quinta-feira, 18 de abril de 2019

Exercícios físicos para idosos: dicas e benefícios!


Atividades físicas regulares são essenciais para a qualidade de vida em qualquer idade. Confira dicas para se manter sempre ativo!

Atividades físicas regulares e alimentação saudável são essenciais para uma boa qualidade e expectativa de vida. Segundo o médico cardiologista Nabil Ghorayeb, o tempo ideal de movimentos moderados é um total de 150 minutos por semana, tanto para jovens quanto para a população acima dos 60 anos. Quem pratica esportes ou se mantém ativo desde a juventude provavelmente tem mais disposição para continuar nesse ritmo em idades mais avançadas, mas isso não quer dizer que, na terceira idade, não se pode começar do zero. Segundo o Nabil, os exercícios físicos para idosos trazem inúmeros benefícios.

“Entre eles, estão o aumento do HDL (colesterol), a redução dos triglicerídeos, diminuição da pressão arterial, redução da gordura corporal devido ao aumento do gasto calórico diário, ganho de massa muscular propiciando ao idoso maior autonomia funcional, diminuição de lesões causadas por quedas, além de ajudar a prevenir doenças cardíacas e vasculares, hipertensão arterial, diabetes, câncer de mama e próstata, osteoporose, depressão, etc”.

Na prática!
Para o bom aproveitamento sem muito desgaste, o profissional recomenda exercícios bem balanceados. “O ideal é fazer duas vezes na semana somente exercícios aeróbios como a caminhada, hidroginástica, bicicleta, etc. Nos dias restantes, priorizar os exercícios de fortalecimento muscular, sempre acompanhados de um personal trainer. É importante que seja feito o controle da frequência cardíaca por meio do monitor cardíaco, e que a pessoa permaneça pelo menos 50% do tempo total do exercício dentro da frequência cardíaca de treino”, pontua o especialista.

Exercícios físicos para idosos
Confira algumas atividades recomendadas pelo profissional e seus benefícios:

Andar de bicicleta: é uma boa opção de exercício para idosos porque ajuda a fortalecer as articulações, especialmente as dos joelhos, tornozelos e quadril, além de contribuir para o fortalecimento dos músculos das pernas e do abdômen. Além disso, andar de bicicleta ajuda a baixar a pressão arterial e a aliviar as dores provocadas pela artrite;

Alongamentos: melhoram a flexibilidade, a circulação sanguínea e a amplitude dos movimentos. Os exercícios de alongamento ajudam a diminuir a rigidez das articulações e músculos e a evitar o aparecimento de lesões;

Hidroginástica: na hidroginástica, todos os músculos do corpo são exercitados. A água favorece o relaxamento das articulações, aliviando as dores e desenvolvendo a força e resistência do corpo. Além disso, a hidroginástica melhora o ritmo cardíaco e a saúde dos pulmões;

Natação: a natação é um dos melhores exercícios para a terceira idade. Tem muitos benefícios, como alongar e fortalecer os músculos e articulações do corpo, aliviar as dores causadas pela artrite, evitar a perda óssea e diminuir o risco de doenças como diabetes ou hipertensão;

Yoga: o yoga varia exercícios de força com de equilíbrio. Ajuda a melhorar a postura, estabilidade e flexibilidade do corpo. Ademais, ajuda a alongar e tonificar os músculos e relaxar as articulações.


quarta-feira, 17 de abril de 2019

Exercitar-se pode reduzir sintomas da TPM, diz pesquisa


Atividades de intensidade moderada, quando praticadas continuamente, aliviam cólicas, fadiga e dores

Exercícios físicos regulares podem contribuir para a diminuição de sintomas negativos  típicos do ciclo menstrual — como cólica, dor nos seios, fadiga, alterações de humor e fome excessiva. Foi o que respondeu 78% das mais de 14 mil mulheres que participaram de uma pesquisa feita pela FitrWoman (aplicativo de monitoramento do ciclo menstrual e esportes) em parceria com a Universidade de St Mary’s, no Reino Unido. Feita por meio da rede social para esportistas Strava, os dados contaram com a contribuição de cerca de 2 mil brasileiras.

Com idade média de 40 anos e ativas, as mulheres do Reino Unido, França, Alemanha, Irlanda, Espanha, Estados Unidos e Brasil relataram ter percebido uma diminuição dos sintomas com as atividades consideradas moderadas (aquelas que deixam a respiração bem pesada, mas ainda é possível conversar ao realizá-las). Isso acontece porque o esporte mexe diretamente com regulação dos hormônios no corpo. “Os benefícios de uma vida ativa se dão não somente pelos efeitos positivos para a respiração, coração e metabolismo. Mas também pela liberação de hormônios e neurotransmissores associados com o bem-estar e níveis de humor”, explica a ginecologista Bianca Franco, de São Paulo.

Dentre eles, a médica cita a dopamina, relacionada ao controle do humor, a adrenalina, a serotonina, muito ligada à sensação de felicidade, e insulina, que gera saciedade ao cérebro. Se a vida ativa é associada a uma alimentação balanceada, então, os resultados são melhores ainda. “O equilíbrio com horas suficientes de descanso e boa hidratação é ainda mais eficaz”, diz a educadora física Priscila Lopes, coordenadora da academia Velox Fitness, no Rio de Janeiro.

TPM, menstruação e treino
Mas calma. Mesmo com todos os hábitos saudáveis, não é incomum ficar mais cansada, desanimada e com cólica durante algum período do seu ciclo menstrual. Quase todas (88%) das que responderam à pesquisa também sentem a mesma coisa — e 69% delas já tiveram que mudar o treino por conta disso. Tudo isso acontece por causa de dois hormônios sexuais femininos: o estrogênio e a progesterona, que são os controladores do nosso ciclo menstrual e variam suas concentrações no organismo durante o mês.

“No início do ciclo (quando a mulher está menstruando), os níveis hormonais são baixos e o desempenho físico costuma ser pior. Após a ovulação, a concentração de progesterona é alta, mas a de estrogênio é baixa, ocasionando fadiga, irritabilidade, dores de cabeça retenção de líquido e outros sintomas”, explica a ginecologista. O período pós-menstruação é aquele em que o estrogênio atinge seu pico, e constitui a época em que a gente costuma ter mais resistência e sentir mais ânimo.

O que fazer quando estamos “naqueles dias” então? O segredo é respeitar os limites do seu corpo. Isso não quer dizer que você deva passar longe da academia (ainda mais depois que acabamos de descobrir que treinar pode diminuir esses efeitos, não é mesmo?). “A mulher pode fazer um ajuste no treino, que varia de pessoa para pessoa. Às vezes, adaptar a carga basta para algumas, enquanto outras necessitam de atividades menos intensas no dia, e podem trocar a corrida por uma sessão de bike”, diz a educadora física.

Tabu
E se a menstruação já é um tabu para a sociedade como um todo, em um ambiente como a academia, então, é pior ainda. 81,5% das brasileiras que responderam à pesquisa nunca nem tocaram no assunto com seus coaches, instrutores, mestres ou professores. “É imprescindível que haja uma conversa entre aluno e personal, principalmente ao iniciar qualquer prática, justamente para ajudar na regulação do ciclo hormonal. Além disso, é ele quem vai passar as adaptações e ajustes necessários nos dias de maior cansaço”, explica Priscila.

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/saude/exercitar-se-pode-reduzir-sintomas-da-tpm-diz-pesqua/ - Por Amanda Panteri - winsterphoto/Thinkstock/Getty Images

terça-feira, 16 de abril de 2019

De olho nos livros: a importância da atividade física para os estudos


Ao se preparar para vestibulares, concursos ou quaisquer outras provas, inserir exercícios ou esportes na rotina é fundamental para aproveitar ainda mais o aprendizado com bem-estar e equilíbrio

Aos que buscam se dedicar aos estudos, jovens ou adultos, é fundamental ter um corpo em equilíbrio e em pleno funcionamento. Afinal, apenas dessa forma será possível focar nas tarefas mentais com máxima atenção. Por conta disso, compreender que o ditado popular “saco vazio não para em pé” e que a prática de exercícios é uma medida útil são noções valiosas. Entenda melhor, a seguir, a importância da atividade física para os estudos.

A importância da atividade física para os estudos
Em tempos de vestibular, por exemplo, essa ideia pode ser o segredo de bons resultados. “Como no desenho de Leonardo da Vinci, Homem Vitruviano, sugerimos aos alunos: ‘busquem o equilíbrio entre a saúde da mente e do corpo’”, afirma o professor, preparador físico e coordenador do Núcleo de Atividades Complementares (NAC) Mário de Oliveira.

Praticar exercícios físicos libera diversas substâncias positivas. Uma delas é a endorfina, substância responsável pelo alívio de dor e regulação das emoções. Ao ser liberada, causa a sensação de bem-estar, o que, em tarefas cotidianas, pode ser determinante para não ter problemas com distúrbios como estresse e ansiedade.

Mario também destaca que as atividades físicas contribuem para o desenvolvimento da inteligência emocional. “Quando  controlados e organizados, os exercícios físicos estimulam a produção de hormônios responsáveis pelo equilíbrio do nosso organismo. É isto que mantém a sensação de energia nos alunos, reduzindo o estresse que interfere no rendimento estudantil”, explica.

Diante de eventuais problemas com a queda do desempenho escolar e transtornos decorrentes, o coordenador do NAC aconselha e incentiva que pais insiram seus filhos em rotinas de exercícios a fim de manter o equilíbrio do corpo, fundamental para uma educação transformadora. Entretanto, é importante salientar que esse inserção deve ser feita com cuidado, conciliando tarefas e não se tornando um obstáculo adicional. Outro detalhe valioso é que esta recomendação não se restringe a faixas etárias. Isso porque tanto jovens quanto adultos podem se beneficiar com a prática de exercícios físicos.


segunda-feira, 15 de abril de 2019

Qual a diferença entre gripe e resfriado?


Por terem sintomas similares, as duas doenças confundem a população. Saiba como identificar cada uma e o que fazer para evitá-las ou tratá-las

Chegou a época em que sintomas como febre, dor no corpo, espirros e tosse se manifestam com mais frequência. Estamos falando da gripe… ou será que é do resfriado? Afinal, existe alguma diferença entre as duas?

Para tirar suas dúvidas sobre esse tema, SAÚDE conversou com a imunologista Kelem Chagas, gerente médica da Sanofi Pasteur, a divisão de vacinas da farmacêutica Sanofi.

O que é a gripe e quais são seus sintomas
A gripe é causada pelo vírus influenza, que pode ser dos tipos A ou B. Cada uma dessas categorias se divide em outros subtipos – dentro do A, está o H1N1; e, do B, o Yamagata, por exemplo.

Seus principais sintomas são febre alta, dor intensa no corpo, tosse, dor de garganta e cansaço. Geralmente, eles aparecem quatro dias após o contato com o agente infeccioso e persistem por mais de uma semana.

“O paciente não consegue se levantar direito e sente maior necessidade de procurar auxílio médico”, arremata Kelem Chagas.

Ela também é marcada por desencadear outros problemas. “O influenza tem maior afinidade pelo pulmão. Por isso, a pneumonia é uma complicação mais frequente”, afirma a imunologista.

E mais: a gripe pode agravar quadros de saúde já existentes, como problemas cardíacos, asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica. Ela é, portanto, mais grave do que o resfriado. Hora de falar dele…

O que é o resfriado e quais são seus sintomas
Está aí outra infecção respiratória, mas que é desencadeada por diversos tipos de vírus. O rinovírus está entre os mais comuns.

“Sua manifestação clínica é menos intensa”, diferencia a especialista. Os sintomas incluem coriza, febre baixa, tosse e espirros. A recuperação tende a ser mais rápida.

Como é a transmissão?
É igual nas duas chateações. Ela ocorre quando gotículas de saliva do indivíduo infectado entram em contato com as vias aéreas de outra pessoa (por meio de espirro, beijos, tosse…).

Objetos contaminados com essas gotículas também espalham a enfermidade. “Isso acontece principalmente em lugares fechados, como escolas, transporte coletivo e ambientes de trabalho”, exemplifica Kelem. Lavar as mãos ajuda muito nesse sentido.

Entretanto, existe uma diferença na época mais comum de contágio. “A sazonalidade é uma característica da gripe. Ela é mais comum no outono e no inverno, até por causa de uma especificidade do vírus. Já o resfriado pode aparecer o ano todo”, relata a profissional.

Agora, o fato de que nessas estações mais frias as pessoas costumam ficar em ambientes fechados favorece o surgimento das duas.

Quem são as pessoas mais atingidas?
A gripe afeta mais o chamado grupo de risco (crianças, idosos, gestantes, pacientes com doenças crônicas). E também pode ser mais grave neles. “A resposta imunológica nesses casos é menos efetiva do que a de indivíduos saudáveis”, justifica Kelem.

O resfriado é, digamos, mais democrático. “Porém, o quadro tende a melhorar brevemente”, complementa a gerente médica.

Como funciona o diagnóstico?
Ele começa com a avaliação dos sintomas. Se for um resfriado, só isso já basta.

Já em casos suspeitos de gripe com potencial mais grave, talvez seja necessário recorrer a exames de sangue para confirmar a presença do vírus influenza. Isso porque, ao termos certeza de que se trata da gripe, certos tratamentos podem entrar em cena.

Tem cura?
Sim. E quem faz isso é o próprio corpo: com o tempo, ele produz anticorpos que eliminam os inimigos causadores da gripe ou do resfriado.

Só que, conforme já dissemos, o vírus influenza pode causar complicações mais severas. Ou seja, nem sempre o organismo dá conta do recado.

De janeiro até a segunda semana de julho de 2018, por exemplo, o Brasil registrou 839 mortes pela doença. Foi um aumento de 194% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo relatório do Ministério da Saúde.

Tem tratamento? Como funciona?
Para se livrar das duas doenças, é importante repousar e ingerir bastante líquido.

O tratamento do resfriado é baseado nos sintomas, com medicamentos analgésicos e antitérmicos, por exemplo. Muitas vezes, o especialista faz uma receita parecida em casos de gripe.

“Mas, para ela, podemos usar um antiviral que ficou conhecido: o Tamiflu”, conta Kelem. O fármaco ganhou fama por abreviar o tempo dos sintomas e por minimizar as complicações. Quanto antes o tratamento começar, melhor a resposta.

Dá para prevenir?
Medidas de higiene são necessárias para evitar os dois problemas. Lave as mãos, limpe o nariz com lenço descartável, e por aí vai.

“Mas, pelo risco de complicações e óbito, a gripe pede uma proteção adequada”, enfatiza a especialista. Ela está se referindo à vacinação.

Existem dois tipos de vacina: a trivalente, que protege contra dois vírus do tipo A e um do B (é a que está disponível na rede pública), e a quadrivalente, que ainda combate mais um da cepa B. Essa última você encontra apenas na rede privada.

A campanha nacional de vacinação contra a gripe, que começou no dia 10 de abril, é focada no grupo de risco. “Quem não é elegível consegue se imunizar em clínicas particulares”, conclui Kelem.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/qual-a-diferenca-entre-gripe-e-resfriado/ - Por Maria Tereza Santos - Foto: Omar Paixão/SAÚDE é Vital

domingo, 14 de abril de 2019

Hábitos saudáveis evitariam um terço das mortes por câncer no Brasil


Alimentação desequilibrada, sedentarismo, tabagismo, excesso de peso e consumo de álcool respondem por vários casos de câncer, segundo estudo

Tabagismo, consumo de álcool, excesso de peso, alimentação não saudável e falta de atividade física são associados a um terço das mortes causadas por 20 tipos de câncer no Brasil, segundo um novo estudo. Publicado na revista científica Cancer Epidemiology, o trabalho indica que, do total dos casos anuais de tumor, pelo menos 114 mil (27% do total) seriam evitados com um estilo de vida mais saudável. E 63 mil vidas (34% do total) poderiam ser poupadas.

Os dados vem de uma investigação realizada por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e da Harvard University, nos Estados Unidos, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Segundo o levantamento, as incidências de câncer de pulmão, laringe, orofaringe, esôfago, cólon e reto seriam reduzidas pela metade se aqueles cinco fatores de risco fossem completamente eliminados. “De acordo com diversos trabalhos anteriores, não há outra medida capaz de prevenir tantos casos”, disse Leandro Rezende, pesquisador da FM-USP e um dos autores do artigo. “A prevenção primária por meio de modificações no estilo de vida é uma das abordagens mais interessantes e realistas para o controle da doença no Brasil”, arrematou, em entrevista para a Agência Fapesp.

O câncer está entre as principais causas de morte no Brasil. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a expectativa é que, em 2025, os casos aumentem em até 50% no país, principalmente pelo crescimento e pelo envelhecimento da população.

A pesquisa
Há um consenso na literatura científica de que tabagismo, sedentarismo, consumo de álcool, excesso de peso e dieta desequilibrada estão associados ao desenvolvimento de 20 tipos de tumor. Entre outras coisas, o novo estudo calculou a fração atribuível populacional (FAP) – uma métrica capaz de estimar a proporção de casos que seriam evitados se esses cinco fatores de risco fossem eliminados de toda a população – nesses tipos de câncer.

Foi com base nisso que os pesquisadores chegaram nos dados que mencionamos antes. E mais: eles identificaram quanto cada um daqueles hábitos influenciava, isoladamente, no número de cânceres no Brasil, separando inclusive por sexo.

Pela análise, o tabagismo foi responsável por 67 mil casos e 40 mil mortes ao ano no Brasil. Ele liderou esse ranking inglório, seguido pelo excesso de peso (21 mil episódios da enfermidade e 13 mil óbitos) e pelo consumo de álcool (16 mil casos e 9 mil mortes).

“Avançamos muito nos últimos dez anos, com várias leis e ações que conseguiram reduzir em mais da metade a prevalência do tabagismo. No entanto, ele continua sendo a principal causa de câncer”, atestou Rezende. “Isso reforça a necessidade de campanhas, taxas e restrição de marketing”, completou.

Na análise por sexo, homens e mulheres foram afetados de forma diferente. Na ala masculina, o cigarro gerou um impacto maior na prevalência de câncer do que a alimentação inadequada, o excesso de peso, a falta de atividade física e o consumo de álcool juntos. Já nas mulheres, aconteceu o inverso: a soma desses quatro últimos fatores foi mais preponderante do que o tabagismo.

“A diferença ocorreu, porque a prevalência de tabagismo ainda é mais alta entre os homens no Brasil. Mas não é só isso: as mulheres são mais impactadas por outros fatores. Elas praticam menos atividade física e apresentam um índice de massa corporal maior”, concluiu Rezende.

Este conteúdo foi produzido pela Agência Fapesp.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/habitos-saudaveis-evitariam-um-terco-das-mortes-por-cancer-no-brasil/ - Por Maria Fernanda Ziegler (Agência Fapesp) - Foto: Helena Peixoto/SAÚDE é Vital

Domingo de Ramos


Montado num jumento,
Chegará o Messias,
Bem o aludiu, outrora,
O Profeta Zacarias.
Jesus chega num Jumento
E Jerusalém, naquele evento,
Compreendeu a Profecia!

A Entrada do Messias,
Naquela cidade Santa,
Trouxe bastante alegria
Que povo todo se espanta.
Toda agente o acolheu
Como o Rei dos judeus
E sua alegria foi tanta!

Uma euforia medonha
Tonou conta da Cidade.
Ele recebe o Messias,
O Mestre da Fraternidade.
Não somente aos judeus,
Mas Jesus se ofereceu
Para toda a Humanidade.

Quem O recebe, de verdade,
Sabe da grande excelência,
De Sua grande Proposta,
E de Sua benevolência.
Ele é o nosso Redentor
Que se entregou, no Amor,
Para vivermos a decência!

Assim, a celebração de hoje,
Mostra-nos quem é Jesus.
E nos insere na santa semana,
Pelo Mistério da Santa Cruz.
Não se trata do sofrimento,
Tampouco, de um tormento,
Mas de esperança amor e Luz.

Não mais, em Jerusalém,
Mas na nossa consciência,
Devemos aclamá-lo Rei,
Com uma vida de clemência.
Ler a Palavra de Salvação,
Encher de amor o coração
E fazer com Ele a Experiência.

Jerônimo Peixoto

sábado, 13 de abril de 2019

Exercício é mais eficaz que remédio para queimar a gordura mais perigosa


Cientistas comparam o poder da atividade física e o de medicações em enxugar a gordura visceral, que fica no fundo da barriga e é mais ligada a doenças

A gordura subcutânea do corpo é aquela mais superficial, que fica próxima à pele – são os pneus no lado da barriga ou a gordurinha do “tchau” no braço. Já a visceral fica escondida nas profundezas dos órgãos – e é bem mais associada a problemas de saúde do que sua prima. “Ela pode afetar os órgãos locais ou o corpo inteiro”, alerta o cardiologista Ian Neeland, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, em comunicado à imprensa.

Daí porque ele e outros especialistas resolveram averiguar o poder do exercício físico e o de remédios especificamente contra a tal gordura visceral (ligada a casos de diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares em geral).

De acordo com Neeland, estudos que usam só o peso ou o índice de massa corporal (IMC) como métrica de sucesso para um método de emagrecimento não dão a certeza de que a redução de medidas também repercutiu nas profundezes do abdômen. Sua proposta, então, foi revisar 17 estudos, com mais de 3 602 voluntários, focando-se na porcentagem de gordura visceral eliminada com o uso de remédios ou de exercícios físicos.

Toda essa turma, além de pesada, realizou exames de tomografia computadorizada ou ressonância magnética, que são capazes de medir o volume de gordura visceral no corpo. Cerca de 65% dos participantes eram mulheres, com média de idade de 54 anos e IMC de 31 (número já associado à obesidade).

As pesquisas incluídas nessa revisão acompanharam, sem exceção, os voluntários por pelo menos seis meses. Alguns tomavam medicamentos – que eram aprovados pelo U.S. Food & Drug Administration (FDA), órgão que regula esse tipo de produto nos Estados Unidos –, enquanto outros se exercitavam pra valer.

Após toda essa análise, os cientistas constataram que os remédios de fato resultam em uma maior queda no ponteiro da balança. Mas, para cada quilo subtraído com a atividade física, mais gordura visceral ia embora do que com os fármacos.

Em outras palavras, o levantamento sugere que a malhação queima mais gordura visceral por quilo perdido do que os comprimidos.

Recentemente, algumas pesquisas vinham mostrando que a alimentação e os tratamentos médicos derretem mais banha em geral, quando comparados à atividade física. “Mas a localização e o tipo de gordura são importantes. Se você apenas olhar para a balança, pode subestimar o benefício para a saúde do exercício”, conclui Neeland.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/exercicio-e-mais-eficaz-que-remedio-para-queimar-a-gordura-mais-perigosa/ - Por Maria Tereza Santos - Foto: Gustavo Arrais/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Sintomas de sinusite crônica e os efeitos na saúde bucal

Os sintomas da sinusite crônica podem se manifestar em sua saúde bucal de várias maneiras.

A sinusite é uma condição caracterizada pela inflamação dos seios da face, o grupo de espaços cheios de ar localizados dentro dos ossos ao redor do nariz. Os seios podem ficar inflamados devido a uma série de coisas, não apenas uma infecção. E quando esse inchaço continua por mais de três meses, de acordo com o National Institutes of Health (NIH) , é conhecido como sinusite crônica.

Os sintomas da sinusite crônica podem se manifestar em sua saúde bucal de várias maneiras.

O que procurar
A sinusite crônica pode produzir mais do que congestão nasal, sugere a Mayo Clinic . Você pode sentir dor ao redor do nariz, bochechas e olhos, um sentido reduzido de olfato ou paladar e descolorir o muco que sai do nariz ou da garganta (geralmente amarelo ou verde). Além desses sintomas, você também pode sentir fadiga, dor de garganta, tosse que não desaparece e até mesmo dor que irradia para os ouvidos, dentes ou mandíbula superior. Se qualquer um desses sintomas de sinusite crônica aparecer, procure orientação do seu médico.

Efeitos na saúde bucal
Quando você tem sinusite, a irritação pode irradiar de seus seios para os dentes superiores. E como essa dor pode afetar vários dentes do mesmo lado da boca, isso pode fazer com que você se preocupe com certos problemas dentários, como uma cavidade. No entanto, se você tiver dor de dente, consulte seu dentista para determinar sua causa.

Não é o seu mau hálito típico
A sinusite também pode causar mau hálito , especialmente se o vírus responsável pela sinusite também infectar sua garganta. Esta infecção leva a um mau cheiro na parte de trás da garganta. E embora você possa pensar que tem halitose regular, bons hábitos de higiene bucal como escovação regular e enxaguante bucal não serão suficientes para refrescar sua boca. Se o dentista determinar que uma infecção é responsável pelo seu mau hálito, você pode prescrever antibióticos para esclarecê-lo.

Boca seca
Os medicamentos usados para tratar a sinusite também podem ter efeitos colaterais dentro da boca. Por exemplo, os anti-histamínicos podem levar à boca seca, deixando-o sem saliva suficiente para limpar os dentes das bactérias durante o dia. Esta condição pode levar a problemas dentários, como cáries ou uma infecção por fungos. Felizmente, seu dentista pode oferecer tratamentos para a boca seca , como um gel especial para mantê-lo seguro dessas complicações no ínterim.

Como manter a saúde bucal
É importante continuar sua rotina regular de escovação duas vezes ao dia e uso diário de fio dental, mesmo quando não estiver se sentindo bem. Se a sinusite o deixar cansado, talvez seja mais fácil usar uma escova de dentes operada por bateria, como o Colgate 360 ° Total Advanced Powered , que requer menos movimento do braço para permanecer completo com seus cuidados de higiene bucal.

Os medicamentos usados para tratar a sinusite também podem ter efeitos colaterais dentro da boca. Por exemplo, os anti-histamínicos podem levar à boca seca, deixando-o sem saliva suficiente para limpar os dentes das bactérias durante o dia. Esta condição pode levar a problemas dentários, como cáries ou uma infecção por fungos. Felizmente, seu dentista pode oferecer tratamentos para a boca seca , como um gel especial para mantê-lo seguro dessas complicações no ínterim.

Visitas regulares ao seu dentista são muito importantes quando sofrem de sinusite crônica. Além de limpar os dentes, ele ou ela pode oferecer tratamentos contra os efeitos que esse problema causa para ajudá-lo a melhorar sua saúde bucal.


quinta-feira, 11 de abril de 2019

Padrão de beleza: está na hora de amar nosso corpo ao invés de escondê-lo


Quando uma mulher se olha por inteiro certamente ela reconhece suas próprias qualidades

Provavelmente você já deve ter vivido a experiência de observar seu corpo depois do banho ou numa troca de roupa diante do espelho. Nessa hora que você olha com mais atenção para a sua silhueta, suas características físicas e sinais, qual é a sua sensação? Você se sente satisfeita com o que vê ou se depara com um monte de defeitos?

Infelizmente grande parte das mulheres que estão lendo essa matéria devem ter se identificado com a segunda opção. Calma, você não está sozinha. O Relatório Global de Beleza e Confiança da Dove, feito em 2016, entrevistou cerca de 10.500 mulheres de 13 países. Dessas, apenas 4% se consideraram bonitas.

O estudo também mostrou que mais da metade das mulheres acreditam que são elas mesmas que fazem as maiores críticas à própria beleza. E 80% das entrevistadas concordam que toda mulher tem qualidades que a tornam bonita, mas têm dificuldade de enxergar a própria beleza.

A pesquisa mostra um número expressivo de mulheres descontentes com a própria aparência e, se formos olhar para as nossas vidas, podemos perceber que é muito comum que questões relacionadas à estética estejam presentes na vidas das mulheres. Mas você já se perguntou quando essas imposições estéticas começaram?

A resposta para a primeira pergunta é: elas sempre existiram. Para se ter uma ideia, já no período da pré-história, a escultura "Mulher de Willendorf" mostrava o corpo da mulher com formas robustas e arredondadas. Esse era o padrão de beleza da época, ele era valorizado porque passava a ideia de fertilidade. Como esse era o maior atributo que uma mulher podia ter, quem fosse assim era bonita.

No período da Grécia Antiga, o conceito de beleza tinha relação com a ideia de simetria e proporção. Sendo assim, de maneira simples, os corpos atléticos se encaixavam no padrão de beleza. O oposto disso se deu no período do Renascimento, no qual o padrão de beleza feminino consistia em apresentar cabelos compridos, seios fartos e curvas voluptuosas.

Dando um salto na história e indo para a segunda década do século 20, o sinônimo de sensualidade da época era justamente um visual mais minimalista, com cabelos curtos e curvas disfarçadas. Nas décadas seguintes, corpos curvilíneos, sarados, esguios, magro com curvas tiveram predominância no ideal de beleza feminino. A questão é que, por mais que o ideal de beleza tenha mudado ao longo da história, é bem verdade que nem todos se enquadravam nele e isso sempre trouxe consequências.

"De uma forma ou outra isso acaba afetando a todos, sendo que nós mulheres acabamos recebendo uma cobrança muito maior em corresponder a esse padrão. Ressaltando que esses padrões estabelecidos e cobrados se manifestam de diferentes formas e não se limitam a imagem corporal, mas também estão direcionados as vestimentas, comportamentos, aos modos de vida", explica a psicóloga clínica Bruna Morgana Giraldi Barão.

É importante dizer que a partir do século XX a cada mudança de década os padrões de beleza passaram por modificações expressivas. Por exemplo, no livro "Moda do Século", o autor François Baudot explica que na primeira década o ideal de corpo feminino eram as mulheres com quadris largos e cintura fina. Em 1920, a beleza estava nos corpos mais longilíneos e andróginos, quase sem curvas.

Logo, pode-se imaginar que uma mulher que estava dentro do que era considerado bonito por volta de 1910, provavelmente não se sentiria tão bem com seu corpo alguns anos para frente. E olha que nessa época não tinha Instagram ou Facebook para escancarar as tendências estéticas a todo momento.

Padrões não consideram a diversidade
Ao longo da história da humanidade, diferentes fatores influenciaram a criação de padrões estéticos. Por exemplo, no período da pré-história a figura de proporções avantajadas da ?Mulher de Willendorf? era valorizada devido a uma relação que aquele biotipo tinha com a fertilidade. Assim como nos anos 20 era comum que as mulheres que trabalhavam optassem pela praticidade e, com isso, foi atribuído a elas um visual mais próximo do masculino, com calças, camisas e casacos retos.
Além disso, a posição social, moda, mídia e até mesmo a religião já serviram de pilar para ditar padrões estéticos. O problema é que em nenhum ou em quase nenhum momento essa padronização levou em consideração os corpos das mulheres. Em outras palavras, durante todo tempo tentaram dizer às mulheres o que era ou não considerado belo, mas essa definição não ponderou a diversidade de biotipos, contextos sociais, culturais e gostos de cada uma. Sendo assim, como encaixar o corpo feminino em algo que não foi instituído a partir do corpo feminino?
No livro "O Mito da Beleza", Naomi Wolf explica que "o mito da beleza mutila o curso da vida de todas. E o que é mais instigante, a nossa identidade deve ter como base a nossa 'beleza', de tal forma que permaneçamos vulneráveis à aprovação externa, trazendo nosso amor-próprio, esse órgão sensível e vital, exposto a todos".
De acordo com a psicóloga clínica Eliza Guerra especializada na construção da autoestima e autoconhecimento, é como se nosso corpo fosse um objeto do olhar e do prazer do outro. ?Isso fez com que as mulheres não tivessem durante muito tempo autonomia em relação ao próprio corpo?, explica.

Padrão de beleza e consumo
É comum que as atrizes, modelos e influenciadoras digitais sejam vistas, muitas vezes, como parâmetro de beleza. Por trás de toda essa imagem é comum que hajam diferentes produtos, cirurgias, tratamentos estéticos e atividades físicas que contribuam para que elas alcancem esse ideal de beleza.
Sendo assim, quando uma mulher se identifica ou admira uma atriz, modelo ou influenciadora, ela se interessa pelas técnicas e procedimentos que foram usados pela famosa. Quem nunca copiou o estilo de uma atriz que admirava ou quis ter o mesmo corte de cabelo de uma cantora?
Com a ascensão das mídias sociais essa visibilidade passou a ser instantânea e acessível a todo momento. A psicóloga Bruna explica que toda essa exposição incita a mulher a se recriar de acordo com o modo ou estilo de vida que lhe é apresentado.
Logo, a ideia que se vende é que é possível ter ou ao menos se aproximar do padrão estético, contanto que se pague por isso.

Beleza editada
As redes sociais são meios de promover não apenas nossa autoimagem, mas sim a imagem que queremos passar aos outros. Sendo assim, é comum usar recursos como filtros, comandos que corrigem imperfeições e até dão a impressão de que se está maquiada. Dificilmente são publicadas na linha do tempo imagens que não valorizam a beleza de cada um.
A psicóloga clínica Eliza Guerra explica que é muito comum as pessoas se esquecerem do uso desses recursos quando veem as fotos de outras pessoas. Ou então, mesmo que a foto não tenha muitos retoques, pode-se acreditar que aquela pessoa com a foto perfeita, o corpo malhado e o cabelo sedoso é assim o tempo todo ou chegou a esse resultado sem nenhum esforço ou investimento financeiro.
A vida publicada nas redes sociais não necessariamente condiz com a realidade. Eliza conta que existe o ângulo da foto, sombra, luz, posição da câmera, maquiagem, filtros e outros recursos que possibilitam que se consiga imagens dignas de muitos likes e curtidas.
Querer tirar fotos bonitas não tem problema. A questão é que essa suposta perfeição das redes sociais de certa forma também aumenta a cobrança entre as mulheres no mundo real. "Gera um senso de insatisfação constante, pois não condiz com a realidade. É praticamente impossível atingir o padrão de corpo, imagem e cabelos que vemos nas redes sociais. A sensação que dá é a de que nunca vamos ser boas os bastante", explica.

Uma questão que não poupa ninguém
Talvez você pense que essas inseguranças em relação à própria beleza se manifestem apenas nas mulheres comuns. Na verdade, as famosas, muitas delas tidas como ícone de beleza, já declararam publicamente que também têm suas inseguranças.
Celebridades como Beyoncé, Kim Kardashian, Gisele Bündchen, Bruna Marquezine, Anitta entre outras já disseram que foram afetadas e se sentiram inseguras em relação à própria aparência. Não é à toa que tantas delas fazem plásticas, se submetem a tratamentos estéticos e dietas a fim de conquistar e manter um padrão estético.
Isso significa que nenhuma mulher deveria se preocupar com a vaidade e abandonar todo e qualquer atitude em relação à própria aparência? Claro que não. Mas é importante ter em mente que certos conceitos foram construídos e têm sido sustentados há anos. E que, na tentativa de pertencer a esses padrões, muitas mulheres têm sua autoestima abalada e sua autoimagem reduzida a defeitos estéticos. É tempo de apurarmos nossos filtros, não os de imagens nas redes sociais, mas nossos critérios, e vermos que nem tudo que é apresentado para nós em relação à beleza é real e nos convém.

Um preço caro às mulheres
Não é exagero dizer que os padrões estéticos podem ser ferramentas cruéis para as mulheres. Afinal, durante muito tempo fizeram com que o público feminino acreditasse que era necessário adequar o próprio corpo a modelos que não levavam em consideração as necessidades da mulher. Ao mesmo tempo também predominou a ideia de que para que a mulher merecesse ser amada ela precisaria atender aos requisitos de estética e comportamento de sua época.
"Em virtude de toda essa ditadura da beleza, a mulher vivenciou um vazio existencial, perdendo o que lhe é original e vivendo em torno daquilo que lhe é ditado", lembra Bruna. Segundo ela, isso resultou em inúmeras mulheres infelizes com o próprio corpo, com o reflexo que veem no espelho, não reconhecendo quais são suas verdadeiras necessidades e desejos, chegando ao ponto de não conseguir encontrar nenhuma característica positiva em si mesma.
E não para por aí, o fato de a mulher não conseguir ter um corpo dito como ideal, seja por motivos financeiros, genéticos ou pessoais, pode alcançar níveis extremos, como o desenvolvimento de uma bulimia ou anorexia.

Uma nova relação consigo mesma
A verdade é que ser mulher nunca foi algo fácil. Junto com as imposições estéticas há diversos acontecimentos que fizeram e ainda fazem com que as mulheres fossem menosprezadas na sociedade. A diferença de salários, a desconfiança dos outros em relação à capacidade de ocupar cargos de destaque, a ausência de oportunidade, o preconceito do mercado de trabalho com mulheres que são mães, o racismo que objetifica mulheres negras, indígenas e orientais e a violência física e psicológica que se manifesta em diferentes níveis, mas que traz consequências dolorosas.
É tempo de as mulheres olharem para si com mais compaixão, respeito e consideração por sua individualidade. Esse é o primeiro passo para construir uma relação saudável com a própria estética. Não tem a ver com cosméticos, medidas corporais, procedimentos milagrosos e sim com reconhecer o próprio valor de cara limpa e peito aberto.
Primeiramente é importante lembrar que cada mulher é única, tem sua própria história, repertório, desejos, genética e valor. Esses e tantos outros componentes fazem parte de uma mulher. Reduzir o corpo feminino a medidas e curvas é desumano.
"Somo capazes de deixar de lado as neuroses em relação ao tipo físico e parar de se comparar com esses padrões. Além disso, é preciso desenvolver o autoconhecimento e colocar em prática o amor próprio, ao invés de focar nas críticas e defeitos, buscar dar ênfase às qualidades, e admirar todas as coisas positivas", diz Bruna.

Um novo olhar para o corpo feminino
Ao conhecer os próprios gostos, valorizar a ancestralidade, entender o que faz bem e o que não faz, é possível que a mulher se sinta mais inteira, completa e capaz de tomar decisões que sejam benéficas para ela. Esses ganhos também podem se refletir na aparência, só que agora a motivação é outra. O que antes era busca por uma aprovação dos outros, agora é autocuidado e amor próprio.
"Com isso, no momento que a mulher ver sua imagem refletida no espelho, ela terá mais facilidade em se perceber, conhecer os aspectos que lhe fazem diferentes e, ao invés de tentar escondê-los, valorizá-los. Entender que por mais que os padrões estéticos se modifiquem, ela pode se sentir bonita em qualquer época", conta Eliza.
É claro que vão haver momentos em que a vaidade e a autoestima vão ser afetadas. Mulheres são seres humanos e nem todas as construções sociais são simples de serem derrubadas, mas têm muitas mulheres trabalhando para isso todos os dias e, por mais que às vezes a gente caia, ainda somos capazes de ficar de pé.


quarta-feira, 10 de abril de 2019

A apneia do sono ou o ronco não deixam você dormir?


De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 40% da população mundial tem alguma queixa sobre sono

Os distúrbios do sono são comuns entre os americanos. A apneia do sono é um dos distúrbios do sono mais graves, que afeta mais de 18 milhões de americanos, de acordo com a National Sleep Foundation dos Estados Unidos. Essa condição geralmente ocorre durante o sono, quando há uma interrupção involuntária da respiração, podendo afetar pessoas de todas as idades e de ambos os sexos.

ASO e ronco
A apneia obstrutiva do sono (AOS) é o tipo mais comum e crônico de distúrbio do sono, que afeta a respiração devido ao relaxamento dos músculos na parte posterior da garganta. São vários os sintomas da AOS. Durante o sono, as pessoas que sofrem deste distúrbio do sono podem fazer sons de ronco, asfixia ou parecer ofegantes. Esses sons podem ocorrer repetidamente, de 5 a 30 vezes ou mais, a cada hora durante a noite. O sintoma mais comum é o ronco alto, segundo a Mayo Clinic dos Estados Unidos. O ronco é uma respiração ruidosa que ocorre durante o sono, que pode ser considerada intolerável pelo(a) parceiro(a) de quem ronca. É o sintoma mais comum da apneia do sono, mas nem todas as pessoas que roncam têm esse distúrbio do sono. O ronco ocorre quando os músculos da garganta relaxam, a língua cai para trás e a garganta se estreita. As paredes da garganta vibram quando durante a respiração. Isso ocorre principalmente quando a pessoa inspira o ar, mas também pode acontecer em menor grau ao soltar o ar. Durante o sono, a pessoa é parcialmente estimulada a retomar a respiração pelo cérebro, o que causa sono ruim.

Fatores de risco da AOS
A AOS pode afetar pessoas de todas as idades, mas certos fatores podem aumentar os riscos da AOS:

Idade: Pessoas com 40 anos ou mais correm maior risco
Excesso de peso: A obstrução da respiração pode ser causada por depósitos de gordura ao redor das vias aéreas superiores
Sexo masculino: A AOS ocorre mais em homens do que em mulheres
Histórico familiar: O risco de desenvolver apneia do sono é maior em pessoas com alguém na família que também apresenta essa condição
Etnia: Mais predominante entre os negros americanos
Consumo de bebidas alcoólicas: Este tipo de bebida relaxa os músculos da garganta
Hábito de fumar: O hábito de fumar pode causar inflamação e retenção de líquidos nas vias aéreas
Circunferência do pescoço: As vias aéreas podem ficar mais estreitas em pessoas de pescoço mais largo
Vias aéreas estreitas: Adenoides ou amígdalas maiores ou garganta naturalmente estreita
Congestão nasal: As pessoas com dificuldade para respirar pelo nariz apresentam chances maiores de desenvolver AOS.

Indivíduos que têm AOS frequentemente apresentam condições de comorbidade, como sonolência diurna excessiva e dificuldade de concentração. Além disso, apresentam maior risco para acidentes automobilísticos, hipertensão, doença arterial coronariana, diabetes e acidente vascular cerebral.

Procure um especialista em doenças do sono
É provável que você não tenha consciência de que ronca durante o sono. Por isso, é importante procurar tratamento se o ronco for observado pelo(a) parceiro(a). Geralmente, o médico ou clínico geral encaminha o paciente para avaliações mais detalhadas. Mas, mesmo que você não passar primeiro pelo médico ou clínico geral, você pode ir diretamente a um especialista em sono recomendado pela National Sleep Foundation dos Estados Unidos. Atualmente, alguns médicos especialistas, como neurologistas, psiquiatras, otorrinolaringologistas, pneumologistas e clínicos gerais (geralmente médico de família ou clínico) também atuam como especialistas em sono. Além disso, alguns dentistas se especializam no tratamento de distúrbios respiratórios do sono.

Diagnóstico
O diagnóstico envolve um exame de sono durante a noite, quando os médicos monitoram o que está acontecendo no cérebro e corpo do paciente enquanto ele dorme, de acordo com a National Sleep Foundation. No entanto, equipamentos especiais podem ser usados para estudar o sono em casa. O exame principal para o diagnóstico é a polissonografia, que produz vários registros da atividade do sono durante o estudo. Alguns exames realizados são: eletroencefalograma (EEG), eletrooculograma (EOG) e eletrocardiograma (ECG).

Opções de tratamento
Terapia posicional: Evite deitar de costas para dormir. O corpo de lado ajuda a reduzir ou eliminar o bloqueio das vias aéreas
Perda de peso: A perda de peso pode diminuir ou suavizar o ronco
Descongestionante nasal: Este tratamento é mais eficaz para apneia do sono ou ronco leve. Porém, em alguns casos, melhorias no fluxo de ar são obtidas com cirurgia
Cirurgia (em crianças): Remoção cirúrgica de tecidos da garganta, como adenoides, amígdalas grandes, ou ambas
Cirurgia (em adultos): A cirurgia é menos eficaz no tratamento da AOS, mas é eficaz no tratamento de ronco. A uvulopalatofaringoplastia, ou UPPP, é o tipo mais comum de cirurgia para o ronco
Aparelhos intraorais: Alguns aparelhos orais se assemelham a protetores bucais usados pelos jogadores de futebol americano. Esses aparelhos são usados durante o sono para colocar a mandíbula inferior levemente à frente na posição de descanso normal, permitindo que as vias aéreas permaneçam abertas
Dispositivos de pressão positiva nas vias aéreas: Vários tipos de máscaras respiratórias são usados com esses dispositivos. As máscaras respiratórias são fixadas no rosto do paciente, cobrindo o nariz e a boca. O ar pressurizado flui continuamente na garganta do paciente, impedindo o bloqueio das vias aéreas. Um tubo flexível permite o fluxo do ar pressurizado fornecido pelo dispositivo de pressão, que pode ser dos tipos a seguir: CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas), BiPAP (pressão positiva nas vias aéreas em dois níveis) e VPAP (pressão positiva variável nas vias aéreas).