sábado, 21 de março de 2020

Afinal, os animais podem contrair ou transmitir o novo coronavírus?


Nosso colunista explica até que ponto os bichos de estimação correm risco e o que fazer caso o tutor ou alguém da família pegue a Covid-19

A chegada do novo coronavírus ao Brasil despertou muitas dúvidas e preocupações. Inclusive sobre a possibilidade de os animais de estimação pegarem o agente infeccioso causador da Covid-19. Daí a importância de fazer os esclarecimentos com base no que a ciência já descobriu até agora.

Cães e gatos podem contrair um coronavírus próprio de suas espécies. Ele nada tem a ver com a Covid-19 e não é transmitido para o ser humano. Por ora não há evidência de que pets estejam adoecendo pelo novo coronavírus nem que sejam capazes de propagar a doença.

Embora possamos ficar mais tranquilos em relação a isso, é preciso lembrar que, por se tratar de uma nova doença, devemos acompanhar o que as pesquisas sérias estão desvendando. As informações oficiais e atualizadas sobre esses estudos se encontram em boletins como o da World Small Animal Veterinary Association (WSAVA) — entidade na qual os clínicos veterinários de todo o mundo se baseiam hoje.

Agora, se o tutor pegar a doença, ele pode ficar na companhia do seu bicho durante a quarentena? A orientação atual é clara: pessoas infectadas pelo coronavírus devem ficar isoladas e adotar medidas para não transmitir a doença a seus familiares e colegas.

Em tempos de redes sociais e pandemia, a informação circula mais rápido do que nunca e algumas postagens começaram a despertar dúvidas e apreensões. É o caso de celebridades que testaram positivo para a Covid-19 e publicaram fotos suas em companhia dos seus pets.

A blogueira Gabriela Pugliese divulgou recentemente em seu perfil no Instagram que contraiu a doença no casamento da irmã na Bahia e que está se recuperando junto ao seu cão. Na imagem, ela encontra-se com o pet no colo sem proteção.


Outra personalidade, o cantor Di Ferrero, afirmou que contraiu o coronavírus e está seguindo as orientações de restrição e proteção… ao lado de seus cachorros (que não pegariam a doença).

A informação de que os pets não contraem a Covid-19 é correta. Porém, por se tratar de algo novo, entidades como a WSAVA orientam a utilização de luvas e máscaras e a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel antes e depois de ter contato com os animais. Isso serve tanto para a proteção do bicho como para resguardar outras pessoas que convivem com ele.

Na China, um cão de uma tutora com a doença foi testado como fracamente positivo para a Covid-19, o que pode indicar contaminação ambiental. O animal permanece em observação, não apresenta sintomas e os órgãos internacionais de Medicina Veterinária estão acompanhando o comportamento do vírus.

Diante disso tudo, vale repetir: tutores que pegaram o Covid-19 devem evitar o contato direto com seus pets e, ao fazê-lo, é prudente utilizar luvas e máscaras e lavar as mãos antes e depois para proteger o bicho. Essa é uma orientação que vem sendo seguida por hospitais veterinários mundo afora, incluindo instituições de referência — e temos reforçado isso no atendimento do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo.

Com o objetivo de monitorar o coronavírus, um importante laboratório americano, a Idexx, acaba de publicar que desenvolveu um teste de Covid-19 para pets, já realizado em milhares de animais. A boa notícia: todos deram negativo! Isso reforça a ideia de que pets não contraem ou transmitem o vírus.

Do nosso lado, o dos tutores, não custa aderir às medidas de higiene e proteção pessoal e social. Afinal, nós, humanos, é que estamos mais expostos nessa pandemia.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/pet-saudavel/pets-podem-contrair-transmitir-coronavirus/ - Por Dr. Mario Marcondes - Foto: Fongleon365/iStock

Achatar a curva da covid-19: O que significa e como você pode ajudar?


Importância de achatar a curva em uma epidemia.

Paralisação pela pandemia

A pandemia do Sars-CoV-2, causador da gripe covid-19 está causando uma paralisação mundial sem precedentes.

Tudo isso é realmente necessário devido ao novo coronavírus? As autoridades de saúde pública não estariam exagerando na ameaça representada pelo vírus que causa a doença covid-19?

Não mesmo, e tudo isso é absolutamente necessário porque já demonstrou que funciona, lembra o historiador médico Howard Markel, da Universidade de Michigan (EUA) que estudou os efeitos de respostas semelhantes a epidemias passadas.

"Um surto em qualquer lugar pode ir a qualquer lugar. Todos nós precisamos nos empenhar para tentar evitar casos em nossas comunidades," disse ele.

É o chamado "achatar a curva", um termo que as autoridades de saúde pública usam o tempo todo, mas que muitas pessoas ouviram pela primeira vez nesta semana. Que curva? E por que esse é o melhor plano?

Achatar a curva da epidemia

Se você observar a imagem acima, poderá ver duas curvas - duas versões diferentes do que pode acontecer em uma região que detecta os primeiros casos, dependendo das providências adotadas.

A curva alta e fina é indesejável, significando que muitas pessoas ficam doentes de uma só vez, em um curto período de tempo, porque não tomamos medidas suficientes para impedir que o vírus se espalhe de pessoa para pessoa.

A maioria das pessoas não fica doente o suficiente para precisar de um hospital. Mas aqueles que precisam podem sobrecarregar o número de leitos e equipes de atendimento que hospitais de nenhum país do mundo têm disponível.

Afinal, muitos prontos-socorros e hospitais já operam perto da capacidade em dias comuns, sem epidemia. Adicionar um pico acentuado a esse tráfego com pacientes com covid-19 pode significar que algumas pessoas não vão receber os cuidados de que precisam, com ou sem coronavírus.

A curva mais plana e mais baixa é melhor e mais desejável, mas será necessário trabalhar em conjunto para que isso aconteça, diz Markel. É por isso que as medidas de isolamento e contenção são necessárias.

Achatamento da curva ajuda a todos

Se indivíduos e comunidades tomarem medidas para retardar a propagação do vírus, isso significa que o número de casos de covid-19 se estenderá por um longo período de tempo. Como mostra a curva, o número de casos em um determinado momento não ultrapassa a linha pontilhada da capacidade do sistema de saúde para ajudar todos os que estão muito doentes.

"Se você não tem tantos casos chegando aos hospitais e clínicas de uma só vez, pode realmente diminuir o número total de mortes pelo vírus e por outras causas," disse o Dr. Markel. "E, mais importante, ganha tempo para cientistas das universidades e do governo, e para a indústria, criar novas terapias, medicamentos e potencialmente uma vacina."

Outro fator importante a ser considerado: os médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos e muitos outros funcionários que realmente trabalham na área da saúde. Quanto mais casos de covid-19 houver em um determinado momento, maior a probabilidade de alguns deles serem contagiados, seja na comunidade ou no trabalho. Quando estão doentes, precisam ficar longe dos pacientes por semanas. O que significa menos pessoas para cuidar dos pacientes que precisam de cuidados.

Em resumo, cancelar, adiar ou mudar nosso trabalho, educação e lazer pode ser inconveniente, irritante e decepcionante. Mas pode salvar muitas vidas, inclusive as nossas e de nossos familiares.

"O coronavírus é uma doença transmitida socialmente e todos temos um contrato social para detê-la," disse Markel. "O que nos une é um micróbio - mas que também tem o poder de nos separar. Somos uma comunidade muito pequena, reconhecemos ou não, e [a pandemia] prova isso. A hora de agir como uma comunidade é agora."

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=achatar-curva-covid-19&id=13991&nl=nlds - Com informações da Umich - Imagem: Adaptado da CDC

sexta-feira, 20 de março de 2020

Coronavírus sem pânico: 6 dicas para não pirar com a doença


Com o avanço da crise causada pelo novo coronavírus no mundo, é importante estar bem informado e cuidar da saúde mental para não se estressar

A Organização Mundial de Saúde (OMS) acaba de declarar como pandemia o Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Em apenas três meses, a doença se espalhou pelo mundo de forma exponencial, deixando a Itália isolada em quarentena e somando mais de 125 mil casos em todos os continentes.

Com milhares de informações circulando nos meios digitais, a crise em torno da doença passou a gerar uma carga de estresse na população. Por isso, o Departamento de Saúde Mental da OMS organizou uma lista com dicas para lidar com a situação e diminuir a ansiedade diante do cenário de Covid-19.

Confira abaixo as orientação para evitar que a crise de Covid-19 (novo coronavírus) cause impactos em sua saúde mental e fique bem informado:

Coronavírus não tem etnia
O coronavírus pode infectar qualquer pessoa de qualquer país. Por isso, não associe a doença à etnia ou cor dos pacientes. Tenha empatia e seja solidário com aqueles que foram afetados, uma vez que ninguém tem culpa de ter contraído o vírus.

Utilize a linguagem correta
Sem saber, muitas pessoas utilizam uma linguagem inadequada para se referir aos pacientes infectados com o novo coronavírus. Chamar de "casos de Covid-19", "vítimas" ou "doentes" não é correto, afinal, quando recuperadas, estas pessoas continuarão suas vidas normalmente. Os termos mais indicados são "pessoas que têm Covid-19", "pessoas em tratamento de Covid-19" ou "pessoas recuperando de Covid-19".

Evite ler ou ver notícias que causem estresse
Se você sente ansiedade ou estresse ao ver notícias sobre o coronavírus, evite assistir, ler ou ouvir notícias relacionadas ao tema. Procure informações apenas para se proteger ou para se atualizar de tempos em tempos. Ver notícias todos os dias ou toda a hora pode provocar maiores preocupações. Foque também nos fatos provenientes de sites oficiais e jornais com credibilidade, a fim de fugir de fake news.

Proteja-se e ajude o próximo
Oferecer ajuda ao próximo quando ele precisar pode beneficiar tanto o outro quanto a si próprio. Além disso, não deixe de se proteger e oferecer informações quanto à prevenção aos seus amigos e familiares.

Compartilhe fatos positivos
Procure amplificar vozes, imagens e histórias positivas. Compartilhe a experiência de pessoas que se recuperaram do novo coronavírus (Covid-19) ou de quem ajudou uma pessoa próxima a se recuperar.

Reconheça o trabalho dos profissionais de saúde
Honre e homenageie o trabalho dos profissionais de saúde que estão dispostos a cuidar dos pacientes afetados pelo novo coronavírus. Reconheça o papel deles na saúde da comunidade e como estão salvando vidas.

Ofereça apoio emocional
Durante períodos de crise ou quarentena, idosos, principalmente aqueles com idade mais avançada ou com demência, podem ficar mais agitados, ansiosos, bravos ou estressados. Por isso, é importante oferecer apoio emocional através de familiares ou profissionais.

Converse e mantenha contato com as crianças
Se a criança tem dúvidas sobre o novo coronavírus, esclarecê-las pode aliviar a ansiedade e manter uma comunicação honesta. Em tempos de crise, crianças observam o comportamento e emoções dos pais para entender como lidar com seus próprios sentimentos.


Sem poder ir à academia? Exercícios para fazer em casa e manter a forma


Profissionais de educação física dão dicas para manter equilíbrio físico e mental em tempos de isolamento

Por causa da pandemia de coronavírus, as academias de ginástica estão criando medidas como maior higienização dos espaços, redução da capacidade em aulas coletivas e até disponibilização de aplicativos para a prática de atividades em casa. Em algumas cidades, o fechamento das academias se tornou obrigatório.

Desse modo, em tempos de isolamento, o exercício físico pode ajudar inclusive no equilíbrio da saúde mental. Segundo profissionais de educação física, reservar dois ou três dias por semana para praticar exercícios em casa já é suficiente para sair do sedentarismo e manter o condicionamento.

Uma dica é aproveitar qualquer oportunidade para se exercitar, como trocar o elevador pela escada, quando há a possibilidade de sair de casa em caminhar alguns metros.

“O ideal é encontrar algo que combine com seu gosto pessoal, uma aula individual de dança em casa, ou algo mais zen, ou um treino funcional. Qualquer exercício é válido para não entrar no sedentarismo”, diz Rodrigo Sangion, proprietário da Academia Les Cinq Gym.

Veja abaixo uma opção de treino funcional para fazer em casa, sugerido por Sangion:

1 – Flexão de braços
Esse é o tipo de exercício para desenvolver o peitoral, que pode ser executado também em pequenos espaços. Sem contar que é relativamente fácil de ser feito.

2 – Abdominal
Abdominais ajudam a tonificar a musculatura da barriga. Para não errar e obter o resultado esperado, aposte mesmo no mais simples: aquele que você faz com as pernas flexionadas, pés no chão, mãos na cabeça, sem tirar a lombar totalmente do chão.

3 – Agachamento
O agachamento trabalha muito quadríceps, ísquios tibiais (posteriores de coxa) e glúteos, além de lombar e abdômen que auxiliam na sustentação do tronco.
Faça as flexões de braços, os abdominais e os agachamentos na forma de circuito: um na sequência do outro. É importante manter o ritmo forte, chegando próximo a seu limite máximo de esforço.
Para Lincoln Cavalcante, personal trainer de celebridades e atletas como a lutadora de jiu-jitsu Kyra Gracie, não é aconselhado pessoas sedentárias começarem a enfrentar uma rotina de treinos justamente durante a pandemia.
“Quando a pessoa sedentária entra num processo de atividade física, o corpo entra em uma série de adaptações fisiológicas e isso demanda muita energia. Se com essas adaptações a imunidade cair, a pessoa ficará mais vulnerável a receber o vírus”, afirma Cavalcante.

Para ele, é importante também separar os treinos de acordo com as necessidades fisiológicas. Veja abaixo algumas opções:

Treino masculino com cinco exercícios: 

Ponte dinâmica (10 x cada lado)

Polichinelo ou corda (1 minuto)

Flexão de braços com cotovelos abertos (15 repetições)

Polichinelo ou corda (1 minuto)

Agachamento unilateral com passo à frente (10 x cada perna)

Polichinelo ou corda (1 minuto)

Flexão de braços com cotovelos fechados (15 repetições)

Polichinelo ou corda (1 minuto)

Afasta o pé, agacha e junta os pés (10 x cada lado)

Polichinelo ou corda (1 minuto)

Treino feminino de força

Passo para o lado e agacha (15 x cada perna)

Passo para a frente e passo para trás com a mesma perna (15 x cada perna)

Agacha e salta

Repetir três vezes.

Flexão de braços com o joelho no chão (10 x)

Ponte de frente (30 segundos)

Ponte de lado (20 segundos cada lado)

Repetir três vezes.

Passo para a frente e vira o corpo para o lado da perna (trocando os lados, 20 x total)

Agachamento com os pés afastados e apontados para fora (20 repetições)

Caminhando e agachando (20 x)

Repetir 3 vezes.


quinta-feira, 19 de março de 2020

Novo coronavírus: mitos e verdades sobre a doença Covid-19


Descubra se o coronavírus pode ser evitado com alimentos como chás, alho e inhame e se é seguro receber encomendas vindas da China

O Ministério da Saúde no Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e jornais internacionais estão com campanhas globais para desmistificar algumas das notícias falsas que andam circulando acerca do novo coronavírus.

Classificada como pandemia pela OMS e com mais de 132 mil casos em 117 países, a doença tem gerado muitas dúvidas entre a população e, assim como já aconteceu em outras epidemias, vários mitos foram espalhados na web.

Algumas informações compartilhadas por internautas são mais alarmistas, outras indicam como verdadeiros fatos que não foram oficialmente comprovados. Diante da preocupação global, os órgãos de saúde estão tomando medidas para informar devidamente a população. Confira:

Fake news sobre coronavírus
Tanto o ministério quanto a OMS reforçam que se você receber alguma notícia sobre a doença, antes de compartilhar, verifique a veracidade e informe-se apenas por meio dos órgãos oficiais ou veículos de confiança.

Confira as fake news verificadas pelos órgãos e fique bem informado sobre o assunto:

1- Sopa de morcego pode ter disseminado coronavírus na China?
De acordo com a OMS, não há comprovação científica de que a comida em questão tenha sido a responsável pela disseminação do novo coronavírus na China. Esta informação, inclusive, foi uma das primeiras suposições que começaram a circular na web no início do surto.

2 - Chás imunológicos ajudam a prevenir o coronavírus?
Imagens e listas compartilhadas por meio de aplicativos de mensagem, como o Whatsapp, dão conta de que alguns chás naturais, como o chá de erva docechá de abacate com hortelã e um chá imunológico (à base de gengibre, alho, capim-limão, tomilho, hortelã e casca de limão), podem prevenir contra o novo coronavírus.
Entretanto, de acordo com o Ministério da Saúde, nenhum tipo de chá pode ser utilizado para substituir um tratamento adequado contra a gripe, muito menos contra o novo coronavírus. Também é falsa a afirmação de que o chá de erva-doce tem a mesma substância do medicamento Tamiflu (fosfato de oseltamivir).

3 - É possível aumentar a imunidade com vitamina C e inhame?
Um vídeo que circula na web mostra um suposto médico chinês, que trabalha no Brasil e que teria falado com a irmã que mora na China. Na gravação, ele recomenda métodos para aumentar a imunidade contra o vírus, como ingerir vitamina C e D, comer inhame e própolis. O vídeo original foi apagado pelo médico devido à repercussão.
Em resposta, o Ministério da Saúde afirma que não há evidências científicas que mostrem que vitaminas C e D, inhame, própolis ou banhos "quente/frio" sejam precauções eficazes contra o coronavírus. A mesma recomendação vale para uma mensagem que traz supostas orientações do Diretor do Hospital das Clínicas, de São Paulo - que também seria falsa.

4 - Comer alho e beber uísque com mel pode prevenir contra o coronavírus?
Segundo o Ministério da Saúde, o alho é um alimento saudável que pode conter propriedades anti microbianas. Entretanto, não existe evidência que comer o alimento ou beber uísque com mel tem prevenido pessoas do novo coronavírus.

5 - Lavar regularmente o nariz com solução salina ajuda na prevenção?
Outra dúvida levantada por internautas é sobre uma possível medida de proteção contra o coronavírus. Segundo a OMS, entretanto, não existe evidência que a lavagem regular das mãos e corpo com solução salina pode proteger pessoas de uma infecção do coronavírus. A lavagem com água e sabão é a melhor solução.

6- Coronavírus afeta apenas pessoas idosas?
De acordo com os órgãos de saúde, pessoas de todas as idades podem ser infectadas pelo novo coronavírus. Entretanto, pessoas idosas ou com certas condições de saúde são mais vulneráveis a casos severos da doença.

7- Animais domésticos podem transmitir o vírus?
Até o presente momento, não há evidência de que animais domésticos, como gatos e cachorros, podem transmitir o novo coronavírus.

8 - Antibióticos podem prevenir ou tratar a infecção de coronavírus?
A OMS responde que não, uma vez que antibióticos não agem contra o vírus, apenas contra bactérias. Portanto, antibióticos não são usados como modo de prevenção ou tratamento para a nova doença.
Além disso, até o momento, não existe nenhuma medicação para prevenir ou tratar o novo coronavírus. A OMS está ajudando a acelerar o desenvolvimento de pesquisas sobre o assunto.

9 - É seguro receber cartas, pacotes e encomendas da China?
De acordo com a OMS, sim, é seguro. Pessoas recebendo encomendas ou correspondência da China não estão em risco de contrair o vírus. O agente da doença não sobrevive a longo prazo em objetos como cartas e pacotes.

10 - A vacina contra pneumonia protege contra o coronavírus?
Não, vacinas contra pneumonia não protegem contra o novo coronavírus. O vírus é novo e diferente, por isso, precisa de sua própria vacina. Diversos pesquisadores do mundo todo, inclusive, estão unindo forças para desenvolver uma imunização segura contra o patógeno. Porém, ainda não há previsão de comercialização do produto.

11 - Usar ou comer óleo de gergelim impede que o coronavírus entre no corpo?
Não, óleo de gergelim não mata o vírus. Até o momento, não há nenhum medicamento específico, infusão ou vacina que possa evitar a infecção pelo novo coronavírus. Segundo o Ministério da Saúde, medidas de higiene, como lavar as mãos várias vezes ao dia, ajudam na prevenção.

12 - Coronavírus pode infectar o cérebro e causar perda de memória?
Outra notícia falsa que circula nas redes informa que pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) confirmaram que o vírus também consegue infectar e se multiplicar em cérebros adultos, atingindo neurônios mais maduros e provocando, em alguns casos, desde quadros temporários de confusão mental e dificuldade motora até problemas mais graves, de coma ou perda de memória.
A UFRJ, no entanto, desmentiu que tenha realizado tal pesquisa. Além disso, não há evidências científicas de que o novo coronavírus provoque esses danos cerebrais, segundo os órgãos públicos de saúde.

13 - Tomar banho quente pode prevenir contra a Covid-19?
Tomar banhos quentes não previne a doença causada pelo novo coronavírus, uma vez que a temperatura do corpo permanece entre 36,5ºC a 37ºC, independente da água do banho. Na realidade, tomar banho muito quente pode causar queimaduras em você. O melhor jeito de prevenir a Covid-19 é lavando as mãos frequentemente.

14 - Clima frio e neve podem matar o novo coronavírus?
Não há razão para acreditar que o clima frio pode matar o novo coronavírus ou qualquer outra doença. A temperatura corporal mantém-se em 36,5°C a 37°C, independente da temperatura externa. A melhor forma de prevenção continua sendo limpar frequentemente as mãos com álcool ou sabão.

15 - O novo coronavírus pode ser transmitido por picada de mosquito?
Até o momento, não há informação ou evidência que sugira que o novo coronavírus possa ser transmitido através de mosquitos. O SARS-CoV2 é um vírus que se espalha através das vias aéreas por secreções de pessoas infectadas, quando elas tossem ou espirram. Para prevenir o Covid-19, evite contato próximo com qualquer pessoa que esteja espirrando ou tossindo.

16 - Secadores de mãos são eficientes para matar o novo coronavírus?
Não, secadores de mãos não matam o novo coronavírus. A melhor forma de prevenção é a higienização das mãos com álcool ou sabão. Uma vez com as mãos higienizadas, você pode secá-las com papel ou toalhas descartáveis.

17 - Lâmpadas com luz ultravioleta desinfetantes (anti-mosquitos) podem matar o novo coronavírus?
Lâmpadas de luz ultravioleta não devem ser usadas para esterilizar mãos ou outras áreas, já que a radiação UV pode causar irritação da pele.

18 - Câmeras térmicas podem detectar pessoas infectadas com o novo coronavírus?
As câmeras térmicas detectam quando pessoas apresentam febre, ou seja, quando a temperatura corporal aumenta. Entretanto, estes tipos de câmeras não detectam pessoas que foram infectadas e ainda não apresentam os sintomas da doença.

19 - Espalhar álcool e cloro sobre todo o corpo pode matar o novo coronavírus?
Cloro e álcool não matam o vírus que já entrou no corpo. Espalhar essas substâncias pode ser danoso a roupas e mucosas, como olhos e boca. Os dois produtos podem ser usados apenas como desinfetantes de superfícies, porém, sob recomendações apropriadas.
No Irã, 44 pessoas morreram por intoxicação causada por metanol. No país, em que bebidas alcóolicas são proibidas, alguns iranianos tomaram álcool puro para tratar o Covid-19, pois circulava uma falsa notícia de que a substância matava o vírus.

20 - Existe cura ou vacina contra o novo coronavírus?
Segundo o Ministério da Saúde, ainda não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina para curar do novo coronavírus.
Circula uma notícia de que Cuba teria enviado à China uma vacina contra o novo coronavírus que já teria curado 1.500 pessoas. A mensagem cita o medicamento Interferon Alfa 2B, que é um dos 30 medicamentos utilizados pelo governo chinês para tratar o Covid-19.
Entretanto, Cuba não possui uma vacina contra o novo coronavírus e o Interferon é um remédio utilizado para fortalecer a imunização geral, porém, não é específico como as vacinas.
Além desta notícia, outras informações falsas sobre a cura da doença circulam pelas redes sociais. Uma mensagem diz que médicos tailandeses curam o Covid-19 em apenas 48 horas e outra afirma que pesquisadores chineses teriam descoberto 3 medicamentos contra o novo coronavírus. Ambas as notícias são falsas.
Aqueles infectados com o vírus devem receber tratamento apropriado para aliviar e tratar os sintomas. Há pesquisas em desenvolvimento para encontrar um tratamento que ainda será testado clinicamente.

21 - Devemos evitar cumprimentar as pessoas com aperto de mão?
Sim. Doenças respiratórias podem ser transmitidas pelas mãos e ao tocar os olhos, nariz e boca. Cumprimente as pessoas com acenos e evite o contato físico direto.

22 - Usar luvas de borracha protege contra o novo coronavírus?
Não. Lavar regularmente as mãos oferece maior proteção contra o coronavírus do que usar luvas de borracha. Afinal, se você tocar a boca, olhos ou nariz enquanto usa a luva, ainda pode ser infectado.

23 - Teste caseiro de respirar fundo e prender a respiração por mais de 10 segundos detecta infecção do novo coronavírus?
Não. Uma mensagem circulou pelas redes sociais com um teste caseiro que diagnosticava o Covid-19. A notícia dizia que se você conseguir respirar fundo e prender a respiração por mais de 10 segundos sem tossir, não está infectado pelo vírus. Entretanto, a notícia é falsa e o teste não confirma o diagnóstico.

24 - Vinagre previne a contaminação do novo coronavírus?
Falso. Em um vídeo, um suposto ?químico autodidata? afirma que o álcool em gel não é eficaz na prevenção contra o novo coronavírus e indica que o vinagre seria útil. Em resposta, o Conselho Federal de Química (CFQ) liberou uma nota esclarecendo que o álcool em gel 70% é, sim, ideal para a prevenção.

25 - O novo coronavírus foi manipulado geneticamente e tem uma estrutura similar ao do vírus HIV, que causa a Aids?
Mito. O SARS-CoV2, nome oficial do novo coronavírus, não foi manipulado geneticamente e não possui nenhuma semelhança com o HIV. Além disso, o mecanismo de ação destes vírus dentro do organismo humano é totalmente diferente um do outro. O novo coronavírus afeta o sistema respiratório e pode ser totalmente eliminado do corpo, diferente do vírus do HIV, que infecta células de defesa e não desaparece do organismo.

26 - Novo coronavírus causa pneumonia de imediato?
êm circulado notícias de que a infecção pelo novo coronavírus causa pneumonia de imediato, entretanto, a informação é falsa. Os sintomas da Covid-19, causada pelo novo coronavírus, são: febre, tosse e dificuldade para respirar, semelhantes a uma gripe. Em casos mais graves, pode também causar pneumonia.


quarta-feira, 18 de março de 2020

Pessoas curadas pelo coronavírus são contagiosas até 15 dias depois, diz a OMS

Ficar em casa, é claro, é uma regra estrita que se aplica a todos, mas mesmo as pessoas que já foram infectadas pelo coronavírus ainda podem infectar, mesmo depois de não terem mais sintomas: é por isso que as medidas de proteção devem continuar por pelo menos mais duas semanas após o desaparecimento da doença de Covid-19.

É a recomendação que vem de Tedros Adhanom Ghebreyesu s, diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), que sublinhou em uma entrevista coletiva em Genebra que, mesmo depois de ser curado, o importante é não receber visitas nem ter contatos com todos os tipos .

Em seu discurso, Ghebreyesus também afirma que há ” mais casos e mortes no resto do mundo do que na China ”

As medidas de exclusão social podem ajudar a reduzir a transmissão e permitir que os sistemas de saúde possam lidar com ela.

A lavagem constante das mãos e espirro ou tosse no cotovelo podem reduzir o risco para si mesmas e para os outros. “ Mas, sozinhos, esses artifícios não são suficientes para extinguir essa pandemia. É a combinação que faz a diferença ” , diz o diretor geral da OMS, na total crença de que a maneira mais eficaz de prevenir infecções e salvar vidas é quebrar as cadeias de transmissão. E para fazer isso, se tiver que testar e isolar.

“Você não pode combater um incêndio com olhos vendados. E não podemos parar com esta pandemia se não soubermos quem está infectado . ”

“Temos uma mensagem simples para todos os países: teste, teste, teste – continua Ghebreyesus. E se forem positivos, isole-os e descubra com quem eles estavam em contato próximo por até 2 dias antes que os sintomas se desenvolvessem “.

Por esse motivo, a OMS enviou quase 1,5 milhão de testes para 120 países e recomenda isolar todos os casos confirmados, mesmo os leves, em unidades de saúde, para impedir a transmissão e fornecer atendimento adequado. Obviamente, sempre que possível. Em muitas situações, manter até casos leves no hospital é praticamente impossível, portanto, as prioridades terão necessariamente de ser seguidas.

O Coronavírus não poupa ninguém
Além disso, Tedros Adhanom Ghebreyesus não perde tempo em apontar que as evidências científicas sugerem que pessoas com mais de 60 anos estão em maior risco, mas isso não significa que os jovens, incluindo crianças, também estejam em perigo.

Até agora, temos visto epidemias em países com sistemas avançados de saúde. Mas eles também lutaram para encontrar soluções rápidas. E não apenas isso: “à medida que o vírus se desloca para países de baixa renda, estamos profundamente preocupados com o impacto que poderia ter entre populações com alta prevalência de HIV ou entre crianças desnutridas “.

É por isso que a OMS pede a todos os países e todos os indivíduos que façam todo o possível para interromper a transmissão.

Vamos repetir mais uma vez: lavar as mãos ajudará a reduzir o risco de infecção, mas também é um ato de grande solidariedade. Faça por si mesmo, faça pelos outros.


terça-feira, 17 de março de 2020

Veja como fortalecer seu sistema imunológico em tempos de coronavírus


Com tantas notícias em relação ao coronavírus, é fácil acabar envolto em uma atmosfera de medo. Diante desse cenário é importante se manter informado e tomar precauções como lavar as mãos e manter boa higiene respiratória. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as autoridades na China e outros países conseguiram diminuir ou parar o surto de COVID-19 com sucesso.

As pessoas com mais de 65 anos e com doenças preexistentes parecem desenvolver um quadro mais sério da doença do que os demais. Nesse sentido, um sistema imunológico forte pode tornar o corpo menos suscetível ao novo conronavírus e outros vírus. Por isso, é importante fortalecer as defesas do corpo, além das medidas de higiene e cuidado com os demais.

Alimentação equilibrada
Uma dieta rica em frutas, vegetais, gordura boa e grãos pode ajudar a manter o organismo pronto para se proteger. Ainda assim, há poucas pesquisas que provem a eficácia de vitaminas e minerais.
Os cientistas reconhecem que pessoas desnutridas são mais vulneráveis a doenças infecciosas, mas não está comprovado se o aumento na taxa de doenças é causado pelo efeito da desnutrição no sistema imunológico.
Há evidências de que a deficiência de micronutrientes como zinco, selênio, ferro, cobre, ácido fólico e vitaminas A, B6, C e E, altera a resposta imune em animais. Mas não está claro qual é o impacto dessas mudanças no sistema imunológico para a saúde dos animais. Ainda precisa ser avaliado o efeito de deficiências similares na resposta imune de humanos.
Portanto, é importante conversar com o seu médico sobre os níveis de vitaminas do organismo e a eventual necessidade de suplementação. Entre os alimentos saudáveis que podem ajudar o sistema imunológico estão frutas cítricas, alho, açafrão e espinafre.

Hábitos saudáveis
Fazer exercícios com regularidade ajuda a baixar a pressão sanguínea, melhora o sistema cardiovascular e assim contribui para a saúde de modo geral, também fortalecendo o sistema imunológico.
Por outro lado, fumar pode enfraquecer as defesas do sistema imunológico, o que deixa a pessoa mais suscetível a infecções. Além disso, quem fuma pode ficar mais propenso a desenvolver resposta imune a patógenos prejudicial. Como o novo coronavírus é uma doença respiratória, o hábito de fumar pode aumentar o risco de contágio.
Outros fatores também podem prejudicar o sistema nervoso como consumir bebidas alcoólicas em excesso, dormir pouco e elevados níveis de estresse. Diversos pesquisadores investigaram a relação entre estado mental e condição física. Eles identificaram que cuidar do estresse e ter relacionamentos de qualidade podem deixar as pessoas mais saudáveis.

Higiene
Simples e relevante, lavar as mãos é a atitude mais importante para a sua proteção. Como as mãos tocam diversas superfícies, elas podem carregar infecções. Portanto, é também importante não tocar olhos, nariz e boca. Para manter a higiene respiratória é essencial cobrir boca e nariz com o cotovelo dobrado ou um lenço quando tossir ou espirrar. Isso porque as gotículas liberadas nesse momento espalham vírus.
Para evitar essas gotículas, mantenha pelo menos um metro de distância das outras pessoas quando tossirem ou espirrarem. Se estiver muito próximo, pode respirar as gotículas e junto com elas vírus que, eventualmente, estejam presentes.
É preciso pensar no autocuidado, mas também nas demais pessoas. Por isso, ao sentir-se doente, além de consultar um médico, permaneça em casa. Essa é a atitude mais eficaz para não passar vírus para outras pessoas. [HuffPost, World Health Organization, Harvard Health Publishing, American Psychological Association, Ministério da Saúde]


segunda-feira, 16 de março de 2020

O que acontece com o coração durante as atividades físicas?


Cardiologista explica por que os batimentos ficam tão acelerados e quando eles podem ser saudáveis

A prática de atividades físicas mexe com diversas instâncias do nosso corpo físico e também mental. Mas você sabe o que acontece especialmente com o coração quando estamos nos exercitando?

De acordo com Hélio Castello, cardiologista e diretor do Grupo AngioCardio, ocorre um aumento da frequência cardíaca, principalmente da pressão sistólica, ou seja, a de maior valor, que depois se recupera assim que o exercício termina.

Isso acontece porque o corpo precisa de mais quantidade de sangue e oxigênio nos músculos. Mas será que isso é saudável?

Segundo o especialista, sim, porque o corpo acaba se adaptando a este momento. E quando o organismo é treinado de forma periódica, passamos a ter menor ação dos hormônios que elevam a pressão e a frequência cardíaca.

É justamente essa adaptação do organismo que faz com que o coração precise trabalhar menos para cumprir as exigências do corpo. Então, na verdade, trata-se de uma situação muito benéfica à saúde.

Mas é importante ficar atento, porque a aceleração muito rápida ou desaceleração dos batimentos pode ser um problema, pela falta de condicionamento físico ou até uma arritmia cardíaca. Por isso, é essencial ter o acompanhamento de profissionais.

Benefícios dos exercícios para o coração
A rotina de exercícios físicos faz o sangue fluir melhor e as artérias e vasos ficam mais flexíveis e saudáveis. Esses fatores ainda trazem outros benefícios, como:

Previne o risco de doenças cardiovasculares, como infarto, colesterol alto, derrame e hipertensão
Promove maior controle da pressão arterial
Diminui a frequência cardíaca no exercício, consumindo menos oxigênio
Aumento do metabolismo de glicose e gorduras, facilitando o controle do diabetes e a perda de peso gordo, com ganho de massa magra.
Doenças e problemas de saúde evitados
Infarto do miocárdio
Acidente vascular cerebral - AVC
Insuficiência cardíaca
Diabetes mellitus
Hipertensão arterial
Dores osteo-musculares
Problemas de postura
Neoplasias, câncer (diminui a inflamação crônica)


domingo, 15 de março de 2020

Para manter a mente saudável, tenha atividades variadas


O estilo de vida altera até a forma como o cérebro armazena informações. Já quanto às lembranças, se você percebe que sua memória está piorando pode não haver motivos para maiores preocupações.

Variedade e consistência de atividades

Quando se trata do cérebro e da memória, o conhecido ditado "use ou perca" é tão importante nos seus 30 anos quanto nos adultos mais velhos.

Mas é como você se mantém ativo que mais afeta o declínio cognitivo.

Soomi Lee e colegas da Universidade do Sul da Flórida (EUA) encontraram uma peça fundamental para preservar a função cognitiva ao longo da vida adulta: Participar regularmente de atividades diversas.

Os pesquisadores se concentraram em sete atividades diárias comuns: trabalho remunerado, tempo com crianças, tarefas domésticas, lazer, atividade física, voluntariado e ajuda informal.

Eles revisaram dois conjuntos de dados de 732 pessoas, com idades entre 34 e 84 anos, coletados por uma pesquisa nacional. Todos os dias, durante oito dias consecutivos, cada participante informava se havia participado dessas atividades, o que gerou uma pontuação de diversidade de atividades que captura a amplitude (variedade) e a uniformidade (consistência) da participação em cada atividade. O mesmo grupo foi consultado dez anos depois.

Aqueles que aumentaram a diversidade de atividades ao longo da década apresentaram níveis mais altos de funcionamento cognitivo do que aqueles que mantiveram uma menor diversidade de atividades ou que diminuíram sua diversidade.

"Os resultados apoiam o ditado de 'usá-lo ou perdê-lo' e podem embasar intervenções futuras visando a promoção de estilos de vida ativos para incluir uma ampla variedade de atividades para seus participantes," disse Soomi Lee. "As descobertas sugerem que estilos de vida ativos e engajados, com atividades diversas e regulares, são essenciais para nossa saúde cognitiva".

Repertórios intelectuais

O engajamento diário em atividades variadas resultou em maior acúmulo de repertórios intelectuais e sociais.

Experiências de vida, como escolaridade, ou atividades de lazer, podem ajudar a compensar o progresso da doença de Alzheimer. Por outro lado, a falta de atividades ou comportamento passivo, como a compulsão de assistir TV, está associada a um declínio cognitivo.

Por outro lado, apesar de os participantes terem mantido uma mente mais afiada, Lee afirmou não ter encontrado uma correlação entre diversidade de atividades e memória episódica, conhecida por diminuir com a idade.


sábado, 14 de março de 2020

Gripe x coronavírus: saiba as diferenças e como se prevenir


A análise dos sintomas é essencial na hora de identificar o vírus; entenda como é feito o diagnóstico

O novo coronavírus tem se tornado um tema de grande repercussão nos últimos tempos. Com 60 casos confirmados no Brasil (até o dia 11 de março) e quase 120 mil ocorrências no mundo todo, o vírus ainda está sendo analisado e estudado por cientistas de diversos países.

A evolução da COVID-19, nome da doença causada pelo vírus, vem sendo observada, porém, o que já se sabe é que, em muitos casos, é possível que os sintomas de uma gripe comum se confundam com os sinais da enfermidade relacionada à nova epidemia.

Sintomas do coronavírus
Até o momento, os pacientes infectados pelo novo coronavírus apresentaram os seguintes sintomas:

Febre
Tosse
Dificuldade em respirar
Falta de ar

Por não possuir sinais específicos, em casos de suspeita, só é possível confirmar a contaminação pelo vírus através de testes feitos em laboratórios. Manuel Palácios, infectologista do Hospital Anchieta, explica como esse diagnóstico é feito:

"O teste para diagnóstico é feito pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) diante de uma definição de um quadro suspeito. No entanto, a rede particular, através dos laboratórios e grandes hospitais, também oferece o teste por biologia molecular para a detecção do agente SARS-CoV2, que é o agente causal do COVID-19", conta.

De acordo com o especialista, mesmo após a realização do exame laboratorial, é necessário que seja realizado um teste de contraprova pelo LACEN. "É a única forma de diagnóstico, apesar de termos alguns exames auxiliares que ajudam a definir os casos", complementa o infectologista.

Em caso de suspeita, é necessário procurar o hospital imediatamente para a realização de exames. Antes de receber o diagnóstico definitivo e em qualquer circunstância, o paciente deve evitar a automedicação e o auto diagnóstico.

Diferença entre gripe e coronavírus
A gripe, também chamada de influenza, é um dos tipos mais populares de infecção respiratória. Os sintomas da gripe são:

Febre acima de 38ºC
Músculos doloridos, especialmente nas costas, braços e pernas
Calafrios e suores
Dor de cabeça
Tosse seca e persistente
Fadiga e fraqueza
Congestão nasal
Dor de garganta.

Raquel Muarrek, infectologista da Rede D'or, conta que, enquanto a influenza pode ser identificada dois dias após o seu surgimento, o novo coronavírus possui um quadro mais arrastado. Outra questão é que o SARS-CoV2 pode gerar mais casos graves do que a gripe.

Além disso, apesar da gripe apresentar sintomas muito semelhantes à Covid-19, o que levanta as suspeitas da infecção pelo novo coronavírus são alguns critérios epidemiológicos. Manuel Palácio explica quais são os fatores diferenciais avaliados na hora do diagnóstico:

Viagens: Ter viajado para fora do Brasil nos últimos 14 dias.
Contato com contaminados: Ter tido contato direto com pessoas diagnosticadas com COVID-19 nos últimos 14 dias.
Contato com suspeitos de contaminação: Ter tido contato com pessoas que estão em isolamento domiciliar com suspeita de COVID-19.
Alguns grupos de pessoas ainda apresentam maior possibilidade de evolução no quadro do novo vírus, exigindo um acompanhamento mais intenso da equipe médica. Nesse grupo estão: idosos, pacientes com comorbidades como doenças reumatológicas ou autoimunes, HIV, pacientes com neoplasias ou qualquer doença que mexa com o sistema imunitário.

Como se prevenir
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, algumas medidas preventivas devem ser tomadas para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Os cuidados mais recomendados são:

Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel
Cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir
Evitar aglomerações se estiver doente
Manter os ambientes bem ventilados
Não compartilhar objetos pessoais, como garfos e copos

Ainda de acordo com o Ministério, apesar da contaminação ter se tornado um fator preocupante ao redor do mundo, 90% dos casos são considerados leves, ou seja, não apresentam sintomas graves e não exigem cuidados intensivos.