domingo, 29 de outubro de 2017

O coração do brasileiro está em risco. Vamos mudar isso?

Segundo a Organização Mundial da Saúde, logo seremos os primeiros colocados no ranking de mortes por doenças cardiovasculares. Como mudar esse destino

O coração é um trabalhador incansável. Bate, em média, 72 vezes por minuto, 104 mil por dia e 38 milhões por ano. Porém, para ter bom desempenho, ele precisa muito de nossa ajuda. É necessário que as pessoas saibam que são elas mesmas as principais responsáveis pela saúde cardíaca. Então, apesar das tentações do mundo de hoje, não podemos nos esquecer da importância dos bons hábitos de vida.

Alimentos ricos em carboidratos, refrigerantes, exagero nas bebidas alcoólicas, além de excesso de itens gordurosos, levam à deposição de gordura no fígado e promovem alterações do metabolismo dos açúcares. Resultado: obesidade e o diabetes, duas das principais causas de infarto e morte precoce por origem cardíaca.

Mas é preciso mais do que ficar de olho na dieta. Fazer exercícios físicos – após avaliação médica – é outra prática que ajuda o coração a trabalhar. Sem falar que auxilia muito no controle da pressão arterial.

O tabagismo (aí falamos de cigarro, cachimbo e charuto), por sua vez, é proibido para o coração. Assim como as drogas ilícitas, que são significativas causas de infarto em pessoas com menos de 40 anos de idade.

A gente sabe, no entanto, que a mudança de estilo de vida nem sempre é fácil: exige disciplina e persistência. Mas vale a pena, porque pode tirar você da lista das 400 mil pessoas que morrem todos os anos no Brasil vitimadas por doenças cardiovasculares.

A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) estima que ocorram 720 paradas cardíacas por dia em nosso país. Em média, há uma morte a cada minuto e meio.

Dados de um recente estudo da Socesp mostram que, de 2003 a 2015, morreram 14,47 milhões de pessoas no Brasil, sendo 4,11 milhões (ou 28,41%) devido a doenças cardiovasculares. Dentre estas, as doenças isquêmicas do coração, como infarto e angina, foram responsáveis por 1,2 milhão de óbitos; as cerebrovasculares, por 1,26 milhão; e a insuficiência cardíaca, por 782,94 mil.

No Estado de São Paulo, no mesmo período, o total de óbitos foi de 3,36 milhões, sendo 1,01 milhão (ou 30,08%) por doenças cardiovasculares. Dentre estas, as principais causas de morte foram doenças isquêmicas, como infarto e angina (349,33 mil casos), doenças cerebrovasculares (275,58 mil casos) e insuficiência cardíaca (187,82 mil casos).

Cuidar da saúde é uma responsabilidade de todos – com nós próprios, nossas famílias e a sociedade. A vida, este precioso bem que se renova a cada pulsação, merece cuidados permanentes!

Por isso, seria interessante que aceitássemos um desafio como povo: reverter a previsão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que, em 2024, o Brasil será o primeiro colocado no fatídico ranking de mortes por doenças cardiovasculares. A SOCESP convida cada um para mudar o estilo de vida, evitar essas mortes precoces e fazer do nosso país um campeão da saúde do coração.


Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/guenta-coracao/o-coracao-do-brasileiro-esta-em-risco-vamos-mudar-isso/ -  Por Ibraim Masciarelli Pinto - Foto: Dulla/SAÚDE é Vital

sábado, 28 de outubro de 2017

Estudantes podem tirar notas melhores... acreditando que vão tirar notas melhores

A associação entre o autoconceito de uma habilidade e a conquista posterior não é geral, mas específica para cada matéria.

Acreditar na própria capacidade

Quando os estudantes acreditam que podem ter sucesso em matemática e em leitura suas chances de conseguir resultados mais altos nessas matérias aumenta.

Foi o que concluíram pesquisadores da Universidade de Michigan, da Pontifícia Universidade Católica do Chile e do grupo Independent Scholar.

Eles se basearam em dois conjuntos de dados dos EUA e um conjunto de dados do Reino Unido para medir o autoconceito das crianças e jovens e as notas iniciais e posteriores à intervenção - foram 15.255 estudantes com idades entre 5 e 18 anos.

Autoconceito

O autoconceito - as crenças cognitivas que as pessoas têm sobre si mesmas - foi definido como a sensação que os estudantes tinham de sua capacidade para ter sucesso nas tarefas acadêmicas.

Mais do que as notas anteriores, o autoconceito dos estudantes sobre a sua habilidade em matemática previu o sucesso posterior em matemática, enquanto seu próprio conceito de sua habilidade na leitura previu seu êxito posterior na leitura.

O resultado sugere que a associação entre o autoconceito de uma habilidade e a conquista posterior não é geral, mas específica para os domínios, ou seja, há uma conexão do autoconceito dos alunos sobre a leitura para o sucesso na leitura e do autoconceito dos estudantes sobre matemática para o ótimo desempenho na matemática.

"Não é incomum ver medidas padronizadas de conquista ou cognição preverem o sucesso escolar, mas encontrar uma relação entre uma medida motivacional, como o autoconceito de habilidades, mostra que há muito mais para se entender sobre como as crianças atingem o sucesso do que apenas examinar o desempenho anterior," disse a professora Pamela Davis-Kean.

O estudo também mostrou que o sucesso não se limita aos alunos que tiram as melhores notas.

"[O resultado] se estende a estudantes com diferentes níveis de realização em matemática e leitura," disse a pesquisadora Maria Ines Susperreguy. "Mesmo os alunos com menor desempenho que tiveram uma visão mais positiva de suas habilidades de matemática e leitura tiveram maiores níveis de conquista em matemática e leitura."

Os pesquisadores disseram que os dados não conseguem revelar o que os pais ou os próprios alunos faziam para criar suas crenças sobre si mesmas e melhorar sua autoconfiança, e que esta é uma questão que eles pretendem estudar a seguir.


Treinar em jejum ajuda ou atrapalha?

A estratégia de pular refeições para turbinar os exercícios físicos está ganhando popularidade. Entenda se isso traz ou não benefícios à saúde

Esta semana estava na academia e um professor me perguntou: “Treinar jiu jitsu em jejum ajuda ou atrapalha?”. A pergunta é bem interessante e merece uma reflexão.

Os estudos mostram que o jejum está associado à ativação do sistema simpático. Explico: o tal sistema simpático prepara nosso organismo para fugir ou lutar. Ou seja, se a falta de comida coloca o corpo em estado de alerta, é razoável imaginar que praticar jiu jitsu de estômago vazio melhoraria o desempenho, certo?

Pois é, mas na verdade o jejum atrapalha. As lutas não envolvem apenas força e agressividade, como animais famintos brigando pela presa. Pelo contrário: ela exige estratégia e racionalidade.

Quando um judoca, carateca ou qualquer outro lutador entra num embate, ele analisa os movimentos do adversário e se move de acordo com as fragilidades do oponente. Quando estamos em jejum, comprometemos nossa racionalidade e agimos instintivamente – nós estimulamos nosso lado bicho e enfraquecemos o lado racional.

Lembre-se de como você se comporta quando está com fome (já falamos disso em outro post). Nós perdemos a linha facilmente e perdemos a capacidade de dialogar. Dentro ou fora de uma luta, não é bom ficar assim.

Para além das artes marciais
A piora não se resume a esse tipo de prática esportiva. E um exemplo vem de um artigo científico que publicamos recentemente como fruto do mestrado do meu orientando Willian das Neves, no Laboratório de Nutrição da EEFE-USP. Em seu estudo, o Willian mostrou que o exercício em jejum compromete a capacidade de treinamento e de força.
Nesse caso, o treinamento era intenso e voltado para o ganho de massa muscular. Resultado: o longo período sem comer abalou a adaptação do corpo aos estímulos do exercício físico. O jejum, portanto, afeta a racionalidade… e joga contra a malhação.

E para emagrecer, o jejum ajuda?
Acordar, tomar um banho, vestir-se e ir para o trabalho sem abrir a geladeira ajuda a emagrece mais? A resposta é, novamente, não.
Os primeiros estudos sobre o tema indicaram que o jejum disponibiliza mais gordura para ser queimada. E isso de fato ocorre. Porém, é como se mil pessoas fossem a sua casa para um churrasco trazendo um pacote de carne nas mãos (a gordura), mas você só tivesse uma churrasqueirinha de camping.
Dentro do corpo, essa churrasqueira se chama mitocôndria. Localizada no interior da célula, ela queima as fontes de energia. Mas não adianta ter um monte de gordura livre se a as mitocôndrias não as queimam a tempo. E elas, não importa o tamanho e a quantidade, não tem fôlego para lidar com a dose extra de gordura que é disponibilizada pelo jejum. Logo, os pneus seguem na mesma.
Some a isso o fato de que o jejum tira nossa racionalidade – favorecendo episódios de comilança extrema – e você já percebe que dificilmente o sofrimento de pular refeições termina em emagrecimento (no longo prazo, claro). É óbvio que, quando você ingere menos calorias, tende a perder peso. Mas é possível (e recomendável) fazer isso sem abdicar do café, do almoço ou do jantar. 
Isso é um cardápio equilibrado.
O jejum, presente em diversas doutrinas e religiões, possui seu apelo como crença, fé etc. Aqui não cabe discussão, apenas respeito. Agora, se o objetivo é emagrecer, treinar e ficar forte, lembre-se: ele não é nosso aliado.


Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/o-fim-das-dietas/treinar-em-jejum-ajuda-ou-atrapalha/ Por Theo Ruprecht - Foto: Dercilio/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

O que você precisa saber sobre os 6 tipos de gordura do seu corpo

Nem todas são iguais e muito menos vilãs. Entenda um pouco mais sobre o papel de cada uma delas no organismo

Gordura essencial
Como o próprio nome já diz, você precisa dela para viver. Ela regula a temperatura corporal, a absorção de vitaminas, a estrutura celular e a produção de uma série de hormônios. Para gozar de uma boa saúde, nosso corpo precisa ser composto de 10 a 13% desse tipo de gordura – números abaixo disso causam, entre outras coisas, uma queda drástica nos níveis hormonais (algo muito comum entre atletas profissionais).

Gordura branca
Esse tipo de gordura tem a ver com aquele pneuzinho chato que pulando para fora da calça. “Ela é chamada assim porque é literalmente branca devido à sua baixa densidade de mitocôndrias e vasos sanguíneos”, explica Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Sua principal função é transformar calorias em células adiposas, enchendo assim os reservatórios de energia do corpo. Seu excesso compromete os mecanismos de saciedade do organismo por aumentar a resistência à leptina, hormônio que ajuda a controlar a fome.

Gordura marrom
Ao contrário de sua irmã branca, esse tipo de gordura estimula o corpo a usar energia. “Ela queima calorias para gerar calor”, explica Renato. Um estudo realizado pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, descobriu que ambientes frios aumentam a atividade da gordura marrom, fazendo com que ela queime os estoques da branca mais rapidamente.

Gordura bege
Assim como a marrom, a bege queima calorias para manter a temperatura corporal. A diferença entre ela e a versão mais escura é que a bege se origina da branca quando o corpo sofre algum stress, como a prática de atividade física. Isso significa que ela tem o potencial de ser uma arma contra o sobrepeso e a obesidade não só por esvaziar os estoques de energia como por reduzir a quantidade de células adiposas que estocam calorias em forma de gordura.

Gordura subcutânea
Esse tipo é aquele que fica localizado diretamente sob a pele. “Em termos de saúde geral, a gordura subcutânea não é tão nociva quanto outros tipos de gordura”, revela Renato. Para controlar esses níveis é preciso bater o cartão na academia e consumir menos calorias do que o número que você queima durante o dia.

Gordura visceral
Ela é a gordura branca que se deposita entre os órgãos. “Seu excesso está associado ao aumento do risco de diabetes, de hipertensão, de colesterol elevado, de infarto e de derrame”, alerta o especialista. Para combater esse inimigo número um da balança e da saúde, além de controlar a ingestão diária de calorias e investir em integrais e gorduras insaturadas, é preciso evitar alimentos processados, que inflamam os depósitos de gordura.


Fonte: https://boaforma.abril.com.br/dieta/o-que-voce-precisa-saber-sobre-os-6-tipos-de-gordura-do-seu-corpo/  - Por Caroline Randmer (colaboradora) -gpointstudio/Thinkstock/Getty Images

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Essa é a quantidade de caloria que cada uma destas 30 atividades físicas queima

Tudo o que fazemos queima calorias. Sentar e ler queima calorias, já que o cérebro é uma grande fornalha de energia. Mas você já parou para pensar quais exercícios físicos gastam mais energia?

A Mayo Clinic analisou pesquisas do US National Institutes of Health para criar uma lista com as atividades físicas mais populares para comparar seus impactos calóricos. Essas atividades estão ordenadas das menos intensas para as mais intensas, que estão no final da lista.

Como pessoas pesadas queimam mais energia que pessoas leves para fazer a mesma ação, há dois gastos calóricos na lista, um para pessoas de 72kg e outro para pessoas com 90kg. Segundo pesquisa publicada na BMC Public Health, o peso médio de mulheres e homens brasileiros é de 73kg e 63kg, respectivamente.

Também é importante notar que os números de calorias valem apenas para 60 minutos completos de prática da atividade, então se você passou 15 minutos sentado no banco de reserva do futebol, a queima calórica será menor. [Mayo Clinic, Science Alert]

Outra diferença é realizar a atividade de forma vigorosa ou moderada. Confira:

30. Hatha yoga:
183 calorias/hora (para pessoa de 72kg) 228 cal/h (para pessoa de 90kg)

29. Caminhada lenta (3km/h):
204 cal/h 255 cal/h

28. Boliche:
219 cal/h 273 cal/h

27. Dança de salão:
219 cal/h 273 cal/h

26. Tai Chi:
219 cal/h 273 cal/h

25. Canoagem:
256 cal/h 319 cal/h

24. Bicicleta lenta (menos de 16km/h):
292 cal/h 364 cal/h

23. Vôlei:
292 cal/h 364 cal/h

22. Power yoga:
292 cal/h 364 cal/h

21. Caminhada rápida (5km/h):
314 cal/h 391 cal/h

20. Aeróbica de pouco impacto:
365 cal/h 455 cal/h

19. Elliptical:
365 cal/h 455 cal/h

18. Treino de resistência / levantamento de peso:
365 cal/h 455 cal/h

17. Caiaque:
365 cal/h 455 cal/h

16. Hidroginástica:
402 cal/h 501 cal/h

15. Natação moderada:
423 cal/h 528 cal/h

14. Máquina de remar:
438 cal/h 546 cal/h

13. Patinação no gelo:
511 cal/h 637 cal/h

12. Aeróbica de grande impacto:
533 cal/h 664 cal/h

11. Roller:
548 cal/h 728 cal/h

10. Jogo de basquete:
584 cal/h 728 cal/h

9. Escalada:
584 cal/h 728 cal/h

8. Tênis:
584 cal/h 728 cal/h

7. Corrida (8km/h):
606 cal/h 755 cal/h

6. Correr na escada:
657 cal/h 819 cal/h

5. Natação vigorosa:
715 cal/h 892 cal/h

4. Taekwondo:
752 cal/h 937 cal/h

3. Futebol:
752 cal/h 937 cal/h

2. Pular corda:
861 cal/h 1.074 cal/h

1. Correr rápido (12km/h):
861 cal/h 1.074 cal/h


terça-feira, 24 de outubro de 2017

4 mentiras que nos contam sobre o mau hálito

O mau hálito é um problema bastante comum e bastante difícil de lidar. Geralmente, colegas no trabalho ou até mesmo familiares não se sentem confortáveis para avisar alguém que a pessoa tem mau hálito, o que acaba atrasando o diagnóstico e o tratamento. Além disso, alguns mitos rodeiam o mau hálito, o que também pode ser um empecilho. Conheça quatro deles e saiba o que fazer ou não fazer caso este problema esteja afetando sua vida.

Mito 4: É possível dizer se você tem mau hálito respirando nas suas mãos em concha
O problema com este método é que a respiração em suas mãos não impulsiona a respiração da parte de trás da boca da mesma maneira que acontece quando você fala. Então, quando você respira em sua mão, você pode perder os cheiros dos gases produzidos na parte traseira da língua, o principal lugar onde o mau hálito se origina.
Os médicos têm três métodos para testar o mau hálito. Eles podem fazer isso cheirando um dos seguintes sintomas: a respiração do paciente apenas a 5 cm do nariz do médico, o conteúdo de uma colher que foi raspada no topo da língua da pessoa, fio dental que foi passado entre os dentes traseiros ou uma placa de Petri contendo a saliva do paciente que foi deixada em uma incubadora a 37 ° C por cinco minutos.
Há também pequenos monitores disponíveis que podem detectar certos gases, mas eles são limitados – incluem apenas alguns gases e não outros. Finalmente, a “cromatografia gasosa” – uma técnica para separar misturas complexas de gases – pode medir a quantidade de enxofre no ar, mas envolve equipamentos especializados mais raros de se encontrar em consultórios médicos.
Nem todas as pessoas que pensam que têm mau hálito, realmente têm. Pessoas recuando ou se afastando enquanto alguém fala podem ser atitudes mal interpretadas – em casos reais de halitose, essa não é a maneira como as pessoas tendem a reagir. Um estudo colocou essa proporção em 27%.
Não há um consenso sobre a proporção de toda a população que realmente têm halitose. As taxas variam de 22 a 50%.

Mito 3: Se você tem mau hálito, você provavelmente tem uma doença oculta por trás disso
A maior parte do cheiro ruim provém de compostos de enxofre voláteis, gases com odores distintivos. O sulfureto de hidrogênio, com seu cheiro clássico de ovos podres, é um dos principais infratores, mas pior ainda é uma substância chamada etil mercaptano, que tende a ser descrita como cheiro de repolho em decomposição. É o composto que deixa a urina de algumas pessoas com um cheiro particularmente acre depois delas terem comido aspargos.
Estes compostos são distribuídos quando os alimentos e as bactérias se acumulam nos sulcos na parte de trás da língua. A boa notícia é que isso pode ser temporário, como resultado de comer alho ou cebolas, beber café ou fumar cigarros. Mas em três quartos dos casos, algum tipo de problema dentário é encontrado junto da halitose. Os pacientes podem ter gengivas inchadas, doloridas ou infectadas ou terem uma espécie de revestimento na língua.
É verdade que, em uma pequena porcentagem de casos, o mau hálito é causado por um problema em outros lugares do corpo, como a orelha, nariz e garganta, rins, pulmões ou intestinos, mas quando isso acontece, é incomum que a halitose seja o único sintoma.

Mito 2: Lavar a boca sempre resolve o mau hálito
A primeira coisa que muitas pessoas fazem se suspeitam que têm mau hálito é usar um enxaguante bucal. O aromatizante de hortelã ou cravo, é claro, disfarça o cheiro por pouco tempo, e muitos enxaguantes bucais também contêm anti-séptico. A ideia é eliminar as bactérias que levam a compostos de mau cheiro. Por um tempo, isso pode funcionar. Mas há um debate sobre o fato de enxaguantes bucais conterem álcool e se isso aumenta ou não a desidratação. Uma boca muito seca pode fazer com que o hálito cheire ainda pior.
Beber mais água durante o dia pode ajudar, tanto por enxaguar os alimentos quanto na prevenção da secura na boca.
O corpo de pesquisa de saúde Cochrane, do Reino Unido, está atualmente reunindo uma revisão da literatura científica sobre intervenções para o mau hálito. Em sua revisão anterior de enxaguantes bucais, em 2008, os cinco melhores ensaios mostraram que, se contiverem antibacterianos como clorhexidina e cloreto de cetilpiridínio, dióxido de cloro ou zinco, eles podem reduzir cheiros desagradáveis ​​até certo ponto. Mas os autores pediram que fossem feitos mais testes. Espera-se que esta próxima revisão seja capaz de fornecer mais informações sobre quais enxaguantes escolher.
A alternativa é raspar sua língua com um limpador de língua especial. Este método também está sendo avaliado na revisão Cochrane mais recente. O último relatório encontrou apenas dois pequenos ensaios sobre esse método. Eles mostraram que pode funcionar, mas que o efeito é de curta duração. Eles também destacam o risco de danificar a língua pressionando demais e a importância de garantir que, se você quiser usar uma escova de dentes para limpar a língua, ela seja suave.

Mito 1: Bactérias na boca são uma coisa ruim
Todos nós temos uma comunidade ligeiramente diferente de entre 100 e 200 micróbios na boca. À medida que estamos aprendendo a apreciar o microbioma humano e o papel positivo que os milhões de bactérias presentes nos nossos corpos podem desempenhar, em vez de eliminar completamente as bactérias da boca, os cientistas estão tentando descobrir como obter a combinação certa, visando a eliminação de bactérias específicas ou o uso de probióticos para incentivar certas bactérias na boca.
Os ensaios de Fase I e II já foram conduzidos para matar as bactérias mais frequentemente envolvidas na cárie dentária. A substância foi testada como um gel aplicado em uma clínica e, em seguida, será testado como um verniz, novamente aplicado em uma clínica, mas acompanhado por tiras que as pessoas podem levar para casa e aplicar aos dentes como um prolongamento do tratamento. Isso abre a possibilidade no futuro de usar métodos semelhantes para atingir as bactérias mais frequentemente envolvidas no mau hálito.
Mas estes testes ainda estão no início. Por enquanto, o conselho médico é escovar os dentes e usar o fio dental com cuidado, beber muita água, não fumar, comer uma dieta balanceada e visitar o dentista caso você encontre sinais iniciais do mau hálito. [BBC]


Fonte: https://hypescience.com/mitos-mau-halito/ - Por: Jéssica Maes

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Rumo à longevidade: Você não precisa ficar frágil conforme envelhece

Você pode escolher como será seu envelhecimento. E, se vale uma dica, o bem-estar psicológico parece ser mais importante que o físico.

Fragilidade evitável

A fragilidade relacionada à idade pode não ser uma sentença inapelável, mas sim um problema de saúde tratável e evitável, assim como a obesidade, o diabetes e as doenças cardiovasculares.

"A sociedade não está consciente da fragilidade como um problema de saúde evitável e a maioria das pessoas normalmente aceita passivamente esta condição. Felizmente, adotando um estilo de vida adequado e atividades físicas, mentais e sociais adequadas, pode-se prevenir ou retardar o estado de fragilidade," garante o professor Jerzy Sacha, da Universidade de Opole, na Polônia.

A fragilidade engloba uma série de sintomas que muitas pessoas assumem ser apenas uma parte inevitável do envelhecimento, incluindo fadiga, fraqueza muscular, movimentos mais lentos e perda de peso não intencional. A fragilidade também se manifesta como sintomas psicológicos e cognitivos, como o isolamento, a depressão e a dificuldade de pensar tão rápida e claramente quanto antes.

Com o objetivo de melhorar a conscientização do público e dos profissionais de saúde sobre o que realmente pode ser feito para lidar com a situação, Sacha e sua equipe revisaram mais de 100 artigos científicos sobre o reconhecimento, tratamento e prevenção da fragilidade associada à idade,

O que a análise dos estudos revela é que a detecção precoce e o tratamento da fragilidade e da pré-fragilidade podem ajudar muitos idosos a viver vidas mais saudáveis.

Como envelhecer forte e saudável

O conhecimento científico expresso nesses mais de 100 estudos mostra ampla evidência de que a prevalência e o impacto da fragilidade podem ser reduzidos, pelo menos em parte, com algumas medidas simples.

Não surpreendentemente, o exercício físico apropriado para a idade mostrou ser uma das intervenções mais eficazes para ajudar os idosos a permanecerem fisicamente aptos. Um monitoramento cuidadoso do peso corporal e da dieta também é fundamental para garantir que os idosos não sofram desnutrição, o que muitas vezes contribui para a fragilidade.

A socialização é outro aspecto crítico, evitando os sintomas cognitivos e psicológicos da fragilidade. A solidão e a falta de objetivos podem deixar os idosos desmotivados e ociosos, e os programas sociais atuais podem ser melhorados focando nas necessidades intelectuais e sociais, bem como nas físicas.

Os estudos não permitem calcular o quanto essas intervenções podem beneficiar o envelhecimento da população, mas mostram que aumentar a conscientização sobre a questão é um primeiro passo crítico. O reconhecimento, tanto pelos médicos quanto pelos pacientes, da fragilidade como uma condição que pode ser prevenida pode contribuir significativamente para evitar ou retardar o problema.

"As campanhas sociais devem informar a sociedade sobre a fragilidade relacionada com a idade e sugerir estilos de vida adequados para evitar ou retardar essas condições," disse o Dr. Sacha. "As pessoas devem perceber que elas podem mudar seus caminhos inadequados para a senilidade, e que essa mudança na mentalidade é fundamental para preparar as comunidades para uma maior longevidade."

A revisão foi publicada na revista Frontiers in Physiology.


domingo, 22 de outubro de 2017

Exame rápido pode descartar risco de ataque cardíaco

O c-MyC é um gene regulador que codifica uma proteína multifuncional, com papel importante na progressão do ciclo celular, na apoptose (morte programada) e na transformação celular.

Um novo exame de sangue, batizado de cMyC, promete descartar o risco de um ataque cardíaco iminente em menos de 20 minutos.

Uma equipe do King's College de Londres avaliou o novo teste e garante que ele pode representar uma economia de milhões de dólares anualmente, liberando leitos e enviando para casa tranquilos os pacientes sem riscos.

Cerca de dois terços dos pacientes com dor no peito que vão ao hospital não sofreram um ataque cardíaco de fato.

Um eletrocardiograma pode mostrar rapidamente ataques cardíacos importantes, mas não é razoável descartar eventos cardíacos menores, mas que ainda podem ameaçar a vida do paciente. Por isso esses pacientes são mantidos hospitalizados sob observação.

Atualmente, os pacientes com dor torácica e eletrocardiograma limpo podem fazer um exame de sangue diferente para detectar um ataque cardíaco, chamado troponina. Mas ele precisa ser repetido três horas mais tarde para capturar sinais de danos nos músculos cardíacos.

Já os níveis de cMyC - sigla em inglês para proteína de ligação à miosina cardíaca C - aumentam mais rapidamente e em maior intensidade após um ataque cardíaco do que as proteínas de troponina.

Isto significa que um teste de cMyC pode permitir que os médicos descartem imediatamente o ataque cardíaco em uma proporção maior de pacientes, defende a equipe do Dr. Tom Kaier, que publicou seus resultados na revista Circulation.

Eles realizaram exames de sangue de troponina e cMyC em quase 2.000 pessoas com dor torácica aguda acolhidas em hospitais na Suíça, Itália e Espanha. O novo teste foi mais eficaz para identificar os pacientes sem riscos nas primeiras três horas após o início da dor torácica.

"Nossa pesquisa mostra que o novo teste tem o potencial de tranquilizar muitos milhares a mais de pacientes com um único exame, melhorando sua experiência e liberando valiosos leitos hospitalares nas emergências e enfermarias em todo o país," disse o Dr. Kaier.


Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=exame-risco-ataque-cardiaco&id=12367&nl=nlds - Com informações da BBC - Imagem: AbsturZ/Wikipedia

sábado, 21 de outubro de 2017

Pela sua saúde: 7 razões para você fazer mais sexo

Aplacar dores, proteger o coração e aumentar a autoestima são apenas alguns dos motivos por que você deveria ter relações sexuais com mais frequência

1. Queima calorias
Sim, o sexo é capaz de mandar embora aquelas calorias extras que você consumiu no jantar. “Os movimentos de diferentes intensidades e o aumento no ritmo respiratório elevam o gasto de energia”, explica Adriana Feital de Oliveira Gameiro, ginecologista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Trinta minutos de rala e rola subtraem até 100 calorias do balanço diário.

2. Alivia dores
Na hora H o organismo libera uma série neurotransmissores – alguns com propriedades analgésicas que reduzem sensações dolorosas. “Além disso, a atividade promove um alto relaxamento muscular após o orgasmo, perfeito para quem sofre com incômodos pelo corpo”, conta Adriana.

3. Protege o coração
Por ser uma atividade com diferentes níveis de intensidade, o sexo eleva, temporariamente, a frequência cardíaca e a pressão arterial. “Com isso, o fluxo sanguíneo do corpo aumenta, o que gera uma melhora no retorno venoso, ajudando na saúde do coração”, esclarece a ginecologista.

4. Melhora a autoestima
Transar faz a pessoa se sentir amada e desejada. “Isso acaba despertando uma vontade de se manter sempre bem e estimulando, como consequência, a busca por outras atividades físicas e uma alimentação balanceada”, diz Adriana.

5. Reduz o stress
Suar a camisa – ainda que na cama – estimula o corpo a produzir endorfina e serotonina, neurotransmissores que espantam a ansiedade e o stress da rotina.

6. Define os músculos
O ato sexual ajuda na tonificação dos músculos como um todo. Meia horinha já é suficiente para você trabalhar glúteos, braços, abdômen, coxas e panturrilha. “Dependendo do movimento durante a penetração é possível até fortalecer o períneo, que é um grupo muscular localizado na base da pelve da mulher”, revela Adriana.

7. Aumenta a imunidade
O sexo ativa e equilibra o sistema imunológico. Pesquisas já relacionaram a liberação de hormônios da felicidade, que ocorre durante a transa, a uma defesa reforçada do organismo.


Fonte: https://boaforma.abril.com.br/saude/pela-sua-saude-7-razoes-para-voce-fazer-mais-sexo/ - Por Caroline Randmer (Colaboradora) - nd3000/Thinkstock/Getty Images

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

5 passos para retardar o envelhecimento e garantir longevidade

Adotar alguns hábitos saudáveis no seu dia a dia pode ser o segredo para garantir longevidade. Saiba mais!

Quer a receita da longevidade? Quem prescreve é a bióloga americana Elizabeth Blackburn, Prêmio Nobel de Medicina em 2009, por suas descobertas a respeito dos telômeros e sua relação com o envelhecimento. 

Mas o que são telômeros? São estruturas presentes nas extremidades dos cromossomos humanos (células que contêm o DNA) e que, à medida que o tempo passa, vão ficando mais curtos. Essa redução compromete a renovação celular, a qualidade e a expectativa de vida. Portanto, a senha é preservar essas terminações “em bom tamanho” para viver feliz e com saúde e ter hábitos e pensamentos saudáveis para mantê-los alongados. 

“Depressão, estresse e ansiedade representam riscos para a manutenção do comprimento dos telômeros e podem acelerar o processo de envelhecimento celular”, explica Thais Rabanea, psicóloga especializada em neuropsicologia pelo Centro de Diagnóstico Neuropsicológico (CDN). “O modo como enfrentamos os desafios da vida são cruciais para manter o comprimento dessas células e, consequentemente, prevenir doenças, retardar o processo de envelhecimento e aumentar a longevidade”, completa Thaís. 
Em suma: a pesquisadora americana defende a teoria de que as pessoas têm o controle sobre seu envelhecimento e o poder de manter seus próprios telômeros, através de hábitos saudáveis, e destaca cinco como sendo superimportantes. Veja a seguir:

1. Dormir no mínimo sete horas toda noite.

2. Exercitar-se moderadamente – uma corrida leve ou caminhada acelerada três vezes por semana, por pelo menos 45 minutos, é suficiente, lembrando que, quanto maior o estresse, mais relevante é o papel do exercício.

3. Diminuir o consumo de açúcar – em 2014, um estudo feito com 5 mil americanos que tomavam mais de meio litro de refrigerante por dia mostrou que eles tinham 4,6 anos a mais de idade biológica.

4. Adotar dieta rica em ômega-3 (peixes, linhaça, chia, pistache, avelãs e amêndoas), grãos, verduras e frutas, descartando alimentos processados e refrigerantes.

5. Meditar – um antídoto eficaz contra a ansiedade e a depressão. Poucos minutos por dia já têm grande efeito.


Fonte: http://corpoacorpo.uol.com.br/blogs/mulher-de-corpo/5-passos-para-retardar-o-envelhecimento-e-garantir-longevidade/12058 - Por Isabela Leal | Foto Getty Image | Adaptação web Ana Paula Ferreira