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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Sedentarismo: o que é, causas e consequências


A ausência de atividades físicas pode trazer complicações graves para o corpo; entenda

 

O que é

O sedentarismo é um estado onde há diminuição ou ausência total de atividade física. Pessoas de diferentes idades podem apresentar comportamento sedentário, fazendo com que o pouco gasto calórico impacte diretamente na saúde do corpo, aumentando o risco de desenvolver uma série de doenças.

 

Causas

Diferentes fatores podem contribuir para que uma pessoa se torne sedentária. Com o avanço da tecnologia e os novos hábitos geridos pela sociedade, é comum que muitas pessoas passem cada vez mais tempo mexendo no celular, assistindo televisão, substituindo as escadas pelos elevadores e o caminhar pelo carro.

Também é possível que o sedentarismo ocorra de forma involuntária, sendo causado por acidentes ou complicações que exijam repouso total, impedindo que a pessoa faça qualquer tipo de atividade física.

 

Sedentarismo no Brasil

Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, 40,3% da população brasileira acima dos 18 anos foi classificada como inativa, não praticando exercícios físicos ou se movimentando por menos de 150 minutos durante a semana - tempo recomendado pelos órgãos de saúde. O Brasil também aparece entre os cinco países mais sedentários do mundo de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Sedentarismo infantil

Os dados do IBGE revelaram que, entre as crianças brasileiras, 14% na faixa etária de 5 a 9 anos são obesas e 33,5% apresentam excesso de peso. Para o fisioterapeuta Fernando Zikan, uma das principais justificativas desse número é o uso intenso de aparelhos eletrônicos pelos jovens.

O especialista explica que a recomendação diária para crianças é de 60 minutos de atividade física. Essas atividades podem ser diluídas ao longo do dia como em caminhadas, brincadeiras, passeios com pets, práticas esportivas ou recreativas.

"Estratégias como estas evitam danos ao desenvolvimento psicomotor das crianças, seja físico, cognitivo ou psicológico, evitando também os impactos do sobrepeso sobre o sistema musculoesquelético, prevenindo o aparecimento precoce de doenças cardiovasculares em adolescentes e adultos", explica Fernando.

 

Consequências e doenças

A ausência de movimento é capaz de impactar não só no funcionamento do corpo como também na saúde mental, já que os exercícios físicos aumentam os níveis de serotonina e dopamina, hormônios responsáveis por melhorar o humor.

 

Entre as consequências que o sedentarismo pode trazer para a saúde estão:

 

Risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC

Diabetes

Excesso de peso

Colesterol alto

Obesidade

Problemas na coluna

Pressão alta

Falta de força muscular

Trombose

Osteoporose

 

De acordo com o Ministério da Saúde, o risco de morte aumenta em até 30% em pessoas sedentárias. Isso acontece porque muitas das doenças responsáveis pelas maiores causas de óbito no mundo, como a cardiopatia isquêmica, podem ocorrer como consequência do baixo número de atividades físicas praticadas.

 

Como evitar o sedentarismo

Segundo o fisioterapeuta Fernando Zikan, a atividade física deve estar associada a fatores motivacionais, pois eles são os principais elementos que despertam energia para iniciar e manter a prática de exercícios. "Cada indivíduo terá seus fatores pessoais, sejam eles de ordem física ou mental, e cabe ao profissional identificar, no contexto particular, o que despertaria a pessoa para a prática".

Buscar o apoio de especialistas é uma das principais maneiras de combater o sedentarismo. Com o auxílio de profissionais e a avaliação das próprias características físicas, é possível encontrar alternativas que permitam que cada pessoa possa se exercitar de um modo que melhor respeite as suas limitações.

Também é possível utilizar a tecnologia como apoio nesse processo. "Por meio de dispositivos e aplicativos podemos mensurar a quantidade de passos dados ao longo do dia, bem como o tempo de atividade, o que torna a atividade física atraente para crianças e jovens que podem controlar, desafiar colegas ou a si mesmos em brincadeiras virtuais de aumento do número de passos dados ou horas em atividade", fala Fernando.

 

Exercícios

A recomendação dada pela OMS é de que adultos realizem 150 minutos de atividade física moderada por semana ou 5 mil passos por dia. Alguns exemplos de exercícios que podem ser realizados em casa são:

 

Alongamento: esticar os braços com as palmas das mãos viradas para cima, por exemplo, é uma das alternativas para quem permanece muito tempo sentado.

Faça reuniões andando: isso ajudará a reduzir o tempo sentado, melhorando a circulação no corpo.

Substitua o sofá por exercícios: não é preciso ficar parado enquanto assiste TV. Praticar exercícios como flexões, polichinelos e elevação de quadril são alternativas melhores para a saúde quando você estiver em casa.

 

Fontes:

Fernando Zikan, fisioterapeuta, professor da Faculdade de Medicina UFRJ e Coordenador de Ensino da ABRAFITO (Associação Brasileira de Fisioterapia Traumato Ortopédica)

Ministério da Saúde

Organização Mundial da Saúde

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/tudo-sobre/37222-sedentarismo - Escrito por Paula Santos

domingo, 13 de dezembro de 2020

Inatividade física na quarentena pode aumentar mortes por outras causas

Além dos exercícios físicos, a exposição ao Sol é essencial para suprir a vitamina D, importante no enfrentamento da covid-19.

 

Sedentarismo mata mais?

 

Ainda que ajude a controlar a propagação do novo coronavírus, o isolamento social pode induzir comportamentos prejudiciais à saúde, como ingerir alimentos de pior qualidade, passar mais tempo sentado em frente às telas e movimentar-se menos ao longo do dia.

 

Cientistas acabam de publicar uma nova estimativa, na qual eles calculam que a redução no nível de atividade física observada nos primeiros meses de quarentena pode gerar um aumento anual de mais 11,1 milhões de novos casos de diabetes tipo 2 e resultar em mais 1,7 milhão de mortes.

 

Para se ter uma ideia, esse número de possíveis mortes é maior do que todas as mortes causadas pela própria covid-19 em todo o mundo até o início de Dezembro de 2020 (1,5 milhão).

 

Por isto os autores defendem ser urgente recomendar a prática de exercícios físicos durante a pandemia.

 

"Trabalhos recentes mostram que indivíduos com diabetes têm um risco maior de desenvolver a forma grave da covid-19. E, quando não é bem controlado, as chances de morte são muito grandes. Ao mesmo tempo, outros estudos têm demonstrado que o confinamento reduziu consideravelmente o nível de atividade física, aumentou o comportamento sedentário e piorou a qualidade da alimentação. Alertamos então para as consequências deletérias desses comportamentos," afirmou o professor Emmanuel Gomes Ciolac, da Unesp de Bauru, que coordenou o estudo.

 

Sedentarismo na pandemia

 

Entre os dados que serviram de base para o trabalho, os pesquisadores levaram em conta um levantamento internacional realizado on-line por um grupo de 35 instituições de pesquisa de vários continentes.

 

De acordo com os resultados, ainda preliminares (referentes aos primeiros mil voluntários que responderam ao questionário), nos primeiros meses de confinamento houve redução de 35% no nível de atividade física e aumento de 28,6% nos comportamentos sedentários, como passar mais tempo sentado e deitado, além de maior ingestão de alimentos não saudáveis. Estudos anteriores já mostravam que a inatividade física foi responsável por cerca de 33 milhões de casos de diabetes tipo 2 em 2019 e 5,3 milhões de mortes em 2018.

 

Baseados nos dados do período anterior à pandemia, os pesquisadores estimam que a prevalência atual de inatividade física - isto é, não realizar a quantidade mínima de exercício recomendado pelas organizações de saúde - é de 57,3% entre a população com mais de 40 anos e 57,7% entre indivíduos com risco de diabetes.

 

Com isso, a falta de atividade física será responsável por 9,6% (11,1 milhões) dos casos de diabetes e 12,5% (1,7 milhão) da mortalidade geral no mundo, caso essa alta prevalência se mantenha por tempo prolongado.

 

Exercícios em casa

 

"É importante destacar que existe diferença entre níveis insuficientes de atividade física e comportamento sedentário. Uma pessoa insuficientemente ativa é aquela que não atinge a recomendação mínima da Organização Mundial da Saúde," disse Ciolac. A OMS orienta que adultos entre 18 e 64 anos pratiquem por semana ao menos 150 minutos de exercício aeróbico moderado ou 75 de alta intensidade.

 

Por outro lado, o comportamento sedentário está associado ao tempo que o indivíduo fica sentado ou deitado. Pesquisas mostram que mesmo pessoas fisicamente ativas podem ter prejuízos à saúde ao passar muitas horas em frente à TV ou computador, por exemplo.

 

Por isso, recomenda-se que quem trabalha muitas horas em frente ao computador levante a cada meia hora e realize alguma atividade leve, de dois a cinco minutos, como andar pela casa ou ambiente de trabalho, subir e descer escadas ou qualquer outra que seja possível.

 

Além disso, o confinamento não deve impedir a realização de ações físicas de maior intensidade. As recomendações da OMS, por exemplo, incluem exercícios que possam ser acompanhados por meio de aulas on-line, normalmente disponíveis gratuitamente em sites; pausas curtas ao longo do dia para dançar, brincar com os filhos ou realizar atividades domésticas mais intensas, como limpeza e jardinagem; andar dentro ou em volta de casa, subir e descer escadas ou mesmo andar parado no lugar.

 

O grupo da Unesp recomenda ainda que se faça exercícios que usem o próprio peso do corpo para fortalecimento muscular, como abdominais, sentar e levantar da cadeira e flexões, além de atividades aeróbicas perto de casa que possam ser feitas com segurança, como caminhada, ciclismo e corrida. Tudo isso somado a uma alimentação saudável, com legumes, frutas e verduras, principalmente, evitando alimentos processados.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: The Urgent Need for Recommending Physical Activity for the Management of Diabetes During and Beyond COVID-19 Outbreak

Autores: Isabela Roque Marçal, Bianca Fernandes, Ariane Aparecida Viana, Emmanuel Gomes Ciolac

Publicação: Frontiers in Endocrinoloy

DOI: 10.3389/fendo.2020.584642

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=inatividade-fisica-quarentena-aumentar-mortes-outras-causas&id=14457 - Com informações da Agência Fapesp - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Sedentarismo na quarentena traz riscos à saúde do coração


Estudo indica que a falta de atividade física aumenta o risco de complicações cardíacas, como a hipertensão

O período de quarentena imposto como forma de conter a disseminação do novo coronavírus segue causando diferentes impactos na população. Desta vez, um estudo comandado pela Universidade de São Paulo (FM-USP) revelou os impactos cardiovasculares causados pelo sedentarismo que cresceu durante o isolamento social.

A pesquisa foi dividida em diferentes partes, todas responsáveis por analisar rotinas e situações distintas do dia a dia. Em uma delas, os voluntários diminuíram a quantidade de passos diários pela metade, totalizando o número de 5 mil por semana.

Os resultados apontaram encolhimento do diâmetro braquial, principal vaso sanguíneo do braço, danos nas camadas de células que envolvem as artérias e veias, além de menos elasticidade dos vasos sanguíneos.

Já outra análise foi realizada com todos os participantes do estudo sentados por longos períodos, variando entre três e seis horas. Esse tempo sem grande movimentação gerou alterações vasculares, indícios de inflamação e alteração no índice glicêmico pós-alimentação.


Impacto no grupo de risco
Os cientistas concluíram que a falta de atividades físicas durante o confinamento possui um forte potencial de causar uma rápida deterioração da saúde cardiovascular, aumentando as chances de morte prematura entre as populações com doenças associadas ao coração, como a hipertensão.

De acordo com os pesquisadores, mesmo um período curto de inatividade (de 1 a 4 semanas), pode ser associado a efeitos negativos no funcionamento de toda a estrutura cardiovascular, o que gera um maior risco de desenvolvimento de complicações cardíacas.

"Nesse cenário crítico e sem precedentes, os programas de atividade física domiciliar surgem como uma intervenção clinicamente relevante para promover benefícios à saúde de pacientes cardíacos", explicam os cientistas da USP no estudo publicado na American Journal of Physiology.

Importância do exercício em casa
Apesar do período de isolamento poder desencadear diversas complicações físicas e mentais, ficar em casa ainda é a forma mais eficaz de se prevenir da COVID-19. Porém, é possível se movimentar e exercitar o corpo mesmo durante a quarentena. Algumas alternativas para isso são:

Exercício de flexão de braço no solo
Agachamento simples (sentar e levantar no banco ou no sofá)
Subir e descer escadas
Agachamento afundo (deslocamentos frontais)
Polichinelos
Tríceps sobre a cadeira
Prancha

Em algumas cidades do país, onde a taxa de contaminação vem sendo controlada, já vem acontecendo a reabertura gradual de academias e escolas de luta e dança. Para garantir que as atividades sejam realizadas de forma segura, é preciso que seja feito o uso de máscaras de proteção, lavagem correta das mãos e o distanciamento social entre as pessoas.

As mesmas orientações de prevenção são indicadas para treinos ao ar livre, desde que não haja contato e se mantenha distância de outras pessoas. Caso haja indícios de sintomas de coronavírus, é necessário se manter em casa, em repouso e isolamento.


sábado, 25 de julho de 2020

12 exercícios para fazer em casa e sair do sedentarismo


Pense em todas as desculpas que você já usou para não praticar exercícios em casa. Agora deixe cada uma de lado, porque vamos te mostrar que é possível sim, além de muito fácil. Com pequenos passos, você se transformará em uma pessoa mais saudável. Continue a leitura e comece sua jornada para uma vida fitness.

Alongamento para se preparar e desenferrujar
Antes de pegar pesado em qualquer exercício ou treino, o nosso corpo precisa estar preparado. Principalmente se você não tem costume de praticar exercícios, o alongamento é um passo importante para dar mais flexibilidade, amplitude e elasticidade ao músculo, podendo ser feito antes e depois dos treinos. Veja essas opções para sua rotina de exercícios em casa.



Alongamento de peitoral: a nossa falta de postura faz com que os músculos do peitoral sejam prejudicados, ficando mais curtos. Por isso, é importante alongá-los diariamente, antes e após o treino. Para alongar, entrelace os dedos das mãos nas costas e afaste do seu corpo. Você sentirá a parte superior do seu tórax esticar. Mantenha-se na posição por 30 segundos.
Alongamento de panturrilha: para exercitar os músculos da panturrilha, fique em pé diante de uma parede e coloque as duas mãos nela, com os braços estendidos. Traga o pé esquerdo para a frente, mantendo os calcanhares no chão. Dobre o joelho esquerdo em direção à ponta do pé, mantendo a outra perna no mesmo lugar. Mantenha a posição por 2 segundos e retorne. Após 20 repetições, troque de perna.
Alongamento para o pescoço e trapézios: sabe aquele peso nos ombros após um longo dia de trabalho? Ele é causado pela tensão nos músculos chamados trapézios, localizados próximos ao pescoço. Para alongar a área, coloque a mão direita na parte lateral esquerda da sua cabeça, logo acima da orelha. Puxe a cabeça para o lado direito, mantendo sempre o ombro firme. Repita do lado oposto.
Alongamento lateral da coluna: a coluna é uma região importante do nosso corpo e seu alongamento traz mais segurança durante as práticas de exercícios. Para isso, sente-se de costas para a parede (ou algum lugar em que possa se apoiar) com as pernas esticadas ou dobradas, apoie uma das mãos e erga a outra acima da cabeça, esticando bem. Mantenha por 20 a 30 segundos e repita do outro lado.
Alongamento da lateral interna (adutores): esse é um dos alongamentos mais simples, mas é muito benéfico. Para fazer, sente-se de maneira confortável com as pernas na posição de borboleta. Certifique-se de que suas costas estão bem apoiadas. Em seguida, com as mãos sob os joelhos, empurre as pernas para baixo.
Alongamento da cadeia posterior: se você passa muitas horas sentada por conta do trabalho ou outras atividades, esse alongamento é para você. De pé ou sentada, deixe as pernas bem eretas e leve as duas mãos em direção à ponta dos seus pés. Tente tocá-los, se possível. Se quiser alongar ainda mais, tente, nessa mesma posição, levar seu queixo até o seu tórax.
Alongamento da lateral externa da coxa (abdutores): para esse alongamento, você deverá sentar com as costas apoiadas e pernas bem esticadas. Flexione o joelho esquerdo e passe-o por cima perna direita, deixando o pé bem apoiado do outro lado da perna. Em seguida, com a mão direita, puxe o joelho que está flexionado. Deixe por 20 segundos e depois passe para a outra perna.
Os músculos alongados te dão mais energia e segurança para praticar exercícios sem medo de lesões. Além disso, o alongamento é uma ótima maneira de relaxar em momentos de tensão. Com o corpo pronto, vamos aos exercícios em casa.

Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/exercicios-em-casa/ - Escrito por Rebecca Ribeiro - ISTOCK

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Os maiores aliados contra o sedentarismo são os pets

Nosso colunista mostra os benefícios de se conviver com um bicho para a nossa saúde e como os exercícios são importantes para o corpo humano e o dos animais

Estudo inglês revela que ter um cachorro diminui o risco de ser sedentário.

Cientistas demonstraram recentemente que são os animais que levam seus tutores para passear, e não o contrário! Parece estranho? Mas foi isso mesmo que constatou uma pesquisa inglesa publicada na revista acadêmica Nature.

Alguns estudos prévios já apontavam que os pets ajudam os tutores a superar a depressão, a solidão e a síndrome do ninho vazio, que acontece quando os filhos se mudam da casa dos pais, geralmente na terceira idade.

Outros trabalhos científicos identificaram que a companhia dos bichos auxilia a estabilizar os níveis de estresse do dono, diminuindo a liberação de cortisol e, consequentemente, suas repercussões nocivas para o organismo.

Agora os estudiosos comprovaram que viver com um cão ajuda as pessoas a vencerem o sedentarismo. A teoria foi testada em uma pesquisa realizada em 385 lares de West Cheshire, na Inglaterra. Foram avaliados 191 adultos que tinham cachorros, 455 que não contavam com um mascote do tipo em casa e 45 crianças. Os participantes responderam a questionários detalhados e receberam um equipamento de pulso que registrava a quantidade de atividade física realizada durante os dois meses do estudo.

Após esse período, os cientistas classificaram as pessoas de acordo com a carga de exercícios e tentaram encontrar entre todos os dados coletados aqueles que tinham melhor correlação estatística com o comportamento mais ativo.

Eis a surpresa: nem idade nem sexo tampouco estado civil, renda ou nível educacional influenciaram significativamente. A principal variável associada à maior quantidade de atividade física era ter ou não ter um cachorro.

Ficou demonstrado que os tutores de cães praticavam os 150 minutos de exercícios semanais recomendados para manter a saúde. Nessa conta entram as caminhadas com o pet. Dessa forma, a convivência com um cachorro aumenta a perspectiva de termos uma vida ativa, uma notícia para ser louvada em termos de saúde pública. Hoje se sabe que o sedentarismo está diretamente relacionado a doenças perigosas como obesidade, diabetes e problemas cardiovasculares.

Os bichos precisam e se beneficiam dos exercícios
A caminhada, os trotes e as brincadeiras com o cachorro também são proveitosos para a saúde do nosso amigo. O Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo, realizou, em parceria com o Instituto do Coração, o InCor, da Faculdade de Medicina da USP, a primeira pesquisa no mundo sobre os efeitos dos exercícios em cães com problemas cardíacos.

Os resultados nos mostraram que uma caminhada de 20 a 30 minutos, duas vezes por semana e associada ao tratamento medicamentoso, melhora a qualidade de vida dos animais nessas condições. O exercício auxilia na dilatação dos vasos sanguíneos e melhora a pressão arterial dos bichos, assim como impacta positivamente no sono e na qualidade de vida em geral.

A importância do assunto é tamanha que o estudo chamou a atenção de um dos mais renomados periódicos veterinários, o Journal of Veterinary Internal Medicine, que, pela primeira vez, publicou resultados de um experimento brasileiro em cardiologia veterinária — outros dados da pesquisa foram divulgados no Brazilian Journal of Medical and Biological Research.

Portanto, a ciência está assinando embaixo do papel fundamental do exercício físico tanto para a saúde dos humanos como para a dos animais. A relação de amizade entre eles, que estimula tutores e bichos a se exercitarem juntos, é extremamente desejável ao bem-estar físico e mental (de ambos os lados).

Então, se você tiver condições, não pense duas vezes em adotar um pet! Os efeitos positivos dessa atitude incluem alegrias e benefícios para toda a família — a humana e a de quatro patas.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/pet-saudavel/sedentarismo-pets/ - Por Dr. Mario Marcondes - Foto: GI/Getty Images

sábado, 8 de fevereiro de 2020

Exercício em casa: 10 opções de treino para começar agora

Sem equipamentos, é possível deixar o sedentarismo de forma simples, em algum cantinho da sua casa

Como deixar o sedentarismo? Não poder frequentar uma academia já não é mais uma justificativa. Uma maneira mais simples e fácil é treinar em casa, lembrando sempre a obrigatoriedade da realização do teste ergométrico inicialmente. Caso você não frequente uma academia, existem exercícios físicos que não precisam de equipamentos e que você pode realizá-los em casa, por exemplo. Para que você realize este treinamento físico não precisará de equipamentos especiais, no máximo, eventualmente, os móveis da casa.

Como treinar em casa
Após a realização da avaliação física inicial (teste ergométrico), a pessoa não tem mais motivos para não iniciar seu programa de exercícios físicos no local que desejar. A adaptação ao treinamento físico deve ocorrer de forma gradativa, respeitando as características do indivíduo e seus sistemas muscular e cardiorrespiratório.

O treinamento físico possui as variáveis: intensidade, duração dos treinos e regularidade. Os exercícios físicos em casa devem possuir uma intensidade moderada, com uma duração total entre 20 a 30 minutos e uma regularidade de pelo menos 3 sessões por semana.

Escolha inicialmente uma modalidade de sua preferência. Defina e organize um espaço arejado e amplo em sua residência. Podem ser utilizados os seguintes materiais: colchonetes, caneleiras, halteres e elásticos, além de outros que serão os próprios móveis de casa, ou até mesmo sem nenhum material.

Exercícios para fazer em casa
A seguir serão apresentados alguns exercícios:

Exercício de flexão de braço no solo (veja o vídeo)
Agachamento simples (sentar e levantar no banco ou no sofá)
Subir e descer escadas
Agachamento afundo (deslocamentos frontais)
Polichinelos
Tríceps sobre a cadeira
Prancha
Stiff Unilateral (aviãozinho)
Abdominal
Barra pendurada no batente da porta

Estes exercícios podem ser realizados em forma de circuitos, sendo realizados por número de repetições ou por tempo. Torna-se de fundamental importância ressaltar que para uma evolução segura, correta e adequada do indivíduo no treinamento físico em casa, é necessária a participação e orientação de um Professor de Educação Física. Com isso, a falta de uma academia não é motivo para existir o sedentarismo em sua vida. Afaste os móveis da sala e bons treinos!

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Estresse: um gatilho para hábitos que podem levar ao câncer


Uma especialista relaciona a tensão diária a obesidade, sedentarismo e outros fatores por trás de diferentes tipos de tumor

Tenho ouvido de muitas pessoas que o maior obstáculo para se cuidarem é a falta de tempo. E temos mesmo uma agenda estressante, sobrecarregada de atividades. Sem contar que nós, mulheres modernas, estamos sempre atentas às necessidades dos filhos, dos companheiros, dos pais… além de querermos estar bonitas e nos desenvolvermos como pessoas e profissionais.

Nem sempre é fácil gerenciar toda essa demanda. Sem tempo suficiente para se recompor, o corpo e a mente vão gastando seu estoque de energia. Aí passamos a ter hábitos de vida menos saudáveis, como uma dieta rica em produtos processados e carente em alimentos mais naturais. Nós pulamos o horário das refeições, ou vamos ficando compulsivos com doces, álcool, café etc.

O sono também sai prejudicado. Não dormimos horas suficientes para os processos internos do organismo se restabelecerem — ou até descansamos oito horas por noite, mas de maneira superficial, porque a cabeça está sempre ansiosa.

Atividade física então, nem pensar!

Em resumo, a vida estressante gera hábitos de vida que não favorecem a nossa saúde. Ela cria o cenário ideal para o surgimento de uma série de condições: obesidade, sedentarismo, dependência por cigarro, álcool e outras drogas…

E aqui chegamos ao câncer. Já sabemos que todas essas condições favorecem o desenvolvimento de alguns tipos de tumor, entre eles o de mama, o mais comum nas mulheres (com exceção do de pele).

A questão é que dedicar mais tempo para se cuidar não é uma decisão simples. Infelizmente, não é porque você leu sobre esse assunto que tudo estará resolvido. Cultivar o autocuidado é um exercício diário. Significa mudar prioridades e crenças profundamente enraizadas sobre sua identidade.

Daí porque eu digo que não precisamos buscar a perfeição, e sim dar um primeiro passo. Faça pequenas pausas ao longo do dia para perceber as suas necessidades, respire com calma e reserve um tempo diariamente — nem que sejam dois minutos — para pensar em si. Esse já é um excelente começo.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/estresse-um-gatilho-para-habitos-que-podem-levar-ao-cancer/ - Por Regina Chamon, hematologista - Ilustração: Kate Mcdonnell/SAÚDE é Vital

domingo, 5 de maio de 2019

Trabalhar sentado pode anular benefícios de se exercitar


Ficar mais de 13 horas sentado pode tornar seu corpo imune às vantagens de atividades físicas

É sabido que o sedentarismo prejudica a saúde. Mas uma nova pesquisa da Universidade do Texas (EUA) aponta que os prejuízos vão além: afinal, ficar mais de 13 horas por dia sentado pode anular os efeitos positivos de exercícios.

Publicado no Journal of Applied Psychology, o estudo revela que ficar com o corpo inativo na maior parte do dia, além de anularem as vantagens das atividades físicas, têm riscos maiores de doenças crônicas. Isso porque há uma maior lentidão do metabolismo, o que eleva as chances de desenvolver diabetes, doenças cardíacas e obesidade.

Como foi feito o estudo
Você se perguntar, então: o real problema é que enquanto ficamos sentados não estamos nos exercitando ou a posição em si, de sentar-se, que tem efeitos negativos?

Os cientistas também se questionaram sobre e, então, reuniram 10 estudantes universitários fisicamente ativos para que se sentassem e ficassem imóveis por pelo menos 13 horas. Isso foi repetido por quatro dias, junto com uma redução de calorias em suas dietas para que não ganhassem peso, o que poderia alterar o metabolismo e atrapalhar os resultados. Este período foi comparado a quatro dias sentados também por 13 horas, mais uma hora de exercício em esteira na noite do último dia.

Resultados
Os níveis de açúcar, insulina e triglicérides se mantiveram os mesmos, independentemente dos participantes se exercitarem ou não. Os pesquisadores concluíram, então, que ficar sentado por muito tempo pode fazer com que benefícios metabólicos resultantes de atividades físicas sejam perdidos.

O estudo é limitado no que diz respeito a esclarecer como o sedentarismo pode enfraquecer os efeitos de exercícios. Os autores suspeitam que longos períodos sentado aumentam a produção de substâncias indesejáveis no nosso organismo, o que bloqueia outras substâncias positivas que geralmente são liberadas durante a execução de práticas físicas.


sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Boas memórias da aula de educação física diminuem o risco de sedentarismo


Estudo revela que uma boa aula de educação física ajuda as crianças a se tornarem fisicamente ativas no futuro

Um questionário online foi aplicado pela Universidade Estadual de Iowa, nos Estados Unidos, para descobrir se as experiências vividas nas aulas de educação física durante a infância impactaram na relação atual de adultos com os esportes. As 1 028 respostas não deixaram dúvidas: quem guardava boas lembranças da disciplina era mais ativo.

“A escola é um lugar privilegiado para as crianças aprenderem a gostar de exercícios. Elas passam grande parte do dia ali e, fora isso, esse é o período crítico para aquisição de hábitos”, analisa Ricardo Catunda, membro do Conselho Federal de Educação Física.

Para Marcos Garcia Neira, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), adquirir gosto por se mexer deveria ser até mais fácil no Brasil, porque, aqui, a aula vai além da prática de esportes. “Entendemos que esse não é apenas um momento de gastar energia”, pondera Neira. Para ele, um bom currículo agrega o ensino das mais diversas modalidades corporais — da capoeira a dança.

Como tornar a disciplina mais interessante para a criançada

Educação física não é só esporte. “O aluno deve passar por várias experiências corporais”, afirma Neira.
Encontrar maneiras diferentes de expor o conteúdo é uma boa. A tecnologia pode dar uma força nesse aspecto.
É importante explicar a proposta das aulas aos pais também. “Eles precisam conversar com os filhos sobre o assunto”, orienta Neira.


segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Sedentarismo é fator de risco para inúmeras doenças


Especialista explica quais cuidados devem ser tomados antes de iniciar uma atividade física

Pesquisas da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostram que a população atual gasta bem menos calorias por dia do que gastava há 100 anos. Cerca de 70% da população brasileira não pratica exercícios físicos regularmente. Além disso, o sedentarismo aumenta entre 20% e 30% o risco de mortalidade, em especial por doenças crônicas, como a doenças cardiovasculares e o diabetes, de acordo com estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os dados são alarmantes e reforçam a importância de abandonar o sedentarismo.

O sedentarismo se caracteriza pela falta ou diminuição da atividade física, tendo relação com a quantidade de calorias gastas semanalmente, seja em atividades esportivas ou nas tarefas do dia a dia. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para ser considerada uma pessoa ativa é preciso queimar 2.200 calorias por semana, ou cerca de 300 calorias por dia.

“Existe uma relação direta entre o sedentarismo e obesidade, maior risco de se desenvolver doenças coronarianas, diabetes, osteoporose, câncer e problemas neurológicos. A atividade física regular contribui para o aumento da massa muscular e redução da gordura corporal, melhora a capacidade respiratória, a circulação sanguínea, o equilíbrio, a coordenação, ajuda no controle da glicemia e pressão arterial, dentre outros benefícios”, esclarece o educador físico, especialista em treinamento, Fernando Mazota.

Os riscos associados ao sedentarismo e os benefícios da prática regular de atividade física são excelentes motivos para começar a se exercitar. Contudo, é muito comum que a pessoa se sinta desmotivada após uma mudança brusca na rotina, principalmente quando não tem afinidade com a atividade escolhida. “Para quem deseja sair do sedentarismo e iniciar um programa de atividade física é fundamental a escolha de uma atividade que seja agradável ao praticante, visando evitar a interrupção dos exercícios pela perda do estímulo. Encontrar a atividade física ideal é fundamental para garantir a permanência e os benefícios a longo prazo”, recomenda o especialista.

A SBC recomenda que pessoas acima dos trinta anos, principalmente quando há fatores de risco como obesidade, tabagismo, hipertensão, diabetes ou histórico familiar para doenças cardiovasculares, realize uma avaliação médica antes de iniciar qualquer atividade física. “Avaliar os riscos e a condição geral do praticante é fundamental para garantir a segurança na prática”, complementa o treinador.

De acordo com o especialista, devem ser considerados os seguintes fatores de risco para a prática de atividades físicas:

- Idade: Em geral, quanto mais velho o indivíduo, maior o risco para problemas coronários. Homens com mais de 45 anos e mulheres com mais de 55 anos ou com menopausa precoce sem reposição hormonal devem ter maiores cuidados.

- Gênero: Mulheres normalmente têm menor risco de desenvolver doenças coronárias que homens.

- Histórico de saúde do paciente e da família: Se o praticante já tem histórico de doenças cardiovasculares, pulmonares e metabólicas ou se possuir pais, filhos ou irmãos que tiveram infarto com menos de 55 anos (homens) e 65 anos (mulheres), deve ter um cuidado especial ao realizar exercícios. Pressão arterial acima de 140/90 mmHg também é considerada um fator de risco.

- Sedentarismo: Se o indivíduo pratica menos de 30 minutos semanais de atividades físicas é considerado sedentário e tem maior risco cardiovascular.

- Fumo: O cigarro é causador de diversas doenças, e pessoas que fumam têm o dobro de chances de desenvolver doenças cardiovasculares que não-fumantes. O risco é maior para quem fuma ou deixou de fumar nos últimos 6 meses.

- Nutrição inadequada: Uma dieta composta por muitos açúcares e gorduras contribui para o aumento do colesterol, da pressão arterial, do diabetes e da obesidade. O colesterol deve estar abaixo de 200mg/dL, os triglicérides devem estar abaixo de 150mg/dL e os níveis de glicose sanguínea devem estar abaixo de 100mg/dL.

- Estresse: Se o indivíduo está muito estressado, há um aumento na frequência cardíaca, na pressão arterial e na ventilação pulmonar, podendo ocasionar problemas durante a prática de exercícios.

- Excesso de gordura corporal: Indivíduos com IMC superior a 30kg/m² são considerados obesos e devem ter atenção redobrada ao realizar atividades físicas. O IMC é calculado dividindo a massa (em kg) do indivíduo pelo quadrado de sua altura (em metros). (IMC=massa/altura)”.


quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Mexa-se: adote pequenas mudanças na rotina para sair do sedentarismo já


Apesar de o nosso corpo ter sido feito para o movimento – a gente evoluiu literalmente correndo atrás da nossa comida – estamos cada dia mais paradas, resolvendo nossas vidas na frente de uma tela. Além da indisposição constante, o sedentarismo também causa doenças crônicas e faz com que gastemos menos calorias, acumulando aquelas gordurinhas indesejáveis. Mas é possível aumentar as atividades físicas no dia a dia com pequenas mudanças – que dão um gás na sua rotina e ainda ajudam no emagrecimento a médio prazo. Coisas tão simples como dispensar o elevador. Confira as dicas das preparadoras físicas Carol Rizzi Di Domenico e Mariana Cabral e mexa-se!

Pedale no dia a dia
Já pensou em trocar o carro pela bicicleta? Além de ser uma prática sustentável, as pedaladas podem ser uma ferramenta prática e prazerosa para quem quer perder uns quilinhos sem estresse – lembrando que cada vez mais empresas oferecem bicicletário e vestiário. Pesquisa encomendada pela Organização Mundial de Saúde que mostrou que as pessoas que andam de carro tendem a pesar quatro quilos a mais do que aquelas que pedalam. Ótimo estímulo, concorda?

Escolha andar
Sempre que tiver oportunidade, troque o carro ou o transporte público pela caminhada. A dica é aproveitar aquela passada na padaria ou na farmácia, por exemplo, para esticar as pernas. Estacionar mais longe ou saltar do ônibus uma parada antes do que você está acostumada também são possibilidades.
– São medidas simples para começar aos poucos e ir aumentando a meta. Além de aumentar o seu gasto calórico, também vai fazer com que você se sinta ativa. O mais importante ao começar a se movimentar é a mudança na disposição para o dia a dia, que melhora substancialmente – explica Mariana.

Troque o elevador pela escada
Que tal adotar as escadas como parte da rotina? Essa, aliás, é uma das regras da dieta Dunkan, famoso método à base de proteínas. Quem a adota se compromete a deixar o elevador de lado para ter uma rotina equilibrada e ativa.
– É uma mudança positiva de hábitos que pode levar a uma melhora na saúde. Também ajuda a fortalecer a musculatura, mas vale lembrar que, como não tem progressão de carga, comum nos exercícios de musculação, esse processo estabiliza com o tempo – diz Carol.

Levante da cadeira
Passar muito tempo sentada não traz benefícios: além de provocar problemas na coluna e nos músculos, ficar horas nessa posição também pode fazer com que surjam varizes e varicoses.
– Quando você se levanta, nem que seja por alguns minutos, o aumento do fluxo sanguíneo já manda mais nutrientes e oxigênio para seus músculos. E é a circulação sanguínea que vai ajudar a prevenir as varizes – afirma Carol.

Não pare no fíndi
Aproveite os finais de semana para fazer programas ao ar livre, como caminhar pela vizinhança ou dar uma pedalada ao entardecer. Assim, você descobre lugares novos, curte aquela sensação boa de ficar ao ar livre e, de quebra, dá um check em dois dias da semana com atividades físicas prazerosas.
Caso você queira aproveitar uma sobremesa diferente ou uma refeição daquelas bem indulgentes, compensa gastando umas calorias a mais.


quinta-feira, 5 de julho de 2018

O plano da OMS para diminuir o sedentarismo em 15% até 2030


A Organização Mundial da Saúde lançou um projeto global com 20 ações que visam estimular a atividade física. Conheça essas estratégias

Em certos cantos do mundo, até 70% da população é sedentária – e o impacto disso para a saúde é tremendo. Diante de um cenário desses, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou o “Let’s Be Active” (Vamos Ser Ativos, em tradução livre do inglês), um plano global para estimular a atividade física.

No documento que apresenta o programa, a entidade estabelece, como missão, “garantir que todas as pessoas tenham acesso a ambientes seguros e a diversas oportunidades para serem fisicamente ativas na vida diária, como uma forma de melhorar a saúde individual e da comunidade e para contribuir com o desenvolvimento social, cultural e econômico de todas as nações”. De maneira prática, a meta é reduzir a prevalência do sedentarismo entre adolescentes e adultos em 10% até 2025 e em 15% até 2030.

Como fazer isso? O plano estabelece 20 pontos, separados em quatro grandes temas, que deveriam ser seguidos pelos países. Você verá que alguns são bem abrangentes, até porque a ideia é que cada nação adapte a proposta às suas particularidades. Confira:

1) Criar sociedades ativas
• Implementar as melhores práticas de campanhas de comunicação, associadas a programas comunitários, para aumentar a conscientização dos múltiplos benefícios da atividade física para a saúde.
• Conduzir campanhas nacionais para estimular o conhecimento de benefícios auxiliares da atividade física para aspectos sociais, econômicos e ambientais, com foco especial para caminhada, ciclismo e outras formas de mobilidade ativa.
• Estabelecer grandes e frequentes iniciativas em espaços públicos para fomentar a atividade física nas comunidades e oferecer acesso gratuito e prazeroso a ela.
• Fortalecer o treinamento dos profissionais, dentro e fora do setor de saúde, para melhorar seus conhecimentos e suas habilidades relacionadas à criação de oportunidades inclusivas para uma sociedade ativa. Transporte, planejamento urbano, educação, turismo estão entre os focos.

2) Criar ambientes ativos
• Estimular a integração de políticas de planejamento urbano e de transporte de forma a priorizar a atividade física.
• Melhorar a infraestrutura de calçadas, ciclovias e outras estruturas que promovem uma locomoção ativa.
• Acelerar a implementação de políticas que garantem segurança a pedestres, ciclistas e pessoas engajadas em outras formas de transporte ativo.
• Aprimorar o acesso a espaços públicos de lazer ao ar livre e de centros esportivos.
• Ajudar a criar, quando necessário, infraestruturas que considerem a atividade física dentro de suas instalações.

3) Criar pessoas ativas
• Reforçar a educação física e a promoção da atividade física na escola.
• Incorporar os exercícios nos serviços de saúde.
• Oferecer programas de atividade física em diferentes espaços, como parques e praias, e mesmo em ambientes privados.
• Criar atividades específicas para a população mais velha.
• Priorizar iniciativas voltadas para os indivíduos menos ativos.
• Implementar práticas que engajem toda uma cidade ou comunidade.

4) Criar sistemas ativos
• Reforçar políticas públicas que reforcem a atividade física e combatam o comportamento sedentário.
• Criar um sistema de vigilância adequado para medir a prevalência de atividade física na população.
• Valorizar pesquisas científicas sobre atividade física e o uso de tecnologias digitais para encontrar novas soluções contra o sedentarismo.
• Expandir movimentos de advocacy, que conscientizem líderes da sociedade e outros grupos-chave sobre a importância da atividade física.
• Fortalecer o financiamento e implementação continuada de programas que promovem a atividade física.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/o-plano-da-oms-para-diminuir-o-sedentarismo-em-15-ate-2030/ - Por Da Redação - Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital