segunda-feira, 22 de julho de 2019

A maioria dos suplementos dietéticos não melhora a saúde nem o risco de morte: estudo


Uma nova pesquisa americana chegou à conclusão de que quase todo suplemento dietético, vitamínico ou mineral não traz benefícios para a saúde, como uma maior expectativa de vida ou um menor risco de doença cardíaca.

Metodologia
Os pesquisadores analisaram os resultados de 277 ensaios clínicos utilizando 24 tipos de intervenção diferentes que testaram 16 vitaminas ou outros suplementos, bem como oito dietas em relação a suas associações com mortalidade e condições como doenças cardíacas e derrame. No total, foram examinados os dados de 992.129 indivíduos.

Os suplementos revisados foram: antioxidantes, β-caroteno, vitaminas do complexo B, multivitaminas, selênio, vitamina A, vitamina B3/niacina, vitamina B6, vitamina C, vitamina E, vitamina D, cálcio, cálcio e vitamina D juntos, ácido fólico, ferro e ácido graxo ômega-3 (também conhecido como óleo de peixe).

As dietas revisadas foram: dieta mediterrânea; dieta baixa em gordura saturada; dieta baixa em gordura saturada ou com substituição de calorias por gorduras ou carboidratos mais insaturados; dieta baixa em gorduras; dieta baixa em sal em pessoas saudáveis e com hipertensão; dieta rica em ácido alfa linolênico (nozes, sementes e óleos vegetais); e dieta rica em ácidos graxos ômega-6 (nozes, sementes e óleos vegetais).

Resultados
No geral, os cientistas descobriram que os suplementos não faziam mal, mas também não tinham quase nenhum benefício de saúde.

Houve uma possível vantagem de saúde relacionada a uma dieta com pouco sal – 10% menos risco de morte para pessoas saudáveis, 33% menos risco para pessoas com hipertensão.

Algo semelhante ocorreu com estudos sobre suplementos de ácidos graxos ômega-3 – uma redução de 8% no risco de ataque cardíaco e 7% doença coronariana.

Estudos feitos na China com suplementos de ácido fólico foram ligados a um risco 20% de derrame, mas os resultados podem não ser tão relevantes em países que já consomem alimentos enriquecidos com ácido fólico, como os cereais comumente comercializados nos EUA.

Além disso, os pesquisadores descobriram que suplementos que combinam cálcio e vitamina D pode estar ligados a um risco ligeiramente maior de derrame – 17%. Tomados sozinhos, os suplementos não parecem gerar esse risco.

 “Nossa análise carrega uma mensagem simples de que, embora possa haver alguma evidência de que algumas intervenções têm impacto na morte e na saúde cardiovascular, a grande maioria das polivitaminas, minerais e diferentes tipos de dietas não tem efeito mensurável na sobrevivência ou redução do risco de doença cardiovascular”, resumiu o principal autor do estudo, Safi U. Khan, professor de medicina da Universidade de West Virginia (EUA).

Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista científica Annals of Internal Medicine. [ScienceDaily]


domingo, 21 de julho de 2019

Aulão integrativo gratuito


Topa um desafio?

Próxima quarta (24/07,) às 19h, teremos nosso Aulão Integrativo para trabalharmos juntos o corpo, mente e espírito!

A personal trainer @elainenunes84 e @budahmoderno para essa nova edição trarão novidades como o sorteio de vários brindes dos parceiros:

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‼ ATENÇÃO ‼ ao novo local que será o @carvalhoeventos_itabaiana , vizinho ao @acaicombinado na avenida principal de Itabaiana.

O AULÃO É GRATUITO e você pode convidar todos os seus amigos!

A aula começa às 19h em ponto, por isso chegue cedo pra não perder nada, combinado?

Por Budah Moderno

Se você tem tendência à hipertensão, é melhor moderar no café

Café é bom para o coração, mas, em excesso, aumenta a chance de pressão alta em pessoas predispostas.

Predisposição à pressão alta

O hábito de consumir mais de três xícaras de café por dia aumenta em até quatro vezes a chance de indivíduos predispostos à hipertensão apresentarem níveis elevados de pressão arterial.

Não foi observada associação significativa entre a bebida e os níveis de pressão arterial no caso de pessoas que consumiam até três xícaras ao dia.

"Esses achados destacam a importância de moderar o consumo de café para a prevenção da pressão alta, particularmente em indivíduos geneticamente predispostos a este fator de risco cardiovascular," disse a pesquisadora Andreia Machado Miranda, da USP (Universidade de São Paulo).

Foram considerados como pressão arterial elevada valores acima de 140 por 90 milímetros de mercúrio (mmHg). Em um trabalho anterior, Andreia havia observado que o consumo moderado de café (de uma a três xícaras diárias) tem efeito benéfico sobre alguns fatores de risco cardiovascular - particularmente a pressão arterial e os níveis sanguíneos de homocisteína, aminoácido relacionado com o surgimento de alterações nos vasos sanguíneos, infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Nessa primeira análise, não foram incluídos os dados genéticos.

"Decidimos, no estudo mais recente, investigar se, em indivíduos que apresentam fatores genéticos que predispõem à hipertensão, o consumo de café teria influência nos níveis de pressão arterial," disse Andreia.

Café e hipertensão

O consumo de café foi dividido em três categorias: menos de uma xícara ao dia; de uma a três; e mais de três xícaras diárias. "Fizemos uma análise de associação desses três fatores: escore genético de risco, consumo de café e valor da pressão arterial. Usando um método estatístico conhecido como regressão logística múltipla, incluímos outras variáveis de ajuste que poderiam influenciar o resultado, como idade, sexo, raça, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, índice de massa corporal, atividade física e uso de medicação anti-hipertensiva", explicou Andreia.

As análises estatísticas mostraram que, à medida que aumentava o escore de risco e a quantidade de café consumida, crescia também a chance de o indivíduo apresentar pressão alta. Nos voluntários com pontuação mais elevada e consumo diário superior a três xícaras, a chance de pressão alta foi quatro vezes maior que a de pessoas sem predisposição genética.

"Como a maior parte da população não tem ideia se é ou não predisposta a desenvolver hipertensão - para isso seria necessário sequenciar e analisar o genoma -, o ideal é que todos façam um consumo moderado de café que, ao que tudo indica, é benéfico à saúde do coração," disse Andreia.


sábado, 20 de julho de 2019

Dormir com alguma fonte de luz ligada pode facilitar ganho de peso


Segundo estudo, a claridade faria o ponteiro da balança subir e sabotaria tentativas de emagrecimento – mesmo que a pessoa pareça dormir normalmente

Dormir com alguma fonte de luz no quarto, em especial da televisão ou de lâmpadas, pode aumentar o risco de sobrepeso e obesidade em mulheres. É o que indica um estudo do National Institute of Environmental Health Sciences, órgão do governo do Estados Unidos, publicado recentemente no respeitado periódico científico JAMA.

A pesquisa avaliou dados sobre forma física, dieta, grau de sedentarismo, padrão de sono e hábitos noturnos de mais de 40 mil mulheres com idades entre 35 e 74 anos. Todas essas informações foram colhidas por meio de questionários e exames físicos aplicados a cada dois ou três anos. Em média, cada participante foi acompanhada por meia década.

Resultado: as voluntárias que caíam no sono com a TV ligada ou com uma lâmpada no quarto acesa estavam 17% mais propensas a ganhar no mínimo cinco quilos durante o período de acompanhamento. Isso quando comparadas com as que repousavam na escuridão total ou com uma máscara sobre os olhos.

Essa relação negativa ocorreu mesmo descartando outros fatores de risco para o desequilíbrio na balança, como inatividade física, sono ruim e alimentação de má qualidade.

Além da lâmpada no próprio quarto, foram consideradas outras fontes de claridade. As “luzes noturnas pequenas”, como os abajures de tomada infantis ou despertadores com display digital, não tiveram o mesmo efeito negativo. Já as externas, a exemplo de postes, outdoors luminosos e lâmpadas da parte de fora da casa, parecem interferir, mas de maneira modesta.

Por que a luz noturna pode engordar
O raciocínio é simples: as luzes artificiais reduziriam a qualidade e o tempo de descanso, o que, por sua vez, favorece o aumento de peso. O curioso é que o trabalho sugeriu que, mesmo quando o padrão de sono parecia intacto, a presença de luzes no quarto continuou associada aos quilos extras.

A hipótese para isso é a de que a iluminação atue em níveis mais profundos do repouso. “A exposição à claridade artificial durante a noite pode alterar hormônios e outros processos biológicos de maneiras que elevam o risco de condições de saúde como a obesidade”, teorizou, em comunicado à imprensa, a bióloga Chandra Jackson, coautora do trabalho.

Que fique claro, isso não foi avaliado por esse levantamento. Na lista de prováveis alterações provocadas pela claridade fora de hora que levariam ao excesso do peso estão:

A supressão na produção de melatonina, o hormônio do sono, que já foi vinculado ao gasto calórico corporal
Um desequilíbrio do ciclo circadiano, nosso relógio biológico
Mudanças no metabolismo e elevação dos níveis de hormônios do estresse

Limitações do estudo
Primeiro, ele só comparou a incidência do ganho de peso entre um grupo de pessoas com um provável fator de risco para o problema – nesse caso, a luz artificial. Nessas situações, não dá para saber se há uma razão escondida por trás dessa associação, entre outras coisas.

Outro ponto é que a investigação considerou apenas mulheres. Então é impossível dizer se o mesmo ocorreria com homens.

Mais trabalhos ajudarão a verificar se diminuir a claridade no quarto durante o sono pode mesmo afastar a obesidade – esse é o primeiro estudo epidemiológico a explorar o tópico.

Ainda assim, os autores estão otimistas. No texto do artigo científico, eles explicam que as duas estratégias mais comuns para prevenir o ganho de peso – ou seja, estimular uma dieta saudável e a prática regular de exercícios – enfrentam problemas de aceitação e até de acesso.

“O estudo destaca o impacto da iluminação à noite e dá às mulheres que dormem com luzes acesas ou com a televisão ligada uma estratégia simples para melhorar a saúde”, explicou, também em comunicado, o epidemiologista Young-Moon Park, autor principal do trabalho.

Ok, apagar um interruptor é mais fácil do que passar meia hora se mexendo, cinco dias na semana. Mas uma coisa não deve excluir a outra, combinado?


sexta-feira, 19 de julho de 2019

Exercícios físicos podem aliviar dores da menstruação, aponta estudo


Mesmo uma simples caminhada, quando praticada com frequência, reduziria os desconfortos provocados mensalmente pelas cólicas

Cólicas e outras dores menstruais são comuns mesmo em mulheres sem quaisquer doenças ginecológicas. O tratamento padrão envolve tomar remédios analgésicos e deixar a vida social um pouco de lado. Pois uma nova pesquisa indica que exercícios regulares (com exceção dos momentos de crise) podem ajudar a devolver qualidade de vida a quem sofre mês a mês.

O trabalho, feito na Universidade Politécnica de Hong Kong, na China, é o primeiro estudo controlado randomizado a avaliar o efeito da atividade física em diversos campos afetados pelo quadro – o que dá mais confiabilidade aos resultados encontrados.

Participaram da investigação 70 mulheres entre 18 e 43 anos que enfrentavam a dismenorreia primária, termo médico para as dores menstruais. Elas foram divididas em dois grupos:

• Um seguiu a vida normalmente, recorrendo às medidas analgésicas costumeiras quando sofriam com cólicas e afins.
• O outro realizou quatro semanas de treinamento aeróbico em uma esteira elétrica, três vezes por semana. Depois, foi orientado a manter a rotina em casa. Os exercícios eram realizados a partir do último dia do período menstrual até que ela voltasse – na semana em que isso acontecia, elas não suavam a camisa.

Sete meses depois, as voluntárias foram questionadas sobre as dores que experimentavam durante a menstruação. As que treinaram relataram sentir 20% menos dor em comparação à turma que não mudou sua rotina. Elas também disseram alcançar uma maior qualidade de vida e produtividade – quem vive com cólica sabe como elas atrapalham os afazeres cotidianos.

Por que o exercício ajuda
Embora o trabalho não tenha avaliado esse ponto, muitos mecanismos já conhecidos explicam o potencial analgésico da atividade física. Entre os mencionados pelos próprios autores, há a liberação de opioides endógenos. Estamos falando de substâncias como a endorfina, que possui uma atuação semelhante às de medicamentos contra a dor.

A prática esportiva também estimula a produção, nos próprios músculos, de moléculas que atuam contra a inflamação no organismo. E processos inflamatórios exacerbados são ligados a desconfortos no período menstrual.

Agora, vale mencionar que as participantes dos dois grupos estavam liberadas para tomar analgésicos. E os possíveis comprimidos ingeridos durante o ciclo menstrual não foram analisados pelo trabalho. Sendo assim, não dá para cravar que a melhora ocorreu exclusivamente por causa das caminhadas.

Mas, considerando os célebres benefícios do exercício físico para a saúde como um todo, não custa experimentar essa estratégia contra as cólicas.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/exercicios-fisicos-podem-aliviar-dores-da-menstruacao-aponta-estudo/ - Por Chloé Pinheiro - Foto: Eduardo Svezia/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Estudiosos apontam técnica para descobrir se alguém está mentindo

Todos nós mentimos em algum ponto de nossas vidas, entretanto, é possível que outros possam identificar quando isso acontece

Desconfiar de outras pessoas é natural. Independente de nossos motivos, muitos de nós tem dificuldades em acreditar no próximo. E segundo um estudo publicado no periódico Consciousness and Cognition, uma forma de ter maior confiança no que o outro diz, é olhando diretamente em seus olhos.

Como o estudo foi feito
Contato visual é um inibidor natural de mentiras. Para comprovar a teoria, os cientistas realizaram um experimento onde 51 pessoas jogavam um jogo multiplayer de computador. Só que ao invés dos participantes jogarem entre si, eles jogavam com atores.

Antes do jogo iniciar, os participantes eram notificados que poderiam mentir para ganhar a rodada. Então, separados por uma parede de vidro tecnológica que poderia ter seus níveis de opacidade modificados, o game iniciava-se.

Quando algum participante fosse fazer um movimento contra seu oponente, a parede de vidro que os separava ficava transparente, permitindo que houvesse contato visual. Quando isso acontecia, as pessoas não conseguiam mentir para seus adversários.

Conclusões
Jonne Hietanen, autor do estudo, afirma em entrevista ao Bustle que o estudo é o primeiro a comprovar através de experimentos o impacto do contato visual.


quarta-feira, 17 de julho de 2019

Por que você não perde peso quando se exercita?


Um novo estudo liderado pelo Centro de Pesquisa Biomédica Pennington (EUA) finalmente descobriu porque nós nunca perdemos tanto peso quanto deveríamos quando nos exercitamos.

A causa é muito simples, e vai fazer você se sentir idiota.

O pecado da compensação
Fazer exercícios físicos deveria ser, em teoria, algo simples. Gaste energia, queime calorias, emagreça.

Infelizmente, no entanto, diversos estudos científicos (e minha própria experiência) já mostraram que homens e mulheres que começam a se exercitar perdem apenas 30 a 40% do peso que seria esperado com base nas calorias que queimam.

O mistério foi resolvido pelo novo estudo: ao que tudo indica, as pessoas fazem outras pequenas mudanças de estilo de vida quando começam a se exercitar, e estas podem se revelar a pedra no meio do caminho.

O estudo
171 pessoas sedentárias e acima do peso com idades de 18 a 65 anos participaram do estudo. Os pesquisadores mediram seus pesos, taxas metabólicas de repouso, níveis típicos de fome, quantidade de exercício aeróbico e, usando instrumentos complexos, consumo diário de calorias e gasto de energia.

Por fim, todos os participantes também responderam questionários psicológicos sobre seus hábitos de saúde, mas não foram aconselhados a seguir nenhuma dieta específica. Cada um escolhia o que comia por conta própria.

Três grupos aleatórios foram montados em seguida: um, o de controle, continuou sua vida normalmente. Outro passou a se exercitar em esteiras ou bicicletas ergométricas gastando cerca de 8 calorias para cada quilograma de seu peso, ou 700 por semana. O último gastou 20 calorias por quilograma, ou 1.760 por semana.

O estudo durou seis meses, e os pesquisadores monitoraram todas as medidas dos participantes durante todo esse tempo.

Resultados
O grupo de controle, conforme esperado, não perdeu peso. A surpresa foi que os grupos de exercício também não perderam muito. Alguns participantes emagreceram um pouco, mas dois terços do primeiro grupo e 90% do segundo grupo não perderam tanto peso quanto deveriam.

Cientistas que vinham estudando a questão descobriram que isso ocorre porque as pessoas compensam as calorias gastas no exercício fazendo outra coisa, como comendo mais ou se movendo menos, ou ambos. Talvez a taxa metabólica de repouso também diminua quando a pessoa começa a perder peso. Tudo isso atrapalha o emagrecimento.

Então, qual dessas hipóteses é a verdadeira? O novo estudo chegou à conclusão que… o problema é que comemos um pouco mais quando estamos nos exercitando. Nem precisa ser muito – só o suficiente para não alcançar a perda de peso desejada.

Mereço um doce
Os pesquisadores concluíram que os participantes que se exercitavam ingeriam cerca de 90 (no caso do primeiro grupo) e 125 (no caso do segundo) calorias adicionais por dia. Por consequência, perderam menos peso do que o esperado.

A boa notícia é que a taxa metabólica de repouso das pessoas permaneceu a mesma. E aqueles que não comeram mais do que estavam acostumados de fato emagreceram.

A parte mais interessante a ser observada é que as pessoas que compensaram mais as calorias gastas foram aquelas que disseram que ter bons hábitos de saúde dão abertura para outros, bem menos saudáveis.

“São pessoas que pensam que é ok trocar comportamentos. É a ideia de ‘se eu me exercitar agora, mereço esse donut depois’”, explicou Timothy Church, principal autor do novo estudo.

Uma vez que estamos falando de uma pequena diferença – apenas 100 calorias, cerca de quatro mordidas da maioria dos alimentos -, se você realmente quer emagrecer, talvez deva evitar esse donut afinal de contas.

Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista científica American Journal of Clinical Nutrition. [NYTimes]


terça-feira, 16 de julho de 2019

8 alimentos que podem piorar a hemorroida


Queijos, pimenta e condimentos: veja os alimentos que precisam de cuidado extra quando consumidos por quem tem hemorroida

Uma alimentação balanceada, sem escassez ou exageros, é responsável pela prevenção de uma série de enfermidades, inclusive do aparecimento ou agravamento das hemorroidas. Aliados a boas práticas, como exercícios físicos e higiene local adequada, alguns alimentos podem facilitar a vida de quem sofre com esse problema. É o caso de uma dieta rica em fibras e água, por exemplo, recomendação número um de coloproctologistas e nutricionistas. Do outro lado, porém, existem os vilões alimentares, que merecem atenção e, acima de tudo, moderação.

Prestar atenção ao prato de todo dia e escapar das ciladas alimentares são atitudes que precisam estar no radar de quem tem hemorroida. Veja os alimentos que pedem moderação no dia a dia:

Queijos e outros alimentos muito gordurosos
De acordo com a coloproctologista Sonia Yusuf, do Hospital Santa Cruz, queijos e outros alimentos gordurosos podem irritar o intestino e a região anal, ainda mais em casos de pacientes com intolerância à lactose.
Os alimentos ricos em gorduras e carboidratos simples, como lanches e fast-food, podem desequilibrar a flora intestinal, causando prisão de ventre ou até mesmo episódios de diarreia. A inflamação nas hemorroidas externas também pode piorar, já que todo movimento do intestino é afetado pela má alimentação, estimulando evacuações traumáticas e com dor.

Pimenta vermelha
Muita gente acredita que a pimenta vermelha é a grande responsável pelo aparecimento das hemorroidas. De acordo com o coloproctologista Marcelo Aniche, da Clínica Fares, não é bem por aí. Ele explica que não há nenhum estudo que comprove a ligação entre a pimenta vermelha e o desenvolvimento da doença hemorroidária, mas o agravamento do problema pode, sim, ocorrer com a ingestão do alimento.
"A capsaicina, principal elemento ativo da pimenta, não é absorvida pelo organismo. Então, a pimenta vermelha pode aumentar o desconforto e a queimação para quem tem fissuras anais, por exemplo, na hora de ir ao banheiro. Se a pessoa tem hemorroida também, vai sofrer um pouco mais. Por isso, recomendamos que os pacientes evitem esse alimento", pondera.

Condimentos
Como no exemplo da pimenta vermelha, que aumenta a sensação de desconforto e queimação, é preciso cuidado redobrado com alimentos muito condimentados, como molhos, caldos concentrados, mostarda e ketchup.
Além de irritar a mucosa da região anal, onde estão presentes as hemorroidas, alimentos com temperos fortes e picantes podem causar um verdadeiro desarranjo na harmonia intestinal, com alteração na consistência das fezes, e dificultar o tratamento adequado da doença hemorroidária.

Bebidas alcoólicas
Se você recebeu o diagnóstico positivo para hemorroidas, é hora de reconsiderar drinks e outras bebidas alcoólicas que fazem parte da rotina. Isso porque o álcool pode aumentar - e muito - o desconforto de quem convive com a dilatação e inflamação das veias hemorroidais, atrasando o tratamento e a recuperação.
"Além de diminuir a movimentação do intestino, o que já gera um desequilíbrio no organismo, o álcool pode piorar a inflamação das hemorroidas e ainda ressecar as fezes, o que causa uma evacuação traumática e forçada", alerta a especialista Sonia Yusuf. Além da dor, o álcool também pode aumentar os sangramentos de hemorroidas internas.

Refrigerantes e bebidas açucaradas
A ingestão de líquidos é muito importante como forma de prevenção e tratamento da dilatação das veias da região anal, mas não no caso de bebidas artificiais.
Marcelo Aniche explica que refrigerantes e sucos de caixinha têm muito açúcar, conservantes e outros elementos químicos que podem atrapalhar o trabalho natural do intestino. Segundo ele, tais ingredientes podem passar por uma fermentação no organismo, levando à constipação. "O ideal é beber água e sucos naturais, apenas", orienta.

Café
Nada em quantidades absurdas ou exageradas faz bem, como você deve imaginar. Com o café, não é diferente. A bebida que nos mantém ativos e despertos pode atrapalhar as funções do intestino quando ingerida em grandes quantidades, como alerta a coloproctologista Sonia Yusuf.
Segundo ela, o cafezinho pode aumentar a desidratação, levando ao ressecamento das fezes armazenadas. O resultado, como sempre, é uma evacuação forçada, com chances de sangramento das hemorroidas.
No lugar do café, ela recomenda chás naturais, como o de camomila e erva-doce. Mas lembre-se: chás laxantes não são indicados.

Chocolate
O docinho também precisa entrar na fila dos alimentos que precisam ser consumidos com cuidado. De uma forma geral, a dica é consumir com bastante moderação ou preferir barras com maior porcentagem de cacau no lugar do tradicional "ao leite".
Chocolates com 70% cacau possuem menos açúcar e leite, dois ingredientes que, em excesso, podem alterar o funcionamento do intestino - para pior. A má influência dos chocolates mais gordurosos altera as fezes e também pode piorar o estado das hemorroidas.

Frituras
Coxinhas, batatas e bolinhos fritos são alimentos com lugar cativo no prato de muita gente. O problema está na qualidade nutritiva de cada um deles. Salgadinhos fritos são ricos em gorduras saturada e trans, como aponta o coloproctologista Marcelo Aniche: "quem se alimenta muito com frituras, certamente não come fibras. Isso é um grande problema para quem tem hemorroida".


segunda-feira, 15 de julho de 2019

Bactérias que aumentam a performance são encontradas em atletas


Talvez tudo que te falta para ser um atleta de alta performance ou um maratonista vencedor é uma simples bactéria: a Veillonella.

Um novo estudo do Joslin Diabetes Center (EUA) descobriu que essa bactéria existe em quantidade mais abundante no microbioma de atletas de elite e destilou o seu papel no metabolismo humano, ou seja, como ela ajuda os indivíduos a ter uma maior habilidade física.

O estudo
O estudo começou em 2015, quando o pesquisador Jonathan Scheiman, na época na Universidade de Harvard (EUA), coletou amostras fecais de atletas que participaram da Maratona de Boston, uma semana antes e depois do evento. Como grupo de controle, ele também coletou amostras de indivíduos sedentários.

Durante a análise dessas amostras, a Veillonella logo se destacou: era muito abundante no organismo dos atletas logo após a maratona, e no geral já existia em maior quantidade nestes indivíduos do que no grupo sedentário.

“Quando analisamos os detalhes da Veillonella, descobrimos que ela é relativamente única no microbioma humano, pois usa lactato ou ácido lático como sua única fonte de carbono”, explicou Scheiman.

Em um experimento com ratos, os pesquisadores confirmaram que a Veillonella era a responsável por melhorar a habilidade física: os animais tiveram um aumento acentuado na sua capacidade de corrida após a suplementação com a bactéria.

Ok, mas como funciona?
A primeira hipótese dos pesquisadores era de que a bactéria ajudava ao “consumir” o ácido lático produzido pelos músculos durante exercícios físicos desgastantes, o que poderia levar à fadiga. No entanto, o papel do acúmulo de ácido lático na fadiga ainda não é completamente aceito pelos cientistas.

Assim, a equipe decidiu realizar uma análise metagenômica no microbioma para determinar quais eventos foram desencadeados pelo metabolismo de ácido láctico da Veillonella.

Eles descobriram uma abundância de enzimas associadas à conversão de ácido láctico em propionato, um ácido graxo de cadeia curta, após o exercício físico. Em outras palavras, talvez a questão não fosse a remoção do ácido láctico, mas a geração de propionato.

Novos experimentos com ratos verificaram essa hipótese: a introdução de propionato nos animais foi suficiente para aumentar sua capacidade de corrida.

Nós e elas, um casamento de sucesso
As colônias de bactérias que vivem no nosso organismo têm um enorme impacto na nossa saúde.

“O microbioma é um mecanismo metabólico muito poderoso”, disse um dos autores do estudo, o Dr. Aleksandar D. Kostic.

Esta é uma das primeiras pesquisas a mostrar diretamente um forte exemplo de simbiose entre micróbios e seu hospedeiro, o ser humano.

“É muito claro. Cria um ciclo de feedback positivo. O hospedeiro está produzindo algo que esse micróbio em particular favorece. Então, em troca, o micróbio está criando algo que beneficia o hospedeiro. É um exemplo muito importante de como o microbioma evoluiu para se tornar essa presença simbiótica no hospedeiro humano”.

Implicações médicas
O próximo passo da pesquisa é investigar como o mecanismo do propionato afeta a capacidade de exercício nas pessoas.

Muitos indivíduos com distúrbios metabólicos não conseguem se exercitar muito bem, mas precisam desse benefício de saúde. Uma suplementação probiótica com Veillonella poderia ser o empurrãozinho necessário.

“Ter maior capacidade de exercício é um forte indicador de saúde geral e proteção contra doenças cardiovasculares, diabetes e longevidade geral. O que nós imaginamos é um suplemento probiótico que as pessoas possam tomar que aumentará sua capacidade de fazer exercícios significativos e, portanto, os protegerá contra doenças crônicas, incluindo diabetes”, resumiu o Dr. Kostic.

Um artigo sobre o estudo foi publicado na revista científica Nature Medicine. [MedicalXpress]


domingo, 14 de julho de 2019

Estudo mostra que caminhar diariamente pode te fazer viver 15 anos a mais!


As caminhadas são umas das maiores aliadas de uma boa saúde, disso todos sabemos. Mas você sabia que reservar um tempo todos os dias para explorar novos lugares a pé pode ajudá-lo a viver mais?

Foi isso que revelou um estudo realizado pela Universidade de Leicester, no Reino Unido.

A pesquisa analisou dados de 474.919 pessoas com idade média de 52 anos no Reino Unido entre 2006 e 2016, os resultados mostraram que as pessoas que costumam andar mais e mais rápido, independentemente do peso, costumam viver melhor e, consequentemente, ter uma expectativa de vida mais longa.

As mulheres que andavam mais e mais rápido tiveram uma expectativa de vida de 86,7 a 87,8 anos. Já aquelas que andavam em um ritmo mais lento tinham a expectativa reduzida a 72,4 anos. Os homens que andavam mais e mais rápido, viviam em média 85,2 anos e aqueles mais lentos tiveram a expectativa reduzida a 64,8 anos, uma diferença muito grande!

Tom Yates, professor e principal autor do estudo da Universidade de Leicester, relatou em um comunicado:

“Nossas descobertas podem ajudar a esclarecer a importância da aptidão física em comparação com o peso corporal na expectativa de vida dos indivíduos.”

Em outras palavras, os resultados sugerem que, talvez, a aptidão física seja um indicador melhor da expectativa de vida do que o índice de massa corporal (IMC), e que encorajar a população a se envolver em caminhadas rápidas pode acrescentar anos às suas vidas.

A pesquisa se baseou em dados do Reino Unido Biobank e foi analisada pelo Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde, Leicester Hospitais e as Universidades de Leicester e Loughborough.

Dr. Francesco Zaccardi, epidemiologista clínico do Leicester Diabetes Center e coautor do estudo, afirmou:

Estudos publicados até agora mostraram o impacto do peso corporal e da aptidão física sobre a mortalidade em termos de risco relativo, por exemplo, um aumento de 20 por cento de risco de morte para cada 5 quilogramas por metro quadrado aumenta, comparado a um valor de referência de um IMC de 25 quilogramas por metro quadrado (o IMC limiar entre o peso normal e o excesso de peso).

No entanto, nem sempre é fácil interpretar um “risco relativo”. O relato em termos de expectativa de vida, por outro lado, é mais fácil de interpretar e dá uma ideia melhor da importância separada e conjunta do índice de massa corporal e da aptidão física.

Se você já tem o hábito de caminhar, ótimo, está no caminho certo, mas se ainda tem muita preguiça, encontre alguma pessoa ou um lugar que o incentive a se mover. Lugares a céu aberto costumam ser muito mais inspiradores!