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quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Quais são os benefícios do Beach Tennis?


Criado há mais de 30 anos na Itália, o Beach Tennis tem ganho adeptos e apaixonados pelo mundo todo. O esporte, que antes era recreativo, evoluiu e se tornou competitivo. Mas você conhece quais são os benefícios do beach tennis?

 

O esporte que ganhou espaço nas praias e clubes do Brasil, se tornou o queridinho do público pela sua facilidade de iniciação, e também por ser um esporte ao ar livre, que proporciona o contato com a areia, que comprovadamente já faz bem para o ser humano. E, claro, por também trazer consigo conceitos bem similares de outro esporte amado: o tênis.

 

Essa aliança do esporte com a natureza se faz ainda mais necessária no momento em que estamos vivendo, com isolamento social durante a pandemia, onde as pessoas querem estar mais próximas umas das outras, mas não conseguem fisicamente.

 

O Beach Tennis trabalha fatores fundamentais para o corpo e a mente. A prática deste esporte exige interatividade com os parceiros da partida na hora do jogo, assim como estimulando pontos essenciais de cooperação estratégica e de comunicação.

 

A vantagem por ser praticado na areia

Antes de entrarmos a fundo nos benefícios do beach tennis, vamos abordar sobre como a prática de esportes na areia proporciona melhoria na nossa saúde. Além da melhora e mudança do corpo físico externo, a parte interna melhora muito, como o humor e também a autoestima.

De acordo com a Universidade de Exeter, no Reino Unido, praticar exercícios em locais rodeados pela natureza consegue trazer boas sensações para o ser humano.

Assim, esportes praticados na areia conseguem proporcionar resultados mais rápidos, pois exigem muito mais esforço do corpo humano. O ambiente é favorável e serve como uma terapia para quem precisa mudar de vida.

Esse é um fator fundamental para quem não consegue ou não gosta de praticar exercícios em espaços fechados, como as academias.  Pessoas que treinam ao ar livre tendem a ter uma melhor performance e a treinar mais vezes do que aquelas que optam por fazer exercícios em locais fechados.

 

Os benefícios do beach tennis: entendendo diversos fatores

Como já demonstramos ao longo do texto, por ser um esporte que une a areia e o tênis, o beach tennis consegue trazer o melhor dos dois mundos. Se você ainda está em dúvida sobre todos os benefícios do beach tennis, confira nossa lista, que vai ajudar você a entender sobre todas vantagens deste esporte.

 

Beach Tennis e a socialização

Já falamos um pouco sobre este item no começo do texto, mas vamos aprofundar sobre o tema. Os adeptos do beach tennis costumam dizer que eles fazem parte de uma grande família, que ajuda a construir o esporte com o passar dos anos. E isso é a mais pura verdade. A grande maioria dos praticantes possuem conexões, constroem amizades dentro e fora dos jogos e das quadras.

Quem inicia a prática desse esporte acaba sendo incluído nesse grupo que cresce todos os dias. Como a prática deste esporte é forte e algo em comum na vida dessas pessoas. É um esporte que proporciona renovação e bem-estar ao ser humano.

Isso se explica muito pela prática do esporte em si, que proporciona uma melhora corporal, aumenta a motivação de continuar os exercícios e engaja as pessoas em temas saudáveis, como saúde e alimentação também.

Ao praticarmos o beach tennis, liberamos hormônios de prazer e felicidade, e é por isso que acabamos ficando mais animados e cheios de vitalidade logo após as práticas ou algum tempo depois.

 

Facilidade de prática

Por ser um esporte praticado na areia, o beach tennis pode ser jogado na praia assim como em clubes e academias pelo Brasil todo. É uma prática que oferece uma variedade de movimentos, o que elimina a sensação de tédio e monotonia de outros exercícios.

 

Alto gasto de energia e de calorias

Praticar um esporte na areia já faz com que você queime mais calorias. Com o beach tennis, isso é potencializado. O gasto energético e de calorias que esse esporte pode proporcionar para o corpo é algo acima da média.

Muitas pessoas buscam perder peso em outros esportes monótonos, como na musculação por exemplo, e acabam desistindo porque os resultados acabam não sendo os esperados. No beach tennis, por ter muita movimentação, a rapidez de resultados é maior, pois faz com que nosso organismo se movimente, nosso metabolismo acelere e que a queima de gordura seja feita.

Esse acaba sendo um dos principais fatores que trazem as pessoas para a prática do beach tennis. Principalmente pelo fato que ele trabalha todo o tônus corporal, os membros inferiores, o membros superiores, melhora o condicionamento físico e traz o aeróbico.

Os exercícios simultâneos proporcionados por esse esporte trabalham todo o corpo de modo que nenhum músculo ou ponto específico do organismo fique de fora. Ele transforma o corpo em pouco tempo e o modela.

 

Melhora do desempenho motor e físico das pessoas

Um dos principais benefícios do beach tennis é que ele necessita que você tenha um desenvolvimento físico para correr e reflexos rápidos para a tomada de decisões no jogo. E isso você vai conseguindo obter com o passar do tempo, caso ainda não tenha isso consigo.

A percepção corporal do praticante deste esporte aumenta, justamente pelo fato da necessidade de rebater a bolinha que o esporte traz. Isso pode ser visto em outros movimentos, como:

 

Firmeza nos golpes

Agilidade

Corrida rápida na quadra

Corridas e arrancadas melhores

Maior facilidade de movimentação em quadras

As vantagens do Beach Tennis não são somente corporais, mas também mentais. É necessário ter todo o seu sistema interligado e funcionando em conjunto, com a mente e o corpo.

 

Conclusão

Especialistas afirmam que o beach tennis é um esporte mais inclusivo e que é feito para todas as idades pois, além de trabalhar perna, abdômen e coxa, tem suas bolinhas e raquetes bem leves, podendo ser praticado tanto na praia como em diversos espaços esportivos pelo interior do Brasil.

 

Fonte: https://vtennisteam.com.br/arquivos/2001

Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos.

Provérbios 16:3


sábado, 11 de setembro de 2021

Exercício físico e seus efeitos na saúde e no sono


Otimizar a prática de exercícios pode melhorar a qualidade do sono, e dormir uma quantidade adequada pode promover a atividade física durante o dia

 

Atividade física: mecanismos sobre a saúde e o sono ainda precisam ser elucidados, mas a maioria dos estudos considera que o efeito geral é positivo. Crédito: Pxfuel

 

Salvo engano, até os sedentários não negam os benefícios da prática de exercícios físicos para a promoção da saúde. Já os especialistas em sono acrescentam ao rol de efeitos positivos dos exercícios a melhoria da qualidade do sono. No entanto, alertam para que a prática seja evitada próximo da hora de ir dormir, o que dificultaria o adormecer. Por outro lado, os mecanismos que explicam essa relação entre exercícios e sono ainda não estão totalmente esclarecidos.

 

Em 2017, um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia fez uma revisão sistemática a partir de um levantamento bibliográfico dos quatro anos anteriores exatamente sobre a relação exercício-sono. Medidas objetivas ou subjetivas do sono e uma intervenção de exercícios de acordo com as diretrizes recomendadas pelo American College of Sports Medicine foram os critérios que incluíram 34 estudos na revisão. Dentre esses, 29 estudos concluíram que os exercícios melhoraram a qualidade ou a duração do sono. No entanto, quatro não encontraram nenhuma diferença e um relatou um impacto negativo do exercício no sono. Fatores como idade, estado de saúde e tipo ou intensidade do exercício podem explicar a variação observada entre os resultados dos estudos revisados.

 

A prática de exercícios foi especialmente positiva entre pessoas mais velhas de modo a promover um aumento da eficiência e da duração do sono, independentemente do modo e da intensidade da atividade, principalmente em populações portadoras de doenças.

 

Efeitos positivos substanciais

Os autores concluem que o sono e o exercício exercem efeitos positivos substanciais um sobre o outro, porém ressaltam que os mecanismos por trás dessas observações devem ser elucidados.

 

O aumento da temperatura corporal durante a prática de exercícios é, sem dúvida, um fator que, reconhecidamente, altera a latência do sono, dificultando o adormecer, quando os exercícios são realizados imediatamente antes do início do sono. Exercícios aeróbicos também liberam endorfinas, aumentando o estado de alerta, o que reforça a recomendação de se evitar exercícios físicos antes do sono. Por outro lado, exercícios físicos praticados ao longo do dia promovem o alerta e reduzem a sonolência, de forma a reduzir a latência de sono à noite. A prática de exercício moderado regularmente, durante os momentos de lazer, contribui para a redução do peso corporal e de dores musculoesqueléticas, além de melhorar a capacidade respiratória. Em conjunto, esses fatores reduzem a chance de desenvolvimento de doenças, inclusive distúrbios de sono.

 

Assim, ainda que não se tenham elucidado todos os mecanismos envolvidos na melhoria da qualidade de sono decorrente da prática de exercícios, já existe uma base consistente de evidências para recomendar a prática de exercícios como uma medida de promoção do sono de boa qualidade. Há, por exemplo, evidências suficientes para a National Sleep Foundation americana reconhecer que o sono e os exercícios têm uma relação bidirecional. Em outras palavras, otimizar a prática de exercícios pode potencialmente melhorar a qualidade de sono e dormir uma quantidade adequada pode promover a atividade física durante o dia.

 

O melhor horário

Resta ainda saber qual é o melhor horário para a prática da atividade física. O sistema de temporização biológico regula os processos do corpo com um ritmo de aproximadamente 24 horas. Esse sistema influencia muitos aspectos do desempenho, variando de efeitos fisiológicos a fatores motivacionais, perceptivos e cognitivos.

 

Do ponto de vista biológico, faz sentido supor que o desempenho da atividade física no final da tarde é melhor que quando realizada de manhã. Em um estudo sobre a hora do dia de atividade física (manhã versus noite) e efeitos do consumo de uma dieta rica em gordura no controle glicêmico, pesquisadores australianos acompanharam homens com sobrepeso/obesidade que consumiram uma dieta com 65% da energia da gordura por 11 dias consecutivos. Após cinco dias de dieta, os participantes foram aleatoriamente alocados para exercícios pela manhã (6h30), exercícios no final da tarde (18h30) ou nenhum exercício nos cinco dias subsequentes. Vinte e quatro participantes completaram o estudo e foram incluídos nas análises (oito por grupo).

 

A prática de atividade física teve um impacto menor do que a dieta rica em gordura nas mudanças nos metabólitos circulantes, e apenas o exercício realizado no final da tarde foi capaz de reverter parcialmente algumas das mudanças induzidas pela dieta rica em gordura nos perfis metabolômicos. As melhorias na aptidão cardiorrespiratória foram semelhantes, independentemente da hora do dia da atividade física. No entanto, melhorias no controle glicêmico e reversão parcial das mudanças induzidas por uma dieta rica em gordura nos perfis metabólicos foram observadas apenas quando os participantes se exercitaram no final da tarde.

 

Características biológicas

Em outro estudo, pesquisadores da Universidade de Groningen, na Holanda, investigaram o efeito da hora do dia na avaliação do desempenho físico de atletas olímpicos. Os pesquisadores observaram que o pior desempenho foi no início da manhã, por volta das 5 horas, enquanto o melhor foi observado no final da tarde, por volta das 17 horas.

 

Assim, embora o senso comum sugira que a melhor hora do dia para a prática de atividade física seja de manhã cedo, estudos sugerem que tal afirmativa não é válida de modo genérico. Em primeiro lugar, deve-se levar em conta características biológicas da pessoa, o que leva à variação do desempenho ao longo do dia. Um vespertino extremo deve expressar seu melhor desempenho no início da noite, enquanto um matutino extremo, bem mais cedo. Outra consideração diz respeito ao desempenho esperado do treinamento físico. É óbvio que atletas preferem horários em que seu desempenho é melhor, mas se o objetivo do treino for a promoção da saúde, é provável que o desempenho não seja tão importante.

 

Exercícios leves e moderados podem ser praticados pela manhã quando não há a preocupação com o desempenho e desde que sejam realizados apenas por pessoas que se sentem bem se exercitando nesse horário. Já o controle glicêmico parece ser mais eficiente quando o treino é realizado no final da tarde. Por fim, a preocupação com o aumento do tempo para adormecer devido à prática de atividade física próxima do horário de início do sono não impede que esta seja realizada no final da tarde, desde que seja realizada algumas horas antes do início do sono.


Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/exercicio-fisico-e-seus-efeitos-na-saude-e-no-sono/ - Claudia R. C. Moreno é professora da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. - Texto: Claudia R. C. Moreno | Jornal da USP                    

sábado, 5 de junho de 2021

Aquecimento e roupas adequadas: o que você deve cuidar ao praticar exercícios físicos no frio


Também é importante ter mais atenção à respiração, que deve ser feita totalmente pelo nariz

 

O frio é sempre um bom convite para ficar imóvel debaixo das cobertas e deixar a preguiça tomar conta, mas não dá para abandonar os exercícios físicos no inverno. É preciso, porém, tomar alguns cuidados especiais por conta das temperaturas mais baixas, para não comprometer a saúde, já que o ideal para a prática de atividades físicas é em torno de 20°C. Confira a seguir algumas dicas para manter a frequência de exercícios com segurança:

 

Faça aquecimentos antes de começar

Com a temperatura mais baixa, os músculos ficam mais rígidos e contraídos, então o ideal é iniciar a prática com movimentos leves para aquecer a musculatura. Você pode fazer caminhada, trote ou os próprios exercícios do treino, mas sem peso, por cerca de 15 a 20 minutos antes de começar o treino.

 

Use roupas adequadas ao frio que permitam dissipar o suor

Durante a prática de exercício, parte do sangue se concentra na musculatura ativa, por isso, os pontos distantes sofrem com a constrição dos vasos sanguíneos. O uso de luvas, meias e toucas, por exemplo, ajuda a equilibrar bem a temperatura corporal. Com o passar do tempo de prática, a gente vai produzindo mais calor e começa a suar, ainda mais porque estamos com bastante roupas por conta do frio. É importante que as peças permitam que esse suor evapore, para que a temperatura corporal se mantenha estável.

 

Tenha consciência das suas limitações

As baixas temperaturas passam a sensação de que podemos pegar mais pesado do que realmente conseguimos, o corpo parece responder melhor à sobrecarga imposta. Essa ideia de percepção de esforço menor é falsa. Não se empolgue.

 

Respire pelo nariz

É importante que, durante a prática, tenhamos maior atenção na respiração: ela deve ser feita totalmente pelo nariz. Dessa forma, garantimos o aquecimento do ar gelado antes que  chegue aos pulmões. Na cabeça, nós temos áreas vazadas (ocas) entre os ossos - os seios da face - e o ar transita por ali garantindo o aumento da temperatura, antes de descer para os pulmões. Além disso, nas narinas existem pelos que filtram o ar, servindo de primeira barreira contra a infecção de vírus e bactérias, tão comuns nessa época.

 

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/fitness/noticia/2021/05/aquecimento-e-roupas-adequadas-o-que-voce-deve-cuidar-ao-praticar-exercicios-fisicos-no-frio-ckpd20l9u0001018mpungseav.html - Raquel Lupion - Maridav / stock.adobe.com

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Praticar esportes melhora a aparência da pele?


“O estilo de vida e os bons hábitos influenciam muito a qualidade da nossa pele”, conta a cirurgiã plástica @drabeatrizlassance. E praticar atividade física regularmente é uma das coisas que podem melhorar a aparência da cútis, sabia?

 

“Durante os exercícios, são liberados hormônios e substâncias que estão diretamente envolvidos na manutenção da saúde da pele”, explica a dermatologista

 

@drapaoladermatologista. “A melhora da circulação sanguínea proveniente dos esportes é capaz de diminuir o nível de cortisol. O que aumenta a elasticidade,  controla a acne e a oleosidade e reforça a barreira de proteção da pele”, acrescenta a cirurgiã vascular @alinelamaita.vascular. Veja quais outros benefícios as especialistas elencam:

 

1 – Efeito detox, antioxidante e mais viço para a pele

“O acúmulo de radicais livres nos tecidos é um dos fatores que levam ao envelhecimento. A atividade física consome energia e consegue, com isso, neutralizar esses radicais, melhorando o que chamamos de estresse oxidativo”, afirma Beatriz Lassance. “Durante o movimento, a nossa circulação tem seu fluxo aumentado. Consequentemente, há o aumento do aporte de nutrientes e oxigênio para todos os tecidos, inclusive a pele — deixando-a mais hidratada e viçosa”, explica Aline Lamaita;

 

“O sistema linfático passa a trabalhar em maior velocidade, desintoxicando o organismo e diminuindo a retenção de líquidos. Como resultado, a pele ganha um aspecto mais saudável”, diz Paola Pomerantzeff;

 

3 – Ação anti-idade

A produção das fibras de colágeno e elastina ficam a todo vapor. Elas são responsáveis por conferir sustentação ao tecido cutâneo. “Logo, há um risco menor de a pele tornar-se flácida ou apresentar rugas e linhas de expressão precocemente”, diz Paola.

 

4 – Redução do estresse e melhora da acne

 “A atividade física diminui o nível de cortisol (o hormônio do estresse) ao longo do dia e, por isso, melhora também a qualidade do sono. Altos níveis de cortisol podem contribuir para diversos problemas de pele, como envelhecimento e acne”, conta a ginecologista Eloisa Pinho.

 

Fonte: https://emagrecimento.wiy.com.br/praticar-esportes-melhora-a-aparencia-da-pele/ - thinkstockphotos

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Prática de exercícios é grande aliada da boa saúde


Seja para prevenir doenças ou colaborar com a reabilitação de pacientes de diferentes diagnósticos, uma boa pedida é manter o corpo em movimento, praticando exercícios. E os profissionais de Educação Física estão entre os mais indicados para garantir resultados eficazes com total segurança. Quando o assunto é promoção da saúde, esses profissionais são parceiros indispensáveis dos médicos.

 

“A Educação Física afasta as pessoas do sedentarismo e traz uma série de benefícios de efeitos biológicos, psicológicos e sociais. Ela vai promover melhoras na aptidão cardiorrespiratória, na aptidão da musculatura esquelética, vai proporcionar mais bem-estar e colaborar com a socialização, no caso de práticas em grupo”, explica Diogo Andrade, educador físico e diretor-técnico da Triação Assessoria Esportiva.

 

O profissional destaca que o principal papel do educador físico é estimular e conscientizar a população acerca da importância de praticar exercícios de forma regular e segura. “Quebrar esses paradigmas do corpo perfeito; levar, de fato, a consciência de que o indivíduo tem que fazer exercício, mas também precisa descansar e se alimentar bem. Tudo isso tem que fazer parte das atividades diárias”, orienta.

 

Problemas de saúde como diabetes, hipertensão, obesidade e até mesmo o câncer são impactados com a prática regular de atividades físicas. “Além de você conseguir atenuar as chances de desenvolver essas doenças, para aquelas pessoas que já têm um quadro instalado, lado a lado com a parte farmacológica, o exercício contribui com o tratamento”, assegura Diogo.

 

Mais que isso. A atividade física é uma importante aliada da Medicina na recuperação cardiovascular e motora. “Quando o paciente é submetido a uma cirurgia cardíaca, ele tem uma perda muito grande da capacidade funcional e isso precisa ser revertido. Normalmente, é indicado que ele faça uma reabilitação cardíaca com o objetivo de melhorar os componentes da aptidão física relacionados à saúde”, pontua o professor universitário fisiologista Antonio Marcos Motta. “Além de melhorar a capacidade funcional, você acaba, também, ajudando no próprio tratamento da doença, porque o exercício físico causa adaptações importantes no sistema cardiovascular e, também, em vários outros órgãos e sistemas”, completa o professor. Entre os benefícios, ele destaca a melhora da função cardíaca, a diminuição de processos inflamatórios e da resistência à insulina e, ainda, o controle da pressão arterial e dos níveis de colesterol, entre outros.

 

Nos casos de reabilitação motora, o exercício é capaz de proporcionar o aumento da força e da resistência muscular, além de melhorar a condição física geral. “É importante ressaltar que existem fases específicas do programa de reabilitação em que o professor de Educação Física faz intervenção. Há fases em que outros profissionais  atuam. Dessa forma, o profissional pode compor uma equipe multidisciplinar”, conta o professor Carlos Amorim. De acordo com ele, várias atividades podem fazer parte do programa de reabilitação como ginástica, caminhada, exercícios resistidos, atividades aquáticas e esportes. “Dependendo do caso em questão, podemos dispor dessas atividades, sempre respeitando os objetivos do programa”, explica.

 

Em ambos os casos, é necessária a avaliação médica prévia. “A avaliação do médico é superimportante para nós sabermos o estado clínico do paciente, conhecermos o diagnóstico, o procedimento pelo qual passou, medicação usada e se ele foi submetido a um teste de esforço. Precisamos desses dados para fazer a prescrição. E o médico também vai indicar qual o risco daquele paciente quanto à prática de exercício”, enfatiza o professor Motta.

 

Amorim destaca, além da parceria com o médico, a participação de outros profissionais. “Todo trabalho de reabilitação  deve ser feito em equipe. Somente através do atendimento interdisciplinar é possível otimizar os resultados desejados”, ressalta.

 

Mas, atenção! A prática de atividades físicas, principalmente as de alta intensidade, deve ser sempre supervisionada por profissionais especializados. “Exercício é igual a remédio: ele pode ser bom, mas também pode ser um veneno. Os benefícios do exercício são muito amplos, mas para que você, de fato, tenha esses benefícios, é preciso ter cuidados”, alerta Diogo. Ele ressalta que é importante que uma pessoa que vai iniciar um programa de exercício e teve ou tem alguma doença passe por uma avaliação médica e procure um profissional de educação física. “Esse profissional tem que ser graduado e estar em dia com seu conselho de classe. É a referência que você vai ter”, conclui.

 

Fonte: https://www.revistaabm.com.br/blog/boa-saude-tambem-e-movimento

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Praticar atividades físicas melhora a capacidade cognitiva


Sono e disposição também podem ser afetados, levando à piora no rendimento no trabalho ou estudos

 

Quando temos uma importante tarefa intelectual a cumprir, um concurso, vestibular, teses a serem defendidas, que demandam tempo de pesquisa e estudo além do habitual, outras atividades serão sacrificadas e a primeira delas geralmente são os exercícios semanais.

 

Tempo e a energia serão dedicados à nova tarefa e horas sentadas se somarão a tantas outras já dedicadas ao trabalho, condução, convívio familiar. O produto final, o aumento do sedentarismo, é o que transformará a ladeira a ser subida, da nova tarefa, em escalada de paredão da Pedra da Gávea.

 

A atividade física regular semanal traz ao organismo uma dose de energia a mais para vencer todas as tarefas. Não só as tarefas que dependem da atividade muscular voluntária, mas também as cognitivas são melhor executadas por aqueles que mantém um treino regular.

 

No início, parar com os exercícios pode parecer uma boa solução, mesmo porque a perda do condicionamento se fará lenta e gradualmente, quase imperceptível. O mesmo ritmo para as atividades será mantido, sem que você se dê conta de que a perda de rendimento físico e intelectual já começou.

 

Sua percepção de mudança de disposição no cotidiano estará encoberta pelo aumento de horas de trabalho no dia a dia. O primeiro sinal de que tudo será diferente: transtornos no sono, passará despercebido e será atribuído ao novo projeto e a preocupação por ele gerada.

 

Notando que o cansaço já é desproporcional, você irá se culpar por não conseguir se concentrar, irá gradativamente se privando de outras atividades para vencer a nova atribuição. É a ladeira transformando-se em escalada.

 

Atribuir o aumento de sensação de cansaço e noites mal dormidas à maior carga de trabalho é mais fácil. Verdade, mas sua capacidade de enfrentá-la também já está diminuindo pois você vem perdendo capacidade de produção e seu cérebro é o primeiro a dar o alerta para a transformação.

 

Sem considerar o sinal amarelo que se acendeu, você mergulha na disciplina rígida daqueles que tem prazo a cumprir. Aí é o momento de perceber que sua concentração já não é mais a mesma. Naquele tempo sentado em frente ao computador, começam a aparecer lacunas inúteis de falta de inspiração, por vezes trocadas por chocolate e outros quitutes. Você trocou a satisfação do exercício pela da comida e ganhará quilinhos a mais com isso.

 

Por fim, as noites de sono são trocadas por dias sonolentos e preguiçosos. Você perde a hora, dorme durante qualquer folga do dia e no entanto, ao se deitar, tem o teto como companheiro para uma longa, improdutiva e insone vigília. Dia seguinte, tudo se repete e o cansaço se torna cada vez mais presente e a capacidade física e intelectual cada vez mais ausente. Chegou na hora da famosa frase: "Preciso tirar férias para dormir o dia inteiro".

 

Olhando ao redor, você certamente encontrará alguém sorridente, ativo e alegre, prestativo com as demais pessoas, sempre disposto a ajudar, rápido nas respostas, rápido nas decisões, incansável, que conta ter aproveitado o fim de semana no futebol com os filhos e amigos, e que, note bem, tem a mesma carga de trabalho que você, e a mesma carga extra exigida por uma faculdade ou pós graduação. A ladeira do vizinho parece ser muito mais suave.

 

É a hora que você descobre que aquela ginástica que fazia, com trabalho aeróbio, três vezes por semana, exercícios de musculação e aulas de alongamento, faz a diferença entre vocês dois.

 

Jamais abandone seu exercício. Correr, andar, pedalar, nadar e outras combinações de trabalho aeróbio não podem ser suspensas, por maior que seja a tarefa intelectual a ser cumprida e o tempo que ela exija. São a fonte da endorfina e da disposição que ela traz para o cotidiano, do bom sono, reparador e que descansa. A atividade física regular é a melhor maneira de combater a fadiga física e intelectual.

 

Músculos rígidos, resistentes, articulações flexíveis, tornam a ingrata tarefa de permanecer horas sentado mais agradável e indolor. Vão também auxiliar o cérebro na tarefa de nos manter equilibrados e coordenados, transformando os movimentos do dia a dia em simples e automatizados, poupando a energia que será utilizada no cumprimento de outras tarefa, mesmo intelectuais.

 

Se você também está habituado à pratica de esportes, não a dispense. Ela mantém o aspecto competitivo da personalidade, ajuda na integração social e na função cerebral, intelectual de raciocínio, independente do esporte que for.

 

Assim, transforme sua ladeira em uma subidinha, não em escalada, mantendo-se ativo fisicamente sempre.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/18835-praticar-atividades-fisicas-melhora-a-capacidade-cognitiva  - Escrito por Ricardo Nahas – Imagem Blog da Educação física


segunda-feira, 28 de setembro de 2020

5 dicas para voltar a treinar depois de muito tempo parado


Por conta da pandemia do novo coronavírus, muita gente interrompeu a rotina de exercícios físicos e sentiu os impactos do sedentarismo

 

Com o retorno gradual das atividades durante a pandemia de coronavírus, academias e parques também vão aos poucos retomando seu funcionamento. Isso possibilita a volta da prática de exercícios físicos por boa parte da população, depois de tanto tempo de isolamento social.

 

Mas como voltar aos treinos depois de muito tempo parado? Esta é uma questão importante a ser considerada, especialmente por aqueles que não conseguiram realizar atividades físicas em casa durante a quarentena. A seguir, confira as dicas de uma especialista do esporte para retomar a malhação de forma saudável e longe de lesões:

 

Efeitos do sedentarismo

Conforme explica a educadora física Raquel Quartiero, os impactos do sedentarismo, que é a falta de exercícios físicos, podem ser observados a longo e curto prazo. De início, a ausência de uma rotina de atividades pode causar um efeito muito intenso no organismo e afetar a parte estética, já que o corpo acumula mais gordura, há a redução da massa muscular e o metabolismo fica mais lento.

"Já no longo prazo, temos a obesidade, atrofia muscular, aumento da pressão arterial, problemas articulares, problemas cardiovasculares, diabetes tipo 2, distúrbios do sono, diminuição dos hormônios que promovem bem-estar e até o aumento da atividade inflamatória, facilitando o desenvolvimento de inúmeras doenças", afirma Raquel.

A educadora física também cita que, a partir da primeira semana sem exercícios, já são notórios os níveis de ansiedade mais altos, assim como a diminuição de atividade do sistema imunológico. "Isso faz com que a pessoa contraia mais doenças ou se cure mais devagar, além de provocar o aumento da fome, da compulsão alimentar e dos níveis de estresse", acrescenta.

 

Dicas para retomar os treinos

Se você pretende retomar os treinos depois de um longo período fora do ritmo, aqui vão algumas dicas da educadora física Raquel Quartiero:

 

Atenção para a execução do exercício

Ter um cuidado especial na forma como o exercício é realizado durante o treino é essencial para que o resultado seja bem aproveitado. "Antes de colocar intensidade, usar peso, é importante focar na execução, porque isso reduz a probabilidade da pessoa ter uma lesão e a eficácia do exercício será maior", esclarece Raquel.

 

Colocar intensidade de maneira progressiva

A intensidade de um exercício deve ser aplicada de maneira progressiva. Isto é: primeiro, perceba se o exercício está sendo bem executado e, se você conseguir dominá-lo bem, pode colocar mais força, velocidade ou peso de pouquinho em pouquinho.

 

Dor muscular boa

Sentir dor durante o treino pode acontecer, mas é preciso saber qual dor é boa e qual é ruim. "A ardência muscular é um sinal de que os músculos estão sendo trabalhados da maneira certa. Nunca se deve sentir a dor articular (nos joelhos, ombros ou quadris). Se ela acontece é porque a pessoa está muito 'enferrujada' e precisa lubrificar as articulações, fazendo os exercícios com calma, ou a execução está ruim", explica Raquel.

 

Rotina de treinos

Segundo Raquel, vale a pena manter um ritmo de treino de 12 a 25 minutos por dia. E repetir os exercícios de quatro a seis vezes por semana. Ou seja, ao retomar as atividades físicas, procure criar uma rotina saudável que não sobrecarregue o corpo.

"Não importa se são dias consecutivos ou se são dias intercalados. O mais importante é manter a consistência e não fazer muitas horas por dia. Minha recomendação é estabelecer um horário e não fazer cada dia de uma maneira. Crie uma agenda, escolha uma boa metodologia e faça o seu treino", diz.

 

Treinar em casa ajuda

Para tentar manter o ritmo de atividades físicas, algumas pessoas adaptaram espaços da casa para serem suas academias. Essa alternativa pode servir para quem deseja retomar o treino sem precisar ir à rua, parques ou mesmo academias.

"Não é o local que determina se um treino vai funcionar ou não. Então, a pergunta certa não é 'onde treinar' ou 'quais equipamentos usar', mas sim 'qual é a metodologia certa'", diz Raquel.

De acordo com a educadora física, treinar em casa funciona e, para isso, vale apostar na combinação de treinos de força, mobilidade, estabilidade, treino hiit. "É o que tem de mais eficaz para que as pessoas consigam efetivamente melhorar a saúde, o sistema imune, não sentir dores, controlar a ansiedade, melhorar o sono, a disposição e ainda ter um ganho de massa muscular e redução de gordura significativos", diz.

Para isso, segundo Raquel, só é preciso comprometimento, um colchonete ou uma toalha no chão e seguir educadores físicos que ensinam a metodologia de treinos de poucos minutos por dia (de até 30 minutos de exercícios). Outra recomendação é que a pessoa tenha liberação médica para realizar atividades físicas e seja acompanhada ou siga instruções de profissionais.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/36760-5-dicas-para-voltar-a-treinar-depois-de-muito-tempo-parado  - Escrito por Maria Beatriz Melero

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Bebidas alcoólicas podem engordar e atrapalhar seus treinos


Consumo exagerado de álcool traz prejuízos ao rendimento físico durante a prática de exercícios

Um dos desafios para quem buscou se manter ativo e saudável na quarentena foi equilibrar a alimentação e a prática de atividade física. Mesmo com o começo da flexibilização, a equação muitas vezes não é fácil de resolver: ficar em casa, além de poder comprometer a dieta, pode limitar a forma de se exercitar.

Diante dessa realidade, uma dúvida comum é se o consumo de bebidas alcoólicas pode influenciar no ganho de peso ou na performance física. Antes de responder essa pergunta, é preciso reforçar que a ingestão de álcool e suas consequências à saúde são complexas, uma vez que variam de acordo com diversos fatores individuais e diferentes aspectos do beber.

Isso significa que pessoas com o mesmo hábito de consumo podem ser impactadas de formas bem diferentes, conforme suas características pessoais, motivação de uso ou se já apresentam alguma complicação de ordem emocional. Posto isto, serei direto: o álcool pode atrapalhar a dieta e não é só por conta do teor calórico das bebidas.

Como o álcool atrapalha o emagrecimento
Um estudo publicado na revista científica Health Psychology mostrou que o álcool leva ao aumento do total de calorias ingeridas, mesmo excluindo-se o valor calórico da bebida - ou seja, beber pode fazer com que você coma mais do que o planejado. Isso ocorre porque o álcool age no controle inibitório, isto é, na capacidade de controlar impulsos.

Mas, aqui, cabe uma ressalva muito importante: umas das recomendações básicas para um adulto que decide beber é alimentar-se. Beber com o estômago vazio é uma péssima escolha. Isso potencializa os efeitos do álcool, pois ele acaba sendo absorvido mais rapidamente pelo organismo.

Agora, falando em calorias, vale a informação de que cada dose de álcool fornece, pelo menos, 98 calorias (considerando que uma dose de bebida alcoólica corresponde a 14g de álcool puro e cada grama de etanol fornece 7 calorias). Claro, dependendo do tipo de bebida, do seu padrão de consumo e quais alimentos estão acompanhando essa bebida, o número de calorias ingeridas aumenta.

Prejuízos para quem faz atividade física
Já para quem faz atividade física, é importante alertar que o álcool, especialmente quando consumido de forma abusiva, pode prejudicar o desempenho por comprometer habilidades psicomotoras, como equilíbrio, coordenação e tempo de reação. Outros efeitos são:

Redução da reserva de açúcar do corpo (glicogênio), essencial para produzir energia para o exercício, o que pode levar a uma queda de desempenho

Aumento do hormônio cortisol e diminuição da testosterona, que influenciam nos níveis do hormônio do crescimento, essencial para a construção e o reparo do tecido muscular
Aumento da produção de urina, pelo fato de ser diurético, levando à desidratação precoce e aumentando o risco de lesões

Além disso, é importante ressaltar que a prática de atividade física também traz benefícios ao tratamento de problemas relacionados ao uso de álcool. Diversos estudos demonstraram que os exercícios físicos conseguem reduzir a fissura pelo álcool e os estados emocionais negativos, como sintomas depressivos e de ansiedade, que são comuns em pessoas que apresentam

Avalie quais são os resultados que você quer atingir. Se a meta for ousada, ela vai exigir de você um comprometimento maior - não somente em relação à diminuição ou restrição do consumo de álcool, mas também na adoção de hábitos alimentares saudáveis e prática regular de exercícios para se manter ativo. Informe-se e busque ajuda profissional para fazer essas escolhas!


quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Como o ciclo menstrual afeta a prática de atividade física?


Especialista revela em quais momentos do ciclo menstrual é melhor treinar mais forte, repousar ou pegar leve nos exercícios

Diversos fatores podem influenciar a prática de exercícios físicos, como a alimentação e a própria genética. Mas, para as mulheres, há algo a mais que pode fazer toda a diferença na malhação: o ciclo menstrual.

De acordo com a Dra. Carla Tamanini Ferrari, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), em cada fase do ciclo, acontece algum tipo de influência no corpo feminino que merece atenção.

Assim, entendendo como o próprio organismo funciona, a mulher consegue aproveitar cada período do seu ciclo menstrual para treinar melhor e usar os benefícios dos exercícios a seu favor.

Exercícios em cada fase do ciclo menstrual
O ciclo menstrual normal costuma durar entre 25 e 35 dias, com uma média global de 28 dias. Ele é dividido em duas fases principais: a fase folicular (até o dia da ovulação) e a fase lútea (depois da ovulação).

Em cada uma delas, o corpo responde de um jeito em relação aos hormônios, e isso pode afetar diretamente a prática de exercícios físicos.

No início do ciclo menstrual, por exemplo, a mulher tem mais motivação e melhor desempenho nas atividades físicas. Confira a seguir as dúvidas mais frequentes sobre a relação entre o ciclo menstrual e as atividades físicas:

Durante a menstruação
Cada paciente apresenta uma duração e fluxo menstrual (1º ao 5º dia do ciclo). No entanto, como nessa fase a produção de estrogênio e progesterona ainda é baixa e a mulher está sofrendo com a menstruação e as cólicas, o ânimo para treinar geralmente é menor.

"Por isso, aproveite este período para os treinos regenerativos, quando você pode pegar mais leve sem perder o ritmo. Neste caso, os exercícios leves são recomendados até mesmo para reduzir o desconforto abdominal", aconselha Carla.

Pós menstruação
Em geral, nos seis dias que sucedem a menstruação (do 6º ao 12º dia), há um aumento progressivo dos níveis de estrógeno e uma maior liberação de noradrenalina no corpo da mulher, que aumentam a motivação e melhoram o desempenho nas atividades físicas.

Esta é a hora de investir pesado nos treinos, seja de resistência (musculação, pilates) ou mesmo aeróbicos (corrida, spinning).

Fase ovulatória ou período fértil
Na fase ovulatória ou período fértil (do 12º ao 22º dia), ocorre o rompimento do folículo e a liberação do óvulo para as tubas uterinas. Segundo a especialista, o início dessa fase é marcada por uma leve queda na capacidade de força e coordenação.

Entretanto, não é necessário diminuir os treinos. Neste período, a recomendação é para apenas pegar um pouco mais leve do que na fase anterior.

Depois da ovulação
Pouco tempo depois (16º a 24º dia), os níveis de estrogênio aumentam novamente e, com eles, cresce também o número de neurotransmissores relacionados ao bem-estar.

Consequentemente, surge uma maior disposição e força para os treinos mais intensos, tanto resistivos como aeróbicos.

Na TPM (tensão pré-menstrual)
A TPM ocorre quando os hormônios femininos começam a reduzir gradativamente sua concentração no organismo (o que pode acontecer já do 14º ao 28º dia). "Nesta fase, temos a queda da progesterona junto com os estrógenos - isso sempre acontece em 14 dias", explica Carla.

Além da queda de energia, é comum que neste período ocorram dores nos seios, irritabilidade, dores de cabeça, retenção de líquidos e prisão de ventre. Portanto, a depender da intensidade dos sintomas, é necessário realizar treinos mais leves (alongamento, yoga).

Pode treinar menstruada?
Sim, é a resposta! De acordo com a médica, não há contraindicação em relação à prática de atividades físicas durante o período menstrual. Muito pelo contrário.

"Além de não perder o ritmo, a prática de exercícios aumenta o nível de alguns neurotransmissores, como a noradrenalina, a serotonina e a dopamina, que produzem uma sensação de relaxamento e bem-estar. Ou seja, é um remédio natural para o desconforto que ocorre no período menstrual", aponta Carla.

Repouso: quando é necessário?
As cólicas que ocorrem entre a TPM e a menstruação e o nível de dor pode variar em cada mulher. Nesse período, também há queda dos hormônios (estrogênio e progesterona), então, em alguns casos, ficar sem treinar ou fazer treinos mais leves pode ser importante.

"Enquanto algumas mulheres convivem facilmente com o desconforto, outras se sentem muito indispostas e com necessidade inclusive do uso de medicamentos, como os anti-inflamatórios", revela a endocrinologista. Por isso, neste caso, o repouso pode ser uma opção.

Além disso, algumas mulheres podem se sentir mais cansadas, dependendo da idade, da quantidade do fluxo de sangue e do período que ela permanece menstruada.

Algumas pacientes, que possuem um fluxo muito intenso, podem sofrer até com anemia, o que, consequentemente, irá levar a um cansaço maior e outros sintomas. Assim, nessa situação, treinar pode não ser uma boa opção.

Exercícios aliviam sintomas da TPM
Ainda assim, é importante lembrar que atividades físicas podem ajudar a diminuir os incômodos da tensão pré-menstrual."Isso porque a atividade física libera endorfina, um neurotransmissor produzido pelo próprio corpo que tem poder analgésico", explica Carla.

Menstruação atrapalha o rendimento?
Segundo a médica, os estudos existentes sobre o tema, que avaliaram a atividade física resistiva (musculação) durante as fases do ciclo menstrual, mostraram que não há influência no desempenho da força muscular.

Mas, o que pode ocorrer é uma piora no desempenho, já que as pacientes podem apresentar maior desconforto físico, devido à presença de cólicas menstruais. Então, a dor é a vilã que pode atrapalhar seu rendimento.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/35397-como-o-ciclo-menstrual-afeta-a-pratica-de-atividade-fisica - Escrito por Patricia Beloni - Créditos: Tefi/Maridav/Shutterstock

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Exercício matinal ou à noite? Ambos têm vantagens


Melhor horário para se exercitar

Os benefícios dos exercícios físicos podem variar dependendo da hora do dia em que você os pratica.

Este é mais um efeito do relógio biológico - ou ritmo circadiano - do corpo afetando nossa saúde.

Experimentos com animais de laboratório mostraram que o efeito do exercício realizado no início da fase escura e ativa dos camundongos - correspondente à nossa manhã - difere do efeito do exercício realizado no início da fase de luz e repouso - correspondente à nossa noite.

"O exercício matinal dispara programas genéticos nas células musculares, tornando-as mais eficazes e capazes de metabolizar açúcar e gordura. O exercício noturno, por outro lado, aumenta o gasto energético de todo o corpo por um período prolongado," detalhou Jonas Thue Treebak, professor da Universidade de Copenhague (Dinamarca).

Benefícios diurnos e noturnos

O exercício matinal parece aumentar a capacidade das células musculares de metabolizar açúcar e gordura. Esse tipo de efeito é interessante por sua relação com a saúde das pessoas com sobrepeso grave e diabetes tipo 2.

Por outro lado, o exercício noturno aumenta o gasto energético nas horas após o exercício.

Portanto, os pesquisadores não podem necessariamente concluir que o exercício pela manhã é melhor do que o exercício à noite, diz Treebak - eles trazem diferentes benefícios.

A equipe de Treebak mediu uma série de efeitos nas células musculares, incluindo a resposta transcricional e os efeitos sobre os metabólitos.

Os resultados mostram que as respostas são muito mais fortes em ambas as áreas após o exercício pela manhã. Um mecanismo central envolvendo a proteína HIF1-alfa, que regula diretamente o relógio circadiano do corpo, provavelmente controla isso, dizem os pesquisadores.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=exercicio-matinal-ou-noite-ambos-tem-vantagens&id=13505 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Como exercícios e alimentação podem ajudar a combater a depressão


A combinação entre a prática de exercícios e a boa alimentação não trazem só benefícios para o corpo

Todo ano, neste mês, é feita a campanha do Setembro Amarelo, uma iniciativa que tem como objetivo a conscientização em relação ao suicídio, bem como sua prevenção. Mas por que é tão importante separarmos um mês inteiro só para falar sobre o assunto? Porque nunca houve tantos diagnósticos de transtornos mentais quanto antes, principalmente entre os brasileiros. Segundo dados recentes da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), por exemplo, nós somos o país com mais pessoas ansiosas no mundo (18,6 milhões, um total de 9,3%).

Além disso, um dos mais depressivos também: 11,5 milhões de brasileiros possuem este diagnóstico. O transtorno psíquico da depressão provoca alterações de humor suficientemente graves e, se não tratado adequadamente, pode resultar no suicídio. “Em seus estágios iniciais, o paciente geralmente perde o interesse pela vida, bem como o prazer de realizar tarefas que antes ele gostava muito. Sente uma tristeza profunda, muitas vezes sem motivo. Tudo isso está ligado à diminuição de neurotransmissores em nosso corpo. São eles que equilibram os hormônios ligados à sensação de bem-estar”, explica a psicóloga Glaucia Pasqualini, que atende pelo aplicativo de terapia online FalaFreud.

Ainda segundo a especialista, a depressão deve ser tratada com procedimentos multidisciplinares e individualizados, ou seja, variando de acordo com a gravidade, idade e aceitação dos tratamentos. O primeiro deles é o uso de remédios que terão a capacidade de regular melhor esses hormônios em falta no organismo. Além disso, é preciso um acompanhamento psicológico para tentar identificar os possíveis motivos e traumas que desencadearam a doença. E preencher a agenda diária com tarefas que gerem felicidade. “A pessoa com depressão se perdeu e precisa se encontrar. Nesse processo de autoconhecimento, a relação dela com o ambiente é fundamental para suas forças internas”, afirma Glaucia Pasqualini.

É aí que entram atividades como a prática de algum esporte, por exemplo. “A indicação de atividades físicas para meus pacientes é imprescindível. Adoto essa orientação a todos, sejam mais novos ou mais velhos”, diz a psicóloga. Mas não é só a vida ativa que pode contribuir para uma melhora do quadro, sabia? Escolhas saudáveis também, como a alimentação mais natural. Fomos consultar especialistas para entender melhor a relação. Veja o que eles disseram:

Atividade física x depressão
São inúmeros os estudos que ligam o esporte com os menores índices de depressão nos indivíduos. Um deles, realizado pelo Hospital Geral de Massachusetts (MGH), em 2019, por exemplo, utilizou análises genéticas para chegar à conclusão de que pessoas com a enfermidade eram menos ativas. Apesar de ainda não haver uma explicação comprovada pela ciência sobre essa relação, já existem algumas pistas. “Os exercícios físicos melhoram a qualidade do sono e liberam hormônios importantes para a mente. Eles também promovem a distração dos estímulos estressores e melhoram a qualidade de vida”, diz a psicóloga. 

Sem contar a melhora na interação social graças a um maior convívio entre pessoas. E as mudanças no corpo. “Durante a realização de exercícios físicos, o organismo libera dois hormônios essenciais para auxiliar no tratamento da depressão, a endorfina e a dopamina. Ambos têm influência principalmente sobre o humor e emoções”. Glaucia dá algumas dicas de modalidades que você pode apostar:

“Os esportes coletivos como o futebol, basquete, vôlei – ou qualquer outro que envolve trabalho em equipe – proporcionam contato humano, amenizando a sensação de solidão.”
“O ciclismo é uma ótima opção para quem não curte muito o ambiente interno da academia, e pode ser praticado nas ruas.”
“A corrida não para de crescer no Brasil. É um esporte prático e recompensador, que necessita apenas de força de vontade e um par de tênis adequado para que você não tenha problemas com impacto nos quadris, joelhos e tornozelos.”

Alimentação x depressão
E quando se trata da saúde mental e o que a gente coloca no prato? Mais evidências científicas. Uma revisão de 16 estudos anteriores publicada em maio no Psychosomatic Medicine (e que envolveu mais de 46 mil pessoas) observou que qualquer melhora na alimentação alivia os sintomas depressivos. Seja em reduzir gorduras, cortar calorias ou simplesmente investir em comida mais nutritiva.

O médico nutrólogo Alexander Gomes de Azevedo vai além e afirma que alguns alimentos têm mais potencial em ajudar na melhora do bem-estar. Veja quais:

Proteínas: “Carnes magras, ovos e leites (e derivados) possuem triptofano, aminoácido que atua na formação da serotonina.”
Aveia: “Também fonte de triptofano, contém selênio, mineral que colabora para a produção de energia. Os carboidratos presentes no alimento elevam os níveis de insulina e facilitam a absorção de triptofano.”
Banana: “Fonte de carboidratos que estimulam a produção de serotonina, ela contém vitamina B6, importante na condução dos impulsos nervosos e na prevenção da ansiedade e irritação.”
Oleaginosas: “Alimentos como nozes, castanhas e amêndoas são fontes dos minerais magnésio, cobre e selênio, que reduzem o estresse e melhoram a memória.”
Pimenta:  “A capsaicina é o princípio ativo que causa a sensação de ardência. Ela estimula o cérebro a produzir mais endorfina, hormônio responsável pela sensação de euforia e redução do estresse.”
Chocolate: “É um dos produtos que tem o poder de causar sensação de prazer. Isso acontece porque a versão amarga (que possui pelo menos 70% de cacau na composição) é fonte de triptofano e ainda possui teobromina, substância da família da cafeína que tem efeito estimulante.”
Mel: “A serotonina é produzida no intestino e o mel é um importante regenerador da microflora intestinal.”

O contrário também é válido: comer mal também pode ser prejudicial para a mente. Segundo o nutrólogo, vale evitar aquilo que aumenta as oscilações de humor, como as bebidas alcoólicas, fast-foods, refrigerantes e alimentos ricos em açúcares e gorduras, como frituras e doces. “Eles alteram bruscamente o nível de açúcar no sangue, mudando a produção de hormônios no corpo”, explica.

Você não está sozinha, viu? Caso sinta que precisa de ajuda, vale ligar gratuitamente para o Centro de Valorização da Vida (CVV) nos números 188 e 141.