolvendo celulares e queimaduras é a de Melanie Tan Pelaez, uma mulher australiana que diz que acordou com terríveis queimaduras de segundo grau no braço direito. Ela conta que visitou o hospital e um médico a informou que aquilo era uma queimadura causada por um objeto externo.

Ao chegar em casa, ela descobriu que a causa da queimadura havia sido o iPhone 7, que ficou carregando durante a noite apoiado na cama dela. “Nós vimos que as marcas no meu braço coincidiam com o celular e carregador”, afirmou ela ao News.com.au.

O caso ainda não foi confirmado pela Apple, que afirma que entrou em contato com a cliente para investigar o ocorrido.

O problema de Melanie foi diferente das explosões dos Samsung Note 7, e pode ser consequência de mau uso. O que provavelmente aconteceu foi que enquanto carregava, o aparelho passou a liberar excesso de calor para o ambiente, mas essa troca de calor foi bloqueada pelo braço dela. Se estivesse consciente, ela teria se incomodado com o calor e se afastado, mas no meio do sono pesado acabou passando muito tempo com a pele encostada no aparelho.

Ainda não se convenceu de que a melhor coisa é deixar o celular longe na hora de dormir? Outros motivos para evitar levar o celular para cama são: a luz emitida pelo aparelho e a empolgação pelos conteúdos acessados fazem que você demore muito mais tempo para finalmente relaxar e cair no sono. Olhar a tela do celular com um olho só também causa sensação de cegueira temporária, que pode ser muito desagradável.

Outro fator é que se você é daquele tipo de pessoa que não limpa o smartphone com frequência e que leva o aparelho para todo o lugar, inclusive o banheiro, é possível que ele esteja levemente contaminado. Você não ia querer dormir com um assento sanitário ao lado do seu travesseiro, não é? [Gizmodo]


quinta-feira, 30 de julho de 2015

Primeiros socorros: como agir em acidentes domésticos com crianças

Asfixia, queda, afogamento e queimadura são alguns dos principais acontecimentos que podem colocar a vida dos pequenos em risco dentro de casa. Além de prevenir essas situações, é preciso saber também o que fazer na hora em que elas acontecem.

Todo ano, 4,7 mil crianças morrem e 122 mil são hospitalizadas por causa de acidentes ou lesões não intencionais, segundo o Ministério da Saúde. Com esses números, dá para entender por que os acidentes são a principal causa de morte de brasileiros de 1 a 14 anos de idade. "Muitos deles acontecem no ambiente doméstico, principalmente com as crianças pequenas, que ficam mais tempo em casa", revela a pediatra Renata Waksman, do Departamento Materno Infantil do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Entre os bebês que ainda não completaram o primeiro aniversário e aqueles que têm entre 1 e 2 anos, os acidentes que mais matam são as aspirações de objetos estranhos, como brinquedos e alimentos. Na faixa etária dos 2 aos 4 anos, as estatísticas apontam que os afogamentos e os acidentes de trânsito, a exemplo dos atropelamentos, são os mais fatais. "Se analisarmos os casos de atendimentos em prontos-socorros (e não de mortes), as quedas são a maioria", conta Renata Waksman, que também faz parte do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

A boa notícia é que a maior parte dessas situações pode ser evitada com medidas preventivas simples. Mas quando uma delas acontece, saber como agir pode ser fundamental para salvar a vida do pequeno. A seguir, fique por dentro do que deve ser feito em cada tipo de acidente doméstico, das atitudes que não podem ser tomadas e de como manter a sua família longe de tudo isso.

Sufocamento e asfixia
Essas são as principais causas de mortes de crianças de até 2 anos. Em geral, esse tipo de acidente acontece quando bebês ingerem pedaços muito grandes de alimentos ou até objetos como peças de brinquedos, bolinhas de gude ou moedas. "O sufocamento também pode ser ocasionado por sacos plásticos, cordas e protetores de berço", alerta o pediatra Alberto Helito, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Para prevenir essa fatalidade, é importante manter o seu filho longe de todas essas ameaças. Isso pode ser feito, por exemplo, oferecendo a ele comidinhas adequadas para a sua idade, como a papinha, e verificando a faixa etária indicada de todos os seus brinquedos.
O que fazer na hora do acidente
Se, ao engolir um alimento ou algum outro item, a criança estiver tossindo, a orientação é ficar perto e esperar até que ela consiga expelir sozinha o objeto estranho. Caso isso não aconteça e o pequeno fique pálido, é preciso chamar o resgate o mais rápido possível e procurar alguém que saiba fazer as devidas manobras de desengasgo e desobstrução das vias aéreas. "O ideal é que todo mundo que lida com crianças, não só os pais, faça um curso chamado Suporte Básico de Vida para aprender a realizar essas manobras", indica Renata Waksman. Se feitas de forma incorreta, elas podem colocar a vida do seu filho em risco. Portanto, nada de tentar por conta própria!
O que não deve ser feito
Uma das atitudes que os pais costumam ter nesses momentos é colocar a mão dentro da boca da criança na tentativa de retirar o objeto. Mas isso pode piorar ainda mais a situação. "Na maioria das vezes, a pessoa acaba empurrando mais pra dentro o objeto", alerta Helito.

2. Queda
Está aí outro acidente doméstico bastante comum - e não pense que ele só acontece com os maiorzinhos. "A partir dos 4 meses, o bebê já consegue rolar, mas muitos pais não sabem dessa habilidade. Então, há casos em que a criança cai da cama ou do trocador", exemplifica o pediatra do Instituto da Criança.
Para se manter longe disso, não tem jeito: é preciso estar sempre de olho nos pequenos. Em casa, certifique-se de que todas as janelas estejam travadas ou tenham telas de proteção ou grades; bloqueie o acesso às escadas e remova tapetes ou opte por modelos antiderrapantes.
O que fazer na hora do acidente
"Primeiro, segure a criança até que ela pare de chorar e observe sintomas diferentes do usual", orienta a pediatra do Einstein. Entre eles estão perda de consciência, palidez, vômitos, choro prolongado, alterações no comportamento (sonolência ou agitação excessivas) e dor no pescoço ou nas costas. "Caso a criança esteja inconsciente, não é aconselhável removê-la do local", adverte Renata. Aí, o melhor é chamar socorro e verificar se ela está respirando. Se não estiver, deve-se aplicar as manobras de ressuscitação - desde que haja alguém apto para fazer isso.
O que não deve ser feito
Demorar para levar ao hospital ou chamar uma ambulância.

3. Afogamento
Não pense que esse tipo de acidente acontece só no mar ou na piscina - baldes, vasos sanitários e banheiras também são um perigo! Para prevenir o afogamento, além de supervisionar as crianças (inclusive as mais velhas) quando elas estiverem perto de qualquer um desses locais, oriente-as a respeitar placas de proibição em praias, a não brincar de empurrar uns aos outros dentro d’água e nem fingir que está se afogando. Em casa, mantenha os baldes vazios e os banheiros fechados.
O que fazer na hora do acidente
Remova a criança o quanto antes do local e deixe-a deitada. "É importante mantê-la aquecida, porque a hipotermia, que é a baixa temperatura, agrava os sintomas do afogamento", indica Alberto Helito. E chame socorro imediatamente.
O que não deve ser feito
Se você não recebeu o treinamento adequado, não tente fazer manobras como respiração boca a boca ou compressão do tórax. "Tudo isso tem aplicação se feito por alguém que conhece as técnicas. Caso contrário, a pessoa só perderá tempo de pedir ajuda", diz Helito.

4. Queimaduras
Elas podem ser causadas por fogo, líquidos ou comidas quentes e até pela eletricidade. Nos dois primeiros casos, a melhor forma de prevenir é manter a criança longe de locais como a cozinha, onde a maior parte desses acidentes acontece. Outra medida é evitar o uso de produtos inflamáveis, como o álcool.
Em relação à queimadura elétrica, a prevenção pode ser feita, por exemplo, substituindo fiações desencapadas, protegendo as tomadas e não permitindo que os pequenos manuseiem eletrodomésticos, como secadores de cabelo.
O que fazer na hora do acidente
Na queimadura com fogo, a orientação é rolar a criança no chão para tentar apagar as chamas e, assim que estiver controlado, lavar com água e levar para o hospital. No caso da queimadura por escaldamento, enquanto busca a ajuda de um profissional da saúde, lave a área com bastante água corrente.
Já em quadros de queimadura elétrica, a situação é mais delicada. "A corrente percorre uma área maior do corpo da criança e pode acometer, inclusive, órgãos internos", adverte Alberto Helito. Por isso, o primeiro passo é desligar o interruptor da chave e, depois, afastar a vítima da corrente elétrica. "O ideal é não encostar nela, porque você pode levar um choque também. Faça isso com algum material isolante, como um cabo de vassoura", informa a pediatra da SBP. Em seguida, chame socorro e certifique-se de que a criança está respirando - se não estiver, inicie as manobras de ressuscitação ou procure alguém que esteja apto a fazê-las.
O que não deve ser feito
Demorar a pedir ajuda ou utilizar técnicas caseiras, como aplicar pasta de dente, café ou manteiga na área queimada. "Nada disso é útil", afirma o pediatra do Instituto da Criança. O tratamento deve ser feito somente por um especialista, com o conhecimento e a higiene necessária.

5. Intoxicação
Não raro, os pequenos se dedicam a explorar novos territórios na casa e, ao se depararem com objetos nunca antes identificados, os colocam na boca sem pensar. De acordo com a PROTESTE Associação de Consumidores, as intoxicações costumam acontecer nos horários que antecedem as refeições e quando a rotina familiar é alterada, ou seja, durante as férias ou em mudanças. Entre os principais vilões estão remédios, produtos de limpeza e de higiene pessoal e até certas plantas.
Para prevenir esses acidentes, a PROTESTE sugere, por exemplo, guardar esses produtos fora da vista e do alcance das crianças; mantê-los em suas embalagens originais, e não em garrafas de refrigerante ou copos; e dar preferência a embalagens com tampas de segurança, mais difíceis de serem abertas.
"Quanto aos medicamentos, eu sempre oriento os pais a não se referirem aos comprimidos como balas, porque a criança entende que pode tomar quando quiser", avisa Alberto Helito. Outra dica é não tomar remédio na frente da meninada.
O que fazer na hora do acidente
A primeira coisa que deve ser feita é ligar para o Centro de Controle de Intoxicação mais próximo de onde você estiver e descrever o que foi ingerido, em que quantidade e o horário em que isso aconteceu. Enquanto a ajuda não chega, evite que o pequeno pule ou fique muito agitado. "A criança de pé favorece que esse tóxico desça mais rápido", explica o pediatra.
O que não deve ser feito
Se a criança tiver engolido um remédio ou um produto, não dê água, leite ou qualquer outro líquido, pois isso vai fazer com que a substância tóxica seja absorvida mais rápido. O mesmo vale para o vômito: nesses casos, nunca estimule a criança a colocar o que ingeriu para fora. Além disso, não deixe o pequeno sozinho.

6. Cortes
Eles podem ser causados tanto por objetos cortantes quando por uma queda, por exemplo. Por isso, mantenha facas, canivetes e tesouras longe da garotada. E, claro, esteja sempre por perto.
O que fazer na hora do acidente
Cortes de pequena proporção devem ser lavados com água e sabão. "Isso é importante para desintoxicar a ferida e remover bactérias que podem entrar ali", explica Alberto Helito. Se houver sangramento, pressione a área o máximo que puder e procure atendimento médico o mais rápido possível.
O que não deve ser feito
Não passe remédio dentro do machucado ou outros produtos, como álcool. Isso só deve ser feito com indicação médica.  

7. Mordidas de animais
Eles fazem um bem dano para os pequenos, mas é preciso ter certo cuidado. "Os animais têm alguns micro-organismos na boca que podem causar infecções específicas", informa o pediatra do Instituto da Criança. É importante que cães e gatos estejam sempre vacinados. Além disso, quando a bicharada estiver perto do pequeno, esteja sempre de olho. "O melhor é evitar o contato muito próximo até que o bebê complete 3 meses de vida", prescreve Helito.
O que fazer na hora do acidente
Lave o local com água e sabão e procure atendimento médico. Se possível, observe o animal para ver se ele não tem alguma doença.
O que não deve ser feito
Não passe produtos por conta própria. A esterilização e o tratamento devem ser feitos sob a orientação de um especialista.

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/saude/bebe/primeiros-socorros-como-agir-em-acidentes-domesticos-com-criancas - Escrito por Luiza Monteiro - loflo69/Thinkstock/Getty Images

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Alimentos e bebidas perigosas durante a medicação

Atenção aos alimentos, seus nutrientes e às bebidas alcoólicas durante a medicação

O próprio conceito de interação medicamentos a considera também as reações ocorridas entre drogas e alimentos ou bebidas. Por isso, a proibição ou incentivo do consumo desses itens, ou a definição de horário de administração próximo ou longe de refeições são medidas que podem ser necessárias no momento da prescrição da terapia. Assim como existem interações benéficas e maléficas entre elas, isso também ocorre com alimentos e bebidas, exceto as alcoólicas. Confira a seguir alguns exemplos:

ALIMENTOS QUE POSSUEM TIRAMINA (queijos envelhecidos, iogurte, chocolate, vinho tinto, cerveja, carnes e peixes embutidos ou defumados) podem potencializar os efeitos dos inibidores de monoaminooxidas e (classe de medicamentos utilizada para o tratamento de depressão e transtorno do pânico), causando crises hipertensivas.

ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA K (couve, brócolis, espinafre, alface, repolho, chá-verde, fígado e miúdos de frango) interferem na ação de anticoagulantes orais.

 BEBIDAS ÁCIDAS (suco de frutas cítricas) ajudam na absorção do ferro, melhorando o tratamento de anemias.

BEBIDA ALCOÓLICA, se associada ao Dissulfiran (usado no tratamento de alcoolistas) acarreta vermelhidão facial,dor de cabeça, náuseas, vômitos, e palpitações. Outras medicações podem induzir reações símiles: analgésicos, antimicrobianos, antianginosos e hipoglicemiante oral.

ANESTÉSICOS GERAIS, analgésicos opioides, antipsicóticos, anticonvulsivantes, anti-histamínicos, hipnosedativos, antidepressivos e outros psicotrópicos podem apresentar interações sinérgicas com álcool, aprofundando sintomas do tipo sonolência excessiva, lentificação, letargia.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/nutricao/alimentos-e-bebidas-perigosas-durante-a-medicacao/4795/ - Texto Fernanda Almeida / Foto: Shutterstock - por Marília Alencar 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Bebidas energéticas representam risco à saúde pública, diz OMS

Reforçadores

"O aumento no consumo de bebidas energéticas pode representar perigo para a saúde pública, especialmente para os jovens."

Este alerta foi emitido por uma equipe de cientistas do escritório regional europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Com base em uma revisão da literatura científica, sugerimos que as preocupações na comunidade científica e entre o público sobre os potenciais efeitos adversos para a saúde do aumento do consumo de bebidas energéticas são largamente válidas," escreveram João Breda e seus colegas na revista Frontiers in Public Health.

As bebidas energéticas são bebidas não alcoólicas que contêm cafeína, vitaminas e outros ingredientes - por exemplo, taurina, ginseng e guaraná. Elas são normalmente comercializadas como reforçadores de energia e para aumentar o desempenho físico e mental.

Riscos das bebidas energéticas

Vários estudos científicos têm sido feitos em todo o mundo para avaliar as consequências do consumo dessas bebidas, e o que a equipe da OMS fez foi revisar todos esses estudos em busca de avaliações sobre os riscos à saúde, as consequências de sua ingestão e as políticas relacionadas com o consumo das bebidas energéticas.

Os estudos mostraram que parte dos riscos das bebidas energéticas deve-se aos seus altos níveis de cafeína - as bebidas energéticas podem ser bebidas rapidamente, ao contrário do café quente, e como resultado, elas são mais propensas a causar intoxicação por cafeína, afirmam os pesquisadores.

Os estudos analisados sugerem que a intoxicação por cafeína pode ter como consequência palpitações cardíacas, hipertensão, náuseas e vômitos, convulsões, psicose, e, em casos raros, a morte. Nos EUA, Suécia e Austrália, vários casos foram relatados onde as pessoas morreram de insuficiência cardíaca ou foram hospitalizadas com crises devido ao consumo excessivo de bebidas energéticas.

Mais de 70% dos adultos jovens (com idade entre 18 a 29 anos) que consomem bebidas energéticas misturam-nas com álcool, de acordo com a revisão. Numerosos estudos têm demonstrado que esta prática é mais arriscada do que beber apenas álcool, possivelmente porque essas bebidas tornam mais difícil para as pessoas perceberem quando estão ficando bêbadas.

De acordo com o Sistema Nacional de Dados sobre Envenenamento dos Estados Unidos, entre 2010 e 2011, 4.854 consultas aos centros de informação sobre envenenamento foram feitas sobre bebidas energéticas. Quase 40% envolviam a mistura de álcool com bebidas energéticas. Um estudo semelhante na Austrália demonstrou um crescimento no número de consultas sobre bebidas energéticas.

"Como as vendas de bebidas energéticas raramente são regulamentadas por idade, ao contrário do álcool e do tabaco, e há um potencial efeito negativo comprovado em crianças, há potencial para um problema de saúde pública no futuro," concluem os autores.

Recomendações para regulamentação das bebidas energéticas

O grupo de especialistas fez as seguintes sugestões para minimizar o potencial de danos à saúde gerados pelas bebidas energéticas:

Estabelecer um limite máximo para a quantidade de cafeína permitida em uma única porção de qualquer bebida, em conformidade com as evidências científicas disponíveis;
impor restrições de rotulagem e venda de bebidas energéticas para crianças e adolescentes;
estabelecer padrões obrigatórios para a comercialização responsável para os jovens pela indústria de bebidas energéticas;
treinar os profissionais de saúde para que eles estejam cientes dos riscos e sintomas do consumo de bebidas energéticas;
pacientes com histórico de problemas de dieta e abuso de substâncias, tanto isoladas quanto combinadas com álcool, devem ser rastreados para o consumo pesado de bebidas energéticas;
educar o público sobre os riscos de misturar álcool com bebidas energéticas;
realizar mais pesquisas sobre os potenciais efeitos adversos das bebidas energéticas, particularmente sobre os jovens.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

7 coisas que podem te fazer morrer mais cedo

Não estamos falando de dirigir bêbado, aceitar aquele desafio idiota do seu amigo de pular de uma ponte ou comer aquela carne estragada na sua geladeira há meses. Tem coisas que te matam silenciosa e misteriosamente, e você jamais vai perceber o perigo vindo.

Confira sete coisas que podem te fazer morrer mais cedo:

1. Não ter amigos
A falta de amigos pode literalmente encurtar a vida humana, tanto quanto assassinos seriais, tabagismo e consumo de álcool. Na verdade, os efeitos do isolamento social até superam alguns dos fatores de risco conhecidos da mortalidade precoce, como obesidade e falta de exercício.
Estudos anteriores culparam este fenômeno de morte prematura na solidão. Estar sozinho é muito ruim e não é segredo que afeta a saúde. Porém, pesquisas mais recentes sugerem que, independente de seus sentimentos sobre isso, o isolamento por si só pode te matar. Um estudo com idosos no Reino Unido feito em 2013 constatou que, embora simplesmente relatar sentimentos de solidão não teve efeito sobre a probabilidade de morrer mais cedo, o isolamento social levou a maior probabilidade de morrer: um aumento de 26% quando comparado com outros idosos da mesma faixa etária mais sociais.
Parte disso é óbvio: se você evita outros seres humanos, ninguém vai te avisar de uma protuberância crescendo na parte de trás do seu pescoço ou chamar uma ambulância se você estiver sufocando.
Mas também existem causas físicas por trás da morte associada com a solidão. O contato físico entre os seres humanos reduz o estresse e a inflamação, melhorando a saúde. Além disso, a maioria tende a cuidar melhor de si mesma quando vive com outras pessoas por perto.

2. Depressão
Claro, depressão leva a um maior risco de suicídio, mas a doença por si só pode ser tão ruim a ponto de aumentar suas chances de morrer mais cedo. Depressão recorrente pode diminuir sua expectativa de vida em até 11 anos – mais ou menos a mesma quantidade de vida que você perderia por fumar 20 ou mais cigarros por dia.
Cientistas analisaram os efeitos da condição sobre o corpo humano em um nível celular, medindo os telômeros (a parte dos seus cromossomos que reduz com a idade celular, ou seja, fica menor conforme a célula fica mais velha e desgastada) de três grupos de pessoas: um que nunca tinha ficado depressivo, um que tinha tido transtorno depressivo grave no passado, e um que estava depressivo naquele momento.
Quanto mais grave a depressão de uma pessoa era, mais curtos eram seus telômetros. Quanto mais curtos os telômeros são, mais a pessoa está em risco de uma morte prematura devido a doenças relacionadas com a idade, como doenças cardíacas e câncer.
A culpa aqui parece ser do efeito que a depressão tem sobre o sistema imunológico, bem como a inflamação que causa.

3. Não escovar os dentes
Metade dos adultos dos EUA possui doença periodontal, que afeta os tecidos de suporte (gengiva) e sustentação (cemento, ligamento periodontal e osso) dos dentes. Também, um estudo brasileiro de 1993 mostrou, através de uma revisão da literatura dos levantamentos epidemiológicos até então realizados, que 86,7% do total de indivíduos examinados apresentavam atividade de doença periodontal.
Agora vem a pior parte: há muito tempo os cientistas sabem que há uma ligação entre doença periodontal e doença cardíaca, também conhecida como a maior assassina de pessoas do mundo.
Antes, no entanto, não sabíamos se essa ligação era realmente causal, ou se apenas as mesmas atividades colocam as pessoas em risco para doenças da gengiva e do coração, como má alimentação.
Agora, há pelo menos alguma evidência de que negligenciar as suas gengivas pode estragar seu coração diretamente. Esse ano, pesquisadores infectaram camundongos com vários tipos de bactérias que causam a doença periodontal, e acompanharam a propagação das bactérias – que chegou a seus corações. Os camundongos começaram a mostrar um aumento nos fatores de risco para doenças cardíacas, como inflamação e colesterol. Estes ratos não estavam fazendo qualquer outra coisa para colocá-los em risco de doenças cardíacas, como má alimentação ou estresse. Isto sugere que as bactérias por si só podem ser suficientes para afetar a saúde de seu coração. Conclusão: use fio dental.

4. Nascer no mês errado
De acordo com um estudo feito pela Universidade de Chicago (EUA), pessoas que vivem até os 100 anos são mais propensas a ter nascido no outono (em setembro ou outubro, no caso dos EUA). Outros estudos feitos na Áustria e Dinamarca também encontraram o mesmo pequeno aumento na expectativa de vida para bebês nascidos nos meses de outono, enquanto no hemisfério sul (como aqui no Brasil) é mais provável que você viva mais tempo se tiver nascido em março, abril ou maio.
Bebês que nascem no outono não só vivem mais como parecem se sair melhor no geral. Bebês nascidos na primavera são mais propensos a sofrer de transtornos alimentares, diabetes tipo 1 e esquizofrenia que bebês do outono, por exemplo.
Ninguém sabe ao certo por que isso ocorre, mas uma teoria é que os níveis de vitamina D durante a gravidez afetam a saúde dos bebês. As pessoas costumam obter a maior parte de sua vitamina D através da luz solar, o que significa que, no momento de dar à luz, mães de bebês que nasceram no outono passaram os últimos seis meses tomando sol. Bebês da primavera passaram a maior parte de sua gestação durante os meses mais escuros, ou seja, suas mães não tomaram tanto sol e tiveram tanta vitamina D, o que de alguma forma afetou o seu desenvolvimento e saúde a longo prazo.
Outro possível fator é a dieta. Nos estudos feitos, as pessoas que “viveram mais de 100 anos” eram em sua maioria nascidas na década de 1890, quando coisas como refrigeração e transporte de alimentos não eram tão comuns. Assim, bebês gestados durante os meses mais quentes, quando as frutas e legumes eram mais facilmente disponíveis, foram melhor nutridos do que os bebês cujas mães dependiam de uma dieta mais limitada de inverno. Nesse caso, o mês de nascimento não é exatamente o fator chave. Mas ainda assim há uma lição importante aqui: se sua mãe não se alimentar direito durante sua gestação, você não vai viver tanto.

5. Ficar muito tempo sentado
Um estudo que pesquisou a rotina de mais de 222 mil cidadãos australianos ao longo de três anos descobriu que pessoas que passam muito tempo do seu dia sobre uma cadeira são até 40% mais propensas a encurtar a própria vida.
Segundo os cientistas, isso se aplica àqueles que realmente abusam do ato de sentar, passando mais de 11 horas por dia nesta posição. Entre oito e onze horas, a mesma taxa cai para 15%.
As principais evidências para explicar por que isso acontece são as mesmas que se verificam no sedentarismo: exercícios físicos regulares têm efeitos positivos quanto aos triglicerídeos e a pressão sanguínea. Ou seja, o principal prejuízo não é o fato de estar sentado em si, mas o de não se mover.
Não tem jeito: se você está procurando uma desculpa para não se exercitar, provavelmente não vai encontrar nenhuma.

6. Ver muita TV
Esse é um item muito similar ao acima. Dados de oito estudos recentes com mais de 175 mil pessoas em todo o mundo sugerem que, quanto mais você assiste TV, mais propenso fica a desenvolver uma série de problemas de saúde, e mais chances têm de morrer mais cedo.
Segundo os pesquisadores, para cada duas horas adicionais que as pessoas passam coladas na TV em um dia típico, o risco de desenvolver diabetes tipo 2 aumenta em 20%, e o risco de doença cardíaca aumenta em 15%. E para cada três horas adicionais, o risco de morrer por qualquer causa vai para 13%, em média.
O aumento do risco de doenças ligadas a assistir televisão é semelhante ao aumento de risco que vemos com colesterol alto, pressão arterial alta ou tabagismo.
A conexão entre a TV e doenças não é um mistério: assistir TV consome tempo de lazer que poderia ser gasto andando, fazendo exercícios, ou mesmo apenas se movimentando. Também tem sido associado a dietas pouco saudáveis, como muito açúcar, refrigerantes, alimentos processados e petiscos (que, talvez não por coincidência, são alimentos frequentemente encontrados em comerciais de televisão).
Além disso, alguns estudos sugerem que a postura sentada prolongada, além de seu impacto sobre os hábitos alimentares e exercício físico, pode causar mudanças no metabolismo que contribuem para níveis de mau colesterol e obesidade. Em resumo: saia do sofá!

7. Tomar refrigerante
Normal, diet, light ou zero, todos os refrigerantes de cola contêm fosfato, ou ácido fosfórico, um ácido que dá ao refrigerante seu sabor típico e aumenta seu tempo de validade. Embora exista em muitos alimentos integrais, tais como carne, leite e nozes, ácido fosfórico em excesso pode levar a problemas cardíacos e renais, perda muscular e osteoporose, e um estudo sugere que poderia até provocar envelhecimento acelerado.
O estudo, publicado em 2010, descobriu que os níveis de fosfato encontrados em refrigerantes fizeram com que ratos de laboratório morressem cinco semanas mais cedo do que os ratos cujas dietas tinham níveis normais de fosfato.
Pior: houve uma tendência preocupante dos fabricantes de refrigerantes de aumentar os níveis de ácido fosfórico em seus produtos ao longo das últimas décadas.
Esqueça obesidade e outros problemas de saúde que os refrigerantes causam. Se você quer mesmo um bom motivo para parar de tomá-lo, está aqui: ele pode te fazer morrer mais cedo! [CrackedChambrone]