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quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Mulheres, levem seus sintomas de ataque cardíaco a sério


Você já ouviu falar que o colesterol pode levar a artérias entupidas e aumentar o risco de um ataque cardíaco, e isso é verdade. Mas o que você pode não perceber é que você pode ter um ataque cardíaco, mesmo que suas artérias não tenham bloqueios. Esse é o caso de pelo menos um terço das mulheres que tiveram ataques cardíacos, diz o Dr. C. Noel Bairey Merz, diretor do Centro Cardiovascular Feminino Barbra Streisand em Cedars-Sinai, em Los Angeles. No entanto, até mesmo seus médicos muitas vezes não percebem o que aconteceu.

Quando Merz e seus colegas pegaram um grupo de mulheres que se queixaram de dor torácica, mas não precisaram se preocupar porque os exames de imagem (angiografias) não mostraram nenhum bloqueio, eles descobriram que 8% tinham cicatrizes no coração – indicando que ataque cardíaco tinha acontecido. Sua pesquisa foi publicada em 2018 na revista Circulation.

Como isso é possível? Enquanto uma artéria bloqueada é uma das principais causas de ataques cardíacos, dificilmente é o único. O infarto agudo do miocárdio, que a maioria das pessoas chama de ataque cardíaco, simplesmente significa que o fluxo sanguíneo para os vasos sanguíneos do coração é cortado de modo que as células do músculo cardíaco morram, diz Merz.

Na maior parte do tempo, isso acontece porque um depósito de gordura (chamado de placa) que já está entupindo uma artéria torna-se instável e se interrompe, diminuindo ainda mais ou interrompendo o fluxo sanguíneo. Mas mesmo pequenas quantidades de placa que normalmente não mexem com a circulação podem romper e formar coágulos sanguíneos, que restringem o fluxo sanguíneo e causam pequenos ataques cardíacos, diz Merz.

“As mulheres também podem ter ataques cardíacos por problemas menos comuns, como o SCAD – dissecção espontânea da artéria coronária – que é quando o revestimento interno de uma artéria se separa”, acrescenta ela. Outra causa possível é um espasmo em uma artéria coronária, o que poderia restringir o fluxo sanguíneo se ele durasse o suficiente ou acabasse formando um coágulo.

Infelizmente, mulheres que têm um ataque cardíaco devido a uma dessas causas menos conhecidas tendem a não ser levadas a sério. “Os médicos não acreditavam que tivessem um verdadeiro ataque cardíaco”, diz Merz sobre as mulheres com dor no peito que foram encontradas para ter cicatrizes cardíacas no estudo Circulation.

Se você tiver dor torácica persistente ou grave, consulte um cardiologista. Se lhe disserem que não se preocupe porque suas artérias estão abertas, procure uma segunda opinião. Outros testes, como uma ressonância magnética cardíaca ou um teste de reserva de fluxo coronário, podem revelar que você realmente tem um sério problema cardíaco – talvez você tenha tido um ataque cardíaco – e que o tratamento é necessário.

Se você tiver dor torácica persistente ou grave, consulte um cardiologista. Se lhe disserem que não se preocupe porque suas artérias estão abertas, procure uma segunda opinião. Outros testes, como uma ressonância magnética cardíaca ou um teste de reserva de fluxo coronário, podem revelar que você realmente tem um sério problema cardíaco – talvez você tenha tido um ataque cardíaco – e que o tratamento é necessário.

É bom saber:
O que posso fazer pelo meu coração?

Hábitos de vida saudáveis ​​são fundamentais. Não fume, coma muitas frutas e vegetais e faça do exercício uma prioridade.

Quais sintomas podem sugerir um ataque cardíaco?

Você pode ter dor no peito, mas muitas vezes as mulheres também têm dor nas costas ou mandíbula, azia , náusea , vômito, fadiga extrema e falta de ar.

Quais testes de triagem cardíaca eu preciso?

A resposta depende das coisas que você tem que tornam os problemas cardíacos mais prováveis, incluindo sua história familiar e pressão sanguínea e leituras de colesterol

Onde posso ir para uma segunda opinião?

Seu médico de cuidados primários deve ser capaz de encaminhá-lo para um cardiologista diferente, ou você pode dirigir-se a um centro médico que tenha um programa especializado de coração para mulheres.


sábado, 9 de novembro de 2019

Dormir o tempo certo diminui risco de infarto - mesmo se você tem predisposição genética


Sono é bom para o coração

Mesmo se você é um não-fumante que se exercita e não tem predisposição genética para doenças cardiovasculares, não dormir direito, ou dormir demais, pode aumentar o seu risco de ataque cardíaco.

"Isto fornece algumas das provas mais fortes de que a duração do sono é um fator-chave no que diz respeito à saúde do coração, e isso vale para todos," disse a Dra Celine Vetter, da Universidade do Colorado em Boulder (EUA).

Além disso, a equipe também descobriu que, para pessoas com alto risco genético de ataque cardíaco, dormir entre 6 e 9 horas noturnas pode compensar esse maior risco.

Sono na medida

O pesquisador Iyas Daghlas coordenou a análise das informações genéticas, hábitos de sono e registros médicos de 461.000 participantes do Reino Unido, com idades entre 40 e 69 anos, que nunca haviam sofrido um ataque cardíaco. O grupo foi monitorado por sete anos.

Em comparação com aqueles que dormiam 6 a 9 horas por noite, quem dormia menos de seis horas apresentou 20% mais chances de sofrer um ataque cardíaco durante o período. O efeito foi ainda pior para aqueles que dormiam mais de nove horas por noite: uma probabilidade 34% maior de um evento cardiovascular.

Quando os pesquisadores analisaram apenas pessoas com predisposição genética para doenças cardíacas, constataram que dormir entre seis e nove horas noturnas reduziu o risco de sofrer um ataque cardíaco em 18%.

"É uma mensagem de esperança de que, independentemente do seu risco herdado de ataque cardíaco, dormir uma quantidade saudável pode reduzir esse risco, da mesma forma que adotar uma dieta saudável, não fumar e outras abordagens de estilo de vida," disse Iyas Daghlas, atualmente na Universidade Harvard (EUA).


sábado, 22 de junho de 2019

Você suspeita de sintomas de um infarto? Então busque ajuda rápido


Sintomas de infarto

A maioria das mortes por ataque cardíaco ocorre nas primeiras horas após o início dos sintomas. Assim, o tratamento rápido é crucial para restaurar o fluxo sanguíneo para as artérias que foram bloqueadas e salvar a vida do paciente.

Ocorre que a maioria dos pacientes que não é acudida a tempo não tem acesso ao socorro simplesmente porque: ou não consegue interpretar os sintomas, ou não consegue agir em decorrência desses sintomas.

Em outras palavras, o tempo que leva para os pacientes interpretarem e responderem aos sintomas é a principal razão para atrasos na chegada ao hospital e à recepção dos cuidados de que eles necessitam.

A descoberta foi feita pela equipe da Dra Carolin Nymark, do Hospital Universitário Karolinska de Estocolmo (Suécia), que recrutou 326 pacientes submetidos a tratamento agudo para um primeiro ou um segundo ataque cardíaco.

Os pacientes envolvidos esperaram uma média de três horas antes de procurar ajuda médica após sentirem os sintomas. Alguns demoraram mais de 24 horas.

Mas por que tantos pacientes demoram tanto para pedir ajuda? Essa foi a pergunta que os pesquisadores tentaram responder.

Lidando com os sintomas

Ao analisar o que passou pela cabeça dos pacientes durante o período crucial entre o surgimento dos sintomas do infarto e a busca de ajuda, os pesquisadores identificaram duas reações gerais entre aqueles que esperaram mais de 12 horas para procurar ajuda médica.

A primeira foi uma incapacidade de agir, reconhecida pelos próprios pacientes, e que teve um impacto significativo.

Esses pacientes usaram frases como: "Eu perdi todo o poder para agir quando meus sintomas começaram"; "Eu não sabia o que fazer quando tive meus sintomas"; "Meus sintomas me paralisaram"; e "Senti que tinha perdido o controle de mim mesmo quando tive meus sintomas".

"Essa imobilização durante os sintomas do ataque cardíaco em curso nunca havia sido demonstrada ou estudada," disse a Dra Nymark. "No momento, não sabemos por que alguns pacientes reagem dessa maneira. Está possivelmente ligado ao medo ou à ansiedade. Esse deve ser um elemento novo na educação das pessoas sobre o que fazer quando têm sintomas de ataque cardíaco."

A segunda reação comum foi uma avaliação imprecisa dos sintomas. Esses pacientes disseram que demorou muito tempo para entenderem seus sintomas; eles achavam que os sintomas passariam; eles achavam que os sintomas não eram sérios o suficiente para procurar atendimento médico; e eles achavam que seria difícil procurar atendimento médico.

Melhor estar errado do que ...

Por outro lado, os pacientes que identificaram com precisão seus sintomas de ataque cardíaco e procuraram ajuda médica rapidamente tinham o desejo de procurar auxílio, sabiam que os sintomas eram sérios, sabiam onde deveriam procurar ajuda e não tentaram desviar seus pensamentos dos sintomas.

Com isso, os pesquisadores fazem um apelo a médicos e autoridades de saúde, no sentido de educarem melhor a população sobre os sintomas de um ataque cardíaco, sobre o que fazer e sobre a urgência de se tomar um curso de ação.

"Se você tiver sintomas que podem ser causados por um ataque cardíaco, não os ignore. Solicite ajuda imediatamente. É melhor estar errado sobre os sintomas do que morto," disse de forma contundente a Dra Nymark.


quarta-feira, 19 de junho de 2019

Conheça os sintomas do ataque cardíaco, ou infarto


Ficar alerta aos diversos sintomas do infarto é importante porque o ataque cardíaco é uma condição sistêmica, indo muito além do coração.

O que é infarto?

O infarto do miocárdio, ou ataque cardíaco, ocorre quando um coágulo interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa, provocando a morte das células de uma região do músculo do coração.

A principal causa do infarto é a aterosclerose, uma condição na qual placas de gordura se acumulam no interior das artérias coronárias, chegando a obstruí-las. Na maioria dos casos o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando à formação do coágulo e à interrupção do fluxo sanguíneo.

O infarto pode ocorrer em diversas partes do coração, dependendo de qual artéria foi obstruída, e há vários tipos de ataque cardíaco.

Há uma propensão ao aumento dos casos de infarto quando a temperatura muda muito, assim como há mais infarto nos dias mais frios, principalmente no inverno. Além disso, o infarto e o AVC ocorrem mais de manhã.

Qualquer que seja a ocasião, contudo, um ataque cardíaco é uma emergência que exige cuidados médicos o mais rápido possível. Assim, identificar os sintomas pode ser decisivo para salvar a vida de uma pessoa infartada.

Sintomas de um ataque cardíaco

O principal sintoma de um ataque cardíaco é dor ou desconforto na região peitoral, podendo se irradiar para as costas, rosto, braço esquerdo e, mais raramente, para o braço direito. Embora menos frequente, a dor também pode ser no abdome, semelhante à dor de uma gastrite.

O desconforto costuma ser intenso e prolongado, acompanhado de uma sensação de peso ou aperto sobre o tórax.

Esses sinais costumam ser acompanhados de suor frio, palidez, falta de ar e sensação de desmaio.

Entre os idosos, o principal sintoma pode ser a falta de ar. Nestes, como também entre os diabéticos, o infarto pode ocorrer sem sinais específicos. Por isso, deve-se estar atento a qualquer mal-estar súbito apresentado por esses pacientes.

Risco e prevenção

Os principais fatores que aumentam o risco de infarto são o tabagismo, colesterol alto, hipertensão, obesidade, estresse, depressão e diabetes - os diabéticos têm duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto do que a população que não tem essa condição.

Para se prevenir contra um ataque cardíaco, a prática regular de exercícios físicos e uma alimentação balanceada são essenciais.

A cessação do tabagismo, a prevenção de doenças como a aterosclerose, diabetes e obesidade são igualmente fundamentais para evitar o entupimento das artérias e o consequente aumento de risco do infarto.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=conheca-sintomas-ataque-cardiaco-ou-infarto&id=13488&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Medical University of Vienna

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Dieta irregular aumenta o risco de morte em vítimas de infarto, diz estudo


Quem não toma café da manhã e janta muito tarde tem muito mais chance de morrer após um ataque cardíaco. Entenda

Um estudo recente, realizado pelo médico Guilherme Neif Vieira Musse, da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), revelou que a dieta irregular aumenta o risco de morte em quem sofreu infarto. Hábitos como jantar tarde e não tomar o café da manhã aumentam de quatro a cinco vezes a probabilidade de morrer e de ter outro ataque cardíaco. Pelo menos no período durante a internação e 30 dias após a alta hospitalar, nas vítimas de infarto agudo.

“Dieta irregular aumenta o risco de morte ao passo que, geralmente, esses costumes estão associados aos hábitos de vida ruins. Por exemplo, acordar tarde ou mesmo comer em excesso no jantar e fora de hora. É uma questão comportamental que influencia no pior prognóstico para esses pacientes. O mais indicado é evitar açúcar, produtos industrializados em geral e adotar a chamada ‘dieta do mediterrâneo’. Ela é crucial na proteção contra doenças cardiovasculares”, aconselha o médico Guilherme.

Dados
A pesquisa analisou 113 pessoas, com idade média de 60 anos. Desses, 73% eram homens. Dentre aqueles que morreram após a internação, 58% não tomavam o café da manhã, 51% jantavam tarde e 41% adotavam os dois hábitos combinados. A pesquisa foi realizada com pacientes atendidos na Unidade de Terapia Intensiva Coronariana (UTI-UCO) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HC-FMB), no período entre agosto de 2017 e agosto de 2018.

Marcos Ferreira Minicucci, professor-assistente da disciplina de Clínica Médica Geral da Unesp e orientador da pesquisa, recomenda esperar pelo menos 2 horas, depois do jantar, para ir dormir.  Ele ainda acrescenta que “a melhor maneira de viver é tomando café da manhã como um rei. Um bom café da manhã geralmente é composto de laticínios como leite desnatado ou semidesnatado, iogurte e queijo”.  O carboidrato de pães e cereais integrais, assim como as frutas, também são importantes. “Deve fornecer de 15% a 35% do total de calorias que precisamos por dia”, finaliza Marcos.


segunda-feira, 6 de maio de 2019

Ataque cardíaco pode ser bem parecido com uma forte azia; saiba como diferenciar


Pode parecer piada, mas é sério: há muitas semelhanças entre uma forte sensação de azia e um ataque cardíaco, a ponto de muitas pessoas confundirem uma coisa com a outra, o que pode ser fatal. Pensando nessa confusão, a Mayo Clinic, organização americana que trabalha com serviços e pesquisas médicas, produziu um guia explicando as diferenças entre as duas condições e esclarecendo quando é necessário buscar auxílio médico. Veja abaixo:

Exercícios errados podem piorar azia crônica
 “Você acabou de comer uma grande refeição e começou a sentir uma sensação de queimação no peito. Azia, certo? Provavelmente, mas há uma chance dessa dor no peito ser causada pela redução do fluxo sanguíneo para o coração (angina) ou por um ataque cardíaco real.

Quanto os sintomas de azia e ataque cardíaco se sobrepõem?
Azia, angina e ataque cardíaco podem ser muito parecidos. Até mesmo médicos experientes nem sempre sabem diferenciar sem seu histórico médico e um exame físico. É por isso que, se você for à sala de emergência por causa de dor no peito, você fará imediatamente testes para descartar um ataque cardíaco.

Qual é a melhor coisa a fazer se você tem dor no peito e não tem certeza do que está causando isso?
Se você tiver dor torácica persistente e não tiver certeza de que é azia, ligue para a emergência ou procure ajuda médica.

Ligue para o seu médico se você teve um episódio de dor no peito inexplicável que desapareceu dentro de algumas horas e você não procurou atendimento médico. Tanto azia quanto um ataque cardíaco em desenvolvimento podem causar sintomas que desaparecem depois de um tempo. A dor não precisa durar muito tempo para ser um sinal de alerta.

O que é azia?
Azia é um desconforto ou dor real causada por ácido digestivo que se move para dentro do tubo que transporta alimentos ingeridos para o estômago, o esôfago.

Por que não deve comer antes de dormir
As características típicas da azia incluem:
Ela começa como uma sensação de queimação na parte superior do abdômen e sobe para o peito

Geralmente ocorre depois de comer ou enquanto está deitado ou se curvando

Pode acordá-lo do sono, especialmente se você tiver comido dentro de duas horas antes de ir para a cama

Geralmente é aliviada por antiácidos
Pode ser acompanhada por um gosto amargo na boca – especialmente quando você está deitado

Pode ser acompanhada por uma pequena quantidade de conteúdo estomacal subindo para a parte de trás da garganta (regurgitação)

Quais sinais e sintomas são mais prováveis ​​de ocorrer com um ataque cardíaco do que com azia?
O infarto do miocárdio envolve dor torácica súbita e esmagadora e dificuldade para respirar, geralmente causada pelo esforço. Muitos ataques cardíacos não acontecem dessa forma, no entanto. Os sinais e sintomas de um ataque cardíaco variam muito de pessoa para pessoa. Azia em si pode acompanhar outros sintomas de ataque cardíaco.

Os sinais e sintomas típicos de ataque cardíaco incluem:

6 alertas de que você pode sofrer um ataque cardíaco

Pressão, sensação de aperto ou dor no peito ou braços que podem se espalhar para o pescoço, mandíbula ou costas

Náusea, indigestão, azia ou dor abdominal

Falta de ar

Suor frio

Fadiga

Tontura ou tontura súbita

O sintoma mais comum de ataque cardíaco para homens e mulheres é dor ou desconforto no peito. Mas as mulheres são mais propensas que os homens a experimentar alguns dos outros sintomas, como dor na mandíbula ou nas costas, falta de ar e náusea ou vômito. Problemas cardíacos são mais comuns entre pessoas que têm pressão alta, diabetes ou colesterol alto. Fumar e estar acima do peso são outros fatores de risco.

Outros sintomas digestivos podem causar dor no peito?

Um espasmo muscular no esôfago pode causar dor no peito semelhante à de um ataque cardíaco. A dor de um ataque da vesícula biliar também pode se espalhar para o seu peito. Com a doença da vesícula biliar, você pode notar náuseas e uma dor intensa e constante no abdômen superior médio ou superior direito – especialmente após uma refeição gordurosa. A dor pode mudar para os ombros, pescoço ou braços. Novamente, se você não tem certeza, procure atendimento médico imediatamente”.

Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, 300 mil pessoas sofrem infartos todos os anos no Brasil, e em 30% dos casos o ataque cardíaco é fatal. A boa notícia é que, de acordo com especialistas, cerca de 80% das doenças e problemas no coração poderiam ser evitados com medidas simples e hábitos mais saudáveis, como evitar bebidas alcoólicas e cigarros e praticar exercícios físicos. [Mayo Clinic]


quarta-feira, 13 de março de 2019

Sutilezas letais: os sintomas menos conhecidos do infarto


O ataque cardíaco nem sempre causa dor e aperto no peito. Conheça outros sintomas desse problema no coração para fazer o diagnóstico precoce

Dor e aperto no peito que irradiam para o braço esquerdo e pescoço são os sintomas mais comuns e conhecidos de um infarto do miocárdio, popularmente chamado de ataque do coração. Quando esses sinais se manifestam, quase todo mundo sabe que é preciso buscar socorro médico imediatamente.

No entanto, poucos conhecem a existência de outros sintomas, mais sutis, que também podem indicar a iminência ou início de um acidente cardiovascular. Falta de ar, cansaço, azia e dor na mandíbula estão entre eles.

O problema dessas manifestações, em especial quando uma ocorre isoladamente, é que as pessoas não a associam ao infarto. Costuma-se achar que um analgésico ou antiácido resolverá a situação.

Por isso, é importante a conscientização sobre a necessidade de também procurar atendimento médico nesses casos. Não vale a pena correr o risco de subestimar as reações do organismo. Afinal, metade das mortes por ataque cardíaco acontece nas primeiras horas depois dos sintomas iniciais.

Quanto mais rápido for o socorro, maiores as chances de sobrevivência e menor a probabilidade de sequelas.

Adotar uma providência com agilidade é importante para preservar vidas. Quando se trata do coração, é muito melhor pecar pelo excesso de cuidado, porque a negligência no socorro pode ser letal.


sábado, 23 de fevereiro de 2019

Levantar pesos protege contra infarto e AVC


E não adianta exagerar: Gastar mais de uma hora na sala de musculação com os mesmos exercícios não gerou nenhum benefício adicional.

Supino

Levantar pesos por menos de uma hora por semana pode reduzir o risco de ataque cardíaco ou de um derrame (AVC) entre 40 e 70%.

E não adianta exagerar: Gastar mais de uma hora na sala de musculação com os mesmos exercícios não gerou nenhum benefício adicional.

Os resultados mostram que os benefícios do treinamento de força são independentes da corrida, caminhada ou outras atividades aeróbicas, de acordo com o professor Duck-chul Lee, da Universidade do Estado de Iowa.

"As pessoas podem pensar que precisam gastar muito tempo levantando pesos, mas apenas dois conjuntos de supino que levam menos de 5 minutos podem ser eficazes," disse ele.

Lee e seus colegas analisaram dados de quase 13.000 adultos no Estudo Longitudinal do Centro de Aeróbica.

Eles mediram três desfechos de saúde: eventos cardiovasculares, como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral que não resultaram em morte, todos os eventos cardiovasculares, incluindo morte, e qualquer tipo de morte.

O exercício de treinamento de força reduziu o risco para os três desfechos.

Os resultados mostram que os benefícios são obtidos quer a pessoa realize ou não atividades aeróbicas associadas.

Em outras palavras, você não precisa cumprir as diretrizes recomendadas para atividades físicas aeróbicas para diminuir seu risco - o treinamento com pesos é suficiente, garante a equipe em seu artigo, publicado na revista Medicine and Science in Sports and Exercise.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=levantar-pesos-protege-contra-infarto-avc&id=13273&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde- Imagem: Universidade do Estado de Iowa

domingo, 16 de setembro de 2018

Novas orientações mudam diagnóstico do ataque cardíaco


De acordo com a nova Definição Universal de Infarto do Miocárdio, lesão no miocárdio não é mais sinônimo de ataque cardíaco.

Diagnóstico de infarto

O que pode ser pior do que chegar a um pronto-socorro com um ataque cardíaco? Chegar lá e os médicos tratarem você de um infarto, quando você não teve um.

"A menos que haja clareza na sala de emergência sobre o que define um ataque cardíaco, os pacientes com dor no peito podem ser erroneamente rotulados com ataque cardíaco e não receber o tratamento correto," alertou o professor Kristian Thygesen, do Hospital Universitário de Aarhus (Dinamarca).

"Muitos médicos não entenderam que níveis elevados de troponina no sangue não são suficientes para diagnosticar um ataque cardíaco, e isso tem criado problemas reais," continuou o professor Thygesen.

Devido a esses problemas, o European Heart Journal acaba de publicar uma nova orientação para os médicos - é a Quarta Definição Universal de Infarto do Miocárdio.

Definição Universal de Infarto

O documento, elaborado graças a um consenso internacional entre os cardiologistas, indica que um ataque cardíaco (infarto do miocárdio) ocorreu quando o músculo cardíaco (miocárdio) está lesionado e tem oxigênio insuficiente.

A troponina é uma proteína normalmente usada pelo músculo cardíaco para contração, mas ela é liberada no sangue quando o músculo é lesionado. Ocorre que existem inúmeras situações que podem causar lesão miocárdica e, portanto, um aumento na troponina. Essas situações incluem infecção, sepse, doença renal, cirurgia cardíaca e exercícios extenuantes.

Por isso, a lesão miocárdica por si só agora passou a ser considerada uma condição à parte, e o primeiro passo do tratamento consiste em lidar com o distúrbio subjacente, e não considerar a lesão como um infarto.

A falta de oxigênio (isquemia) no músculo cardíaco, por sua vez, é detectada por eletrocardiograma (ECG) e apresenta sintomas como dor no peito, braços ou mandíbula, falta de ar e cansaço.

Tipos de infarto

Quanto ao infarto do miocárdio, existem pelo menos dois tipos que requerem tratamento específico.

O tipo 1 é a situação que a maioria das pessoas associa a um ataque cardíaco, quando um depósito de gordura em uma artéria, chamado placa, se solta e bloqueia o fluxo sanguíneo para o coração, que o priva de oxigênio. O tratamento pode incluir medicação antiagregante plaquetária para impedir que as plaquetas se agrupem e formem um coágulo, inserção de um stent por meio de um cateter para abrir a artéria, ou cirurgia para contornar a artéria.

No tipo 2 de infarto do miocárdio, a privação de oxigênio é causada não pela ruptura de uma placa em uma artéria, mas por outros motivos, como insuficiência respiratória ou hipertensão grave. "Alguns médicos têm incorretamente chamado este infarto de tipo 1 e dado o tratamento errado, o que pode ser prejudicial. O tratamento deve ser direcionado para a condição subjacente, por exemplo, medicamentos para baixar a pressão arterial para pacientes com hipertensão," disse o professor Joseph Alpert.

"No documento de consenso, expandimos a seção sobre infarto do miocárdio tipo 2 e incluímos três indicadores para ajudar os médicos a fazer o diagnóstico correto. A incorporação do tipo 2 nos códigos CID é mais um passo rumo ao reconhecimento preciso, seguido de tratamento apropriado. Um código para lesão miocárdica será acrescentada à CID no próximo ano," disse o professor Harvey White, membro do painel que revisou as recomendações.


quinta-feira, 26 de julho de 2018

A arritmia que não para de crescer no planeta


É a fibrilação atrial, que está ligada ao envelhecimento e a fatores do estilo de vida. Em entrevista, cardiologista explica como se proteger desse problema

Em ritmo caótico: é assim que bate um coração com fibrilação atrial, o tipo mais comum de arritmia. Calcula-se que 20% da população mais velha desenvolva a condição. Não bastasse o perigo para o músculo cardíaco em si, a fibrilação atrial eleva o risco de acidente vascular cerebral, o AVC.

Dá pra entender melhor o problema traduzindo seu nome do medicinês: fibrilação atrial significa que o átrio, uma das cavidades do coração, não consegue executar o movimento típico do batimento. Em vez de se contrair, o músculo cardíaco sofre uma espécie de tremor. Daí um pouco de sangue pode estacionar e coagular ali, gerando um trombo que ganha a circulação e vai parar lá no cérebro — é o estopim para um AVC.

O problema está ligado ao avançar da idade e a outros maus hábitos, como tabagismo, sedentarismo e dieta desequilibrada. Aproveitamos o Simpósio Internacional de Cardiologia da Rede D’Or São Luiz, que acontecerá no início de agosto no Rio de Janeiro, para entender melhor o que está por trás da doença e o que podemos fazer para preveni-la ou controlá-la. Para isso, conversamos com a médica Olga Ferreira de Souza, coordenadora do Serviço de Cardiologia e Arritmia da Rede D’Or São Luiz.

SAÚDE: A senhora pode explicar por que há um crescimento no número de casos de fibrilação atrial?
Olga Ferreira de Souza: O envelhecimento é a principal causa dessa arritmia. O que temos observado nos últimos anos é que, devido a programas de prevenção e aos avanços tecnológicos no diagnóstico e no tratamento das doenças cardiovasculares, as pessoas estão vivendo mais. Estima-se que no ano de 2050 o Brasil terá uma população de idosos superior à população de jovens. Além do envelhecimento, fatores como hipertensão e diabetes, além da presença de cardiopatias [problemas no coração], contribuem para a ocorrência da fibrilação atrial.

Quais os fatores do estilo de vida mais associados a esse problema?
São vários os fatores relacionados ao estilo de vida que aumentam o risco de fibrilação atrial: vida sedentária, alimentação rica em gorduras e carboidratos, obesidade, tabagismo, estresse, excesso no consumo de bebidas alcoólicas, uso de energéticos e estimulantes… Pessoas que roncam muito durante o sono podem ter apneia, condição que também favorece o desenvolvimento da fibrilação atrial.

Pode explicar o elo entre pressão alta e fibrilação atrial?
A hipertensão ocasiona uma alteração no músculo cardíaco e na parede dos vasos sanguíneos, levando a uma dilatação do coração e a uma dificuldade no esvaziamento do sangue ali. Isso gera alterações eletrofisiológicas nas células do coração, criando microcircuitos elétricos que iniciam o processo da fibrilação atrial.

Existem sintomas que deduram essa arritmia? O que deveríamos incluir no checkup para flagrá-la?
A fibrilação atrial pode ser silenciosa em 30 a 40% dos casos. Quando ocasiona sintomas, temos relatos de palpitação (batimentos cardíacos irregulares), taquicardia (coração batendo acelerado), falta de ar e cansaço. O checkup cardiológico já costuma contemplar a realização de um eletrocardiograma [que avalia o ritmo cardíaco] e de um ecocardiograma [que verifica a anatomia e a função do coração].
Porém, nos pacientes que apresentam maior risco para fibrilação atrial — pessoas com hipertensão, diabetes, cardiopatias, obesidade ou apneia do sono… —, também vale a investigação do problema com o Holter de 24 horas, um gravador que registra os batimentos cardíacos durante um dia, ou com o monitor de eventos (looper), outro tipo de gravador que pode permanecer por 15 a 30 dias. Nesse tipo de exame, um dispositivo fica conectado a uma central 24 horas, que analisa os batimentos cardíacos e pode ser acionada nos momentos em que o paciente apresenta algum sintoma.

Por que a comunidade médica está cada vez mais preocupada com a fibrilação atrial?
A maior atenção dos médicos se deve à associação dessa arritmia com um alto risco de problemas tromboembólicos, em especial o acidente vascular cerebral. Em alguns casos de fibrilação atrial sem sintomas, a primeira manifestação pode ser um AVC. Sabemos que cerca de 20% de todos os AVCs são decorrentes de fibrilação atrial e que, quando eles ocorrem, acarretam sequelas importantes.

A prevenção dessas situações é a parte mais importante no tratamento da fibrilação atrial. Esse controle deve ser realizado e orientado pelo médico por meio de uma avaliação com escores de risco e, a partir dos resultados, com o uso de anticoagulantes orais.

Falando em tratamento, quais os principais avanços no combate a essa arritmia?
Os novos anticoagulantes orais — que, na verdade, não são mais novos, pois já estão disponíveis desde 2012 — são medicações extremamente eficazes na prevenção dos coágulos formados com a fibrilação atrial e que podem levar ao AVC. Além de eficazes, apresentam um excelente perfil de segurança, traduzido por um menor risco de sangramentos para o paciente. São remédios de ação rápida, em torno de duas a quatro horas, e não necessitam de exames de sangue periódicos para acompanhamento, como é necessário quando se utiliza a varfarina, que era a única medicação existente até 2012.
Portanto, a eficácia, a segurança, a comodidade e a pouca interação com outros fármacos colocam esses novos anticoagulantes como a medicação de escolha para evitar eventos tromboembólicos em pacientes com fibrilação atrial. Até o momento, temos três medicamentos da classe e, em agosto, chegará um quarto com essa indicação.
Os anticoagulantes previnem o AVC, mas a arritmia pode causar sintomas e também está associada ao aumento da mortalidade. Para controlá-la, podemos recorrer a medicações antiarrítmicas, que revertem o quadro e podem prevenir, em 50% dos casos, a ocorrência de novos surtos por um período. Além disso, temos a ablação por cateter utilizando radiofrequência ou a crioablação [procedimentos que neutralizam a área do coração com problema], que representam o tratamento mais eficaz no controle da fibrilação atrial e são recomendadas para pacientes com sintomas ou portadores de cardiopatias.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/a-arritmia-que-nao-para-de-crescer-no-planeta/ - Por Diogo Sponchiato - Ilustração: Marcus Penna/SAÚDE é Vital

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Suplementação de ômega-3 traz pouco ou nenhum benefício para o coração


Segundo revisão de estudos, essa gordura, quando ingerida em cápsulas, não diminui risco de infarto e demais problemas cardíacos

O ômega-3, um tipo de gordura encontrado em peixes e oleaginosas, ficou famoso por seus préstimos à saúde. Porém, uma revisão de estudos do Instituto Cochrane, uma organização global e independente que avalia pesquisas médicas, indica que a suplementação desse nutriente para a população em geral não evitaria doenças cardiovasculares, como o infarto.

Foram revisados 79 experimentos que, no total, somaram mais de 112 mil voluntários. O objetivo inicial dos testes era descobrir quais os efeitos no peito da alta ingestão de ômega-3, comparando com um consumo normal ou baixo. Mas detalhe: a maioria dos trabalhos analisados envolvia o uso de comprimidos ou alimentos fortificados com a substância.

A conclusão é a de que os suplementos não diminuem o risco de sofrer problemas cardíacos ou de morrer por essas enfermidades. Tim Chico, médico da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, foi convidado pelo Instituto Cochrane para dar sua opinião sobre o artigo. E comentou no site da entidade: “Embora uma alimentação balanceada tenha um papel importante na prevenção de doenças cardíacas, é improvável que isso esteja relacionado a um componente específico das refeições”.

Ele vai além: “Quando tentamos identificar o elemento benéfico da dieta e fornecê-lo como um suplemento, ele geralmente oferece pouco ou nenhum benefício. Esse foi o caso com os comprimidos de vitaminas, por exemplo”. Ou seja: em vez de investir nas pílulas, melhor apostar em um cardápio saudável.

Só cabe ressaltar que o levantamento em questão não se concentrou em indivíduos que, hoje, têm indicação médica para tomar cápsulas de ômega-3. Esse é o caso de gente com excesso de triglicérides na circulação, por exemplo. Portanto, essa revisão não permite dizer se, em pacientes com certas condições, a suplementação seria ineficaz. Nunca deixe de seguir recomendações no consultório sem uma boa conversa com o profissional de saúde.


sexta-feira, 13 de julho de 2018

Suplementos multivitamínicos não evitam infarto e AVC


Ao menos para a população geral, ficar tomando pílulas de vitaminas e minerais não evita problemas cardiovasculares, segundo estudo gigantesco

“Tem sido bastante difícil convencer as pessoas, incluindo pesquisadores de nutrição, a aceitar que suplementos multivitamínicos e de minerais não previnem doenças cardiovasculares, como AVC e infarto”, sentencia o cardiologista Joonseok Kim, da Universidade do Alabama em Birmingham, nos Estados Unidos. “Esperamos que nosso estudo reduza o entusiasmo sobre esses produtos”, completa o cientista, em comunicado.

Mas, afinal, que experimento é esse? Trata-se, na verdade, de uma revisão de 18 estudos, que somam mais de 12 milhões de voluntários. Enquanto uma parte dessa gente consumia os multivitamínicos com frequência, a outra dispensava as pílulas – em média, eles foram acompanhados por 12 anos.

Resultado: não houve qualquer diferença significativa na mortalidade por doenças cardiovasculares entre as duas turmas. A ingestão desse tipo de suplemento também não evitou infartos ou derrames.

“Embora os multivitamínicos, quando tomados em moderação, dificilmente causem danos, suplicamos para que as pessoas protejam o próprio coração entendendo seus riscos individuais e conversando com um profissional sobre medidas comprovadamente eficazes. Elas incluem alimentação saudável, exercício físico, cessação do tabagismo […] e, se necessário, tratamento”, defende Kim. Além disso, os multivitamínicos não costumam ser baratos.

O que esse levantamento conclui, em resumo, é que a população em geral deveria parar de recorrer a supostas pílulas mágicas (e isso não inclui apenas suplementos) ao invés de apostar em táticas já consagradas. Só que aqui cabe uma ponderação.

A revisão foi feita com a população em geral. Ou seja, é possível que indivíduos com carência comprovada de algum nutriente se beneficiem de um aporte extra dele – e isso não seria identificado em trabalho científico desse tipo. No entanto, os especialistas sempre defendem que abastecer o corpo de substâncias benéficas por meio da alimentação. E nunca comprar suplementos por conta própria.

Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/suplementos-multivitaminicos-nao-evitam-infarto-e-avc/ - Por Da Redação - Ilustração: Pedro Hamdan/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Frio aumenta o risco de problemas cardíacos


Quando as temperaturas despencam, a probabilidade de internação por insuficiência cardíaca e infarto sobe 30%

Entre junho e agosto, meses marcados por temperaturas mais frias, as internações nos hospitais públicos da cidade de São Paulo por insuficiência cardíaca e infarto chegam a ser 30% maiores do que no verão. É o que mostra estudo inédito realizado por médicos da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.

A pesquisa, liderada pelo cardiologista Eduardo Pesaro considerou todas as internações por insuficiência cardíaca (76 474 casos) e infarto agudo do miocárdio (54 561 casos) registradas em 61 hospitais públicos da capital paulista entre janeiro de 2008 e abril de 2015.

Os dados fazem parte do Cadastro Nacional de Saúde, do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram consideradas também as temperaturas mínima, máxima e média em cada período ao longo desses sete anos, registradas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). “Provavelmente isso se dá por fenômenos múltiplos, como o frio e a qualidade de ar como principais aspectos de risco. As pessoas que estão em maior risco e que já são doentes, com pressão alta, diabetes, devem ter uma atenção especial nesse período e maior controle como tomar corretamente o remédio e medir a pressão”, aconselhou o cardiologista.

A pesquisa mostrou ainda que o número médio de internações por insuficiência cardíaca no inverno foi maior em pacientes com mais de 40 anos. Já as hospitalizações por infarto foram registradas em maior número em pacientes com idade superior a 50 anos. De acordo com o cardiologista, as causas do aumento do risco cardiovascular no inverno não estão diretamente ligadas à queda do ponteiro do termômetro, mas às condições ambientais e socioeconômicas de São Paulo.

“Inverno não significa só frio, mesmo porque em São Paulo ele é ameno, com temperatura média de 18 graus e variação de apenas 5 graus. Ele também significa poluição aumentada, crescimento de epidemias provocadas pelo vírus da gripe, o Influenza, além do tempo seco”, diz Pesaro.

Poluição
Com uma população de quase 12 milhões de habitantes e uma frota de 8,64 milhões de veículos (incluindo caminhões e ônibus), São Paulo fica mais poluída no inverno. A baixa umidade, chuva reduzida e as frequentes inversões térmicas (quando o ar frio é bloqueado por uma camada de ar quente e fica preso perto da superfície) são condições que impedem a dispersão de poluentes como monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e material particulável inalável.

 “Temperatura baixa, pouca umidade e alta poluição contribuem para uma maior incidência de doenças respiratórias e gripe, com o consequente aumento do risco cardiovascular”, explica Pesaro.

Uma das hipóteses levantada no estudo é de que o aumento da probabilidade de infarto e de insuficiência cardíaca no inverno está relacionado às condições socioeconômicas da população. De acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na região metropolitana de São Paulo, 596 479 casas são consideradas subnormais, como assentamentos irregulares, favelas, invasões, palafitas, comunidades com deficiência na oferta de serviços públicos básicos, como rede de esgoto e tratamento de água, coleta de lixo e energia elétrica. A capital paulista concentra dois terços desse total ou 397 652 lares.

“Em São Paulo, uma população mais desamparada, com casas improvisadas ou sem aquecimento, mais exposta à poluição e ao frio pode apresentar mais risco de ter doenças cardíacas no inverno que uma pessoa que mora em um país de clima temperado, mas está mais protegida por ter calefação na residência e roupas melhores”, diz Pesaro.

Para se proteger, ele recomenda que as pessoas que têm condições, aqueçam bem a casa. “Um aquecedor portátil ajuda em semanas mais extremas de frio. Outra coisa é tratar do vazamento de ar frio por janelas, portas e telhado. E também se agasalhar melhor, pois tudo isso contribui com a proteção, a ideia é não expor ao frio as pessoas que têm maior risco, como idosos e doentes cardiovasculares”.

Ele ainda ressalta a importância da vacinação. “As epidemias virais e as gripes aumentam o risco cardíaco. Vacinar-se especialmente nas vésperas do outono e inverno é importante também”.

O que acontece com o coração
O frio faz os vasos sanguíneos se contraírem e eleva a liberação de adrenalina, o que culmina na subida da pressão arterial. Além disso, o aumento da poluição contribui para doenças respiratórias que sobrecarregam o coração. Já o Influenza (vírus da gripe) é capaz de causar inchaço ou inflamação das coronárias, com a possibilidade de liberar as placas de colesterol nela depositadas. As placas, por sua vez, podem causar bloqueios e interromper o fluxo sanguíneo.

Para Pesaro, o governo precisa investir em políticas públicas que melhorem a qualidade de vida da população. “As pessoas e os governos têm que cuidar melhor daqueles indivíduos em maior risco durante o inverno. Quem tem risco deve regularizar o controle das suas próprias doenças, como por exemplo, pressão alta, que sabemos que aumenta no inverno, lembrar de tomar os remédios, fazer a medida da pressão com periodicidade e tentar não passar frio mesmo dentro de casa”, aconselha.

Esse texto foi publicado originalmente no site da Agência Brasil.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/frio-aumenta-o-risco-de-problemas-cardiacos/ - Por Ludmilla Souza - Ilustração: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital

terça-feira, 29 de maio de 2018

Comer um ovo por dia diminui o risco de doença cardíaca


Ovos têm um histórico complicado na mídia. Quem não se lembra de ler e ouvir que comer ovos demais aumenta o colesterol ruim? Esta informação era veiculada por causa da descoberta que os ovos têm alto índice desse tipo de colesterol, mas pesquisas mais recentes apontaram que na verdade eles ajudam a melhorar o colesterol bom (LDH), que é um componente importante das nossas células.

Agora um estudo recém publicado na revista Heart comprova os resultados positivos dos ovos na nossa saúde cardíaca. Um grupo de pesquisadores da China e do Reino Unido quis ver na prática a ligação entre consumo frequente de ovos e desenvolvimento de doenças cardíacas e circulares.

Cientistas “descozinham” um ovo
Para isso, eles usaram dados de um estudo anterior, que incluiu quase meio milhão de adultos com idades entre 30 a 79 anos de 10 regiões diferentes da China.

Cerca de 416 mil participantes com boa saúde e livres de problemas como câncer, doença cardíaca e diabetes foram escolhidos. Eles foram questionados sobre a frequência em que consumiam ovos, e foram acompanhados por quase 9 anos.

Cerca de 13% dos participantes informaram que consumiam ovos todos os dias, enquanto 9% disseram que nunca ou apenas raramente comiam ovos.

Ao final do período de acompanhamento, 83.977 deles desenvolveram doenças cardíacas, sendo que 9.985 morreram. Aconteceram 5.103 grandes eventos coronários como derrames e ataques cardíacos.

Os resultados mostram que pessoas que comiam ovos diariamente tinham menos risco de ter doenças cardíacas em geral.

Quem comia até um ovo por dia teve 26% menos chance de ter derrame, 18% menos chance de morrer de doenças cardiovasculares, além de 12% menos chance de ter doenças cardíacas isquêmicas quando comparado com pessoas que comiam ovos raramente.

Uma dúzia de fatos extraordinários sobre ovos
Ovos são alimentos ricos em proteína, vitamina e fosfolipídios. Um ovo contém 35% da quantidade diária de colina, um nutriente importante para a função cognitiva e que pode proteger contra o mal de Alzheimer. [Science Alert]


segunda-feira, 28 de maio de 2018

Redobre a atenção aos sintomas de infarto nos dias frios


Ficar alerta aos diversos sintomas do infarto é importante porque o ataque cardíaco é uma condição sistêmica, indo muito além do coração.

Infartos mais frequentes no inverno

Seja extremamente vigilante sobre os sintomas de um ataque cardíaco durante os dias mais frios.

Já havia indícios epidemiológicos de que grandes variações de temperatura aumentam a incidências de ataques cardíacos.

Agora, um estudo de grandes proporções feito em Taiwan concluiu que os ataques cardíacos são mais propensos a acontecer quando as temperaturas caem. O alerta é importante porque grande parte da população associa o risco de ataques cardíacos ao calor.

"Nós constatamos que o número de ataques cardíacos (infarto agudo do miocárdio) flutua com as estações do ano, com mais ataques ocorrendo no inverno em comparação com o verão. Os ataques cardíacos aumentaram drasticamente quando a temperatura caiu abaixo de 15 graus Celsius.

"Quando a temperatura cai, as pessoas com alto risco de ataque cardíaco devem ser alertadas para sintomas como dor no peito e falta de ar.

"Os grupos de risco incluem pessoas que tiveram um ataque cardíaco anterior, idosos ou aqueles com fatores de risco, como diabetes, pressão alta, tabagismo, obesidade e estilos de vida sedentários. Ataques cardíacos podem causar a morte repentina, então é essencial procurar urgentemente assistência médica quando ocorrerem os sintomas," resumiu o professor Po-Jui Wu, do Hospital Memorial Kaohsiung Chang Gung, coordenador do estudo.

Aumentos de infarto por grau de temperatura

Quando a temperatura mais baixa do dia ficou entre 15 e 20º C, a incidência relativa de infarto agudo do miocárdio aumentou 0,45% para cada 1º de queda na temperatura.

Quando a temperatura mais baixa do dia estava abaixo de 15º C, cada 1º C de queda na temperatura foi associado a um aumento de 1,6% na incidência relativa de infarto agudo do miocárdio.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=redobre-atencao-sintomas-infarto-inverno&id=12802&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Medical University of Vienna